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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI- RIO DE JANEIRO
	
QUEIXA CRIME
PEDRO (sobrenome), (nacionalidade), solteiro, engenheiro, portador de RG (número), órgão emissor, inscrito no CPF sob o (número), residente e domiciliado à (rua), (número), (bairro), Niterói, Rio de Janeiro, (CEP), vem através de seu advogado in finne assinado, que este subscreve ,respeitosamente perante Vossa Excelência, propor:
QUEIXA CRIME
Em face de HELENA (sobrenome), (nacionalidade), solteira, (profissão), portadora de RG (número), órgão emissor, inscrita no CPF sob o (número), residente e domiciliada à (rua), (número), (bairro), Niterói, Rio de Janeiro, (CEP), com fundamento no artigo 30 do CPP em combinação com o artigo 100, parágrafo 2º , do CPB.
DO PRAZO DECADENCIAL
O prazo para oferecimento da queixa é de 06(seis) meses, contados a partir da data em que vier a saber quem é o autor do crime(artigo 38 do CPP c/c artigo 103 do CPB.
DOS FATOS
O querelante, engenheiro de uma renomada empresa de construção civil possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho.
No dia 19-04-2016, planejou comemorar seu aniversário à noite reunindo parentes e amigos numa famosa churrascaria de Niterói no Rio de Janeiro.
Ocorre que o convite foi feito através de umas das redes sociais, onde o querelado publicou a postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal para todos os seus contatos.
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e esta adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia.
 No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê -lo! 
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. 
Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. 
DO DIREITO
Ao afirmar que o querelante não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal. 
Que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, imputando fato ofensivo a reputação de PEDRO, cometendo o crime de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal. 
Helena, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III, do Código Penal. 
Helena praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal de crimes, nos termos do artigo 70 do Código Penal. 
 Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, Helena praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação 
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer que Vossa Excelência digne-se de:
1- Seja julgado procedente o pedido;
2- A citação da querelada;
3- A oitiva das testemunhas arroladas;
4- A condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais;
5- A fixação do valor de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CP.
Local/data
Advogado/OAB

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