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Direito das Obrigações

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Direito das Obrigações 
Prof.: MARIAROSA COSTA GONCALVES 
Aulas: 
Aula (1ª aula): 
Apresentação sobre o Direito das Obrigações 
Teoria Geral de Obrigações (Arts. 233 a 285 CC) 
Conceito Tradicional: Obrigações é o vínculo jurídico pelo qual o devedor (sujeito passivo) compromete-
se a realizar em favor do credor (sujeito ativo) uma prestação de dar, fazer ou “Não fazer” (Tradição). 
Esta é a noção estática da Obrigação. 
Conceito Atual: Germânico, trazido ao Brasil por Clovis do Couto e Silva, que publicou em seu livro 
“Obrigação como processo”. Processo é das ciências naturais, sequência de atos: Proposta, contrapropos-
ta e aceitação (começo, meio e fim). É o conjunto de atividades necessárias á satisfação do CREDOR, ou 
seja, são fases interdependentes que conduzem ao adimplemento ou cumprimento da obrigação. “O 
adimplemento atrai” Conceito dinâmico de obrigação. 
Elementos da Obrigação: 
1. Subjetivo: sujeitos da Obrigação 
✓ Credor: Sujeito ativo, o que exige a prestação 
✓ Devedor: Sujeito passivo de quem a prestação é exigida, nos contratos bilaterais as pesso-
as são simultaneamente credoras e devedoras, o vendedor deve a coisa, mas é credor do 
objeto. 
2. Objetivo: João deve dar o carro: é a prestação que será de Dar, Fazer ou Não fazer (03) tipos. É o 
objetivo próximo ou imediato. O objeto da prestação é um bem da vida, e, portanto, existe um 
número ilimitado. É o objetivo remoto ou mediato. 
✓ Imediato: Dar (verbos) 
✓ Mediato: O carro 
 Dar o carro 
 João deve: Fazer o muro 
 Não fazer a Obra 
Imaterial: (vinculo jurídico) o que une o credor ao devedor: Teoria Dualista alemã de Brinz, vínculo tem 
dois elementos. 
 Schuld: dúvida ou “debitum”, cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor. Ex.: Locatá-
rio que paga o aluguel. 
Haftumg: “Obrigatio” responsabilidade: prerrogativa conferida ao credor de na hipótese de ina-
dimplemento proceder à execução dos bens do devedor, arts 391 e 942 C.C. 
 
P A R T E E S P E C I A L
LIVRO I
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
TÍTULO I
DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR
Seção I
Das Obrigações de Dar Coisa Certa
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se 
o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, 
ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar 
de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em 
que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos 
quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tra-
dição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da 
perda. 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e 
danos. 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, 
sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239. 
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou traba-
lho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. 
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se 
regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de 
má-fé. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Códi-
go, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Seção II 
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o 
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a pres-
tar a melhor. 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por 
força maior ou caso fortuito. 
CAPÍTULO II 
Das Obrigações de Fazer 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só 
imposta, ou só por ele exeqüível. 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se 
por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, exe-
cutar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
CAPÍTULO III 
Das Obrigações de Não Fazer 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossí-
vel abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o 
desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemen-
te de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. 
CAPÍTULO IV 
Das Obrigações Alternativas 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em 
cada período. 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o 
prazo por este assinado para a deliberação. 
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a es-
colha se não houver acordo entre as partes. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao 
credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as 
perdas e danos que o caso determinar. 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do 
devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; 
se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o 
valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obriga-
ção. 
CAPÍTULO V 
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis 
Art. 257. Havendomais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, está presume-se 
dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetí-
veis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do ne-
gócio jurídico. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela 
dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros 
coobrigados. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor 
ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito 
de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas es-
tes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. 
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confu-
são. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos 
por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos. 
CAPÍTULO VI 
Das Obrigações Solidárias 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um de-
vedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e 
condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
Seção II 
Da Solidariedade Ativa 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação 
por inteiro. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer da-
queles poderá este pagar. 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi 
pago. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exi-
gir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for 
indivisível. 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidarieda-
de. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte 
que lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos ou-
tros. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorá-
vel aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve. (Vide Lei nº 
13.105, de 2015) (Vigência) 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento 
favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em re-
lação a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
Seção III 
Da Solidariedade Passiva 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmen-
te, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados 
solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um 
ou alguns dos devedores. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a 
pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; 
mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam 
aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidá-
rios e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos 
o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta so-
mente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns 
a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a 
sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débi-
to, as partes de todos os co-devedores. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade 
pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda 
ela para com aquele que pagar. 
Anotações dos comentários da professora: 
✓ Direito obrigacional: entre pessoas. 
✓ Contrato/negócio jurídico: que nasce a partir do momento que se fecha o acordo. 
✓ Direito das obrigações: consiste num complexo de normas que regem as relações jurídicas 
de ordem patrimonial que tem por objeto prestações (dar, fazer, não fazer) de um sujeito 
(ativo) em proveito do outro (passivo). 
✓ Elementos da obrigação: 
Partes (credor e devedor): Ex. de Credor: Noiva que encomenda o vestido e o mesmo não 
foi entregue no prazo. 
Vínculo jurídico, 
Objeto da prestação 
Aula (2ª aula): 
Exceção ao Art. 391 
• Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. 
• Bem de família é impenhorável desde que não seja dividido ou reclamação trabalhista (advém do 
salário subsistência). 
• Salário Subsistência: se o devedor não tiver outros bens o salário poderá ser penhorado em até 
30%. 
• Obrigações em que a responsabilidade recai sobre a pensão alimentar, responde com a res-
trição de sua liberdade; 
Classificação da Obrigação: 
1. Quanto ao tipo de prestação: 
a. Dar entrega do objeto, objeto, tradição, entrega o que está pronto (dinheiro). 
Regras: Sistemas Romanos é a tradição que aperfeiçoa o contrato, não basta o contrato nos bens 
moveis, e nos imóveis é necessário o registro do título junto ao registro de imóveis. 
“Res perit domino”: Quem sofre a perda é o dono. 
 
Aula (3ª aula): 
 
Das obrigações de dar 
• Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, sal-
vo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
• A obrigação de dar é aquela na qual fica o devedor obrigado a, em benefício do credor, promover 
a tradição da coisa móvel ou imóvel, ceder sua posse ou, ainda, restituir a coisa.A obrigação de 
dar é obrigação de prestação de coisa, determinada ou indeterminada. 
Lousa e artigos: 
1. Obrigação de dar coisa certa ou especifica cujo objetivo é determinado, e só ele pode ser entre-
gue para o adimplemento da obrigação. 
Regras: Art. 233 CC, o negócio jurídico que tem por objetivo a coisa certa, inclui seus acessórios, 
frutos, produtos e benfeitorias 
É a regra geral da “lei da Gravitação”, o acessório segue o principal. 
Não está no código Civil mais é obvio, lei da natureza 
Execução: pertença. Ex.: Ar condicionado, cadeiras, mesas, móveis, conversor para veículo de gás 
natural (ar condicionado do veículo que vem de fábrica é parte integrante), pelo art. 93 CC, são 
bens que não constituindo partes integrantes se destinam de modo duradouro ao uso, serviço ou 
aformoseamento. A parte integrante quando retirada danifica o principal. Ex.: tijolo na parede. 
Historicamente as pertenças não seguem o principal pelo art. 94 CC, seguirão por lei ou contrato, 
ou em decorrência das circunstâncias do negócio. Ex. Venda da fazenda de porteira fechada. 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, 
salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 Art. 234 CC – Perda ou perecimento da coisa certa antes da entrega: Perda Total sem culpa do 
devedor fortuito ou força maior, a obrigação se resolve, devolvo o dinheiro já pago, por vedação ao enri-
quecimento ilícito (Res Perit domino) não há juros pois não há mora, nem indenização. Ex.: vaca morre 
quando vou entregar. 
 Com culpa do devedor: culpa em sentido amplo (com dolo) devolvo equivalente, o que já foi 
pago, mais perdas e danos (moral e material. 
 Deterioração da coisa certa antes da integração existe, é útil, mas o valor será reduzido. Sem 
culpa do devedor. Art. 235 CC, vou entregar o carro, cai temperaste de granizo que danifica pintura. O 
Credor terá opção: abatimento ou desfazimento do negócio (resolução), ficando com a coisa no estado 
em que se encontra. Não há cobrança de perdas e danos. 
 Com culpa do devedor: Abatimento (o equivalente) ou ficar com a coisa mais perdas e danos. 
Detalhes dos artigos: 
 Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos 
• Sem culpa do devedor: Artigo 234 – fica resolvida a obrigação para ambas as partes. Se o vende-
dor já recebeu o preço da coisa, deve devolvê-lo ao adquirente, em virtude da resolução do con-
trato, sofrendo, por conseguinte, o prejuízo decorrente do perecimento. Não está obrigado, po-
rém, a pagar perdas e danos. 
• Com culpa do devedor: Artigo 234 segunda parte – A culpa acarreta a responsabilidade pelo pa-
gamento de perdas e danos. Neste caso, tem o credor direito a receber o seu equivalente em di-
nheiro, mais as perdas e danos comprovados. As perdas e danos compreendem o dano emergente 
e o lucro cessante, ou seja, além do que o credor efetivamente perdeu, o que razoavelmente 
deixou de lucrar. Devem cobrir todo o prejuízo experimentado e comprovado pela vítima. 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Deterioração sem culpa e com culpa do devedor 
• Sem culpa do devedor – artigo 235 – poderá o credor optar por resolver a obrigação, por não lhe 
interessar receber o bem danificado, voltando as partes, nesse caso, ao estado anterior ou aceitá-
la no estado em que se encontra, com abatimento do preço, proporcional à perda. 
• Com culpa do devedor – artigo 235 – as alternativas deixadas ao credor são as mesmas, mas com 
direito, em qualquer caso, à indenização das perdas e danos comprovados. 
Comentários da Professora: 
• Existe um vínculo jurídico através do qual se firmou o dever de fornecer ao credor um determina-
do bem, que tanto pode ser móvel como imóvel. 
• Ex.: Fabrica de bolas de tênis e a loja. 
Aula (4ª aula): 
Perda da coisa certa da Obrigação de Restituir: 
Preciso levar minha avó ao médico, e pego carro emprestado, sofro assalto e o assaltante leva o 
carro ou perco na enchente. 
Sem culpa do devedor: 
“res perit domino” devedor nada responde, salvo contrato, dono tem bônus e ônus, ademais, o CC 
admite cláusula prevendo a responsabilidade do devedor pelo caso fortuito ou força maior, art. 393 CC. 
Se tiver relação de consumo, é nula a cláusula contratual e responsabilize o consumidor, como em loca-
ção de veículos, pois o risco da atividade é do empréstimo e não pode transferir, art 51 CDC. 
Com culpa do devedor: 
 Deixar carro em lugar perigoso é culpa local com placa de área sujeito a alagamento – art 239 CC, 
o devedor paga o equivalente (valor do objeto perdido + perdas e danos). 
Dar coisa Incerta: 
 Objeto é indicado por “gênero”, “qualidade”, ou “quantidade” “Obrigação genérica”. A incerteza 
é transitória, pois enquanto ela durar, o processo obrigacional não chega ao fim. Logo, o objeto que in-
determinável passa ser determinado, e aplicam-se as regras da obrigação de dar coisa certa. Momento da 
escolha (interna) ou concentração que põe fim a incerteza. 
 Ex.: O fazendeiro necessita de um tratador e oferece em troca uma safra de morango. 
 A quantidade neste caso não é especificada. 
Incerta: sei gênero e quantidade, mas não a qualidade 
Comentários da professora:
➢ Art. 52 CDC – No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou con-
cessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo 
prévia e adequadamente sobre: 
 I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; 
 II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; 
 III - acréscimos legalmente previstos; 
 IV - número e periodicidade das prestações; 
 V - soma total a pagar, com e sem financiamento. 
 § 1º As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não pode-
rão ser superiores a dois por cento do valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º.
8.1996) 
 § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, me-
diante redução proporcional dos juros e demais acréscimos. 
 § 3º (Vetado). 
➢ Art. 239 CC - Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equiva-
lente, mais perdas e danos. 
➢ Art. 393 CC - Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
➢ Perdas e Danos: 
➢ “gênero (Açúcar) ”, “qualidade União”, ou “quantidade 1 kg” 
Aula (5ª aula): 
Critério de Medianidade: 
 A lei diz nem o melhor nem o pior no gênero, para cumprir a obrigação. 
 Se o devedor transfere para o credor, o credor tem autorização tácita para a escolha do melhor 
do gênero. 
 Ex.: Art. 1931 CC. 
 Art. 246 CC: Perda da coisa incerteza: Gênero não perece, continua obrigada ao gênero. 
Ex.: Pago por um carro, a loja de carro explode, o gênero não perece. (O carro) 
➢ Dano moral, Material: Arts. 186, 927, 941 CC) 
➢ Tem culpa estão nestes artigos. 
➢ Na prova argumentar citando os artigos. 
Regras Gerais de Obrigações: 
1. Só há perdas e danos se houver Culpa. 
2. O devedor é a parte mais fraca, a lei sempre beneficia (na imputação, obrigação alternativa). 
3. “Res perit domino” 
4. A solidariedade nãose presume, decorre da lei ou da vontade das partes (Art 265 CC) 
5. Responder é uma coisa, dever é outra. 
6. Obrigação de fazer (entrego o que tiver que fazer). 
7. Obrigação de Não fazer 
Quanto ao número de prestações 
a. Obrigação simples: tem apenas 1 objeto. 
b. Obrigação Complexa: Tem 02 ou mais objetos 
b.1. Conjuntiva ou Cumulativa: João deve a José o boi e o cavalo. 
b.2. Alternativa ou Disjuntiva: Joao deve a José o boi ou o cavalo. 
Obs.: Pagar em cheque, cartão ou dinheiro não é alternativa. 
b.3. Facultativa João deve a Jose o boi, mas na hora de pagar pode entregar o cavalo. Há 01 vínculo, 
mas 01 pagamento. Se o boi morre a obrigação se resolve com a entrega do cavalo, agora a obrigação 
se extingue “in obligatione in facultate solutionis” 
 Vínculo Pagamento 
➢ Cumulativa 02 02 (boi e cavalo) 
 
➢ Alternativa 02 01 (boi e cavalo) 
 
➢ Facultativa 01 01 (boi ou cavalo) 
Se o cavalo ou o boi morrerem você paga com dinheiro ou outra forma negociada. 
Aula (6ª aula): 
Regras: Continuação: 
➢ Nas obrigações de prestação periódica, o direito de escolha poderá renovar-se a cada período. A 
Lei facilita a vida do devedor que não está preso a escolha efetuada no primeiro pagamento. 
➢ Ex.: Tenho que entregar 100 caixas de alface ou de tomate. Não posso entregar 50 de cada, se 
misturo o credor não é obrigado a receber prestação diversa ainda que mais valiosa. 
➢ Quanto ao número de sujeitos 
a) Simples: 1 credor e 1 devedor 
b) Complexa: mais de 1 credor e/ou mais de 1 devedor 
b.1.) Divisibilidade – Verificar se o objeto é divisível 
Art. 257 CC. “ Concursu partes fiunt”; presume-se dividida em partes iguais, entre os credores e 
os devedores “Faça-se a divisão em partes”, mas não pode ser dividida em partes desiguais “ju-
ris tantum”. 
 b.2) Indivisibilidade – Objeto indivisível. Arts. 258/263 CC 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não 
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante 
do negócio jurídico. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e 
danos. 
 Será indivisível a obrigação, se a prestação tiver por objeto fato ou coisa não suscetível de divisão, 
por sua natureza por motivo de ordem econômica ou em decorrência da natureza do negócio jurídico. 
❖ Solidariedade não se presume, somente por lei ou vontade das partes. 
Indivisibilidade com pluralidade de devedores; 
Ex.: 
1) Joao e Jose devem o boi, cada um deles responde pelo boi inteiro, mas tecnicamente cada um 
deve meio boi. 
2) Perda da prestação por culpa de ambos devedores valor do boi mais perdas e danos. A indivisibili-
dade está no objeto, portanto perecendo o objeto por culpa de ambos devedores, ambos respon-
dem pelo equivalente (valor da prestação mais perdas e danos). 
3) Dano emergente: prejuízo mediato 
4) Lucro cessante + dano moral 
5) Perdas e danos 186, 927 e 941 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar di-
reito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos ca-
sos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da 
ação antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum pre-
juízo que prove ter sofrido. 
Aula (7ª aula): 
Em “Obrigações” estamos falando sempre em contrato. 
b3. Obrigação Solidária: 
A solidariedade não se presume, decorre da Lei ou da vontade das partes. Na solidariedade temos 02 re-
lações: 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um 
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
Relação externa: Une devedores ao credor => ativo 
Relação interna: entre devedores => passivo 
O pagamento total por um dos devedores acaba com a relação externa (acaba a solidariedade). É na re-
lação externa que está a solidariedade, e, portanto, na relação interna, prevalecem as regras de divisibi-
lidade. Art. 283 CC. 
- Perda do objeto na solidariedade passiva 
João e José devem solidariamente um cavalo: Ambos bebem o cavalo escapa (o cavalo vale 1000). O cre-
dor terá o prejuízo, mais perdas e danos. O credor poderá cobrar o valor inteiro (a solidariedade não se 
extingue com a perda do objeto). Se a culpa for apenas um dos devedores, somente este responde pelos 
perdas e danos, mas ambos continuam solidariamente responsáveis pelo equivalente. 
 - Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores 
a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no 
débito, as partes de todos os co-devedores. 
Aula (8ª aula): 
Continuação de Solidariedade: 
Fiança: 
➢ Só é solidário por força de contrato, tem benefício de ordem, por força do artigo 827 CC – 
➢ Responsabilidade subsidiária. 
➢ Ordem: locatório devedor (passivo) e depois vem o fiador. 
Obrigação de Dar
1. Coisa Certa (Art. 233 a 242 CC)
✓ Coisa certa e Determinada 
✓ Inclui os acessórios, que acompanham o principal 
 Pertenças
1.a. Antes da Tradição (Entrega – efetivação) Caso Fortuito (Imprevisibilidade) 
 Sem Culpa do devedor 
• Perecimento => Perda Total Força Maior (Irresistibilidade)
 Com Culpa do devedor “Res perit domino” (a coisa 
perece para o dono) 
 
 Restituir o valor + 
Perdas e Danos 
 Sem Culpa do devedor (Abatimento ou desfazimento ou restitui-
ção) 
 *Antes da tradição 
• Deterioração 
 Restituir valor 
 Com Culpa do devedor 
 Perdas e danos
1b. Após a Tradição (ENTREGA) 
 Sem Culpa 
Obrigação de Restituir 
 Com culpa 
 Indeterminado 
2. Coisa Incerta (Arts243 a 246 CC) => Objeto Safra 
 Determinável 
Gênero, Qualidade => Da Safra (determinada) 
Quantidade => Suscetível de determinação futura (incerteza) 
A determinação se faz pela escolha. 
Realizada a escolha, acaba a incerteza (concentração) 
O devedor é 
sempre quem 
deve no caso da 
Obrigação Dar.
A entrega é feita e 
precisamos analisar 
a culpa. 
Aula (9ª aula): 
Obrigação de Fazer -> Arts. 247 a 249 CC 
Essa obrigação consiste em uma atividade (prestação de serviço ou execução de tarefa), Positiva 
(material ou imaterial) e lícita do devedor. 
Este se vincula a um ato ou serviço seu ou terceiro, em benefício do credor ou de terceiros. A im-
possibilidade do devedor de cumprir a obrigação de fazer, bem como a recusa em executá-la, acarreta o 
inadimplemento (não cumprimento) contratual da obrigação. 
 
Responsabilidade: 
1. Sem culpa do devedor (caso fortuito ou força maior). Resolve-se a obrigação sem indenização, 
volta tudo ao estado anterior. (Art. 248) 
2. Com culpa do devedor – Havendo recusa voluntário ou se o próprio devedor criou a impossibilida-
de, responderá por perdas e danos. (Art. 186, 927 e 944) 
Obrigação Fungível – A prestação pode ser realizada pelo devedor ou por terceiro, indiferentemente. 
Não se exige capacidade especial para a execução (Ex.: Pintar um apartamento), pois o credor está inte-
ressado apenas no resultado da atividade. Se o devedor não cumprir, o credor determina que a obrigação 
seja realizada por outrem, depois, executa, o devedor inicial ressarcindo-se pelas despesas, mais perdas 
e danos. 
Obrigação de Fazer – Arts.: 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só 
imposta, ou só por ele exequível. 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se 
por culpa dele responderá por perdas e danos. (Fungível) 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. (Obrigação de Dar) 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, exe-
cutar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
O exemplo da mesa encomen-
dada com o marceneiro com as 
devidas especificações. 
Onde ele tem a obrigação de 
fazer a tarefa da forma enco-
mendada.
No bojo da obrigação de fazer, 
intrinsicamente, no interior 
dela existe a obrigação de dar, 
ou seja, terá que preparar, fa-
zer e dar. 
Material: Construir um 
muro. 
Imaterial: Fazer um poe-
O importante é o resultado. 
Provocar a máquina judiciária, já que a obrigação de fazer não foi cum-
prida. 
Obrigação Infungível: (personalíssimo ou “intuitu personae”) A prestação só pode ser executada pelo 
próprio devedor, ante sua natureza (aptidão ou qualidade especial do devedor) ou disposição contratual. 
(Ex.: Contratar um artista famoso para pintar um quadro ou médico especialista para uma cirurgia). Nes-
se caso, o não cumprimento da obrigação resolve-se em perdas e danos, pois não se pode constranger 
fisicamente o devedor a executá-la. No entanto a parte pode ingressar com ação (judicial) requerendo a 
execução específica da obrigação. O juiz concede um prazo razoável para o cumprimento. Não o fazen-
do, impõem-se uma multa periódica. 
 
Problema da 2ª fase da OAB: 
Ticio contrata um artista renomado para pintar um quadro na sala de estar da sua mansão, fulano de tal 
que cobra 400 mil reais pela execução da obra. Ticio dá uma entrada um sinal de 200 mil de entrada, 
deixando o restante para o pagamento na data da entrega da obra. Para não se estressar com o movi-
mento, Ticio viaja, para aguardar a pintura em sua mansão. Quando ele retorna, o que Ticio encontra? A 
obra não foi realizada pelo pintor contratado, mas sim por um discípulo. Como advogado de Ticio propo-
nha ação judicial cabível. 
Analisando o caso: Existe Vinculo jurídico, contrato (com relação a obrigação de fazer), é uma obra, é 
infungível, é personalíssima, é intuito persona e houve o descumprimento de fazer. O artista mandou um 
discípulo fazer a obra. 
 Tem que restituir o valor... 
Astreinte: Penalidade imposta mediante ação judicial, consiste em prestação periódica (em geral diária) 
que vai sendo aquecida enquanto a obrigação não for cumprida. 
É forma de coerção em sentido econômico para que alguém cumpra a obrigação imposta em uma 
decisão judicial. Atualmente há possibilidade de o juiz fixá-la nas obrigações de fazer, de não fazer e de 
dar coisa certa. Por falta de previsão legal, não se aplica as obrigações de dar coisa incerta, de pagar 
quantia em dinheiro e de restituir dívida em dinheiro. 
 A multa Astreinte aparece constantemente. 
Aula (10ª aula): 
Obrigação de Prestar Declaração de vontade:
Se o devedor não emite a declaração de vontade prometida (avençada), ela pode ser suprida judicial-
mente através da adjudicação compulsória (Art. 876 NCPC 2015). A sentença transitada em julgado pro-
duzirá o efeito da declaração não emitida (declaração de vontade). 
Comentário da professora: 
 Obrigação fungível e infungível (matéria colocada na lousa ). 
 
Astreinte
 
Obrigação de Fazer: 247, 248 e 249 
CAPÍTULO II

Das Obrigações de Fazer 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a pres-
tação a ele só imposta, ou só por ele exequível. 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a 
obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar 
à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
Aula (11ª aula): 
Obrigação de Não Fazer “ad nom faciendum” – arts 250 e 251 CC
É aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato que poderia pra-
ticar, não fosse o vínculo que o prende-obrigação negativa. Será sempre licita, desde que não en-
volva sensível restrição à liberdade individual. Abstenção de um ato.
Obrigação negativa, o devedor conserva-se numa situação omissiva, pois a prestação nega-
tiva a que se comprometeu consiste numa abstenção.
Inadimplemento das obrigações de não fazer. Ocorre quando o devedor comete o ato que 
deveria abster-se.
1. Impossível – Art. 250 CC
Tornou-se impossível sem culpa do devedor, e a obrigação se estingue.
Se a obrigação de não fazer se impossibilitar, sem culpa do devedor, que não poderá abster-
se do ato em razão de força maior ou caso fortuito, resolver-se-á exonerando-se o devedor. 
Se por ventura, o credor fez algum adiantamento ao devedor, este deveria restituí-lo, esta 
restituição não tem caráter de indenização, mas repões as partes ao “status quo ante”.
2. Inadimplemento (inexecução culposa). Art 251. CC. 
O devedor realiza, por negligência ou por interesse, ato que não poderia, caso em que o 
credor:
❖ Pode exigir o desfazimento do ato, sob pena de desfazer a sua custa, ressarcimento o cul-
pado em perdas e danos.
Sendo impossível e inoportuno fazendo o ato sujeito o devedor a perdas e danos.
 
Obrigações liquidas e ilíquidas:
⇒ Obrigação Líquida – Certa 
⇒ Obrigação Ilíquida – Incerta 
Aula (12ª aula): 
Obrigações Alternativas (Disjuntivas) – Art. 252 CC 
Obrigações que embora múltiplo seu objeto o devedor se exonera satisfazendo uma das presta-
ções dentre as várias (Nas cumulativas devem ser prestados todasas prestações). 
É a que contém duas ou mais prestações, com objetos distintos, da qual o devedor se libera com 
o cumprimento de uma só delas, mediante escolha sua ou do credor. 
Caracteriza-se por: 
• Haver dualidade ou multiplicidade de prestações 
• Opera a exoneração do devedor pela satisfação de uma única prestação, escolhida para 
pagamento ao credor. 
Nas obrigações alternativas, parecendo alguns dos objetos – presta-se com o objeto remanescen-
te, nele se concentrará a obrigação. O cerne da obrigação alternativa está na concentração (ato 
da escolha) da prestação de que, uma escolhida, o débito se concentrará na prestação selecio-
nada extinguindo a obrigação. 
Regras do Professor Fiuza: 
Referida obrigação se caracteriza pela conjunção “ou”: 
1. O Credor não pode ser obrigado a receber parte em um objeto e parte em outro; 
2. Se a obrigação for de prestação periódica, em cada um dos períodos a opção poderá ser 
exercida; 
3. Havendo vários devedores ou credores com o direito de fazer a escolha, deverão decidir a 
quem deverá exercer o direito. Se não entrar em acordo decidirá o juiz; 
4. A escolha poderá ser feita por um terceiro indicado pelas partes ou nomeado no contrato. 
Caso este terceiro não queira ou não possa efetuar a opção, deverá o juiz decidir, se as partes 
não chegarem a um acordo (Vínculo jurídico); 
Escolha
5. Se uma das duas prestações se tornar inexequível, sub existe obrigação a outra. Caso a esco-
lha coubesse ao devedor; 
6. A devia a B um cavalo ou (conjunção) boi. A escolha cabia ao devedor A. Se o cavalo morrer, 
sub existe a obrigação quanto ao boi; 
7. Se todas prestações se tornarem inexequíveis por culpa do devedor, este será obrigado a pa-
gar o valor da última que se impossibilitou, mas perdas e danos, caso coubesse a ele a esco-
lha. No caso do cavalo e do boi, vindo os animais a perecer, depois o boi por culpa de A, se a 
ele cabia a escolha deverá pagar a B, o valor do boi mais perdas e danos. 
Se a escolha cabia ao credor, este pode escolher de qual delas será indenizado, mais perdas 
e danos. 
Notas:
Como a própria nomenclatura sugere, ocorre na solidariedade passiva justamente o oposto da 
solidariedade ativa: o vínculo jurídico entre os devedores. Por conseguinte, cada devedor fica adstrito a 
execução de toda obrigação e ao credor é dada a possibilidade de demandar a dívida por inteiro de 
qualquer dos devedores 
Na solidariedade passiva, encontram-se um ou mais devedores no polo passivo obrigado 
cada um a responder pela dívida como um todo. Nesse caso, o credor pode cobrar a dívida em juízo de 
um ou por todos ao mesmo tempo. 
 No caso de solidariedade passiva, o devedor que pagou a dívida exigível no seu total pode exi-
gir o pagamento da parte que cabe aos outros devedores. No caso do avalista, por exemplo, este torna-
se credor do valor pago podendo exigir do devedor inadimplente o ressarcimento correspondente ao 
que pagou. 
Aula (14ª aula): 
Obrigação Cumulativa ou Conjuntiva:
Arts. 252 a 256 CC
Obrigação Cumulativa ou Conjuntiva é uma relação obrigacional, por conter duas ou mais 
prestações, de dar, fazer ou não fazer, decorrentes da mesma causa, ou do mesmo tipo, que 
deverão realizar-se totalmente, pois o inadimplemento de uma envolve o seu descumprimento 
total. 
É o vínculo jurídico pelo qual o vendedor se compromete a realizar diversas prestações, 
de tal modo que não se considerará cumprida a obrigação de todas as prestações prometidas, 
sem exclusão de uma só. Satisfaz várias prestações como se fosse uma. 
Obrigação Facultativa: 
Esse tipo de obrigação não está prevista em nosso código civil. Podemos conceitua-la 
como aquela, que não tendo por objeto uma só prestação, permite a lei ou contrato ao devedor 
substituí-la por outra para facilitar o pagamento. A prestação “in facultate solutiones” não é obje-
to da obrigação, logo o credor não pode reclama-la. Pode o devedor optar por ela, se isso for de 
sua vontade no caso de impossibilidade sem culpa do devedor, de prestar a obrigação ela se 
resolve não se concentrando na prestação substitutiva. Se por culpa do devedor aplica-se por 
analogia o artigo 234, segunda parte do código civil. 
Analogia: Aplicação de caso semelhante 
A palavra aqui é substituição. 
Aula (15ª aula): 
Obrigação Momentânea e Continuada 
A obrigação momentânea, instantânea transitória ou transeunte é a que se consuma num só ato 
em certo momento. 
➢ Obrigação execução continuada ou periódica: 
A obrigação de execução continuada, duradoura, continua, de trato sucessivo ou periódica é a 
que se protrai no tempo, caracterizando-se num espaço mais ou menos longo de tempo. 
Os efeitos do inadimplemento da obrigação de execução continuada se dirigem ao cumprimento 
das prestações futuras e não ao das pretéritas, já extintas pelo seu cumprimento. 
➢ Obrigações Condicionais: 
O negócio jurídico apresenta elementos estruturais (constitutivos) são eles: Elementos essênci-
as: imprescindíveis à existência do negócio jurídico, podem ser: 
Gerais: Comuns a maioria dos negócios jurídicos. 
Particulares: peculiares a certas espécies por atinarem à sua forma. 
Elementos naturais: decorrentes de negócio jurídico, sem que seja necessária qualquer menção 
expressa a seu respeito, visto que a própria norma jurídica já determina quais são essas con-
sequências jurídicas. 
Exemplo: Financiamento de um veículo com trato sucessivo, mas após 3 meses, começa a dar 
problema. 
 Vício oculto. 
Elementos acidentais: São estipulações ou cláusulas acessórias – adicionadas pelas partes para 
modificar uma ou alguma de suas consequências. Como condição, modo encargo ou termo (Art. 
121, 131, 136 do CC) são encargos que modificam o negócio jurídico sem, entretanto, serem in-
dispensáveis pois sem a presença desses o negócio se perfaz. 
Exemplo: O direito de testar, ou seja, fazer um testamento para sua única filha. Onde deixa a em-
presa, mas a mesma só poderá assumir a presidência aos 30 anos e casada (caso verídico). 
 
Encargo: Casamento 
Termo: Idade 
Condição: Se casar 
 Obrigação Condicional - Definição: (Maria Helena pág. 157) 
A obrigação será condicional quando conter a clausula (total ou parcial) que subordina seu 
efeito a evento futuro e incerto (Art. 121 CC). 
Elementos da obrigação condicional: Futuridade e incerteza (o vínculo depende de 
acontecimentos futuro e incerto). 
Pode uma obrigação receber mais de uma obrigação, podendo serem cumulativas (todas 
as prestações) ou alternativas (o credor pode escolher). 
Aula (16ª aula): 
➢ Obrigação de Dar 
• Objeto (Credor e devedor) objeto 
• Vínculo Jurídico (contrato) 
 Perecimento PT 
 Coisa Certa “ Res perit domini” 
 Deterioração PP 
 Antes => Concentração Escolha 
Tradição
 entrega Após => Obrigação Restituir
 Gênero, Quantidade 
Coisa Incerta 
 Suscetível de determinação 
 
➢ Obrigação de Fazer (Atividade) 
 Sem culpa – CF e FM 
 Com culpa – Ressarcimento / Perdas e Danos 
➢ Obrigação Fungível – Resultado (Qual quer um poderá fazer) 
Culpa do Devedor
➢ Obrigação Infungível - Perdas e Danos 
 Personalíssimo 
 
 * Multa * Astreinte * Obrigação de Dar, Obrigação de Fazer e 
 Obrigação de não fazer 
 
➢ Obrigação de Não Fazer 
✓ Personalíssima 
✓ Desfazimento / Indenização 
❖ Quanto aos elementos 
• Obrigação Simples 1 credor, 1 devedor,1 objeto 
• Obrigação complexa 
 + 1 Cumulativa / Conjuntiva – duas ou mais prestações 
 Ou Alternativas / Disjuntiva – escolha cabe ao devedor 
 - Multiplicidade de prestações 
* Sem culpa 
* Com culpa 
➢ Obrigação Facultativa (Substituição) 
Simples inicialmente, passa a ter uma substituição. 
Ex.: Consorcio de moto que pode virar um consorcio de carro. 
➢ Obrigação Solidária – Pluralidade de credores e/ou devedores 
Ativa e Passiva – Mista = Ativa e Passiva 
 
➢ Outras modalidades obrigacionais 
• De resultado – Fim 
Ex.: Cirurgia plástica, colocar 600 ml de silicone 
 Obrigação de Fim: 
 Tem que ser executada pelo médico especifico e a qte de silicone. 
• De meio – Diligência 
• De garantia – eliminar Risco 
Fiador; 
Esgotar todas as formas para que o inquilino pague a dívida; 
Obrigação Subsidiária. 
➢ Quanto a Divisibilidade 
• Divisível – Fracionamento 
• Indivisível - Cumprir obrigação Inteira 
➢ Elementos Acidentais 
 Futuridade 
Obrigação Condicional 
 Incerteza 
Aula (17ª aula): 
Cláusula Penal (arts 408 a 416 CC) 
Obrigação acessória que impõe expressamente uma penalidade pela inexecução culposa parcial ou total daquela ou pela mora 
(atraso ou demora) em seu cumprimento. Não é necessário que haja prejuízo decorre do mero descumprimento do contrato 
(multa contratual). Seu valor não pode exceder ao da obrigação principal. 
Funções: 
1. Compensatórias: estipulada no caso de total inadimplemento da obrigação. 
2. Moratória: Estipulada para evitar o retardamento culposo no cumprimento da obrigação ou em segurança de outra 
cláusula determinada. 
Havendo o cumprimento parcial da obrigação oi se o valor da penalidade for manifestamente excessivo o juiz pode reduzi-lo 
equitativamente (função social do contrato). 
Efeitos: 
- Caráter Preventivo => Coerção intimador o devedor a cumprir com a obrigação para não pagar a acessória. 
- Caráter Repressivo => Ressarcimento pagamento 
Comentário da professora: 
✓ No que tange ao direito das obrigações, então neste aspecto, nós vimos várias cláusulas, várias possibilidades e pres-
tações, tudo para que possamos construir um negócio jurídico que lá na frente vai receber uma nova roupagem, que vai 
ser nossos contratos. 
 
✓ Dentro das obrigações de dar, obrigação de dar a coisa certa, obrigação de fazer e obrigação de não fazer, vem a 
multa astreinte. 
Que é uma multa de coerção econômica periódica. 
Juiz irá estipular, que irá definir um valor de multa com valores exorbitantes. 
Um exemplo é o caso da Claro. 
Esta multa é independente e pode tudo. 
✓ Cláusula penal: caráter preventivo (coerção) para que as partes não deixem de cumprir, o segundo efeito é o ressarci-
mento com o caráter repressivo 
Não é regra que a clausula penal exista em todos os contratos. 
✓ O juiz poderá reduzi o valor se este for superior ao valor do contrato. 
✓ A mora poderá ter incidência de clausula penal. 
✓ Astreinte é espetáculo sempre aparece. 
✓ A clausula penal somos nós que especificamos. 
✓ Quem pede paga. 
✓ Nexo causal: Causa e Efeito 
Temos que provar o nexo de causalidade; 
Descumprimento da obrigação dos contratos que está dentro do Lucro Cessante, está junto aguarda, pois precisamos 
provar o nexo causal (causa e efeito) 
✓ O contrato tem Sinalagmática [significa uma relação de obrigação contraída entre duas partes de comum acordo de 
vontades. Cada parte condiciona a sua prestação a contraprestação da outra. Em direito, o melhor exemplo para a exis-
tência deste instituto é o contrato bilateral (venda e compra)]. 
✓ Dano emergente, obrigação positiva, porque existe exatidão, temos o exemplo do taxista, onde quando acontece um 
abalroamento já existe valor. 
✓ Clausula penal é acessória, ou seja, segue o principal, o contrato. 
✓ Pode incidir em várias cláusulas. 
✓ Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. 
Perdas e Danos (arts 402 a 405 CC) 
Equivale ao prejuízo ou dano suportado pelo credor, por não ter o devedor cumprido, total ou parcialmente, a obrigação, expres-
sando-se em soma em dinheiro correspondente ao desequilíbrio sofrido pelo lesado abrange: 
• Danos emergente (Positivo) prejuízo real e efetivo no patrimônio de um dos contratantes. 
 
• Lucros Cessantes (Negativo), frustrados ou negativos, os que o contratante razoavelmente deixou de auferir, em 
razão de auferir, em razão do descumprimento da obrigação pelo devedor. 
Espécies 
1. Compensatória – Estipulada no caso de total inadimplemento da obrigação. (Compensar o prejuízo) 
2. Moratório – Estípula para evitar o Retardamento culposo no cumprimento da obrigação ou em segurança especial de 
outra cláusula determinada. 
Havendo o cumprimento parcial da obrigação ou se o valor da penalidade for manifestamente excessivo, o juiz pode 
reduzi-lo equitativamente (Função Social do Contrato) 
Comentário da professora: 
✓ Prejuízo suportado ou dano pelo credor, por não ter devedor cumprido total ou parcialmente a obrigação, então vamos 
que ela se expressa em soma em dinheiro correspondente ao desequilíbrio sofrido pelo lesado, nós vamos observar 
este raciocínio do lesado. 
✓ Danos emergentes (caráter positivo) e lucros cessantes (caráter negativo). 
✓ Danos emergentes você já tem um valor especifico do prejuízo real e efetivo do patrimônio dos contratantes, pode ser 
tanto credor e devedor. 
O credor deixa de cumprir com o pagamento. 
Em regra, temos valores. 
Em ambas deverá ser demostrado o nexo causal. 
Correção monetária, juros + mora, custas 
Cláusula contratual (se houver) honorários advocatícios
✓ Lucros cessantes, tudo aquilo que ele poderia auferir deixa de auferir. Exemplo: Da entrega de morangos para o amor 
aos pedaços. 
✓ Nexo Causal: Juros + correção monetária + mora + honorários advocatícios + Clausula penal (se houver) 
✓ Clausula penal não pode exceder o valor principal 
✓ Verbas da sucumbência (10 a 20% do valor da causa) quem perda tem que pagar o vencedor. 
✓ Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além 
do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
✓ Atraso não é devedor. 
✓ Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo 
da pena convencional. 
 
 Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena con-
vencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar. 
Quadro Sinótico: 
IMPORTANTE 
 
 Quadro Sinótico: 
 
 
 
PERDAS E DANOS ARTS 402 A 405 CC (AULA) 
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (AULA) 
PAGAMENTO DIRETO ARTS 304 E SEGUINTES (AULA) 
TRMPO DO PAGAMENTO ARTS 331 A 333 (AULA) 
MORA 
(arts. 394 a 401) 
Uma obrigação surge para ser cumprida. Havendo pagamento, ocorre o cumprimento, extinguindo-se a obrigação de forma 
normal. Se não for cumprida, caracteriza-se o inadimplemento, que pode ser fortuito ou culposo. Na última hipótese, haverá res-
ponsabilidade do inadimplente. Classifica-se em: 
1. Absoluto — Quando o cumprimento se torna impossível ou quando o credor perde o interesse (o pagamento tornou-
se inútil para ele). Nesse caso, o devedor responde com todos os seus bens pelas perdas e danos, juros, atualização monetária, 
custas, honorários de advogado e cláusula penal (se houver previsão no contrato).2. Relativo — Quando ainda é possível e útil a realização da prestação. É nessa hipótese que há a mora: retardamento 
ou imperfeito cumprimento da obrigação. desde que não tenha ocorrido caso fortuito ou força maior. 
Situações 
1. O não cumprimento de obrigação positiva no dia de seu vencimento constitui o devedor em mora de imediato. 
 CAPÍTULO V

Da Cláusula Penal 
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde 
que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em 
mora. 
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obriga-
ção, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obri-
gação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora. 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total 
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefí-
cio do credor. 
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, 
ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o 
arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o de-
sempenho da obrigação principal. 
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode 
exceder o da obrigação principal. 
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se 
a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da 
penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e 
a finalidade do negócio. 
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo 
em falta um deles, incorrerão na pena; mas está só se poderá demandar 
integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela 
sua quota. 
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva 
contra aquele que deu causa à aplicação da pena. 
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o de-
vedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua 
parte na obrigação. 
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o 
credor alegue prejuízo. 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula 
penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi 
convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, 
competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
2. Nas obrigações negativas, considera-se o devedor em mora no dia em que executar o ato de que deveria se abster. 
3. Não havendo prazo determinado para o dia do vencimento, é necessária interpelação (judicial ou extrajudicial). 
4. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, ocorre a mora no momento de sua prática, independentemente de qualquer 
notificação ou interpelação judicial. 
Espécies 
1. Mora do devedor (solvendi ou debitoris) — O devedor não cumpre a prestação devida na forma, tempo e lugar es-
tipulados. Principais efeitos: responsabilização por todos os prejuízos causados ao credor, que pode exigir, além da 
prestação, juros moratórios, correção monetária e cláusula penal (se prevista). A mora não se caracteriza somente 
pela falta de pagamento. É necessário que também ocorra a culpa do devedor. O devedor em mora responde pela 
impossibilidade da prestação, mesmo que ela resulte de caso fortuito ou força maior, se estes ocorreram durante o 
atraso. Nessa hipótese, o devedor somente não responderá pelos danos se provar isenção de culpa em seu atraso ou 
que o dano sobreviria ainda que a obrigação fosse cumprida no tempo correto. Divide-se em: 
a) Mora ex re — Decorre de fato previsto na lei ou no contrato. Quando a obrigação é positiva e líquida, com 
data fixada para o pagamento, seu não cumprimento implica a mora de forma automática, sem necessidade de qual-
quer outra providência. O simples não pagamento no dia determinado já é suficiente para a caracterização (dies in-
terpellat pro homine — o dia do vencimento interpela a pessoa). 
b) Mora ex persona — Ocorre quando não há estipulação de uma data exata para o cumprimento da obriga-
ção; depende de providência do credor. Ex.: no comodato de um imóvel, sem prazo de duração, a mora do comodatá-
rio somente se configurará depois de notificado pelo comodante, com o prazo de 30 dias. 
2. Mora do credor (accipiendi ou creditoris) — O credor recusa o cumprimento da obrigação no tempo, lugar e 
forma devidos, sem justo motivo. Nesse caso, isenta-se o devedor de responsabilidade pela conservação da coisa, 
obriga-se o credor a ressarcir as despesas empreendidas em sua conservação e o sujeita a recebê-la por sua mais 
alta cotação (se seu valor oscilar entre o tempo do contrato e o do pagamento). Possibilita ao devedor o ingresso 
com ação de consignação em pagamento. 
Observação 
Se houver moras simultâneas (devedor e credor ao mesmo tempo — nenhum dos contratantes comparece ao local 
escolhido para o pagamento), uma elimina a outra, como se nenhuma das partes houvesse incorrido em mora. 
Purgação da mora art 401 cc 
Trata-se do ato espontâneo que repara ou corrige a falta cometida, para que se isente o faltoso da imputação, recon-
duzindo a obrigação à normalidade. Neutralizam-se os efeitos da mora. 
1. Devedor — Oferece a prestação (paga a dívida principal), acrescida da importância dos prejuízos ocorridos 
até o dia desse pagamento (juros, correção monetária, honorários). 
2. Credor — Aceita receber o pagamento, sujeitando-se aos efeitos já ocorridos. 
Devedor e credor podem conjuntamente purgar a mora se ajustarem a renúncia de ambos aos prejuízos decorrentes 
dos efeitos da mora. 
JUROS (arts. 406 e 407) 
Juros são os rendimentos do capital empregado, considerados como bens acessórios (frutos civis). 
Espécies 
1. Compensatórios — Decorrem de uma utilização consentida do capital alheio. É o empréstimo de dinheiro a 
juros. Normalmente é objeto de convenção entre os interessados, como ocorre no mútuo feneratício (empréstimo de 
dinheiro a juros). Ainda que o mutuário pague em dia, quando devolver o empréstimo, deve pagar os juros pela remu-
neração do uso do dinheiro. 
2. Moratórios — Constituem uma pena imposta ao devedor pelo atraso no cumprimento da obrigação, atuando 
como se fosse uma indenização. São devi¬dos a partir da constituição em mora, independente¬mente da alegação 
de prejuízo. Dividem-se em: 
a) Convencionais: estabelecidos pelas partes no contrato. 
b) Legais: não estabelecidos, porém também devidos. 
Em ambas as situações não há consenso sobre qual taxa de juros deve ser utilizada. O STJ tem entendido que o 
critério correto é o que consta no artigo 161, § 1.0, do Código Tributário Nacional, ou seja, 1% ao mês. 
Observação 
Juros compostos são os que se verificam quando há capitalização, ou seja, somam-se os juros ao capital. A nova 
incidência do cálculo se faz sobre os acréscimos dos juros anteriores ("juros sobre juros"). Isso se denomina anato-
cismo e somente é admitido em casos especiais, expressamente autorizados pela lei, como no contrato de mútuo. 
ARRAS OU SINAL 
(arts. 417 a 420) 
É uma quantia em dinheiro ou outra coisa móvel fungível entregue por um dos contratantes ao outro. Pacto acessório 
aplicável nos contratos bilaterais, translativos de domínio. 
Características 
• Princípio de pagamento: forma de antecipar parte do pagamento do preço. O quantum será descontado do 
preço. 
• Prova de conclusão do contrato. 
• Garantia de cumprimento da obrigação. 
Dadas as arras ou sinal, a questão que se põe é quanto à possibilidade de arrependimento: 
1. Arrependimento não previsto no contrato 
a) As arras são chamadas de confirmatórias. O contrato torna-se obrigatório, não sendo possível o arrepen-
dimento unilateral. É a regra em nosso Direito. 
b) Determinam-se, previamente, as perdas e os danos pelo não cumprimento das obrigações a que o contraente 
que não deu causa ao inadimplemento tem direito. Se aparte que deu as arras não executar o contrato, poderá a 
outra tê-lo por desfeito, retendo-as. Se a inexecução for de quem as recebeu, poderá quem as deu considerar o con-
trato desfeito e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária. 
A parte inocente pode exigir indenização suplementar (as arras seriam o mínimo do valor). No entanto, como não há 
possibilidade de arrependimento, pode a parte inocente optar por exigir a execução do contrato, mais perdas e da-
nos, valendo as arras como o mínimo da indenização. 
2. Arrependimento previsto no contrato 
a) As arras são chamadas de penitenciais. Funcionam como forma de indenização. 
b) Se quem deu as arras se arrepende do contrato, perde-as em beneficio da outra parte. Se o arrependimento 
é da pessoa de quem as recebeu, ficará obrigada a devolvê-las acrescidas do equivalente, ou seja, devolve-as em 
dobro. 
c) Não há indenização suplementar. Não podem ser cumuladas com nenhuma outra vantagem, mesmo que o 
prejuízo tenha sido superior ao valor das arras. Súmula 412 STF: "No compromisso de compra e venda com cláusula 
de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui 
indenização maior a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo". 
Há hipóteses em que ocorre a mera restituição do sinal, reconduzindo as partes ao status quo ante. Ex.: arrependi-
mento de ambas as partes, caso fortuito ou força maior e distrato. 
Distinção entre arras e cláusula penal 
A cláusula penal somente será exigível em caso de inadimplemento ou mora no cumprimento do contrato (promessa 
de pagamento). As arras são pagas de imediato, no momento da celebração do contrato; é um adiantamento do pre-
ço para garantir o cumprimento do contrato. 
FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO 
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 
(arts. 334 a 345) 
Depósito, feito pelo devedor, da coisa devida (móvel ou imóvel), com o objetivo de liberar-se da obrigação líquida e 
certa. O depósito de coisas somente pode ser feito judicialmente. Na consignação em dinheiro, o devedor tem as se-
guintes opções: 
• efetuar o depósito da quantia devida extrajudicialmente (estabelecimento bancário oficial, cientificando o cre-
dor por carta com aviso de recepção); 
• ajuizar ação de consignação em pagamento. 
A consignação libera o devedor do vínculo obrigacional, isentando-o do risco e de eventual obrigação de pagar a mul-
ta e os juros. Não cabe a consignação nas obrigações de fazer e de não fazer. 
Hipóteses 
1. Credor não pode ou se recusa a receber o pagamento ou a dar quitação na forma devida. 
2. Credor não vai nem manda receber a coisa no lugar, tempo e condições devidos. 
3. Credor incapaz de receber, desconhecido, declarado ausente ou que resida em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil. 
4. Dúvida sobre quem deve legitimamente receber o objeto do pagamento. 
5. Litígio pendente sobre o objeto do pagamento. 
6. Concurso de preferência aberto contra o credor. 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
(arts. 346 a 351) 
Substituição de uma coisa por outra, com os mesmos ônus e atributos (sub-rogação real), ou de uma pessoa por ou-
tra, com os mesmos direitos e ações (sub-rogação pessoal). 
Efetivado o pagamento por terceiro, o credor ficará satisfeito e não mais poderá reclamar a obrigação. Mas, como o 
devedor não pagou a obrigação, continuará obrigado ante o terceiro. Portanto, não se tem a extinção da obrigação, 
mas sim a substituição do sujeito ativo, pois a terceira pessoa (estranha na relação negocial primitiva) passará a ser 
o novo credor (avalista que paga uma dívida pela qual se obrigou sub-roga-se nos direitos do credor). 
A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo credor em rela-
ção à dívida contra o devedor principal e os fiadores. 
Classificação 
1. Legal 
a) Credor que paga a dívida do devedor comum. Ex.: A é devedor de B e também de C, porém as dívidas não 
são solidárias entre si. B paga a dívida que A tinha com C. Nesse momento, B sub-roga-se nos direitos que C tinha 
para com A. B torna-se o único credor de A. Além de ser um credor originário, ainda se sub-rogou nos direitos de C. 
Na realidade, B assim procede para proteger seus interesses (e não os de C, diretamente). Isso ocorre porque muitas 
vezes ou o crédito de B não tem garantia, ou tem uma garantia fraca, inferior às de C. Nesses casos, C poderia in-
gressar com uma ação contra A, executando um bem imóvel de A, que poderia ser vendido a preço vil, não sobrando 
dinheiro para pagar o crédito de B. Este pode, portanto, centralizar todas as dívidas de A em suas mãos e promover 
apenas uma ação contra A, exigindo dele o pagamento de todas as dívidas em um só procedimento judicial. 
b) Adquirente do imóvel hipotecado que paga ao credor hipotecário. 
c) Terceiro interessado que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte (fiador). 
2. Convencional 
a) Credor que recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos. 
b) Terceira pessoa que empresta ao devedor a quantia necessária para solver a dívida, sob a condição expressa 
de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. 
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 
(arts. 352 a 355) 
Pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de escolher qual deles 
oferece em pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Há identidade de credor, devedor e dois ou mais débitos 
da mesma natureza. O efeito é extinguir o débito para o qual é dirigido. Se o devedor não fizer qualquer declaração, 
transfere-se o direito ao credor. Se nenhum deles se manifestar, adotam-se os critérios estabelecidos na lei: 
1. Havendo capital e juros, o pagamento será imputado primeiro nos juros vencidos e depois no capital. 
2. A imputação se fará nas dívidas líquidas que venceram primeiro (dívidas mais antigas). 
3. Se todas as dívidas forem líquidas e vencidas ao mesmo tempo, será feita a imputação na mais onerosa. 
PAGAMENTO INDIRETO 
DAÇÃO EM PAGAMENTO (arts. 356 a 359) 
O credor, apesar de não ser obrigado, pode aceitar a substituição da prestação pactuada por outra, liberando o de-
vedor (datio in solutum). A substituição pode ser de dinheiro por bem (móvel ou imóvel), de uma coisa por outra, etc. 
A dação extingue a obrigação, pouco importando que o valor da coisa dada em pagamento tenha valor maior ou me-
nor do que a prestação original. Difere da novação, pois nesta extingue-se uma obrigação, mas cria-se outra. 
Se ocorrer evicção (perda da propriedade em virtude de sentença judicial e ato jurídico anterior), a obrigação primiti-
va é restabelecida, ficando sem efeito a quitação dada. O devedor também responde por eventual vício redibitório da 
coisa entregue. 
NOVAÇÃO (arts. 360 a 367) 
Criação de obrigação nova extinguindo a anterior. Substitui uma dívida por outra, extinguindo a primeira. É ao mesmo 
tempo causa extintiva e geradora de obrigações (duplo efeito). Só ocorrerá novação se houver acordo entre as partes 
(animus novandi), e não por força de lei. 
Pode ser expressa ou tácita (nunca presumida), desde que resulte de modo inequívoco da natureza das obrigações. 
Abrange os acessórios e as garantias da dívida primitiva, sempre que não haja estipulação em contrário. Não produz 
a satisfação imediata do crédito, como no pagamento direto ou na dação em pagamento. 
Espécies 
1. Objetiva (real) — Devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir a primeira. Há a substituição da presta-
ção ("rolagem" de uma dívida bancária). Pode ocorrer também a substituição da dívida em dinheiro por prestação de 
serviços. 
2. Subjetiva (pessoal) — Substituição de um dos sujeitos da relação jurídica. Divide-se em: 
a) Ativa — Novo credor sucedeao antigo, extinguindo o primeiro vínculo. A é credor de B, mas devedor de C. 
As dívidas são equivalentes. A pede a B que pague a C, em vez de lhe pagar. Na relação primitiva, o credor foi subs-
tituído: era A e passou a ser C. São indispensáveis: o consentimento do devedor ao novo credor, o consentimento do 
antigo credor que renuncia ao crédito e a anuência do novo credor que aceita a promessa do devedor. A modalidade 
vem sendo substituída pela cessão de crédito. 
b) Passiva —Novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor, que concorda com a substitui-
ção. Se o novo devedor for insolvente (passivo maior que o ativo), o credor não tem direito a ação regressiva contra 
o primeiro (salvo se este obteve a substituição de má-fé), pois, no momento em que o credor aceita a substituição, 
assume esse risco. Subdivide-se em: 
• Delegação: a substituição é feita com o consentimento do devedor originário, pois ele indicará uma terceira 
pessoa para resgatar seu débito. 
• Expromissão: terceira pessoa assume a dívida, substituindo o devedor originário independentemente de seu 
consentimento. 
3. Mista — Substituem-se, ao mesmo tempo, o objeto e um dos sujeitos da relação jurídica. 
Observações 
• Não se pode novar obrigação originalmente nula ou extinta (não é possível novar o que não existe, nem extin-
guir o que não produz efeitos jurídicos), mas obrigação anulável pode ser confirmada pela novação. 
• A nova obrigação deve ser válida. Sendo nula, será ineficaz e prevalecerá a antiga obrigação. Se anulável e 
vier a ser anulada, também ficará restabelecida a obrigação anterior 
• A novação feita pelo devedor com o credor sem o consenso do fiador ou do devedor solidário importa na 
exoneração destes. 
Distinção entre novação e pagamento com sub-rogação 
O pagamento com sub-rogação promove apenas a alteração do credor na obrigação. Extingue a obrigação somente 
em relação ao credor, não se desfazendo o vínculo original. O devedor continua obrigado ao terceiro, sub-rogado no 
crédito. Se o fiador paga no lugar do devedor, não se forma nova relação; o que ocorre é a substituição do fiador 
pelo antigo credor, sucedendo-lhe em todos os direitos contra o devedor. 
Já na novação o vínculo original se desfaz (extingue-se a dívida), com todos os acessórios e garantias, e cria-se 
novo vínculo, independente do primeiro. 
Ademais, na novação não há a satisfação da dívida (pagamento), apenas se cria nova obrigação envolvendo parte 
diferente. Já na sub-rogação há o pagamento e a pessoa que pagou tem direitos ante o devedor. 
COMPENSAÇÃO (arts. 368 a 380) 
Duas ou mais pessoas são ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras, até o limite da existência do 
crédito recíproco. Pode ser total (A deve 100 a B, mas B também deve 100 a A) ou parcial (os créditos são de va-
lores diversos: extingue-se um e mantém-se o outro na parte excedente ao compensado). 
Espécies 
1. Legal — Independe de convenção entre as partes; opera-se mesmo que uma delas não queira. Requisitos: 
a) Reciprocidade de débitos. 
b) Liquidez das dívidas: certas quanto à existência e determinadas quanto ao objeto. 
c) Exigibilidade das prestações: estão vencidas. 
d) Fungibilidade: prestações homogêneas entre si — dívida em dinheiro só se compensa com dinheiro, café com 
café, feijão com feijão. Além disso, devem ser da mesma qualidade: tipo A com tipo A, tipo B com tipo B. 
2. Convencional — Acordo de vontades entre as partes, estabelecido por meio de contrato. Dispensam-se alguns 
dos requisitos anteriores. Ex.: podem-se compensar objetos diferentes, como um terreno por dois veículos. 
3. Judicial — Decisão do juiz que percebe, o fenômeno durante o trâmite do processo. É necessário que cada parte 
alegue seu direito contra a outra. Ex.: réu ingressa com reconvenção —ação do réu contra o autor, no mesmo feito 
em que está sendo demandado, com o fim de extinguir ou diminuir o que é devido. 
CONFUSÃO (arts. 381 a 388) 
Incidência, em uma única pessoa, relativamente à mesma relação jurídica, das qualidades de credor e devedor, por 
ato inter vivos ou causa mortis, operando a extinção do crédito (ninguém pode ser credor e devedor de si mesmo). 
Ex.: A, credor de B, faleceu, e B é seu único herdeiro (portanto, B torna-se credor de si mesmo); X é credor de Y e 
ambos se casam sob o regime da comunhão universal de bens. 
A confusão pode ser total (própria), quando se opera em relação a toda a dívida, ou parcial (imprópria), quando em 
relação a parte da dívida. Ex.: A, credor de B, morre, deixando dois herdeiros: o próprio B e C - extingue-se parte da 
dívida. 
Atenção: o atual Código Civil trata a transação (arts. 840 a 850: extinção da obrigação por mútuas concessões) 
e a arbitragem (arts. 851 a 853: partes confiam a árbitros a solução de seus conflitos de interesses) como formas 
de contrato e não mais como formas de pagamento. 
PAGAMENTO INDEVIDO 
Espécie de enriquecimento sem causa. Pessoa paga a outra de forma errônea, pensando que está extinguindo a 
obrigação. Quem paga de forma indevida pode pedir a restituição, desde que prove que pagou por erro. Isso, entre-
tanto, não a libera de pagar novamente à pessoa certa ("Quem paga mal paga duas vezes"). 
Quem recebeu de forma indevida é obrigado a restituir. Várias ações têm o objetivo de evitar locupletamento de coisa 
alheia. Uma delas é a ação de repetição de indébito. Repetir, em Direito, significa pedir a devolução ou a restituição 
do indevido. 
Requisitos 
1. Enriquecimento do accipiens. 
2. Empobrecimento do solvens. 
3. Relação de causalidade entre o enriquecimento de um e o empobrecimento do outro. 
4. Inexistência de causa jurídica (contrato ou lei) para esse enriquecimento. 
Hipóteses 
1. Devedor que paga dívida inexistente. 
2. Dívida existe, mas de alguma forma já foi extinta. 
3. Dívida é paga por quem não é o devedor ou recebida por quem não é o credor. 
Impossibilidades 
Não é possível repetir: 
• o que se pagou para solver dívida prescrita; 
• o que se deu para obter fim ilícito ou imoral; 
• se houve pagamento de dívida ainda não vencida. 
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO SEM PAGAMENTO 
Ocorre a extinção da relação obrigacional sem que haja pagamento nos seguintes casos: prescrição, impossibilidade 
de execução do prometido sem culpa do devedor (caso fortuito ou força maior), realização de condição resolutiva ou 
advento de termo extintivo e remissão de dívida. 
REMISSÃO DE DÍVIDA 
(arts. 385 a 388) 
Liberação graciosa do devedor pelo credor, que voluntariamente abre mão dos direitos creditórios, com o fim de ex-
tinguir a obrigação. É o perdão do débito, direito exclusivo do credor, exonerando o devedor. É ato bilateral, pois so-
mente produz efeitos se houver a aceitação do devedor, tornando-se irrevogável. Só pode se referir a direitos patri-
moniais de caráter privado, desde que não prejudique o interesse público ou de terceiros. Pode ser total ou parcial, 
expresso (por escrito) ou tácito (conduta do credor, prevista em lei, incompatível com a conservação do direito: cre-
dor que espontaneamente rasga nota promissória ou entrega o objeto empenhado). 
A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente. Se um dos credores 
remitir uma dívida solidária, a obrigação não ficará extinta para com os demais, mas estes só a poderão exigir des-
contada a quota do credor que perdoou. 
Atenção: não confundir remissão (perdão) com remição (resgate, pagamento), nem perdão (ato bilateral) com renún-
cia (unilateral). 
EXECUÇÃO FORÇADA 
(JUDICIAL) 
Quando o devedor não cumpre voluntariamente a obrigação, o credor poderá obter seu cumprimento mediante ações 
judiciais. 
• Execução genérica — Credor executa bens do deve- 
dor para obter o valor da prestação não cumprida. 
• Execução específica — Credor ingressa com ação visando

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