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COLETA, TRANSPORTE E PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS para o setor de microbiologia Esp. em Microbiologia Carolina Azevedo Amaral 1 Laboratório de Análises Clínicas 2 Laboratório de Microbiologia Respeitar as normas para colheita, conservação e transporte de amostras Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é consequência da qualidade da amostra recebida. A COLETA e o TRANSPORTE INADEQUADOS podem ocasionar falhas no isolamento do verdadeiro agente etiológico e favorecer o desenvolvimento de microbiota normal ou contaminante, induzindo a tratamento não apropriado. A identificação correta do sítio de coleta possibilitará a análise adequada do crescimento microbiano na cultura. 3 COLETA DE MATERIAL IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA O profissional responsável pela coleta será também responsável por identificar de forma legível e correta o material a ser encaminhado ao laboratório de IMEDIATAMENTE! Após cadastro no laboratório: (Tasy e Matrix) No caderno do setor devem ser preenchidas TODAS as informações Material colhido Na placa de semeio Obrigatório etiqueta do Matrix(Para o seu devido material) Número do Tasy S.F.O ? 4 UROCULTURA Exame mais solicitado em laboratório de microbiologia clínica Técnica quantitativa: UFC/mL Grande desafio: Fase Pré-analítica Orientação correta: procedimentos de coleta e transporte(até 2h) Contaminação com a microbiota uretral e perianal Enterobactérias duplica-se, em média, a cada 20 min. Coleta adequada: contaminação de 7 a 31% É o exame mais solicitado em laboratório de microbiologia clínica. Nosso carro Chefe. *A urocultura é uma técnica quantitativa e, tradicionalmente, o diagnóstico é baseado no número de unidades formadoras de colônias/mL de urina (UFC/mL). *O maior desafio para se obter resultados de urocultura fidedignos está na fase pré-analítica. A qualidade dos resultados da urocultura é influenciada pela orientação correta sobre os procedimentos de coleta e transporte fornecidos ao paciente ou profissional que irá realizar a coleta. A coleta deve ser feita de modo a evitar ao máximo a contaminação com a microbiota uretral e perineal. *O ideal é que o paciente realize a coleta no próprio laboratório, e não em casa, visando a eliminar o viés gerado pelo aumento da contagem de colônias durante o transporte. Vale lembrar que uma enterobactéria duplica-se, em média, a cada 20 minutos e o transporte em temperatura inadequada pode alterar significativamente a contagem bacteriana, levando a culturas falso-positivas. *Mesmo quando a coleta é considerada adequada, os índices de contaminação podem variar de 7 a 31%. 5 UROCULTURA Coleta: FRASCO ESTÉRIL Urina de jato médio Urina coletada de cateter Deve-se clampear a sonda Coletar com auxilio de uma seringa montada com agulha, a qual deve ser introduzida na bifurcação da sonda de demora, com prévia desinfecção com álcool e transferir para um frasco estéril.(Irei informar a Enfermagem)(Não receber mais na seringa) Urina coletada com saco coletor Crianças 6 *correta instrução de coleta; *coletar no proprio laboratorio *Enterobaterias *Coleta para homens e mulheres *retenção por pelo menos 4h na bexiga Existe sonda vesical de alivio e demora Nunca jamais da bolsa coletora quando se tem coleta de sangue aproveita-se para coletar a urina UROCULTURA 0,001 ml 7 FERIDAS e ABSCESSOS COLETA DAS AMOSTRAS: Lesão aberta: Debridamento da lesão e depois limpar com solução fisiológica. A amostra deve ser coletada da borda interna da lesão. Se usar Swab, colocá-lo em meio de transporte ou solução salina. NUNCA SWAB SECO. Abscessos: Coleta por meio de Punção. Realizar a antissepsia do local e coletar a amostra com seringa e agulha. PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS: Semeadura em Ágar Sangue e Ágar Mac Conkey Incubação a 35-37°C em ATM normal Algodão: variação do ph; há presença de acido graxos que inibem o crescimento de algumas bacterias Rayon : fibra organica(celulose) 8 FERIDAS e ABSCESSOS Alça 10 ul (Azul) Semeadura por esgotamento com alça azul 10 ul*100 : semeie o material contido numa alça bacteriológica ou num swab, num dos cantos da placa, em movimentos de vai e vem. Gire a placa 90° e repita esses movimentos atingindo apenas um dos cantos. Gire novamente a placa, e repita o procedimento anterior . No 4 canto da placa , faça um zigue-zague largo. Com isso vc obtém colônias isoladas. 9 CULTURA DE VIGILÂNCIA SWAB NASAL Inserir um swab cuidadosamente pelo menos 1 cm dentro da narina e girá-lo. SWAB RETAL Passa a ponta de um swab estéril aproximadamente 1 a 2 cm além do esfíncter anal. Cuidadosamente rodar o swab para coletar amostra, retirar o swab. Certifique-se de que existe coloração fecal no algodão. Para facilitar a coleta o swab pode ser umedecido em salina ou água destilada estéril. Após a coleta, anotar na etiqueta o horário da coleta Semeadura com o próprio Swab na plascas conforme orientação 10 LÍQUOR Amostra Nobre de difícil obtenção Cadastramento adequado da amostra Volume: o ideal é superior a 1 ml Acondicionamento: Frasco Estéril Transporte : Em temperatura ambiente Semeadura do sedimento com alça 10 ul (Azul) em Ágar Sangue, Ágar Chocolate e Ágar Macconkey Incubação a 35-37°C por 24-48h em ATM normal para AS e AM e em tensão de CO2 para o ACH 11 ASPIRADO TRAQUEAL Avaliação da qualidade da amostra(Triagem) Microscópia: Presença de < 10 células epiteliais/campo > 25 leucócitos/campo(100x) Procedimento para diluição: Incubação a 35-37°C por 24-48h em ATM normal para AS e AM e em tensão de CO2 para o ACH . Contaminação da amostra com a microbiota do trato respiratório superior. A canula de traqueostomia e dos respiradores torna-se rapidamente colonizada por bactérias gram-negativas, portanto o isolamento desse agente pela cultura pode não indicar o agente infeccioso pulmonar, dificultando a interpretação do resultado. Como particularidade importante, o aspirado de secreção traqueal deve ser interpretado na bacterioscopia (Gram) e na cultura quantitativa da mesma forma que o escarro usando critérios de seleção da quantidade de material e a contagem de colônias significativas. • A seleção de material para bacterioscopia é de fundamental importância, utilizando-se a parte mais purulenta do material, fazendose esfregaço, corado pelo Gram e interpretado por profissional treinado e experiente. • Deve-se rejeitar amostras que não revelem bactérias na imersão e/ou >10 células do epitélio escamoso por pequeno aumento. • Outra opção é escolher como padrão uma das alternativas abaixo, visualizadas em aumento de 100 vezes (10 x 10): - >25 polimorfonucleares e 25 células polimorfonucleares e 10 células polimorfonucleares por células epiteliais (razão 10:1). • Deve-se colher material representativo, em recipiente estéril ou em frasco estéril acoplado a sistema de sucção transportar rapidamente para o laboratório a temperatura ambiente e processador em intervalo de tempo inferior a duas horas. 12 HEMOCULTURA Coleta Antissepsia rigorosa: Álcool iodado a 1%+Álcool a 70% Colher antes da administração de antibióticos; Colher na ascensão do pico febril ou durante Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas tampas com álcool 70%. Adulto: 5-10 mL em cada frasco(3 frascos) Infantil: 1-4 mL em cada frasco(2 frascos) Ao setor cabe ao plantonista fazer as liberações do negativos. Método de coleta do sangue coletado influenciam diretamente no sucesso de recuperação de microrganismos e uma interpretação adequada dos resultados. Cuidado 13 homogeinizar PONTA DE CATETER Existem vários tipos de cateteres intravasculares: de curta permanência, de longa permanência, sistemas abertos e sistemas fechados. Ponta de cateter: Evitar contaminação durante sua retirada. Corta 5 com do segmento distal do cateter e colocá-lo em um tubo cônico estéril. Encaminhar ao laboratório, pois seu processamento deve ser realizado dentro deduas horas. Técnica de Maki Semeadura em Ágar Sangue e Ágar Macconkey Incubação a 35-37°C em ATM normal 14 COPROCULTURA(FEZES) Coleta em pote esterilizado Em até duas horas ao laboratório Anota no caderno da microbiologia as características das fezes: Aspecto: aquoso, líquido, sólido, muco Semear em Ágar SS e Ágar Macconkey Alça 10 ul (Azul) 15 OBSERVAÇÕES: Qual a sequência correta de semeadura de um material clínico nos diferentes meios de cultura? A semeadura deve ser realizada primeiramente no meio rico, seguido do meio seletivo. 16 Alça Semeio Urocultura Quantitativo LIMPEZA DO SETOR DE MICROBIOLOGIA ESTUFAS GELADEIRA DE MEIOS DE CULTURA GELADEIRA DE DESCARTE CAPELA FLUXO LAMINAR TROCA DAS ALMOTOLIAS DILUIÇÃO DA TRAQUEAL FRIZZER AUTOCLAVE BANHO MARIA LAVAGENS DAS JARRAS DESCARTES 18 PERIODICIDADE REVERSAMENTO ENTRES OS TURNOS 2 X NA SEMANA TERÇA DE MANHÃ SEXTA DE TARDE FAZER AS DEVIDAS ANOTAÇÕES TURNO NOITE FAZER TROCA DOS DESCARPACK 19 SETOR DE MICROBIOLOGIA 20
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