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PCP+02+ +PLANEJAMENTO+E+CONTROLE+DA+CAPACIDADE

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PLANEJAMENTO E 
CONTROLE DA PRODUÇÃO 
UNIDADE II – Planejamento e Controle da 
Capacidade 
 
 
Professor: Max Filipe 
O que é Capacidade? 
 
 
“Capacidade refere-se à quantidade 
máxima de produtos e serviços que 
podem ser produzidos numa unidade 
produtiva, num dado intervalo de tempo.” 
 
Ex: móveis/dia, clientes/dia, pares de 
calçados/semana. 
Prof.: Max Filipe 
O que é Capacidade? 
 
 
Verifica-se, portanto, que a capacidade é 
função de duas variáveis: 
 
VOLUME ou QNTD (Peças, carros, toalhas, 
camisas) – expresso em unidade 
referente ao produto: 
litros, kg, peças, toneladas, caixas 
 
TEMPO (dia, hora, mês, quinzena) 
Prof.: Max Filipe 
Objetivos do planejamento da capacidade 
 
 Custos 
 Receitas 
 Capital de Giro 
 Qualidade 
 Velocidade de resposta à demanda 
 Confiabilidade de atendimento à demanda 
 Flexibilidade 
Prof.: Max Filipe 
O que é Capacidade? 
 
 
Slack et al. (2009) apresentam dois 
conceitos de capacidade: capacidade de 
projeto (idealizada) e capacidade efetiva 
(real). 
 
 CAPACIDADE DE PROJETO = 
CAPACIDADE EFETIVA 
+ PERDAS 
Prof.: Max Filipe 
Capacidade de Projeto 
 
O sistema é considerado ideal, como se não 
existissem perdas. 
 
Para a medição desta capacidade não são 
consideradas atividades, tais como 
setups, manutenções programadas, 
transporte entre os setores e limitações 
relacionadas ao fluxo produtivo; 
Prof.: Max Filipe 
Capacidade Efetiva 
 
São levadas em consideração as 
necessidades de processo (perdas 
programadas) 
 
Utilização 
 
São levadas em consideração as perdas 
não planejadas do sistema. 
 
Prof.: Max Filipe 
Medindo Capacidade e a utilização 
 
Exemplo 1 
 
Suponha que o fabricante de papel 
fotográfico tenha uma linha de cobertura 
cuja capacidade de projeto seja 200 
metros quadrados por minuto e a linha 
opera 24 horas por dia, 7 dias por 
semana. (24 x 7= 168 horas) 
Prof.: Max Filipe 
Medindo Capacidade 
 
 
 
01 - Mudanças de produtos (setups): 20 h; 
02 - Manutenção preventiva regular: 16 h; 
03 - Nenhum trabalho programado: 8 h; 
04 - Amostragens de qualidade: 8 h; 
05 - Tempos de troca de turnos: 7 h; 
06 - Paradas para manutenção corretiva: 18 h; 
07 - Investigação de falhas de qualidade: 20 h; 
08 - Falta de estoque de material de cobertura: 8 h; 
09 - Faltas do pessoal: 6 h; 
10 - Espera pelos rolos de papel: 6 h. 
Prof.: Max Filipe 
PERDAS 
PLANEJADAS 
PERDAS NÃO 
PLANEJADAS 
Medindo Capacidade 
 
CAPACIDADE DE PROJETO = 200 x 60 x 168= 
2,016 milhões de metros quadrados por semana 
(100% = capacidade ideal = capacidade de projeto) 
CAPACIDADE EFETIVA = 200 x 60 x 109= 1.308.000 mil 
metros quadrados por semana (65% da capacidade 
de projeto). 
UTILIZAÇÃO = 200 x 60 x 51= 612.000 mil metros 
quadrados por semana (30,4% da capacidade de 
projeto). 
Prof.: Max Filipe 
Exercício 
 
Uma empresa de calçados funciona 24h por dia, todos 
os dias do mês, incluindo domingos e feriados. 
Analisando a operação de costurar cabedal, obtiveram 
se os seguintes tempos: 
 
 Mudanças de produtos (setups): 58 h; 
 Manutenção preventiva regular: 19 h; 
 Amostragens de qualidade: 6 h; 
 Tempos de troca de turnos: 43 h; 
 Paradas para manutenção corretiva: 14 h; 
 Investigação de falhas de qualidade: 25 h; 
 Falta de estoque de material de cobertura: 12 h; 
 
Calcule as capacidades de projeto e efetiva da operação 
(mensal) sabendo que a capacidade de projeto do 
sistema é de 1.500 pares/hora. 
 
 Prof.: Max Filipe 
Resolução do Exercício 
CAPACIDADE PROJETO =24 x 30 x 1.500= 1,080 
milhões de pares de calçados por mês. (100%) 
 
CAPACIDADE EFETIVA =((24 x 30) – 126) x 
1.500=891 mil pares de calçados por mês. (82,5%) 
 
UTILIZAÇÃO = (((24 x 30) – 126) – 51)x 1.500= 
814,5 mil pares de calçados por mês. (75,4%) 
Prof.: Max Filipe 
Rendimento 
 
O termo rendimento está associado à 
utilização da capacidade instalada, 
derivando daí o conceito de utilização e de 
eficiência. 
 
Utilização = Volume de produção real / 
Capacidade de projeto 
 
Eficiência = Volume de produção real / 
Capacidade efetiva 
Prof.: Max Filipe 
Calculando Rendimento 
 
Exemplo 2 
 
Com os dados do Exemplo 1, calcule os valores de 
utilização e eficiência. 
 
1. Capacidade de projeto = 168 h/semana 
2. Capacidade efetiva = 168 - 59 = 109 h/semana 
3. Volume de produção real = 109- 58 = 51 
h/semana 
 
Utilização = Volume de produção real / Capacidade 
de projeto = 51/168 = 0,304 
 
Eficiência = Volume de produção real / Capacidade 
efetiva = 51/109 = 0,468 
Prof.: Max Filipe 
Medindo Capacidade 
 
 
Existem dois parâmetros que são utilizados 
para realizar a medição da capacidade: 
 
os produtos e os recursos. 
 
Prof.: Max Filipe 
Medindo Capacidade 
 
Prof.: Max Filipe 
Negócio Medida de Capacidade 
Siderurgia Toneladas de aço/mês 
Refinaria de Petróleo Litros Combustível/dia 
Montadora de automóveis Carros/mês 
Cia Elétrica Megawatts/hora 
Fazenda Toneladas de Grãos/ano 
Cia Aérea Nº assentos/vôo 
Restaurante Nº refeições/dia 
Teatro/Cinema Nº Assentos 
Hotel Nº Quartos 
Hospital Nº Leitos 
Medidas de Produção 
Medindo Capacidade 
 
 
Através dos exemplos pode-se perceber 
qual o motivo que leva a esses dois tipos 
valores de capacidade (recursos e 
produtos)? 
Prof.: Max Filipe 
Fatores que influenciam na capacidade 
 
Fatores influentes na capacidade das 
Instalações: 
 
 A composição do produto ou serviço, 
 O projeto do processo, 
 Fatores humanos, 
 Fatores operacionais, 
 Fatores externos, 
 Influência das técnicas de PCP. 
Prof.: Max Filipe 
Prof.: Max Filipe 
Restrições de Capacidade 
 
Gargalos... 
 
 
Manufatura Otimizada 
 
Uma hora ganha em um recurso-gargalo é 
uma hora ganha para o sistema global; 
Uma hora ganha em um recurso não-
gargalo não é nada, apenas uma 
miragem; 
A utilização de recurso não-gargalo não é 
determinada por sua disponibilidade, mas 
por alguma outra restrição do sistema; 
Prof.: Max Filipe 
Manufatura Otimizada 
 
Os gargalos não só determinam o fluxo do 
sistema, mas também definem o volume 
dos estoques; 
Balancear o fluxo e não a capacidade; 
As restrições de capacidade e demais 
prioridades devem ser consideradas 
simultaneamente, e não sequencialmente. 
Prof.: Max Filipe 
Acompanhamento da demanda 
 
Ações de acompanhamento: 
 
1.Horas extras e tempo ocioso – variação 
do número de horas produtivas trabalhadas 
pelo pessoal. 
 
Devem ser considerados: pagamento das 
horas a custo superior, custos de manter 
a operação, questões de motivação. 
Prof.: Max Filipe 
Acompanhamento da demanda 
 
Ações de acompanhamento: 
 
2.Variar o tamanho da força de trabalho– 
contratando pessoal durante a alta demanda e 
dispensando-os na baixa 
 
Devem ser considerados: custos e ética 
da ação 
 
3.Usar pessoal em tempo parcial – recrutar 
pessoal para trabalhar menos do que um dia 
normal 
 
Devem ser considerados: custos fixos do 
emprego de cada empregado 
Prof.: Max Filipe 
Acompanhamento da demanda 
 
Ações de acompanhamento: 
 
4.Subcontratação – adquirir capacidade de 
outras organizações, a fim de atender a 
demanda sem investir em capacidade. 
 
Devem ser considerados: perda de 
margem e a questão da qualidade e de 
prazos. 
Prof.: Max Filipe 
Ajuste da Demanda 
 
Política de preços, aumentando quando 
a demanda aumenta muito, e reduzindo 
para estimular a demandae períodos de 
baixa procura. 
 
Campanhas publicitárias e promoções. 
Prof.: Max Filipe 
 Políticas de capacidade: considerações 
 Elas são decisões de longo e médio 
 prazo, e são geralmente restritas ao nível 
 gerencial da organização 
 Para as atividades de chão-de-fábrica 
 devem ser consideradas atividades de 
 gestão do fluxo, objetivando o aumento 
 da capacidade efetiva através de 
 melhorias. 
Prof.: Max Filipe

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