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TCC Pronto 06-11

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UNIP
 UNIVERSIDADE PAULISTA
 Instituto de Ciências Humanas
 Curso de Psicologia
Claudia Paiva Ferreira – R.A: A99CFF-1
Jéssica A. C. Rodrigues – R.A: A952JH-8
Samanta Leite – R.A: A99564-1
Taila Consani Sitta – R.A: T541AH-4
A vida após amputação: o processo de reabilitação
 e as contribuições da prática esportiva
 Campinas
 2015
Claudia Paiva Ferreira – R.A: A99CFF-1
Jéssica A. C. Rodrigues – R.A: A952JH-8
Samanta Leite – R.A: A99564-1
Taila Consani Sitta – R.A: T541AH-4
A vida após amputação: o processo de reabilitação
 e as contribuições da prática esportiva
Relatório de Pesquisa apresentado à disciplina de Relator do Projeto de Pesquisa: Apresentação do curso de Psicologia do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP , sob a orientação da Prof.ª Drª Simone M. Sanches.
Campinas
2015
SUMÁRIO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	... 6
Maior índice de causas da amputação no Brasil	. 8
Imagem Corporal	..9
Autoestima	..10
Membro fantasma; dor no coto, sensação fantasma e dor fantasma	.....	 11
O pré-operatório da cirurgia da amputação		 13
O pós-operatório da cirurgia da amputação	 14
 Benefícios da prática esportiva no processo de reabilitação.......................15
OBJETIVO GERAL	..	18
OBJETIVO ESPECÍFICO	..18
MÉTODO		19
I. Participantes		19
II. Instrumentos		19
III. Aparatos		20
IV. Procedimentos de coleta e análise dos dados		20
RESULTADOS		21-24
DISCUSSÃO............................................................................................................25-28
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................29
REFERÊNCIAS		30-31
APENDICE		32
Carta de Apresentação		32
Termo de Consentimento Institucional		33
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido		34-34
Roteiro de Entrevista para os profissionais da saúde		36
FERREIRA, C. P.; RODRIGUES, J. A. C.; LEITE, S. P.; SITTA, T. C.; SANCHES, S. M. (orientadora). A vida após amputação: A prática esportiva no processo de reabilitação. Curso de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, UNIP – Universidade Paulista. Campus Swift – Campinas/SP, 2015.
RESUMO
A amputação no Brasil é um assunto amplo e que requer um olhar que contemple uma série de fatores psicológicos envolvidos nesse processo relacionados com a imagem corporal, autoestima, sensação fantasma, sentimentos relacionados ao pré-operatório e pós-operatório. O objetivo dessa pesquisa foi investigar quais são as consequências psicológicas da amputação na visão de profissionais da área. A prática esportiva se faz necessária no processo de reabilitação para que proporcione ao indivíduo preparação para superar desafios e limites que se relacionam à sua nova estrutura psicológica e física. Para alcançarmos esse objetivo utilizou-se a pesquisa qualitativa, a fim de identificar os pressupostos da vida do sujeito após a amputação de um membro. Foi realizado o contato com instituições, que oferecem atividades esportivas adaptadas para realizarmos as entrevistas com os profissionais que atuam nestes locais. A pesquisa proporcionou uma compreensão da visão dos profissionais em relação às consequências psicológicas da amputação, e como o esporte colabora para a reinserção do individuo na sociedade levando em consideração que os indivíduos se ajustam às mudanças físicas, psicológicas e sociais por conta da perda do membro, aceitando sua nova identidade. As discussões destacam que as teorias existentes são relacionados em sua maioria, aos amputados e não ao ponto de vista dos profissionais. Portanto, objetivou-se olhar para a subjetividade do individuo na visão dos profissionais para compreender de forma mais empática e humanizada como ele se sente. 
Palavras-chave: amputação, deficiência física, aspectos físicos, aspectos cognitivos, aspectos psicológicos, Psicologia.
1. Introdução
A amputação no Brasil é um assunto amplo e que requer um olhar perspicaz que contemple uma série de fatores psicológicos envolvidos nesse processo. No entanto, há poucas pesquisas pertinentes ao assunto.
Investigamos as consequências psicológicas da vida após a amputação, onde foram enfatizadas as questões físicas e sociais dos envolvidos na visão dos profissionais da área e o papel da prática esportiva no processo de reabilitação.
De acordo com Gabarra e Crepaldi (2009) a perda física decorrente de uma amputação encontra-se permeada por aspectos sociais e psicológicos, e representa algo irrevogável, de forma que pessoa amputada necessita atribuir um sentido para este evento.
Após a amputação ocorre o processo de adaptação à perda do membro e adaptações físicas, que incluem nível de habilidade funcional, dor no coto, dor fantasma do membro amputado; e as adaptações psicológicas, relativas às reações emocionais como ansiedade, depressão, irritação, tristeza, desapontamento, sentimento de culpa, autoimagem ansiosa e desconforto social. (GABARRA; CREPALDI, 2009).
Segundo Paiva e Goellner (2008) Não aceitar que seus corpos foram modificados pela amputação significa viver no passado, num eterno luto pelo perdido, por um corpo que não existe mais. Gabarra e Crepaldi (2009) explicam que após a amputação ocorre o processo de adaptação, tanto física quanto psicológica, no individuo. Nesse processo, podem ocorrer sintomas de depressão, tristeza que também aparecem nos casos de luto.
Os autores explicam que no processo de adaptação à amputação, os indivíduos precisam se ajustar às mudanças físicas, psicológicas e sociais advindas da perda do membro incorporando estas no seu novo senso de auto identidade, o sentimento de mutilação entre as pessoas amputadas é frequente, principalmente no início.
É também importante ressaltar que quando o individuo opta pelo uso da prótese ele passará por um processo de adaptação a ela. De acordo com Pastre, Salioni, Oliveira, Micheletto e Júnior (2005) “Embora considerada como de bom prognóstico para uso de prótese, o amputado pode apresentar dificuldades importantes para locomoção, transferência e trocas posturais, e ainda, presença de dor no coto ou fantasma, baixa auto-estima, medo e depressão” 
Quanto aos motivos que levam o individuo a optar pela prótese, os autores Paiva e Goellner (2008) explicam que “ A análise por categorias revelou que a prótese foi observada como uma forma de resgatar a funcionalidade perdida e também a estética corporal na medida em que os pacientes viram seus corpos novamente como completos”. 
Deste modo, o presente trabalho irá abordar quais os aspectos físicos e sociais posteriores a amputação na visão dos profissionais que atuam junto a esses sujeitos. Para isso, utilizaremos o referencial fenomenológico que busca resposta para três fundamentais questões existenciais: Quem sou eu? Qual o sentido da vida? Que sentido eu faço nela? (CRITELLI, 2012).
Há várias causas que podem provocar a amputação, mas segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (2014), a maior porcentagem de amputações no Brasil ocorre em pessoas portadoras de diabetes.
A partir do momento que o sujeito recebe a noticia da amputação ele inicia um processo, em que passará por varias etapas, ou seja, pré e pós operatório, readaptação de sua imagem corporal, utilização ou não da prótese e em alguns na maioria dos casos dor no coto, sensação fantasma e dor fantasma.
Durante o pré-operatório o paciente experimenta ambiguidade de sentimentos, pois esse momento da vida em que a pessoa está prestes a assumir um novo modo de ser-no-mundo, desperta uma infinidade de sentimentos, sendo verbalizados ou não (CHINI; BOEMER, 2007).
De acordo com Diogo (1997) a perda de uma parte do corpo transforma o sujeito de independente para dependente e essa perda de controle sobre asações pode levar à insegurança, que por sua vez, influencia negativamente na auto-estima.
No decorrer do processo de reabilitação os profissionais envolvidos devem atuar junto com o paciente e seus familiares, apoiando suas decisões e respeitando, deste modo, sua autonomia. Devem considerar suas limitações físicas, psíquicas e ambientais, ou seja, as dificuldades que podem interferir na sua adaptação à nova situação (DIOGO, 1997).
 Segundo Luz et al. (2014), a equipe que atende os pacientes no pós amputação é multidisciplinar e visa o aprimoramento das habilidades e competências dos pacientes, respeitando suas limitações.
É também comum que os sujeitos amputados sintam a presença de um membro fantasma. Segundo Chini e Boemer (2007) o membro ausente toma forma e habita de maneira contínua o mundo o amputado.
O paciente parece ignorar a mutilação. Ele o percebe como uma forma de manter-se integro, aberto às ações do mundo, em plenitude, e às possibilidades do seu vir-a-ser, os seus projetos existenciais (CHINI; BOEMER, 2007).
O tema escolhido para essa pesquisa foi “A vida após amputação: o processo de reabilitação e as contribuições da prática esportiva”, devido à escassez de informações e pesquisas, sendo um assunto que merece um olhar mais perspicaz e um melhor entendimento sobre os efeitos psicológicos que uma amputação causa no indivíduo.
Assim, buscamos nesta pesquisa, com fundamentos fenomenológicos compreender e explicitar alguns fenômenos como a dor fantasma, adaptação ao ser no mundo e as possíveis possibilidades que se transformarão em potencialidades, ou seja, novas atividades que agora fazem sentido a sua vida como, por exemplo, o esporte.
Referente à prática esportiva no processo de reabilitação é importante por proporcionar ao individuo amputado um sentimento de orgulho, ao verem as suas realizações, e a preparação que está tendo para superar os desafios e os limites. Além disso, há também um reconhecimento por parte da sociedade que passa a vê-lo como cidadão.
I. Maior índice de causa de amputação no Brasil
Segundo o Ministério da Saúde (2014), as causas de amputação são muitas, entre elas pode-se destacar acidentes provocados por veículos automotores, doenças oncológicas, infecções, doença vascular periférica, diabetes entre tantas outras complicações que podem levar a amputação de um membro ou mais.
No Brasil, atualmente, o maior índice de amputação se dá por causa de diabetes. De acordo com o Ministério da Saúde (2014), amputações por causa de diabetes são cerca de 70% das operações realizadas pelo sistema único de saúde
(sus). 
Dentro dessa estatística o chamado “pé diabético” é a principal causa de amputações. O “pé diabético” é, ainda conforme o ministério da saúde, pequenos ferimentos nos pés, que por causa da má circulação e mal controle dos índices glicêmicos, acabam formando úlceras na área, e isso associado a dificuldade de cicatrização encontrada nos diabéticos, faz com que essa ferida evolua até chegar ao extremo que é o caso da amputação.
O número de diabéticos no Brasil vem crescendo nos últimos anos, estima-se que 11% da população brasileira com mais de quarenta anos é portadora de diabetes. Segundo o Ministério da Saúde (2014), esse número vem crescendo devido ao sedentarismo, obesidade, envelhecimento crescente e modificações nos padrões diabéticos.
II. A imagem corporal
A imagem corporal ou esquema corporal, começou a ganhar ênfase em 1905 quando os Britânicos estudaram sobre o assunto aprofundando-se nos aspectos neurológicos, nos fisiológicos e psicológicos. O nome esquema corporal foi dado por Henry Head que construiu uma teoria na qual o individuo enxerga a si mesmo a partir de um esquema ou modelo, ou seja, ele enxerga a si próprio conforme vê o mundo. (BARROS, 2005). 
O autor ainda explica que unindo os aspectos fisiológicos com as forças emocionais, a imagem vai condensando a vivência que o homem tem de si mesmo e do mundo. Resgata o passado, funde-se o presente e o futuro, e é desta mesma maneira que enxergamos o outro, atribuímos valores conforme o nosso interesse e conhecimento.
O nosso corpo é a forma que nos apresentamos ao mundo, é nossa identidade inicial, é como o outro nos vê. Através do nosso corpo, podemos dar varias formas aos movimentos que geralmente representam o que somos e sentimos. Segundo Barros (2005) também construímos e desconstruímos nossa imagem corporal. É uma sucessão de tentativas para buscar uma imagem e corpos ideais.
Segundo Goffman (2004) a sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias.
O Autor ainda explica que pode surgir evidencias de atributos que torna o individuo diferente dos demais, podendo ser considerado menos desejável. Assim, deixamos de considera-lo criatura comum e total, reduzindo a uma pessoa estranha e diminuída. Tal característica é um estigma, especialmente quando seu efeito de descredito é muito grande. 
Atualmente a relação com o corpo é muito influenciada pela mídia que enfatiza a busca pelo corpo magro e belo. Isto faz com que as pessoas fiquem insatisfeitas com seus corpos e busquem, muitas vezes de forma prejudicial a saúde, chegarem na perfeição.
O nosso corpo tem ligação com o emocional, como dito a cima, em muitos casos o sujeito desenvolve uma doença sem saber o que lhe esta ocorrendo, pois a busca pela perfeição tornou-se primordial. Segundo Damasceno (2006) a insatisfação com a imagem corporal aumenta a medida que a mídia expõe belos corpos, fato este que tem determinado, nas ultimas décadas, uma compulsão a buscar a anatomia ideal. Devido a imensa valorização do corpo ideal, do corpo perfeito, cabe ao sujeito amputado uma nova readaptação, um novo olhar para si mesmo e para o mundo.
III. Autoestima
De acordo com Paiva e Goellner (2008), a sociedade preserva costumes, valores estéticos e morais. Com isso, alguns aspectos físicos revelam para a sociedade sinais de beleza, enquanto outros aspectos físicos são vistos como sinal de feiúra, doença ou deficiência. Portanto, indivíduos que sofreram a amputação passam por uma mudança física drástica e, com isso, a visão que eles têm de si próprios e a forma como acreditam que as pessoas a enxergam irão mudar, o que poderá ou não afetar a autoestima.
... a avaliação que o indivíduo faz, e que habitualmente mantém, em relação a si mesmo. Expressa uma atitude de aprovação ou desaprovação e indica o grau em que o indivíduo se considera capaz, importante e valioso. Em suma, a autoestima é um juízo de valor que se expressa mediante as atitudes que o indivíduo mantém em face de si mesmo. É uma experiência subjetiva que o indivíduo expõe aos outros por relatos verbais e expressões públicas de comportamentos. (COOPERSMITH, 1967 apud GOBITTA; GUZZO, 2012, p. 144).
Em contrapartida o autor também traz definições de como se comporta uma pessoa que possui uma autoestima alta.
Uma pessoa com autoestima alta mantém uma imagem bastante constante das suas capacidades e da sua distinção como pessoa, e que pessoas criativas têm alto grau de autoestima. Estas pessoas com autoestima alta também têm maior probabilidade para assumir papéis ativos em grupos sociais e efetivamente expressam as suas visões. Menos preocupados por medos e ambivalências, aparentemente se orientam mais diretivamente e realisticamente às suas metas pessoais. (COOPERSMITH, 1967 apud GOBITTA; GUZZO, 2012, p. 144)
Segundo Paiva e Goellner (2008) as pessoas amputadas apresentam sinais que as identificam como diferentes e até mesmo sendo vistas como imperfeitos ou incapazes.
A sociedade capitalista compreende que o corpo perfeito é aquele que produz lucro, portanto o individuo com o corpo amputado sente-se inútil por não possuir o corpo idealizado pelo mundo globalizado. (SILVA, et al. 2010)
Além disso, o autor pontua que o padrão de beleza é aquele considerado normal e sadio e aqueles que possuem algum tipo de “deficiência” são consideradosfora desse padrão e por isso muitas vezes inúteis. Consequentemente, quando um corpo possui limitações é desprezado pela sociedade e por quem o possui.
O individuo amputado se percebe como pessoa “deficiente” e incapaz, muitas vezes tornando-se um incômodo para os familiares e pessoas próximas a ele. Depender de alguém gera um sentimento de inutilidade, tristeza e rejeição do próprio corpo (SILVA, et al., 2010).
Diante desse cenário de rejeição de si mesmo e da sociedade que as pessoas amputadas provavelmente vivenciam, o autor Coopersmith (1967 apud GOBITTA; GUZZO, 2012) explica que estudos demonstram que fracassos e outras condições que ameaçam expor insuficiências pessoais são, provavelmente, a causa principal da ansiedade que está proximamente relacionada com a autoestima. 
Segundo Paiva e Goellner (2008), os indivíduos que tiverem um membro amputado precisam ser reconhecidos pelas pessoas como alguém que vive, apesar de um corpo imperfeito.
Mas, devido ao fato de que algumas pessoas sentirem-se com baixa autoestima após a amputação devido aos estigmas da sociedade e pela forma como ela mesma se percebe, Paiva e Goellner (2008) realizaram um estudo com o objetivo de acolher essas pessoas. Foi criado um grupo de apoio possibilitando que os participantes se aproximassem e se envolvessem através de seu sofrimento.
Desta forma, os participantes que passaram pela clinica sentiam-se compreendidos, acolhidos e incluídos. Com isso, sentiam na clinica que suas marcas 
corporais eram vistas como característica de pertencimento e de identidade, diferentemente de outros locais que era interpretado como sinal de imperfeição. (PAIVA; GOELLNER, 2008).
IV. Membro fantasma; dor no coto, sensação fantasma e dor fantasma.
Um dos aspectos importantes que é interessante citar, após a amputação a dor fantasma pode dificultar a adaptação psicológica, juntamente com o processo de reabilitação motora. A dor fantasma está relacionada a sensação de dor no membro amputado, que pode ser apresentada como ardor e aperto. (PROBSTER; THULER, 2006).
Os autores ainda pontuam que também está relacionada aos aspectos psicológicos que refere-se à imagem corporal que já foram adquiridos ao longo da vida e aspectos fisiológicos refere-se a organização cortical central, pois é nesta região que está relacionada cada região do corpo. 
Depois da amputação, o indivíduo sofre um grande impacto psicológico e vários distúrbios emocionais surgem na adaptação física e social, o que lhe faz enfrentar uma nova situação, mas como reluta em aceitá-la, acaba tentando, inconscientemente, manter a integridade de seu corpo (	SCHILDER, 1989 APUD DEMIDOFF; PACHECO; SHOLL-FRANCO, 2007)
É válido saber que a maioria dos pacientes submetidos à amputação evolui com algum tipo de desconforto no membro ausente. Quando caracterizado como dor, esse desconforto reduz a qualidade de vida do paciente, que passa a utilizar de forma mais significativa o sistema de saúde, inflacionando a demanda, e trazendo, consequentemente, implicações administrativas e de planejamento para o gerenciamento da rede de atenção à saúde. (PROBSTER; THULER, 2006)
Segundo Probster e Thuler (2006), vale lembrar que sensação fantasma, dor no coto e dor fantasma são entidades distintas, mas que podem coexistir num mesmo paciente, sendo fundamental distingui-las semiologicamente para uma correta abordagem terapêutica.
Na visão de Probster e Thuler (2006), a dor fantasma pode se mostrar de caráter grave e de difícil controle, e deve ser diferenciada do quadro álgico que surge muitas vezes no coto de amputação, devido ao processo inflamatório inerente ao trauma cirúrgico.
Embora sua fisiopatologia ainda não esteja completamente estabelecida, estudos clínicos e experimentais vêm contribuindo de forma significativa para seu entendimento, havendo teorias centrais e periféricas para explicá-la. (PROBSTER; THULER, 2006).
Os autores ainda informam que no passado, acreditava-se que a incidência da dor fantasma era baixa, em torno de 2%. Porém, estudos recentes contradizem estes dados, apresentando índices que variam de 60 a 80 %.
Nesse cenário, é compreensível que ainda não haja uma abordagem terapêutica padrão eficaz para a dor fantasma, uma vez que sua fisiopatologia não foi plenamente estabelecida. (PROBSTER; THULER, 2006)
De acordo com Probster e Thuler (2006), a abordagem terapêutica deste acometimento pode ser didaticamente organizada em três modalidades: medicamentosa, de apoio e cirúrgica, podendo ser utilizadas em conjunto ou separadamente.
Na bibliografia disponível sobre o tema fica claro que não há padronização no emprego de instrumentos para investigar e medir a dor. Esta avaliação, de uma maneira geral, é feita através de perguntas a respeito das características da dor em diferentes tipos de questionários criados para analisar este acometimento. (PROBSTER; THULER, 2006)
A falta de padronização torna as informações heterogêneas, o que, por sua vez, dificulta a análise comparativa das mesmas. Outro ponto importante a ser observado é que a dor prévia à amputação tem sido apontada como fator de risco para o desencadeamento de dor fantasma, o que justificaria um estudo exclusivo da prevalência deste fenômeno em patologias, cujo quadro álgico é um aspecto clínico usual. (PROBSTER; THULER, 2006)
V. O pré-operatório da cirurgia da amputação
A cirurgia da amputação é composta por uma infinidade de sentimentos que surgem desde o momento em que é dada a notícia da amputação de um membro e a gama de sentimentos passam a tomar conta da realidade do indivíduo.
A pessoa submetida a uma cirurgia sente-se fragilizada e emocionalmente instável, possui uma falta de controle da situação, a incerteza de como será a operação, dúvidas sobre o pós-cirúrgico, medo de sentir dor, de se tornar incapacitado, de morrer, da mutilação, de “não voltar” da anestesia e fantasias sobre como ficará seu corpo (SEBASTIANI, 2000 apud GABARRA; CREPALDI, 2005, p.50-55).
A relação médico-paciente inicia-se a partir do momento em que há aspectos emocionais envolvidos, pois a decisão da amputação deve ser definida com cautela e após a decisão deve-se comunicar o paciente.
Portanto, comunicar ao paciente sobre a necessidade da amputação faz parte da relação médico-paciente. Essas más noticias que o médico precisa dar ao paciente são aquelas que alteram drástica e negativamente a perspectiva do paciente em relação ao seu futuro e neste tipo de comunicação o médico tem,
obviamente, um envolvimento capital (LIMA; apud GABARRA; CREPALDI, 2003, p.217-220).
O trabalho do psicólogo neste meio é crescente, e torna o papel importante antes, durante e após a cirurgia, sendo o tratamento imediato ou não.
Embora todos esses sentimentos sentidos pelo indivíduo, que são vistos de forma comum pelos médicos, a sensibilidade não deve ser perdida, haja vista que o processo de reabilitação deste paciente será duradouro e delicado. Por isso, a intervenção psicológica deve ser tratada com seriedade, pois põem em risco as condições de saúde da população.
VI. O pós-operatório da cirurgia da amputação
Há muitos fatores a serem considerados após a cirurgia da amputação quando a ideia é compreender os aspectos que envolvem uma cirurgia de retirada de um membro do seu corpo e uma das maiores preocupações são as consequências psíquicas que são geradas no paciente.
O pós-operatório é momento em que o paciente se vê sem um determinado membro do seu corpo e com isso, gera o desconforto da autoimagem corporal, sensação de isolamento e estigma, processo de adaptação à amputação, a dor fantasma e todas essas sensações devem ser levadas em consideração para o tratamento.
Alguns autores referem-se, que quanto mais jovem, mais difícil a adaptação, principalmente em relação à restrição de atividades, considera-se que o idoso tem a oportunidade gradual de se habituar à restrição de atividades ao longo da vida e dos adoecimentos crônicos e podem se adaptar melhor com a amputação, suas limitações motorase o aumento da dependência (HORGAN; MACLACHLAN; 2004; RYBARCYK 1997; apud GABARRA; CREPALDI).
Os jovens que estão mais aptos e mais sadios e acabam passando por uma amputação, tem a tendência de recusar dentro de si sua nova condição e isso pode dificultar a adesão ao tratamento que é oferecida, após a amputação. Já o idoso pode ter uma aceitação mais fácil, por conta de em alguns casos já serem dependentes de outras pessoas para cumprir determinada atividade e com a amputação apenas aumentaria o nível de dependência.
Galván e Amiralian (2006) defendem a teoria do amadurecimento pessoal que é permeada pelo principio de que o ser humano nasce dotado de uma tendência ao amadurecimento, que garante, na presença de um ambiente facilitador, a continuidade do ser.
Embora a perda de um membro implique toda a vida do indivíduo, toda mudança necessita ser reformulada e para que haja novas experiências, é necessário deixar para trás aquilo que já foi aprendido para aprender coisas novas.
VIl. Benefícios da prática esportiva no processo de reabilitação
O individuo, após a amputação, acaba consequentemente sofrendo várias mudanças em sua vida, como sua autoestima, autoimagem e autonomia. Com isso, ele se submete a necessidade de readaptação de sua nova condição de vida, tendo dificuldades, muitas vezes, de se reinserir na sociedade. Desta forma, o esporte adaptado surge como uma forma de colaborar de forma positiva em sua reabilitação.
Os autores Ribeiro e Araújo (2008 apud Simim, 2014) “pontuam que para falar de esporte para pessoas com deficiência o termo mais correto seria Desporto adaptado ou paradesporto, sendo o termo paralímpico aplicado aos esportes de alto rendimento”.
De acordo com Ramos (2011), em 1944, o neurologista e neurocirurgião alemão Sir Ludwig Guttamann acreditava que o esporte beneficia a pessoa com limitação física, pois diminui problemas depressivos, a baixa estima e o sedentarismo. No aspecto psicológico, o esporte melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando-as mais otimistas e seguras para alcançarem seus objetivos.
Segundo a revisão realizada por San Martin, Samur, Tanure e Duarte (2012), os autores Souza (1994) e Costa e Duarte (2006) Os ganhos obtidos no aspecto social estão intimamente relacionados com as alterações no estado físico e psicológico. Através da atividade física o individuo passa a obter um ganho maior de autonomia e independência, pois há melhoras significativas nas capacidades funcionais e habilidades motoras.
Ao que se refere à habilidade, de acordo com Martin, Alvez e Duarte (2012), a prática de atividade física proporciona melhora nas capacidades físicas como força, resistência, velocidade que, consequentemente, provocam melhora em habilidades motoras como equilíbrio, coordenação, ritmo, entre outras. 
O esporte também está relacionado com o desenvolvimento das qualidades sociais, com a empatia pelas pessoas e o desenvolvimento do relacionamento dentro de diferentes grupos sociais (ZUCHETTO, CASTRO, 2002 apud SIMIM, 2014).
Ramos (2011) pontua que a maior fonte de motivação e incentivo à prática desportiva adaptada, geralmente, é proporcionada pela família do deficiente, que, antes de encararem como uma profissão vê o esporte como uma forma de terapia ocupacional. 
A autora ainda destaca que existem modalidade que são de fácil acesso, como por exemplo o atletismo e, portanto, os participantes são capazes de praticá-lo independente das limitações físicas impostas pela deficiência e também das barreiras postas pela sociedade. Contudo, é imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. (RAMOS, 2011). 
Quando a pessoa com limitação física passa a ter sucesso no esporte, a sociedade o vê como representante da instituição a que pertence. Ele deixa de ser “coitadinho” e passa a ser uma pessoa eficiente para o esporte e sociedade . (SAN MARTIN; SAMUR; TANURE; DUARTE, 2012). De acordo com pesquisa realizada pelos autores Labrocini, Cunha, Oliveira e Gabbai (2000): 
As mudanças vivenciadas por estes grupos acordou, dentro de cada deficiente físico envolvido no programa esportivo, um sentimento e vontade de melhorar o seu mundo, provando para si mesmo e para a sociedade que são capazes de terem soluções para suas maiores dificuldades ou barreiras. Eles passaram a cobrar, especialmente de si mesmos, soluções para as suas maiores dificuldades. 
No meio clubístico, as atividades inclusivas (que integram pessoas com e sem deficiência, através de eventos lúdicos, recreativos e de lazer), adaptadas (voltadas para a prática desportiva, onde fazem parte o esporte competitivo e o recreativo) e terapêuticas (que são de reabilitação), trazem um grande benefício, pois propiciam a quebra de barreiras e de paradigmas. (SAN MARTIN, SAMUR, TANURE, DUARTE, 2012)
Referente à reabilitação do individuo, Steinberg e Bittar (1993) apud Labrocini, Cunha, Oliveira e Gabbai (2000): “consideram que o esporte deveria ser sempre, parte da reabilitação de um indivíduo, lembrando que todos os indivíduos apresentam um grau de potencial residual que deve ser estimulado em busca de uma vida mais saudável e digna”. 
Portanto, conclui-se que o esporte pode colaborar em vários aspectos para que o sujeito possa enfrentar as dificuldades encontradas diante das limitações físicas, possibilitando que ele possa se reabilitar, tornando-se independente, autônomo, superando barreiras e, com isso, reinserindo-se novamente à sociedade. Desta forma, por meio do esporte ele mudará sua autoimagem e autoestima e fará com que a sociedade passe a vê-lo além de da sua deficiência, mas sim como um sujeito capaz. 
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral:
Investigar quais são as consequências psicológicas da amputação na visão dos profissionais da área e o papel da prática esportiva no processo de reabilitação. 
2.2 Objetivos específicos:
Visando atingir o objetivo principal, alguns objetivos específicos são requeridos, entre eles:
Investigar as principais causas que resultam em amputação. 
Analisar como ocorre a reabilitação dos indivíduos com membros amputados e quais são os profissionais envolvidos. 
Verificar as dificuldades do individuo em aceitar e se adaptar ao uso da prótese. 
Investigar quais fatores estão relacionado a sensação de um membro fantasma, ou seja, percepção do membro após a amputação. 
3. MÉTODO
O método utilizado foi a pesquisa qualitativa, a fim de identificar os pressupostos da vida do sujeito após a amputação de um membro. De acordo com Neves (1996) a pesquisa qualitativa possibilita um ambiente natural como fonte de dados, possui um caráter descritivo, busca o significado que as pessoas dão as coisas e à sua vida e possui um enfoque indutivo, portanto, ela possibilita através de tais características que se contemple todos os aspectos subjetivos que pretende-se compreender referente aos fatores psicológicos do individuo após a amputação.
Participantes 
Participaram desta pesquisa cinco profissionais que atuam com esportes paralímpicos, sendo;
Educadores físicos; 
Educador físico que atua com atletas paralímpicos na modalidade atletismo;
Educador físico que atua com atletas que jogam basquete em cadeira de rodas; 
Três psicólogas que atuam com atletas paraolímpicos;
Instrumentos 
Usamos um roteiro de entrevista com questões abertas, direcionado aos profissionais 	que atuam na reabilitação destes sujeitos (Apêndice V). 
Aparatos 
Foi utilizado um gravador para transcrever exatamente a forma em que os profissionais multidisciplinares elaboraram seus discursos.
IV.	Coleta e análise dos dados
Foi realizado o contato com alguns institutos esportivos, que oferecem atividades esportivas adaptadas, como por exemplo, basquete em cadeira de rodas, atletismo, ciclismo, natação, etc.
Foi entregue as instituições, a carta de apresentação (Apêndice I) e o Termo de Consentimento Institucional (Apêndice II) e o termo de Consentimento Livre Esclarecido (Apêndice III),para os profissionais entrevistados solicitando a gravação do áudio.
Para coleta de dados foi realizada uma entrevista semi-dirigida, seguindo o roteiro de perguntas pré estabelecidas e que teve o áudio gravado e transcrito para análise qualitativa. (BARDIN, 1977). A autora explica que a análise de conteúdo, enquanto método, torna-se um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. 
Ao final da pesquisa será oferecida uma devolutiva para os participantes, com o objetivo de gerar um momento de reflexão sobre o tema e contribuir para o aumento do conhecimento dos entrevistados sobre o assunto.
4. RESULTADOS 
 
A partir dos resultados obtidos com as entrevistas, foram identificadas as seguintes categorias: 
 
– Principais causas observadas da amputação 
De acordo com os dados obtidos nas entrevistas, as principais causas observadas da amputação são os acidentes automobilísticos, como acidentes de carros, motos, atropelamentos e os demais acidentes de transito.  
4.2 – Principais consequências psicológicas da amputação  
As principais consequências psicológicas da amputação são: a perda da auto confiança, depressão, dor fantasma e a perda de perspectiva de vida, além da dificuldade do indivíduo em aceitar a sua atual condição; de acordo com o que é evidenciado nas falas a seguir:
 Perda da auto estima, da auto confiança, depressão, perda de perspectiva de vida. E tem aquela coisa da dor, onde a pessoa sente a dor no membro que não existe, a dor fantasma. – Psicóloga 1
 No início é a adaptação do atleta, ele não se aceita, então na maioria das vezes eles levam muito tempo, alguns mais, outros menos para poder aceitar o processo do acidente – Treinador 1
4.3 – Recursos auxiliares no processo de reabilitação após a amputação  
Segundo os entrevistados o fator mais importante na reabilitação é o apoio da família. É por meio desse apoio que o indivíduo pode estabelecer uma estrutura psicológica que irá ajudá-lo na reabilitação; como evidenciado nas falas a seguir:  
 O principal é o apoio da família, e o centro de reabilitação que é preciso sempre estar ligada a um centro de reabilitação pra poder ajudar a toda parte emocional e física, para pessoa reaprender a vida. – Treinador 1 
O principal é ter o apoio da família, o principal é esse – Treinador 2
4.4 – Principais dificuldades para os profissionais da área. 
 
O fato do indivíduo não aceitar a sua deficiência é a principal dificuldade enfrentada pelos profissionais que atuam nessa área, pois nessas condições os indivíduos se tornam resistentes, não abrindo chances para uma nova possibilidade de vida por conta das limitações causadas pela amputação; dificultando assim sua reabilitação. Outro ponto é com relação a autopiedade, pois o indivíduo se sente no direito de ser favorecido em todos os sentidos, por conta do sofrimento que passou por causa da amputação, conforme evidenciado nas falas a seguir:
Aceitação da deficiência e querer conviver com ela – treinador 1 
É da própria pessoa de se abrir para uma nova possibilidade – Psicóloga 1 
A auto piedade, ao mesmo tempo que, através do esporte, buscam a superação, este comportamento é justificado pela superação das injustiças. Como se ele tivesse o dever de ser forte e o direito de ser favorecido “ever” (sempre) já que passou pela situação. Como se o sofrimento dele fosse maior do que os outros – Psicóloga 2
4.5 – Profissionais envolvidos na reabilitação. 
De acordo com os entrevistados, os profissionais envolvidos na reabilitação devem compor uma equipe multidisciplinar, para que o indivíduo seja visto como um todo, respeitando os aspectos físicos, psicológicos e sociais. É importante que esses profissionais trabalhem de forma integrada, pois o trabalho de um depende do trabalho do outro; como evidenciado nas falas a baixo: 
Médicos, fisiatra, ortopedista, neuro, psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional – psicóloga 1. 
 Todos os profissionais dependem um do outro– treinador 1 
 
4.6 – Adaptação ao uso da prótese.  
Os profissionais relatam que para o uso da prótese é necessário uma adaptação e essa pode gerar um grande desconforto para o indivíduo. Porem citam que uma das motivações para a procura pela prótese é a estética; como evidenciado nas falas a seguir:
Depende muito de cada pessoa. Eu conheci um caso de uma menina que perdeu um braço, ela optou pela prótese apenas por uma questão estética. – psicóloga 1. 
Acho que é estressante no sentido de adaptar e chegar a um ponto ideal para a prótese ficar perfeita para ele– treinador 2. 
 
4.7 – Sensação do membro fantasma. 
A sensação do membro fantasma está relacionada a aspectos psicológicos, isto é, vai além de questões físicas. Segundo os entrevistados, o amputado tem a sensação que ainda tem o membro e sente dor como se ele estivesse inflamado ou cicatrizando. O processo de adaptação é muito doloroso e estressante para o indivíduo; conforme evidenciado nas falas a seguir:
 
Se pensarmos que o corpo é além de biológico, uma construção psicológica, o membro fantasma não é só uma questão de terminações neurais e sim o significado psicológico. – psicóloga 2. 
Na verdade o processo da perda do membro fantasma é para recuperação muita das vezes é mais psicológico do que físicos, muitas vezes é psicológico, porque ele tem a sensação que tem o membro e que sente dor no membro como se tivesse sarando ou inflamado e para a pessoa que possui o trauma que tem a amputação é extremamente doloroso, é estressante a readaptação, a adaptação a essa perda, então é complicado – Treinador 2
4.8 – Processo de luto no pós-amputação
O processo de luto no pós-amputação é outro ponto percebido pelos entrevistados. A perda de um membro pode ser comparada ao luto por ser uma grande perda para o individuo.
Em geral, os para-atletas contam o processo recheados de momentos de depressão, podemos comparar ao processo de luto – psicóloga 2.
4.9 – Papel da prática esportiva no processo de reabilitação.
A melhora da autoestima, autoconfiança, autonomia, adquirir um novo objetivo de vida e se incluir novamente na sociedade, foram fatores citados pelos entrevistados com relação ao papel da pratica esportiva no processo de reabilitação.
Ele começa a se ver como capaz, melhora a autoestima e a auto confiança e partir disso ele percebe que “se dei conta disso posso dar conta de outras coisas. - psicóloga 1.
4.10 – Contribuições da prática esportiva para a inibição da sensação do membro fantasma.
De acordo com os dados obtidos nas entrevistas, o esporte ajuda também na inibição da sensação do membro fantasma, uma vez que o individuo vai focar tanto o físico quanto o psicológico, na prática do esporte, e assim não abrirá espaço para pensar no membro amputado.
O membro fantasma não é só uma questão de terminações neuronais e sim o significado psicológico. – psicóloga 2.
Na verdade o processo da perda do membro fantasma é para recuperação muita das vezes é mais psicológico do que físicos. – treinador 1.
4.11 – Lições aprendidas com os amputados.
As lições aprendidas com os amputados, para os entrevistados, são a superação de limites, barreiras, preconceitos e aceitação de si mesmo.
Posso dizer que a questão de superar limites e barreiras, olhar para dentro de si mesmo – psicóloga 1. 
Que não há fronteiras para a vontade humana – psicóloga 3.
O que a gente aprende muito com cada um é a superação mesmo de cada um, aqueles que vem e devido o esporte. – treinador 1.
Conclui-se que de acordo com os dados obtidos, o esporte atua de forma significativa na reabilitação do amputado na medida em que dá a ele um novo sentido para sua vida, integra-o novamente na sociedade, melhora sua adaptação física e emocional, pois conforme ele supera suas dificuldades, sua percepção de si muda, melhorando sua autoestima, autoimagem e autoconfiança. 
5. DISCUSSÃO
De acordo com o Ministério da Saúde (2014), a principalcausa da amputação é a diabetes, que é a causa de cerca de 70% das operações realizadas pelo sistema único de saúde. Entretanto, os relatos dos entrevistados mostram que a maior incidência são decorrentes de acidentes automobilísticos. 
Sabe-se que a amputação traz muitas consequências psicológicas para os indivíduos. Na visão de Gabarra e Crepaldi (2009), no processo de adaptação à amputação, os indivíduos precisam se ajustar às mudanças físicas, psicológicas e sociais advindas da perda do membro incorporando estas no seu novo senso de auto identidade. Assim como aponta a teoria, os entrevistados também colocam a adaptação como uma das principais consequências.
Referente aos recursos auxiliares no processo de reabilitação após a amputação, de acordo com Gabarra e Crepaldi (2009), a Psicologia nesta área mostra-se essencial tanto na pesquisa como no campo da intervenção, o papel do psicólogo na equipe interdisciplinar pode auxiliar o paciente e sua família no período anterior a cirurgia, durante a hospitalização, no período de adaptação e na reabilitação psicossocial. Segundo Diogo (1997) no decorrer do processo de reabilitação os profissionais envolvidos devem atuar junto com o paciente e seus familiares, apoiando suas decisões e respeitando, deste modo, sua autonomia. 
Assim como aponta a teoria, de acordo com os entrevistados a equipe multidisciplinar também é importante, mas destacam que a família tem o papel principal na reabilitação, dando total apoio ao individuo. 
Não havendo embasamento teórico referente às principais dificuldades para os profissionais da área, constatou-se que a maioria dos profissionais entrevistados alegaram que é a adaptação e aceitação da deficiência pelo próprio amputados, são os maiores empecilhos, além disso, a autopiedade também é um empecilho, pois o indivíduo se sente no direito de ser favorecido em todos os sentidos
Com relação à adaptação ao uso da prótese de acordo com Pastre, Salioni, Oliveira, Micheletto e Júnior (2005): 
Embora considerada como de bom prognóstico para uso de prótese, o amputado pode apresentar dificuldades importantes para locomoção, transferência e trocas posturais, e ainda, presença de dor no coto ou fantasma, baixa auto-estima, medo e depressão. (p. 120-124).
De acordo com Paiva e Goellner (2008), “a análise por categorias revelou que a prótese foi observada como uma forma de resgatar a funcionalidade perdida e também a estética corporal na medida em que os pacientes viram seus corpos novamente como completos”. 
Assim como a teoria aponta, os entrevistados também confirmam que a prótese pode causar desconforto, até que se adapte a ela. Em alguns casos, o atleta deve começar a treinar com uma prótese de passeio que pode lesionar o membro amputado. Foi citado por um dos entrevistados que em alguns casos, a prótese não tem funcionalidade nenhuma que não seja a estética. 
Referente às lições aprendidas com os amputados, de acordo Labrocini, Cunha, Oliveira e Gabbai (2000) “dentro de cada deficiente físico envolvido no programa esportivo, há um sentimento e vontade de melhorar o seu mundo, provando para si mesmo e para a sociedade que são capazes de terem soluções para suas maiores dificuldades ou barreiras” No meio clubístico, as atividades inclusivas trazem um grande beneficio, pois propiciam a quebra de barreias e paradigmas. (SAN MARTIN ET AL. 2012)
Conforme os relatos obtidos, constatamos que assim como aponta a teoria, a gratificação para os profissionais é de poder ver a superação das dificuldades dos amputados, isto é, ao ver o individuo amputado com todas as suas limitações, superando os seus limites, o profissional reflete sobre as suas atitudes.
Quanto ao papel da pratica esportiva no processo de reabilitação, conclui-se que a atividade esportiva pode ser considerada como uma ferramenta eficiente de intervenção psicossocial, contribuindo para o desenvolvimento físico, social, emocional e moral dos participantes. (SANCHES; RUBIO, 2011). Segundo Steinberg e Bittar (1993 apud Labrocini; Cunha; Oliveira; Gabbai, 2000): “consideram que o esporte deveria ser sempre, parte da reabilitação de um indivíduo, lembrando que	e todos os indivíduos apresentam um grau de potencial residual que deve ser estimulado em busca de uma vida mais saudável e digna”. Esta prática pode auxiliar com a inibição da dor do membro fantasma, uma vez que o individuo vai focar tanto o físico quanto o psicológico, na prática do esporte, e assim não abrirá espaço para pensar no membro amputado.
Além disso, há também um reconhecimento por parte da sociedade que passa a vê-lo como cidadão. Segundo San Martin, et al. (2012), quando a pessoa com limitação física passa a ter sucesso no esporte, a sociedade o vê como representante da instituição a que pertence, ele deixa de ser “coitadinho” e passa a ser uma pessoa eficiente para o esporte e sociedade. As entrevistas corroboraram com a teoria, e acrescentaram o fato de aumentar a autoestima e a autoconfiança dos amputados, contribuindo para que possa se incluir novamente na sociedade. 
A prática esportiva não se refere apenas a questão da superação em si, mas aos valores agregados que são levados para toda sua vida, como o respeito às diferenças, lidar com a limitação do outro, as suas qualidades e habilidades.
De acordo com Zuchetto e Castro (2002, apud Simim, 2014), o esporte também está relacionado com o desenvolvimento das qualidades sociais, com a empatia pelas pessoas e o desenvolvimento do relacionamento dentro de diferentes grupos sociais. 
Através da atividade física o individuo passa a obter um ganho maior de autonomia e independência, pois há melhoras significativas nas capacidades funcionais e habilidades motoras. (SOUZA, 1994; COSTA; DUARTE, 2002, apud SAN MARTIN, et al. 2006).
É também comum que os sujeitos amputados sintam a presença de um membro fantasma. Segundo Chini e Boemer (2007) o membro ausente toma forma e habita de maneira contínua o mundo do amputado. De acordo com Schilder (1989, apud DEMIDOFF et al., 2007), depois da amputação, o indivíduo sofre um grande impacto psicológico e vários distúrbios emocionais surgem na adaptação física e social, o que lhe faz enfrentar uma nova situação, mas como reluta em aceitá-la, acaba tentando, inconscientemente, manter a integridade de seu corpo.
Os entrevistados confirmam a teoria alegando que a sensação do membro fantasma não esta relacionada apenas à questão das terminações neurais, mas também às funções psicológicas, pois ele não consegue aceitar a perda, sofre o estresse da readaptação, a adaptação a essa perda. 
Referente ao processo de luto no pós-amputação mencionado pelos entrevistados, Paiva e Goellner (2008) afirmam que “não aceitar que seus corpos foram modificados pela amputação significa viver no passado, num eterno luto pelo perdido, por um corpo que não existe mais” (p. 490). Gabarra e Crepaldi (2009) explicam que após a amputação ocorre o processo de adaptação, tanto física quanto psicológica, no individuo. Nesse processo, podem ocorrer sintomas de depressão, tristeza que também aparecem nos casos de luto.
 Os entrevistados confirmam a teoria, pois relataram que a amputação pode ser comparada com o luto uma vez que o individuo tem que aceitar essa grande perda em sua vida. 
É importante ressaltar a questão do estigma sofrido pelos amputados após a amputação, pois apesar de não aparecer nas entrevistas, essa questão é certamente presente na vida desses indivíduos. 
O Autor Goffman (2004) explica que a sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias. Portanto, pode surgir evidencias de atributos que torna o individuo diferente dos demais, podendo ser considerado menos desejável. Sendo assim, a pessoa é reduzida a uma pessoa estranha e diminuída. Tal característica é um estigma, especialmente quando seu efeito de descredito é muito grande. 
O individuo que sofre a amputação tem seu corpo modificado e agoraele precisa adaptar-se a ele. De acordo com Gabarra e Crepaldi (2009), durante o processo de adaptação a perda do membro ocorrem às reações emocionais como ansiedade, depressão, irritação, tristeza, desapontamento, sentimento de culpa, autoimagem ansiosa e desconforto social. 
Desta forma, percebe-se que as características citadas acima podem estar relacionadas com o estigma, pois além de ter que adaptar-se fisicamente, ele também terá que se deparar com essa visão da sociedade de que por ele ser diferente do que é considerado “normal” pela sociedade, ele agora é visto como incapaz e consequentemente tem dificuldades de se inserir na sociedade.
Entretanto, quando a pessoa estigmatizada pela sociedade entra para o esporte e demonstra seus potenciais e habilidades ele passa a ser visto além de sua limitação física, mas sim como um sujeito capaz. 
Conclui-se que o processo de reabilitação após a amputação, envolve vários aspectos da vida do sujeito, tanto físicas como também psicológicas. Contudo, ao ingressar na prática esportiva ele adquire um novo sentido para sua vida, que o auxiliará a superar as dificuldades tanto físicas, como também psicológicas.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto proporcionou uma compreensão da visão dos profissionais em relação as consequências psicológicas da amputação, e como o esporte colabora para a reinserção do individuo na sociedade. De acordo com os dados obtidos, quando o individuo entra para o esporte ele começa a enxergar suas potencialidades e percebe-se como capaz, voltando a se reinserir também no mercado de trabalho e na vida acadêmica, proporcionando assim uma melhora de sua autoimagem. 
O trabalho da equipe multidisciplinar articulado ao esporte contribuíram para a reabilitação dos indivíduos em aspectos como: adaptação, superação, autoestima, autoconhecimento e autoimagem. No entanto, há escassez de referencial teórico referente a visão dos profissionais que trabalham com indivíduos amputados, e essa insuficiência acarretou em uma dificuldade em analisar os dados obtido com as entrevistas. As teorias existentes são relacionadas, em sua maioria, aos amputados e não ao ponto de vista dos profissionais.
Do ponto de vista da Psicologia, os indivíduos necessitam de um apoio psicológico no sentido de reinserir o sujeito na sociedade, ajudando-o a aceitar sua nova condição, reconstruindo sua autoimagem e autoestima.
Contudo, o projeto foi de suma importância para uma nova perspectiva de conhecimento para os profissionais que atuam no processo de amputação, pois as teorias existentes estão voltadas aos aspectos físicos e não enfocam as estruturas emocionais. Portanto, objetivou-se olhar para a subjetividade do amputado para compreender de forma mais empática e humanizada como ele se sente na visão do profissional. 
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APÊNDICE I
UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Campinas, ___ de ________________ de 20___.
Prezado(a) senhor(a),
Apresentamos as alunas abaixo relacionado ao nono semestre do curso de Psicologia desta Universidade, que estão realizando uma pesquisa como parte das atividades da disciplina “Seminários de Pesquisa em Psicologia”.
Claudia Paiva Ferreira
Jéssica A. C. Rodrigues Samanta Leite
Taila Consani Sitta
A pesquisa A VIDA APÓS A AMPUTAÇÃO: O PROCESSO DE REABILITAÇÃO E AS CONTRIBUIÇÕES DA PRÁTICA ESPORTIVA está sendo orientada pela Profa. Dra. Simone Meyer Sanches e tem como objetivo investigar quais são as consequências psicológicas da amputação na visão de profissionais da área.
Para a realização desta pesquisa, as alunas desejam levantar informações com os profissionais que atuam na reabilitação desses indivíduos, na cidade de Campinas.
Solicitamos a V.Sa que permita a realização deste levantamento de dados.
Garantimos que as informações obtidas serão mantidas de forma estritamente confidencial, protegendo o anonimato da Instituição e de todos os envolvidos, sendo utilizadas exclusivamente para os fins desta pesquisa, incluindo a apresentação de seus resultados em eventos e veículos científicos.
Atenciosamente,
Profª. Drª. Maria da Piedade de R de Araújo Melo
Coordenadora de Psicologia - Noturno
Campus Swift
Profa. Dra. Simone Meyer Sanches
Professora de Seminários de Pesquisa em Psicologia - Noturno
Campus Swift
APÊNDICE II
UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
Termo de Consentimento Institucional
Nome do projeto: A vida após amputação: “o processo de reabilitação e as contribuições da prática esportiva” 
Justificativas e Objetivos gerais: Propiciar uma reflexão sobre o tema, de forma que a contribuição destes profissionais colabore para a reabilitação do indivíduo refletindo sobre os aspectos físicos, cognitivos e sociais. O objetivo da pesquisa é investigar quais são as consequências psicológicas da amputação na visão de profissionais da área. 
3. Procedimentos: Será utilizado o método de entrevista semi-dirigida com os profissionais que atuam na reabilitação desses indivíduos. Com os dados coletados através da entrevista que serão gravadas, será feita a transcrição dos dados para discussão. Para finalizar, faremos um pareamento dos resultados ao conteúdo teórico para fechamento e devolutiva aos participantes. 
4. Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é a Prof.ª Drª Simone M. Sanches, que pode ser encontrado no endereço Av. Comendador Enzo Ferrari - Swift - Campinas – SP CEP 13043-900 - Tel.: (19) 3776-4000. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o CEPPE – Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia – Rua Dr. Bacelar, 1212 – Vila Clementino – CEP 04026-002 - São Paulo – Capital – tel.: (11) 5586.4204 – e-mail: ceppe@unip.br 
Garantia de saída: é garantida a liberdade da retirada de seu consentimento a qualquer momento, deixando de participar deste estudo, sem qualquer prejuízo; 
Direito de confidencialidade: A identidade da instituição será preservada, assim como as identidades de todos os sujeitos participantes, além das identidades de todas as pessoas referidas pelos sujeitos; 
Eu, (nome do representante legal) em nome da Universidade Paulista acredito ter sido suficientemente informado a respeito do que li ou do que foi lido para mim, descrevendo o estudo”_______________________________________________________________________” . 
Autorizo voluntariamente a participação dos membros (especificar) da instituição que represento na pesquisa 
a que se refere este termo, sabendo que poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante a realização do mesmo, sem penalidades ou prejuízos. 
_____________________________________ __________________ 
Assinatura representante legal da Instituição Local Data (cargo do representante da instituição) 
(endereço e telefone da instituição) 
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste sujeito ou de seu representante legal para a participação neste estudo. 
_____________________________________ __________________ 
Assinatura do pesquisador Local	Data
APÊNDICE III
UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro Participante:
Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntário da pesquisa intitulada A vida após amputação: “o processo de reabilitação e as contribuições da prática esportiva”, que se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos, Claudia Paiva Ferreira, Jéssica A. C. Rodrigues, Samanta leite e Taila Consani Sitta, do curso de Psicologia da Universidade Paulista - UNIP.
Os resultados irão propiciar uma reflexão sobre o tema, de forma que a contribuição destes profissionais colabore para a reabilitação do indivíduo refletindo sobre os aspectos físicos, cognitivos e sociais. O objetivo da pesquisa é investigar quais são as consequências psicológicas da amputação na visão de profissionais da área. 
Resumidamente, a pesquisa será realizada da seguinte forma: Primeiramente será utilizado o método de entrevista semi-dirigida com os profissionais que atuam na reabilitação desses indivíduos. Com os dados coletados através da entrevista que serão gravadas, será feita a transcrição dos dados para discussão. Para finalizar, faremos um pareamento dos resultados ao conteúdo teórico para fechamento e devolutiva aos participantes. 
Sua forma de participação consiste em nos conceder informações de sua atuação profissional através de uma entrevista.
Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários.
Não será cobrado nada, não haverá gastos e não estão previstos ressarcimentos ou indenizações.
Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: baixo.
Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda interromper sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Nos casos em que se utilizar questionário ou entrevista, você poderá recusar-se a responder as perguntas que causem eventuais constrangimentos de qualquer natureza a você. Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à disposição para maiores informações. Se você desejar, poderá ter acesso a este trabalho do qual participou. 
Você ficará com uma cópia deste Termo e em caso de dúvidas ou necessidade de outros esclarecimentos sobre essa pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador principal: Prof.ª Drª Simone M. Sanches, que pode ser encontrado no endereço Av. Comendador Enzo Ferrari - Swift - Campinas – SP CEP 13043-900 - Tel.: (19) 3776-4000.
Eu ____________________________________________________________ portador do RG sob nº_____________________ confirmo que Claudia Paiva Ferreira, Jéssica A. C. Rodrigues, Samanta leite e Taila Consani Sitta, explicaram-me os objetivos desta pesquisa, bem como a formade minha participação. As condições que envolvem a minha participação também foram discutidas. Autorizo a gravação em áudio da entrevista que porventura venha a dar e sua posterior transcrição pela equipe de alunos-pesquisadores responsáveis, para fins de ensino e pesquisa. Autorizo a publicação deste material em meios acadêmicos e científicos e estou ciente de que serão removidos ou modificados dados de identificação pessoal, de modo a garantir minha privacidade e anonimato.
Eu li e compreendi este Termo de Consentimento; portanto, concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa.
(Local e data:)
_____________________________
(Assinatura do participante)
Eu,______________________________________________________________
(nome do membro da equipe que apresentar o TCLE)
obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do participante da pesquisa ou seu representante legal.
______________________________________________
(Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE)
____________________________________________
(Identificação e assinatura do pesquisador responsável)
O projeto da presente pesquisa teve seus aspectos técnicos, acadêmicos e éticos previamente examinados e aprovados pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação – CEPPE do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Paulista – UNIP.
Contato:
CEPPE - ICH
UNIP - Campus Indianópolis
Rua Dr. Bacelar, 1212 – 2º andar – Vila Clementino
CEP: 04026-002 – Fone: (11) 5586-4204
e-mail: ceppe@unip.br Responsáveis:
Prof. Dr. João Eduardo Coin de Carvalho
Prof. Dr. Waldir Bettoi
APÊNDICE IV
Roteiro de Entrevista para os profissionais
Profissionais da Saúde
Quais são as principais causas observadas da amputação? 
Quais são as principais consequências psicológicas da amputação? 
Conte-nos um pouco sobre como é o processo de reabilitação após a amputação. 
Quais são as principais dificuldades encontradas para os profissionais da área.
Quais são os profissionais envolvidos no processo de reabilitação? 
Como você avalia a adaptação do amputado ao uso da prótese? 
Qual é sua visão sobre o papel da prática esportiva no processo de reabilitação? 
Conte-nos o que você aprendeu com essas pessoas e o que foi mais gratificante nesse processo.
Quais são os fatores relacionados a sensação do membro fantasma?

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