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Noções básicas sobre legislação ambiental

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Lista 4 - Ciências Biológicas 2
Noções básicas sobre legislação 
ambiental
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LISTA 4 - BIO 2 - NOÇÕES BÁSICAS SOBRE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Noções básicas 
sobre legislação 
ambiental
Meio ambiente
Na ecologia, o meio ambiente é o panorama animado 
ou inanimado onde se desenvolve a vida de um 
organismo. No meio ambiente existem vários fatores 
externos que têm uma influência no organismo. A 
ecologia tem como objeto de estudo as relações entre 
os organismos e o ambiente envolvente.Figura 1: Meio ambiente
Fonte: Disponível em: <http://www.h2brasil.com/meio-ambiente.php>. Acesso em 20 jul. 2015.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
O ambiente pode ser definido como o entorno de cada ser vivo, 
formado por tudo aquilo que o rodeia. Consiste nas condições físico-
químicas do biótopo, chamadas fatores abióticos, e pela presença e 
atividade dos demais seres vivos, os fatores bióticos.
Os fatores abióticos necessários, mas insuficientes, para permitir 
plenamente o crescimento de uma população são denominados 
fatores limitantes.
Os principais fatores abióticos que influenciam os seres vivos são 
a temperatura, a luz, a umidade e a salinidade, além dos fatores 
edáficos (relacionados ao solo).
Vivemos em uma sociedade cada vez mais industrializada e urbana, 
com cada vez menos pessoas vivendo na área rural. Esta também 
apresenta tendência à implantação de máquinas em detrimento da 
agricultura manual.
Em qualquer ecossistema, todos os componentes vivos ou não 
vivos mantêm equilíbrio entre si, podendo-se falar em sinergia 
ambiental. O termo sinergia pode ser aplicado ao efeito coordenado 
e integrado de vários fatores na realização de uma função. Alterações 
no meio podem implicar desequilíbrio no ecossistema e determinar 
modificações, ocorrendo quebra da sinergia ambiental.
Tanto um organismo como um ecossistema em seu todo têm o poder 
de se adaptar a pequenas alterações, restabelecendo o equilíbrio. No 
entanto, modificações bruscas ou violentas normalmente não são 
compensadas em prazos razoáveis, impondo quebra duradoura do 
equilíbrio, com reflexos danosos para a saúde dos organismos ou de 
todo o ecossistema.
Muitos cientistas não consideram que uma cidade seja um 
“ecossistema urbano”, pois um ecossistema apresenta fluxo 
controlado de energia e reciclagem de matéria. É de outros 
ambientes, de fora da cidade, que as pessoas obtêm seu alimento 
e energia para motores e aparelhos elétricos. A população das 
cidades geralmente consome muito mais do que necessita e produz 
diariamente enormes quantidades de gases, lixo e esgoto.
Os resíduos orgânicos sobrecarregam a função decompositora do 
ambiente, provocando processos como eutrofização. E há também a 
liberação de substâncias tóxicas, tanto no solo quanto na água e no ar.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
A poluição, definida pelo excesso de determinados fatores em uma 
determinada área, também pode ser sonora e visual. A intensidade 
do som e a quantidade de estímulos visuais nas grandes cidades já 
são um fato tão comum que muitos moradores nem percebem esse 
tipo de poluição, que pode causar prejuízos como perda auditiva e 
estresse.
Para manter a rotina de consumo nas cidades, ecossistemas naturais 
são destruídos para ceder espaços à agricultura e pastagens para 
gado. O desmatamento, além de contribuir para o aumento do 
aquecimento global, também está diretamente relacionado a quedas 
bruscas na biodiversidade do planeta. Cientistas afirmam que, apesar 
de terem existido períodos de desequilíbrios ecológicos e extinção 
de espécies ao longo da história da Terra, nenhum deles ocorreu 
de forma tão rápida e intensa quanto agora. Nós, seres humanos, 
fazemos parte da natureza assim como os outros organismos; no 
entanto, nem sempre contribuímos para seu equilíbrio.
Além de ameaçar o equilíbrio da natureza pela forma como utiliza os 
recursos naturais, há uma outra ameaça causada pelo crescimento 
desenfreado da população humana, em condições de extrema 
desigualdade social.
Podemos pensar que as soluções para as questões ambientais são 
complexas e dependem exclusivamente de leis e ações dos governos. 
Mas nós também podemos contribuir, e muito. A simples decisão do 
que vamos consumir, se vamos comprar um produto cuja embalagem 
pode poluir o ambiente, se vamos sair de carro em cidades onde o 
nível de poluição do ar é alarmante, onde e como vamos jogar o “lixo” 
do dia a dia, tudo isso, feito por nós, já terá um efeito positivo para o 
ambiente do planeta.
A preservação da vida
A preocupação com a preservação da vida tem sido motivo de 
reuniões mundiais para se tentar propor medidas em termos globais.
Uma dessas reuniões aconteceu em 1992, na cidade do Rio de 
Janeiro, e ficou conhecida como Eco-92. Representantes de 
170 países estiveram presentes, e como resultado desta grande 
conferência foi elaborado um documento chamado Agenda-21, 
definido como um plano de ação global para o século 21.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
A Agenda-21 defende a necessidade de investimento em programas 
de desenvolvimento sustentável. Nesse modelo de desenvolvimento 
considera-se que o avanço econômico e a conservação do meio 
ambiente são compatíveis e devem estar intimamente relacionados. 
Os recursos naturais são suficientes para atender às necessidades de 
todos, desde que manejados de forma sustentável. Para isso, devem 
ser elaborados planos de manejo que considerem não apenas as 
características do meio ambiente, mas também a cultura, a história 
e a situação social da comunidade que depende de determinados 
recursos naturais.
Em 1997 houve uma reunião na ONU, a Rio+5, na qual foram 
apontadas algumas lacunas ou pontos mal definidos na Agenda-21, 
que dificultavam sua implementação.
Também em 1997 aconteceu um encontro mundial na cidade 
de Kyoto, no Japão, onde foi elaborado um dos mais ambiciosos 
projetos de combate ao aquecimento global: o Protocolo de Kyoto. 
Ele estabeleceu que os países industrializados deveriam, até 2012, 
reduzir em média 5,2% de suas emissões de gases causadores do 
efeito estuda (principalmente CO
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) em relação aos níveis alarmantes 
detectados em 1990.
Como a atmosfera é dinâmica, a emissão de poluentes em uma 
determinada região afeta todo o planeta; por outro lado, o 
controle da descarga de gases-estufa beneficiaria a atmosfera, 
independentemente do local onde o controle é exercido. Baseando-
se nesse pressuposto, um dos artigos do Protocolo de Kyoto 
estabelece que as nações desenvolvidas e industrializadas devem 
financiar projetos na área industrial e energética em países pouco 
desenvolvidos, desde que os projetos sejam baseados no uso de 
fontes alternativas de energia e na emissão reduzida ou nula de 
gases-estufa na atmosfera. Dessa maneira, os países ricos estariam 
contribuindo não apenas com a atmosfera, mas também com o 
desenvolvimento das outras nações.
O Brasil foi um dos primeiros países a assinar o Protocolo de Kyoto. 
No entanto, alguns países industrializados têm se negado a validar 
esse documento por não concordarem com a meta de redução na 
emissão de CO2 estabelecida para eles. É o caso dos Estados Unidos, 
que até 2005 respondiam por cerca de 21% das emissões mundiais 
de gases-estufa. Até meados de 2002, os países que haviam assinado 
o Protocolo respondiam juntos por apenas 36% das emissões.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Foi nesse contexto que aconteceu a Rio+10, entre 26 de agosto e 4 
de setembro de 2002, na África do Sul. Participaram da cúpula 191 
países, para retomar as questões apontadas na Eco-92. As discussões 
ambientais foram organizadas em cinco eixos principais: água e 
saneamento, agricultura, energia, saúde e biodiversidade.Para os ambientalistas, os resultados da Rio+10 foram 
decepcionantes diante da grande expectativa que o encontro 
gerou. O Brasil lançou uma proposta de aumento do consumo 
de fontes renováveis de energia em poucos anos, que não foi 
aprovada pela maioria. Algumas empresas petrolíferas acenaram 
com a possibilidade de utilizar fontes renováveis no lugar de 
derivados do petróleo, mas essa substituição será lenta e a 
longo prazo, o que não anima os ambientalistas. Um dos pontos 
positivos da Rio+10 foi a adesão da Rússia, do Canadá e da China 
ao Protocolo de Kyoto.
Após a adesão, os países participantes devem retificar o Protocolo 
e começar a adotar as medidas de redução na emissão de gases-
estufa. Isso significa que são necessários alguns anos para que o 
Protocolo entre realmente em vigor e mais tempo ainda para que 
os efeitos na atmosfera se verifiquem. Em fevereiro de 2006, um 
documento das Nações Unidades divulgando o status de ratificação 
do Protocolo de Kyoto mostrava a adesão de 162 países, que juntos 
respondem por cerca de 62% das emissões – os Estados Unidos 
não constam dessa lista. O Brasil, onde o Protocolo já está em vigor, 
é um dos países com maior número de projetos em andamento, a 
maioria para o desenvolvimento de tecnologias que utilizam fontes 
renováveis de energia.
Em 2012 realizou-se a Conferência Rio+20. O tema principal foi o 
desenvolvimento sustentável, fundado em três pilares: econômico, 
social e ambiental.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Legislação ambiental brasileira
Documentário: <https://www.youtube.com/
watch?v=AbJMsbCbNQs> 
Acesso em: 23 jul. 2015.
Entende-se por legislação ambiental o conjunto de normas, 
procedimentos e leis criadas para proteger, promover e/ou manejar 
adequadamente o Meio Ambiente; dá-se o nome “Legislação 
Ambiental”. Esta legislação, por sua vez, está contida dentro do 
Direito Público, no qual o Estado toma para si não apenas a atividade 
de constituir tais leis, mas também de fazê-las cumprir para o bem do 
ecossistema local e, consequentemente, do planeta Terra.
Em outras palavras, é o conjunto de normas jurídicas que se destinam 
a disciplinar a atividade humana, para torná-la compatível com a 
proteção do meio ambiente. 
Política ambiental é considerada tardia, e aconteceu em resposta aos 
movimentos internacionais:
• 1972: Conferência de Estocolmo = Declaração e Plano de Ação 
para o Meio Ambiente Humano, com 109 recomendações.
• 1973: Criação no Brasil da SEMA – Secretaria Especial do Meio 
Ambiente.
• 1981 - Lei Federal 6.938 – Criação do SISNAMA - Sistema 
Nacional do Meio Ambiente - Órgão superior de Conselho 
de Governo: Diretrizes e instrumentos da Política Ambiental 
Nacional.
• CONAMA - Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional 
de Meio Ambiente.
• IBAMA - Órgão executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.
• 1992: ECO-92 Conferência no Rio de Janeiro.
• Criação da SMA – Secretaria do Meio Ambiente - mais tarde se 
transformou no MMA - Ministério do Meio Ambiente.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
• Surgimento da Agenda-21: ações em todos os níveis 
privilegiando as ações locais.
• 1996: Política Nacional de Recursos Hídricos.
• 1998: Lei dos Crimes Ambientais – Uma das mais avançadas do 
mundo.
A lei não trata apenas de punições severas, prevê métodos de 
recuperação dos danos e/ou pagamento da dívida à sociedade.
No Brasil, de fato, as leis voltadas para a conservação ambiental 
começaram a ser votadas a partir de 1981, com a lei que criou a 
Política Nacional do Meio Ambiente. Posteriormente, novas leis foram 
promulgadas, vindo a formar um sistema bastante completo de 
proteção ambiental. 
A legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de 
preservação, criou:
• direitos e deveres para o cidadão;
• instrumentos de conservação do meio ambiente; 
• normas de uso dos diversos ecossistemas; 
• normas para disciplinar atividades relacionadas à ecologia;
• diversos tipos de unidades de conservação. 
Além de regularem a extração de madeiras nobres, as leis proíbem:
• a caça de animais silvestres;
• a pesca fora de temporada; 
• a comercialização de animais silvestres; 
• o corte de árvores nativas; 
• a exploração de minas que possam afetar o meio;
• a conservação de uma parte da vegetação nativa nas 
propriedades particulares;
• a criação de animais em cativeiro.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Vimos então que no Brasil existe a PNMA, que é a Política Nacional 
do Meio Ambiente. A PNMA define meio ambiente como o conjunto 
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=IB_
J1Q5xcf0 
Acesso em 22 jul. 2015.
Vídeo: https://www.youtube.com/
watch?v=wHB6N6Ug_qE 
Acesso em: 22 jul. 2015.
Você sabia que a legislação ambiental no Brasil é uma das mais 
completas do mundo?
Figura 2: Legislação 
ambiental
Fonte: Disponível em: 
<http://ongcea.eco.
br/?p=8395>. Acesso em: 
22 jul. 2015.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
O que diz a Legislação Ambiental 
Brasileira 
No Brasil, o Direito Ambiental sustenta-se sobre quatro disposições 
legais fundamentais: 
1) Constituição Federal: considerada uma das mais avançadas do 
mundo, traz um capítulo específico sobre o ambiente que se resume 
ao art. 225 com seus parágrafos e incisos. Entre tantas inovações, 
ressalta-se a garantia da vida com qualidade para as presentes e 
futuras gerações.
2) Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81): 
seu principal papel foi a sistematização da legislação ambiental no 
Brasil. Considerada um marco para o Direito Ambiental brasileiro, 
traz inúmeros princípios e diretrizes, além de ter estabelecido a 
responsabilidade objetiva do poluidor e ter criado o SISNAMA - 
Sistema Nacional do Meio Ambiente.
3) Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98): esta lei foi 
responsável pela consolidação da legislação penal ambiental, 
mediante a definição mais clara das infrações, uniformiza 
e estabelece o nível das penas, além da tentativa de uma 
sistematização e uniformização também dos crimes ambientais. 
Apesar das inúmeras críticas, pode-se destacar nesta lei a 
criminalização de delitos que até então eram tidos como mera 
contravenção, e a responsabilização criminal da pessoa jurídica, ou 
seja, das empresas públicas ou privadas. 
4) Lei da Ação Civil Pública (Lei nº 7.437/85): esta lei, de caráter 
instrumental, permitiu imenso avanço na tutela jurídica do meio 
ambiente no Brasil. Antes de sua vigência, basicamente apenas o 
vizinho prejudicado poderia acionar o poluidor. A partir desta lei, não 
apenas o particular, mas principalmente o Ministério Público e as 
ONG's (Organizações Não Governamentais) tornaram-se legalmente 
capazes de acionar os poluidores. Assim, esta lei viabilizou as 
chamadas ações coletivas.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Tipos de crimes ambientais
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, eles são classificados em 
seis tipos diferentes:
• Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais 
silvestres, nativos ou em rota migratória.
• Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de 
preservação permanente mesmo que em formação, ou utilizá-
la em desacordo com as normas de proteção.
• Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque 
ou possa provocar danos à saúde humana, mortandade de 
animais e destruição significativa da flora.
• Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio 
cultural: construção em áreas de preservação ou no seu 
entorno, sem autorizaçãoou em desacordo com a autorização 
concedida.
• Crimes contra a administração ambiental: afirmação 
falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de informações e 
dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou 
autorização ambiental.
• Infrações administrativas: ações ou omissão que violem regras 
jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do 
meio ambiente.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Legislação Ambiental Brasileira:
TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL 
CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º: Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o 
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de 
material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais 
e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada 
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que 
justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade 
de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas 
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção 
de espécies ou submetam os animais a crueldade.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
§ 2º: Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar 
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida 
pelo órgão público competente, na forma da lei. 
§ 3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais 
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados.
§ 4º: A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do 
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio 
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de 
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive 
quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º: São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos 
ecossistemas naturais.
§ 6º: As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua 
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser 
instaladas.
Quando se fala em Direito Ambiental, entende-se que o Estado toma 
para si a regulação do uso e a defesa do ambiente. Assim, o Direito 
Ambiental surge como um dos direitos humanos fundamentais: 
o direito que o cidadão tem a uma vida saudável, isto é, direito 
ao ar puro, a água limpa, ao calor do Sol, entre outros fatores que 
garantem qualidade de vida. Além de também representar um 
instrumento regulador da relação institucional entre a comunidade e 
o governo, que formula os planos gerais do crescimento econômico 
e a exploração dos recursos naturais. É importante ressaltar a 
necessidade destes direitos alcançarem as futuras gerações, que 
passam a ser protegidas pela ordem jurídica com a mesma força que 
as gerações atuais (art. 225, caput, Constituição Federal).
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
A preservação do meio ambiente depende muito da sensibilização 
dos indivíduos de uma sociedade. A cidadania deve contemplar 
atividades e noções que contribuem para a prosperidade do meio 
ambiente. Desta forma, é importante saber instruir os cidadãos de 
várias idades, através de formação nas escolas e em outros locais.
Existem, atualmente, 17 leis ambientais no Brasil, dentre as 
quais merecem destaque: 
a) Lei da Política Nacional dos Recursos Hídricos (Lei n° 9.433/97); 
b) Código Florestal (Lei n° 4.477/65 alterada pela Medida Provisória 
nº 1956-50, de 26.5.2000);
c) Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservação da 
Natureza - SNUC (Lei n° 9.985/2000) 
d) Lei dos Agrotóxicos (Lei n° 9.974/2000);
e) Resoluções do CONAMA: n° 01/86 e n° 237/97 (sobre 
licenciamento de obras) e n° 20/86 (sobre classes de água);
f) Portaria do IBAMA: nº 348/90 (sobre a qualidade do ar).
Vídeo: <https://www.youtube.com/
watch?v=kGHQ_lUUjA4>. Acesso em: 19 jul. 2015.
O Código Florestal está disponível na íntegra 
no site: 
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651.htm>. Acesso em: 19 
jul. 2015.
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Figura 3: 
Meio 
ambiente
Fonte: Disponível em: <http://blog.grancursosonline.com.
br/ministerio-meio-ambiente-100-vagas-de-agente-
administrativo/>. Acesso em: 20 jul. 2015.
Saiba mais em: 
<http://www.h2brasil.com/meio-ambiente.php>. Acesso 
em: 22 jul. 2015.
<http://www.mma.gov.br/port/conama/estr.cfm>. Acesso 
em: 22 jul. 2015.
<http://www.eletronuclear.gov.br/hotsites/eia/v01_05_
legislacao.html>. Acesso em: 22 jul. 2015.
<https://www.youtube.com/watch?v=4H1R3dSLjnw>. 
Acesso em: 23 jul. 2015.
<https://www.youtube.com/watch?v=sh6gVVyzoCQ>. 
Acesso em: 23 jul. 2015.
Órgãos Ambientais Federais 
IBAMA - www.ibama.gov.br
MMA - www.mma.gov.br
ANA - www.ana.gov.br
DNPM - www.dnpm.gov.br
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Lista 4 - Bio 2 - Noções básicas sobre Legislação ambiental
Referências:
LAURENCE, J. Biologia: ensino médio. 1. ed. São Paulo: Nova Geração, 
2005. Volume único.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. Disponível em: <https://www.ensinonacional.
com.br/legislacao-ambiental/>. Acesso em: 22 jul. 2015.
______. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/tratrez/legislao-
ambiental>. Acesso em: 25 jul. 2015.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – AGRONEGÓCIO. Disponível em: <http://
pt.slideshare.net/sionara14/aula-6-legislao-ambiental>. Acesso em: 
25 jul. 2015.
LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 1. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
OSORIO, T. C. Ser protagonista: biologia, 3° ano: 2. ed. São Paulo: 
Edições SM, 2013.

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