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CASOS CONCRETOS DE PROCESSO CIVIL

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CASOS CONCRETOS DE PROCESSO CIVIL :
CASO 10
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação declaratória em face do plano de saúde Vida
Saudável, responsável por atender importante parcela da população brasileira, visando obter reconhecimento da abusividade de determinada cláusula que impede o tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas. Diante da repercussão social do julgado, a associação de portadores de HIV solicitou seu ingresso como amicus curiae, o que foi prontamente autorizado pelo juiz da causa. Diante do caso indaga-se:
A)Poderá a associação atuar como se parte fosse? 
R -O amicus curiae pode rá ter seu ingresso solicitado de ofício pelo juiz ou através de requerimento. Contribui para o esclarecimento da questão em razão de seus conhecimentos específicos, democratizando assim o debate judicial. Está previsto no art. 138 NCPC
B) Qual a diferença entre amicus curiae e a assistência simples? 
R - O assistente precisa demonstrar interesse jurídico para ingressar no processo. 
Todavia o amicus curiae não, pois ele é vem a relação jurídica para esclarecer sobre o 
seu conhecimento em determinada área.
2) Em sessão plenária o Suprem o Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através d o precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir d a data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter com o base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente?
NÃO. O sistema de prece dentes exposto no C PC determina que haja a modulação temporal nos casos em que se revele a necessidade de manutenção da segurança jurídica e em atenção aos interesses sociais conforme dispõ e o artigo 9 27, §3º do CPC, o tema tratado no precedente alterado possui ampla repercussão social , o que torna a modulação temporal imprescindível.
CASO 11
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a
sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
R- Não, considerando que a desconsideração da personalidade jurídica deveria ter sido combatida por meio de agravo de instrumento, conforme art. 1015, IV do NCPC. Desta forma não é possível tratar a questão em preliminar de apelação. A apelação somente servirá para insurgir-se em relação a condenação referente a 10 mil reais atualizado e corrigido
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
R – Com o Novo CPC o Juiz sentenciante após as formalidades indicadas nos 
parágrafos 1º e 2º do a rt. 1010 deter mina a remessa dos autos ao tribunal, não mais exercendo juízo de admissibilidade, conforme p.3º do art. 1010. 
2) Arlete celebrou com José um contrato de promessa de com pra e venda de um imóvel cujo pagamento do valor do bem foi parcelado em 50 parcelas de R$10.00 0.00. José, diante da necessidade financeira, realizou contrato d e mútuo com o Banco XZV onde ofereceu o referido imóvel em garantia, sem comunicar previam ente a Arlete. Diante do descumprimento do contrato de mútuo por José, o Banco instauro u processo judicial visando a execução da garantia. Considerando que José está em local incerto e Arlete não m ais vem recebendo os boletos para pagamento das parcelas, a compradora propôs ação de consignação em pagamento, nos termos do art. 547 do CPC , em f ace de José e do Banco X ZV, pois teve dúvida acerca da titularidade do crédito. O juiz extinguiu o feito, sem resolução do mérito, por entender que inexiste, nesse caso, interesse de agir vez que não há dúvida acerca de quem é o titular do crédito. O juiz agiu corretamente?
NÃO. Ela “Arlete – autora ” terá o direito de agir, e p ode fazer o deposito em nome dos dois credores e estes decidirão judicialmente quem é o 
verdadeiro e legitimo credor, com base no art. 547 do CPC
CASO 12
1)Rafael e José impetraram Mandado de Segurança em face do Município visando obter a reintegração na Guarda Municipal, considerando que foram exonerados arbitrariamente por abuso de poder da municipalidade. O juiz excluiu José sob o fundamento de que, na hipótese, não cabe litisconsórcio. José interpôs agravo de instrumento que, após a devida distribuição, foi inadmitido sob o fundamento de que contra a referida decisão o recurso
cabível é a apelação. Agiu adequadamente o Relator?
R – O relator agiu em conformidade com a lei uma vez que o art . 945 do NCPC. autoriza o julgamento eletrônico de recursos que não comportem sustentação oral. 
 
2)Lindalva, após preencher todos os requisitos legais pertinentes, peticionou ao 10° cartório de Notas da cidade do Rio de Janeiro pleiteando o reconhecimento extrajudicial d e usucapião do imóvel localizado no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Sobre o tem a, indaga-se: Lindalva agiu corretamente? Fundamente a sua resposta. 
SIM. Uma vez atendendo os requisitos do art. 1. 071 do CPC, e se não for necessária a diligência no local do imóvel para certificar o tempo 
de posse, a ATA NO TARIAL PODERÁ SER LAVRADA POR 
QUALQUER TABELIÃO DE NOTAS , segundo o artigo 8º, da Lei nº 8935/94, sendo exigido, nesse caso, o comparecimento do solicitante do usucapião e de eventuais testemunhas, se for o caso, no Cartório onde será lavrada a respectiva ata notarial. “Art. 8 º É livre a escolha d o tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o l ugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio”. 
CASO 13
Questão discursiva:
1) Em sessão plenária o Supremo Tribunal Federal alterou o entendimento pacificado através do precedente judicial extraído da ADPF 186, no sentido de admitir a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas, determinando que a partir da data da referida sessão o único critério a ser utilizado para ingresso nas universidades deve ter como base a meritocracia. Considerando a sistemática de aplicação dos precedentes judiciais podemos afirmar que o Supremo Tribunal Federal agiu adequadamente?
Resp.: Determina o sistema processual no sentido d e que há modulação temporal nos casos em que haja necessidade de s e manter a segurança jurídica e no interesse social, principalmente quando o tema tem ampla repercussão social, o que a torna imprescindivel.
CASO 13 
2) Fernando José propôs ação de Reintegração de Posse em face de Pedro Feijó sob o fundamento de que o réu pra ticou esbulho possessório. A demanda tramitou regularmente e, ao final, o juiz julgou procedente o pedido possessório para determinar a retomada da posse do imóvel em favor de Fernando. Após o trânsito em julgado e a consequente expedição do competente mandado de Re integração, Diego de Sá e sua esposa Marieta opuseram embargos de terceiros, nos termos do art. 674 doCPC, para defesa de sua propriedade alegando, para tanto, que têm a posse mansa e pacífica do imóvel há m ais de 12 anos. Por outro lado, argumentaram , também, que adquiriram a posse do imóvel antes m esmo do bem se tornar litigioso. Agiu corretamente o advogado d e Diego e Marieta ao opor embargos de terceiros para a defesa d a posse d e seus clientes? 
SIM. O recurso embargos de terceiro é a via própria para a defesa da posse nesse caso, considerando que adquiriu a posse antes mesmo da coisa tornar -se litigiosa. Por outro lado, a coisa julgada operada na ação de reintegração de posse não produz efeitos em relação a terceiros, conforme arts. 674 e 675 do CPC. 
CASO 14
1) Maria de Souza propôs ação de inventário judicial para partilha de bens de seu falecido marido Carlos Otávio. Além da inventariante foram incluídos, também, nas primeiras declarações Othon Souza e Maurício Souza, herdeiros do de cujus. Considerando que
Carlos era sócio da Empresa de Transportes Via Jato, a inventariante propôs Apuração de Haveres para viabilizar, através da respectiva perícia, o valor do saldo devido ao de cujus pela sociedade empresária. O juiz instaurou o incidente em apartado e, após a perícia contábil, homologou o valor do saldo credor fixado na apuração de haveres em favor do Espólio de Carlos Otávio. A Empresa Via Jato interpôs recurso de apelação sob o argumento de que a apuração de haveres, por se tratar de matéria de alta indagação, deveria ter sido processada pelo juízo cível razão pela qual o juízo orfanológico é absolutamente incompetente, nos termos do art. 612 do CPC. O Tribunal de Justiça confirmou a decisão proferida pelo juízo orfanológico. Os argumentos da Empresa procedem?
NÃO. Considerando que a necessidade de realização da apuração de haveres de perícia contábil para identificação do saldo devido ao “de cujus”, não afasta a incidência do juízo orfanológico (juízo que advém a ação de inventário), conforme art. 610 e ss. do CPC. 
 
JUÍZO ORFANOLÓGICO = "O falecido ou (de cujus) deixou descendentes sujeitos à jurisdição orfanológica " significa que, dentre os herdeiros, existiam menores de idade ou , mais rara mente, incapazes ou ausentes em parte incerta. Este averbamento implicava que a Conservatória d o Registo Civil comunicava, necessariamente, ao Ministério Público junto do respectivo tribunal da com arca o óbito, a fim de instaurar o, outrora, denomina do inventário obrigatório. Deste constam, no auto de declarações de cabeça de casal, entre outros elementos, a identificação dos descendentes da pessoa falecida (inventariado)
CASO 15
Deise Lucia e Álvaro ingressaram com uma ação de separação judicial consensual perante o Juízo de Família da Com arca de Recife. O juiz indeferiu a petição inicia l sob o argumento de que a separação judicial consensual foi extinta após a EC nº 6 6/2010. O juiz agiu adequadamente?
NÃO. Porque não f oi extinto o procedimento d e separação judicial pela EC nº 6 6/2010. É possível promover separação judicial consensual, quando tiverem intenção de romper apenas a convivência em comum e não o vínculo conjugal , conforme art. 7 31 e ss. d o CPC , em especial o art. 733 do CPC
CASO 16
a) Maria alugou de Mauro imóvel residencial urbano. Ocorre que a locatária está desempregada há 5 meses, razão pela qual encontra-se inadimplente com sua obrigação contratual. Mauro, inconformado com o atraso de Maria, aproveitou que esta não se encontrava no referido imóvel, adentrou no mesmo, retirou todos os pertences pessoais de Maria e trocou a fechadura. Diante dos fatos narrados, indaga-se:
A)Qual ação possessória é cabível a defesa dos interesses de Maria?
AÇÃO DE R EINTEGRAÇÃO DE POSSE , com binado com perdas e danos, pelo esbulho configurado 
b) Qual remédio processual caberia a Mauro para reaver o seu imóvel e receber os encargos da locação em atraso? Fundamente a sua resposta.
AÇÃO DE D ESPEJO, conforme art. 59 e ss. da Lei nº 8245/91, c om fundamentação no art. 9, III da mesma lei.

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