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A importância da didática na educação infantil Qual o professor que não sonha em conquistar a atenção com uma aula atrativa, construtiva, em que os alunos participem ativamente no dialoga, e que se sintam estimulados com uma boa didática¿ Então primeiramente vamos falar de onde surgiu e oque significa a palavra didática. A palavra didática vem do Grego (Techné Didaktiké), que se traduz por “arte” ou técnica de ensinar. A didática é a teoria pratica que estuda como transformar o processo de pedagogização do saber cientifico. Então a ciência da educação com condições, fundamentos e modos de realizações é assumida como a própria pedagogia. Na historia da didática conhecemos o então chamado “Pai da didática” ele deseja ensinar “tudo a todos” e atingir o ideal de uma educação ideal. O nome dele é Jan Amos Komenský: Nascimento: 28 de março de 1592 Nivnice Reino da Boêmia: Morte: 15 de novembro de 1670 (78 anos). O pensador era educador pacifista, pregava pelo desarmamento mundial, o dialogo inter- religioso, o direito universal da educação igualitária para todas as pessoas, de todos os povos e de qualquer condição. Tinha projetos de ensinar tudo a todos como meta, teve uma vida muito sofrida com perseguições e fugas e muito trabalho árduo. Morreu depois de perder a pátria, a família e os bens no exilio na Holanda. Nós ousamos prometer uma didática magna, ou seja, uma arte universal de ensinar tudo a todos: de ensinar de modo certo, para obter resultados, de ensinar de modo fácil, portanto sem que docentes e discentes se molestem ou enfadem, mas, ao contrario, tenham grande alegria; de ensinar de modo solido, não superficialmente, de qualquer manheira, mas para conduzir á verdadeira cultura, aos bons costumes, a uma piedade mais profunda (COMENIUS, 1651, p. 13). Na pedagogia é utilizada uma didática estratégica junto às diretrizes de aprendizagem e não se resume somente no ensino de técnicas de ensino- aprendizagem, mas sim pelo conjunto de diversos setores da sociedade e também o do educador. Para Libâneo (1992) O principal ramo de estudo da pedagogia é a didática, que investiga condições e fundamentos para realizar, selecionar métodos e conteúdos convertendo objetivos sociopolíticos e pedagógicos em modo de ensino. A autora Maria Rita Oliveira (1998) entende a didática, em relação ao Brasil, uma pratica de ensino com concepção social que articula outras praticas sociais na formação social Brasileira, Assim a autora conceitua a didática de forma critica. A didática tem o compromisso de ensinar para as classes populares que pedem uma transformação em relação à dominação e opressão, e democratização da escola pública, com espaço em sala de aula que traga um melhor entendimento do saber didático- pratico. Como sabemos a didática vem da Grécia antiga e alguns a definem como uma ação de ensino e outros como uma ciência, cujo objetivo maior está nas estratégias de ensino e questões relativas quanto à metodologia e praticas na aprendizagem. Assim podemos afirmar que ensinar esta relacionada diretamente com a didática que se propõe a agrupar metodologias e conhecimentos pedagógicos para o desenvolvimento social e educacional do aluno. A nova escola Com a expansão industrial e a era do liberalismo e também a urbanização, a educação precisou de urgência em melhorias na educação e uma maior atenção em relação ao aspecto no processo didático e em outras áreas do conhecimento da criança e sua natureza nos aspectos internos e subjetivos no final do século XIX. O relacionamento entre a didática e outras áreas do conhecimento tem uma intensa e constante discussão entre diferentes paradigmas e posições teóricas entre diretrizes metodológicas ou tecnológicas. Conservadorismo no Brasil (1930) Falava na forma de ensino de memorização com sistema de conteúdos tradicionais focados no professor, onde se exigia somente do aluno a aprendizagem, com testes sobre o conteúdo aplicado exclusivamente para dar notas. Tecnicismo Década de (1970) O tecnicismo era uma tendência muito forte na educação, onde o professor controla e dirige as atividades consideradas mecânicas e que desvaloriza o professor, onde a proposta educacional é rígida e engessada, assim valorizando uma educação tecnológica e mecânica, diminuindo a criatividade do professor. Essa aprendizagem e feita de planos de ensino e seleção de conteúdos altamente controlados pelo professor que aplica atividades de forma rígida exigida pela proposta educacional. O país mais avançado no que desrespeita a didática na América do sul é a Argentina, onde os trabalhos que desenvolve as pesquisas sobre a didática é muito mais rápida. Santos (2003.p.138) é quem da uma argumentação no que diz que a didática passou de [...] apêndice de orientações mecânicas e tecnológicas para um atual modo critico de desenvolver uma prática educativa, forjadora de um projeto histórica, que não se fará tão somente pelo educador, mas pelo educando conjuntamente, com o educador e outros membros dos diversos dos diversos setores da sociedade. A didática deve ser abrangente e efetiva, pois é responsável por fundamentos e condições da instituição do ensino e tem caráter de ciências da educação que assume o lugar da pedagogia. Tem como objetivo ajudar o professor a compreender o fenômeno educativo de forma ampla para que ele possa tomar decisões certas em tudo oque ele defende. De acordo com Veiga (1989, p. 52), na Pedagogia Renovada a Didática era vista: [...] como um conjunto de ideias e métodos, privilegiando a dimensão técnica do processo de ensino, fundamentados nos pressupostos psicológicos ou pedagógicos e experimentais, cientificamente validados na experiência e constituídos em teoria, ignorando o contexto sócio-politico-econômico. Assim o professor se torna muito mais intelectual para saber o que fazer de acordo com suas necessidades nas dinâmicas escolares, projetos educativos e no seu dia-a-dia para que os alunos possam refletir e se sentirem sujeitos de seu próprio aprendizado. A didática é um conjunto é um conjunto de técnicas e também uma decisão politica, pois quando são organizadas as atividades pedagógicas tem a opinião do professor no conteúdo, porém a opinião politica do professor não significa que ele deva doutrinar sua matéria e sim cumprir seu papel técnico e organizar sua disciplina para que favoreça o modo de aprendizagem dos seus alunos, indiferente de sua cor,raça,classe,sexo ou religião. Para Masetto (1997, p.13): “Compreendemos Didática como Candau a conceitua. Didática para nós é uma reflexão sistemática sobre o processo de ensino – 14 aprendizagem que acontece na escola e na aula, buscando alternativas para os problemas da prática pedagógica”. Assim a didática assume o papel de mediadora entre a prática em sala de aula e a teoria educacional, os professores que conseguem dominar a didática na sala de aula com elementos mais abrangentes e sólidos, conseguem decidir com autonomia quais propostas podem ser adotadas, como e por que. Isso faz com que a aula com uma dinâmica tenha um sentido, um foco, mas não deixe a aula engessada ou somente dependente dela.O processo educativo é a manifestação como um todo no sentido amplo, e indica relações como (psicológicos, econômicos, legais, sociais, interpessoais, etc...). O domínio da didática possibilita que o professor tenha habilidades para desenvolver seus conhecimentos com o aprofundamento da metodologia de ensino e pode assim contribuir significativamente com o sucesso na sala de aula no ensino aprendizagem com condições para ser um professor que encanta e ofereça o melhor de si na sua prática didática. De acordo com Veiga (1989, p. 52), na Pedagogia Renovada a Didática era vista: [...] como um conjunto de ideias e métodos, privilegiando a dimensão técnica do processo de ensino, fundamentados nos pressupostos psicológicos ou pedagógicos e experimentais, cientificamente validados na experiência e constituídos em teoria, ignorando o contexto sócio-politico-econômico. Uma aula com uma boa didática,colabora para uma formação solida e dinâmica, onde oque é aprendido pela criança de forma cientifica ficará com ela para o resto da vida. Então a pratica da didática na educação infantil é uma ferramenta muito importante para as necessidades dos novos tempos, para a cultura e aprendizagem da educação infantil. É importante ressaltar que a escola deve optar por conceitos sociais, que levem a instrução, a observação e a socialização com outros meios para desenvolver novas atitudes e saberes, juntamente com a ajuda da família e da escola, com base em estudos de formação de raciocínio lógico, intelectual com um currículo baseado nos conhecimentos prévios do aluno. “... a própria realidade questiona a teoria exigindo novos aprofundamentos, pesquisas e estudos. Ou seja, as teorias educacionais se desenvolvem em confronto com a prática pedagógica, e esta consegue resolver seus problemas com as sugestões daquelas”. (MASETTO, 1997, p.13) O conteúdo aplicado determinará a formação que iremos ter no final, assim veremos o resultado e a consequência de nossas escolhas. Assim fica clara a importância do conteúdo didático com as contribuições neurológicas, com um nível crescente de desenvolvimento, com experiências da infância e que passam por todos os parâmetros curriculares nacionais. O professor deve fazer sua sequencia didática se baseando nos conhecimentos dos alunos, para que assim eles possam ampliar seus conhecimentos de acordo com a sua realidade. Contemplando cada descoberta e cada momento, observando. Conduzindo e interferindo se caso for preciso, assim apontando novos caminhos. Historicamente, costuma- se responsabilizar o aluno por seu fracasso escolar e colocar o professor como o dono da verdade e do poder em sala. Colocando sempre a culpa no aluno quando ele não obtém a nota esperada, tirando assim toda a responsabilidade do professor. Quantas vezes já não ouvimos que se o aluno não consegue tirar nota é por falta de interesse e de estudo? Quantos alunos já não foram reprovados assim com a maior naturalidade? O trabalho de um bom educador é perceber as dificuldades dos alunos, investigando e intervindo nas dificuldades para que ele consiga absorver o aprendizado da melhor maneira possível. A frase “Não aprende quem não quer” não pode mais existir, o professor precisa usar uma boa didática que esteja ao alcance de todos os alunos, se for preciso mudar varias vezes para obter resultados que faça. É muito importante que exista um dinamismo no modo de ensinar e um bom relacionamento com os alunos. Segundo Freire, o educador que “castra” a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, talha a liberdade do educando a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica. Um profissional competente deve se ter coerência, comprometimento e solidariedade com os educandos, com uma forma de se posicionar e intervir no mundo para estabelecer uma comunicação da aprendizagem entre gente, emoções, sentimentos, sonhos, e desejos, com uma pedagogia fundada na ética, no respeito à dignidade e também a própria autonomia do educando. Ser professor exige saberes e dinamismo para promover a autonomia dos educandos, respeitando a leitura do mundo de cada um deles, promovendo a autonomia e o seu desenvolvimento como ser pensante. Enquanto os professores das didáticas específicas tendem a considerar dispensável uma didática tida como “geral”, os pertencentes à pedagogia fazem reparos ao pouco interesse de seus colegas pelos saberes pedagógicos, como as teorias da educação, a psicologia da aprendizagem, as teorias do ensino e a própria didática (Libâneo, 2008). Tendo a escola um papel de colaborar com a independência dos alunos em relação à família, com o fundamental papel do professor neste processo. A escola não substitui a família e sim serve de transição entre família e o meio social. O professor faz parte do processo integral do educando, atua de forma politica no ambiente escolar, onde forma gerações para uma sociedade melhor, enfatizando o crescimento individual, ajudando assim o aluno a construir e assumir sua personalidade e encontrar uma forma para expressa-la socialmente, possibilitando o seu desenvolvimento. A escolarização deve oferecer a possibilidade de participar democraticamente de lutas e conquistas para tornar um povo livre com condições sociais, culturais e politicas. A vida manifesta-se por meio de quem somos de nossa identidade, de nosso percurso, de nosso curriculum vitae: família, religião, amor, comunidade, amigos, escola, partido, sindicato, movimento, convívio com a natureza (...) enfim, nossos vínculos mais profundos com todos os seres e com o universo. (GADOTTI, 2004, p. 10). E indispensável para construir uma sociedade democrática com igualdade e oportunidades sociais. A organização escolar precisa ter um bom preparo de métodos e procedimentos que seguem a idade das crianças, assim precisam de um planejamento baseado na comunidade escolar e na vivencia de cada criança. Assim o objetivo da didática é investigar a educação como processo social e assegurando um fazer pedagógico, politico, técnico e social na escola, mediado entre objetivos e conteúdos de ensino. Também é fundamental nessa estrutura o resultado de conhecimentos e assimilação solida com um currículo de conhecimentos e instruções, um conjunto de investigações e procedimentos com recursos de complemento para o ensino. Também a relação da didática com as questões epistemológicas é um tema presente na investigação. “Ensino envolve, necessariamente, o enfrentamento de questões de como ocorre o conhecimento e da justificação e validação de resultados cognoscitivos, implicando, portanto, a dimensão epistemológica” (Oliveira, 1997, 133). A didática é fundamental par um bom trabalho em sala, envolvem condições internas e externas e também condições socioculturais, que afeta diretamente ação da didática. O processo de ensino estabelece uma direção que visa alcançar resultados como o domínio de conhecimentos, habilidades, desenvolvimento da capacidade cognitiva, convicções tendo assim o caráter de ensino bilateral que combina as atividades do aluno com as do professor. A aprendizagem ocorre em qualquer atividade humana que pode ocorrer de forma espontânea ou casual, isso define a escola como um processo de assimilação de aprendizagem que determina modos de conhecimentos, de ação mental e física. Assim aprendemos os conhecimentos, hábitos, atitudes, virtudes e valores sistematizados. Quando o aluno percebe que pode estudar nas aulas, discutir e encontrar pistas e encaminhamentos para questões de sua vida e das pessoas que constituem seu grupo vivencial, quando seu dia-a-dia de estudos é invadido e atravessado pela vida, quando ele pode sair da sala de aula com as mãos cheias de dados, com contribuições significativas para os problemas que são vividos “lá fora”, este espaço se torna espaço de vida, a sala de aula assume um interesse peculiar para ele e para seu grupo de referência. (MASETTO, 1997, p. 35). O processo de assimilação ativa oferece uma compreensão, percepção e reflexão desenvolvendo meios intelectuais, motivando atitudes do próprio aluno, que é direcionado pelo professor. Sem o trabalho ativo do professor não existe o ensino, é preciso que se tenham conteúdos que favoreçam a capacidade cognitiva do aluno com fatos ligados a matéria e a explicação do professor. É preciso que o professor analise os textos dos livros didáticos oferecidos no ensino das disciplinas que serão utilizadas para oferecer um ensino um ensino igualitário, tendo uma visão critica em relação aos conteúdos. Para apresentar um bom conteúdo didático é preciso que ele apresente: Correspondência entre os objetivos gerais e os conteúdos; Caráter sistemático; Caráter cientifico; Relevância social; Acessibilidade e solidez Assim, com um conjunto de procedimentos e um conteúdo de qualidade o professor desenvolve um trabalho com seus próprios métodos e ações conseguirá atingir seus objetivos,oferecendo aos alunos situações didáticas para estimular o pensamento, soluções de problemas e a defender o ponto de vista e respeitando a particularidade e o ritmo de cada aluno. O autor Libâneo explica que há algumas exigências para se seguir e conseguir uma aula estruturada segue aqui algumas características: Formação do espirito de coletividade, solidariedade e ajuda mutua sem esquecer o individual; Ampliação do nível cultural e cientifico dos alunos; Seleção e organização das atividades para promover um ensino criativo e independente; Valorização da sala de aula como meio educativo; Empenho na formação de métodos e hábitos de estudo Podemos ver como é importante se ter aulas planejadas e organizadas que favoreçam o aprendizado do aluno, que seja flexível e criativo para criar condições de motivação e de atenção aos alunos. O planejamento das aulas é um processo de organização, racionalização e coordenação onde o professor tem a função de explicar diretrizes, princípios e procedimentos de trabalho, que posiciona os vínculos pedagógicos, políticos e profissional e assegura a organização e coordenação do trabalho e ações do professor com conteúdos e método com coerência que facilitam o preparo das aulas com um plano que oriente com uma sequencia de objetivos gerais de modo flexível. Para ter uma aula didática e proveitosa, é preciso que: Antes das aulas o professor adiante o assunto da próxima aula de forma geral, para que os alunos saibam com antecedência do que se trata se é ou não do conhecimento dele; Instigue o aluno a pensar, fazendo analogias com outros assuntos; Explique o assunto de forma sequencial, logico e didático; Encontre sua forma pessoal de dar aula; Procure passar uma formação humanista. A tarefa da escola é fazer um planejamento democrático com condições para a aprendizagem no processo de transmissão e assimilação ativa dos conteúdos que estão nas exigências dos planos e programas oficiais. Para um bom trabalho o professor precisa ter um bom relacionamento com os alunos, o autor Libâneo chama isso de “situação didática” que se da quando alcançamos os objetivos do processo de ensino, o trabalho do professor deve ser de constante didática e precisa trabalhar diretamente o cognitivo dos alunos, com recursos de linguagem e um plano de aula que leve em consideração o conhecimento dos alunos e com objetivos claros e diretos. É preciso que o aluno seja visto como fator principal para a contribuição do conhecimento, que existam varias propostas para que haja a participação ativa do aluno e que não se limite a memorizações e aspectos intelectuais dos alunos. O professor que tem dificuldades em passar a matéria de forma clara, simples e dinâmica, tem alunos com notas baixas por não conseguirem acompanhar as explicações do professor, achando a matéria difícil e culpando o professor por não entenderem a disciplina. A didática deve servir de tradução pratica do mecanismo educativo, de decisões politicas e epistemológicas de desenvolvimento histórico do povo. Assim exercendo seu papel e apresentando posturas de praticas educativas históricas. Também é importante criar condições que faça com que o aluno assimile todas as informações e entenda a necessidade de receber os ensinamentos de forma significativa. Que o aluno possa ter condições plenas para sua construção e a troca de conhecimentos, tendo assim a oportunidade de descobrir suas habilidades, e a criatividade em tendências como: esporte, cultura, percebendo assim seu gosto e seu desenvolvimento pleno. O professor precisa deixar o dialogo com o aluno aberto para tirar duvidas e dar dicas, e que não haja nenhuma barreira entre professor e aluno. Hoje em dia o mercado de trabalho esta optando por profissionais dinâmicos que tiram elogios de seus alunos, pois são estes professores que tem em suas aulas dinamismos e mantem seus alunos bem estimulados aproveitando melhor as aulas e aprendendo melhor. Veiga (1989, p. 44), nesta concepção “a Didática é compreendida como um conjunto de regras visando assegurar aos futuros professores as orientações necessárias ao trabalho docente”, que “separa teoria e prática, sendo a prática vista como aplicação da teoria, e o ensino como forma de doutrinação”. A didática não se resume somente a ensinar mecanismos e desenvolver processos de ensino-aprendizagem, ela deve desenvolver um modo critico de desenvolver a prática educativa, que forja um projeto histórico com diversos membros e setores da sociedade. O aluno pode despertar sua criticidade a partir de questões sociais, politicas e culturais que existam em seu meio de vivencia e levando essas discussões para a sala interagindo com os outros alunos, com varias opiniões em relação ao contexto social que estão inseridos. Conforme Luckesi (1982 apud CANDAU, 1982, p.27) “[...] compreendo o educador como um sujeito, que conjuntamente com os outros sujeitos, constrói em seu agir, um projeto histórico de desenvolvimento do povo, que se traduz e se executa em um projeto pedagógico”. Assim deixa claro que a educação e o educador não criam e tão pouco mudam o modelo social por total, mas se adequam para melhorias de alguns problemas que possam existir no meio. A relação professor aluno já foi citada anteriormente, mas surge propositalmente aqui com o propósito de se analisar o professor em relação ao aluno no ambiente didático, que estabelece uma conexão social- histórica que caracteriza a educação brasileira como tradicional. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso teórico, necessário á reflexão critica, tem de ser tal modo concreto que quase se confunda com a prática. “O “seu “distanciamento” epistemológico da prática enquanto objeto e análise, deve dela” aproximá-lo” ao máximo (FREIRE, 1996, p. 43-44). O trabalho docente consiste, assim, na atuação do professor no ato educativo [...], mediando os processos pelos quais o aluno se apropria ou se reapropria do saber de sua cultura e o da cultura dominante, elevando-se do senso comum ao saber cientificamente elaborado. Nesse caso, uma boa parte do campo da didática refere-se às mediações, assumidas pelo professor, pelas quais promoverá o encontro formativo entre o aluno com sua experiência social concreta e o saber escolar (Libâneo, 1984, p. 149). A sociedade encontra se em transformação e isso ocorre pelo conhecimento humano que se constrói em diferentes aspectos, principalmente na educação. A formação docente precisa ser continuada, e o professor se sinta capaz de preparar o aluno para um ser responsável pelas diferentes formas de construção de conhecimentos no ensino-aprendizagem. Há ainda professores desqualificados que não buscam o conhecimento e que possam levar aos alunos uma aprendizagem significativa, ter aulas inovadoras é primordial para o aluno construir um pensamento crítico, e amplie os seus conhecimentos, independente de suas diferenças. A autoridade do professor é muitas vezes confundida com autoritarismo que associam disciplinas passadas pelo professor de forma rígida, essa conduta muitas vezes era exigida pela escola, assim deste modo faziam com que os alunos perdessem a autonomia de ensino- aprendizagem. É preciso planejar e trazer atividades atrativas com uma didática inovadora para que o ensino seja desenvolvido de forma atrativa e que traga também aos alunos o contato com o mundo tecnológico com uma qualidade de ensino cada vez melhor. A organização pedagógico-didática pressupõe uma análise epistemológica desses conteúdos em que se analisam o objeto da ciência, seus métodos de investigação e os resultados, junto com a análise psicopedagógico de ensino-aprendizagem. A didática, portanto, incluem entre seus conteúdos do conhecimento e dos processos de desenvolvimento e aprendizagem, socioculturais do ensino-aprendizagem, as peculiaridades epistemológicas das disciplinas e de investigação. A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo. São necessáriasestratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005, p. 76) O professor em sala se da como um gerente, que verifica que verifica se tudo esta dando certo como o planejado, ou se é preciso interferir e mudar possíveis erros e comtemplar os acertos. O objetivo da orientação educacional deve proporcionar a completa integração do aluno com a escola, tanto no social como no educacional, enfatizando o crescimento individual, ajudando assim o aluno a construir e assumir sua personalidade e encontrar uma forma para expressa-la socialmente, possibilitando o seu desenvolvimento. Os professores são parte integrante do processo educativo e para os padrões de sociedade que buscamos. O papel social da educação e de seus conteúdos e objetivos são determinados pelas sociedades, política e ideologia predominantes. "desde o início da historia da humanidade, os indivíduos e grupos travavam relações recíprocas diante da necessidade de trabalharem conjuntamente para garantir sua sobrevivência" (Libâneo, 1994, p.19). O autor considera como fatores fundamentais das desigualdades entre os homens, sendo fundamental para a sociedade. Apresenta as ideologias como valores colocados pela minoria dominante, politizando a prática educativa que demonstra o seu envolvimento com a parte social. Ele atesta que escola é o campo específico onde o professor pode politizar, colocando suas ideologias e politizando ainda mais o ambiente escolar. Enfim a didática deve ser um modo critico de desenvolver uma pratica educativa formada por diversos setores da sociedade. Deve servir de tradução prática exercer seu papel especifico de postura técnica em práticas educativas. Como prática estritamente humana jamais pude entender a educação como experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos por uma espécie de ditadura racionalista. Nem tampouco jamais compreendi a prática educativa como uma experiência a que faltasse rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual (FREIRE, 1996, p. 146). O educador deve ter uma ideia igualitária, ser compromissado com a educação e defensor da igualdade, buscando soluções para conseguir encarar os desafios em busca de transformações para o povo na escola. REFERÊNCIAS LIBÂNEO, José C. Didática e prática histórico-social: uma introdução aos fundamentos do trabalho docente. In: ______. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1984 (27. ed., 2012). LIBÂNEO. José Carlos. Adeus professor, adeus professora? : novas exigências educacionais e profissão docente. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2001. CANDAV, V.A didática em questão Petrópolis: vozes, 1984. MASETO, M, Didática: A aula como centro, São Paulo: FTD, 1997. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prá- tica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. ______. Didática e epistemologia: para além do embate entre a didática e as didáticas específicas. In: VEIGA, Ilma P. A.; Ávila, Cristina d’ (orgs.). Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas. Campinas: Papirus, 2008. COMENIUS. (Tradução Ivone Castilho Benedetti). Didactica Magna. São Paulo: Martins Fontes, 1977. OLIVEIRA, Maria R. N. S. A reconstrução da didática: elementos teórico-metodológicos. Campinas: Papirus, 1992. OLIVEIRA, M, Rita Neto Sales. História da didática. Belo Horizonte:VFME 1988,pg.33-47. MELO, A; UNETS, S. Fundamentos da didática. Curitiba: Ibpex, 2008. GADOTTI, Moacir. A escola e o professor: Paulo freire e a paixão de ensinar. São Paulo: Publisher Brasil, 2007. DIDATICA: banco de dados disponível em http://www.centrorefeducacional.com.br/didat.htm Acesso em 13 de maio, 2017.