Envelhecimento Físico

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Envelhecimento Físico. Mudanças corporais no processo
Prof. Wilton Nunes
OBSERVAÇÃO:
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O ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo inevitável que acontece em todas as espécies vivas e que tem início no nascimento.
O envelhecimento é um processo de várias etiologias, que começa após a maturação reprodutiva e resulta da diminuição da energia disponível para manter a fidelidade molecular.
ENVELHECIMENTO
Processo biológico cuja alterações determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções.
Consequências do envelhecimento:
Biológico, Social e Psicológico.
ENVELHECIMENTO
O Envelhecimento pode ser compreendido a partir de três subdivisões: 
Primário:
Atinge de forma gradual e progressiva o organismo, possuindo efeito cumulativo. O indivíduo nesse estádio está sujeito à concorrente influência de vários fatores determinantes para o envelhecimento, como exercícios, dieta, estilo de vida, exposição a evento, educação e posição social. 
Secundário:
O envelhecimento secundário ou patológico, refere-se a doenças que não se confundem com o processo normal de envelhecimento. O envelhecimento secundário é referente a sintomas clínicos, onde estão incluídos os efeitos das doenças e do ambiente. O envelhecimento secundário é o envelhecimento resultante das interações das influências externas, e é variável entre indivíduos em meios diferentes.
Terciário:
É o período caracterizado por profundas perdas físicas e cognitivas, ocasionadas pelo
acumular dos efeitos do envelhecimento, como também por patologias dependentes
da idade. 
BIRREN, J.E., E SCHROOTS, J.J.F. History, concepts and theory in the psychology of aging. In J.E. Birren e K.W. Schaie (Eds.), Handook of The Psychologu of agin . 4ª Edition. San Diego: Academic Press, p.3-23, 1996.
IDOSO
CLASSIFICAÇÃO: ( com relação a função)
Meia-idade: Engloba a segunda metade da carreira de trabalho de uma pessoa; e perda de 10% a 30% da capacidade funcional biológica. Entre 40 – 65 anos.
Velhice: Refere-se ao período imediato a aposentadoria. Existe um pouco mais de perda de função, sem muito dano a homeostasia. Entre 65 – 75 anos.
Velhice avançada: percepção de dano avançados das funções ao assumir atividades do dia a dia. No entanto consegue ter uma vida independente. 75 - 85 anos.
Velhice muita avançada: necessita de cuidados institucionais ou de enfermagem. Acima de 85 anos.
SHEPHARD, RJ. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: pg 3-4. Phorte, 2003. 
OUTRA CLASSIFICAÇÃO
Estima-se que o ser humano “esteja programado” para viver entre 110 e 120 anos. 
Seu ciclo vital atinge maturidade biológica, o ápice da vitalidade, por volta dos 25, 30 anos. 
Dos 25 até os 40 o indivíduo pode ser considerado um adulto inicial; 
Dos 40 a 65 anos, adulto médio ou de meia idade.
dos 65 até 75 anos, adulto tardio na velhice precoce, 
Dos 75 em diante, vem a chamada velhice tardia. (Avançada)
Palácios, J. (2004). Mudança e Desenvolvimento Durante a Idade Adulta e a Velhice. Em C. Coll, J. Palacios, & A. Marchesi. Desenvolvimento Psicológico e Educação Psicologia Evolutiva Vol.1 2a.Ed. Porto Alegre: Artmed.
Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
Gênesis 6:3
IBGE
Estimam que o percentual de brasileiros com mais de 60 anos de idade até o ano 2025 passará de 8,9% para 18,8%. Entre os idosos, o segmento que mais cresce é o dos mais velhos: no grupo com 75 anos ou mais, o crescimento foi de 49,3% entre 1991 e 2000. 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (1994). Características Demográficas e Socioeconômicas da População. Em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Anuário Estatístico do Brasil 54(pp1-32). Rio de Janeiro: IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2002). Censo Demográfico, 2000. Rio de Janeiro: IBGE. 
DIFERENÇAS NACIONAIS E REGIONAIS
Os limites que separam as varias categorias funcionais da velhice variam.
Aposentadoria 65 (américa do norte) em alguns países, e 55 em outros países. (econômica, política e administrativa).
No terceiro mundo, má nutrição, trabalho físico duro, frequentes episódios de doença, repetidos períodos de gravidez fornecem razões biológicas fortes para o início prematuro da velhice.
Variações sócio econômicas regionais.
Tendências seculares.
Ação da legislação, emprego, prática médica, nutrição e atividade física habitual.
Diferenças Interindividuais.
Porcentagem estimada da população com mais de 55 anos em países selecionados 
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO
O envelhecimento tem um efeito na aptidão física e na capacidade funcional.
 da atividade física.
 da atividade funcional.
Sandra Regina da Silva Takahashi, Benefícios da atividade física na melhor idade. Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 74 - Julio de 2004
MUDANÇAS CORPORAIS NO ENVELHECIMENTO
Diminuição da estatura.
Aumento da gordura corporal.
Diminuição da massa magra.
Perda mineral óssea.
Restrição da mobilidade da articulações.
Desidratação.
Alterações respiratórias.
Outros
DIMINUIÇÃO DA ESTATURA
Compressão das vertebras,
Desgastes ósseos.
Curvatura aumentada.
AUMENTO DA GORDURA CORPORAL.
DIMINUIÇÃO DA MASSA MAGRA.
A massa muscular diminui aproximadamente 50% entre os vinte e os noventa anos e o número de
fibras musculares no idoso é em torno de 20% menor que no adulto1.
1.ROSSI, E.; SADER, C. Envelhecimento do sistema osteoarticular. In: FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 508-514.
PERDA MINERAL ÓSSEA
RESTRIÇÃO DA MOBILIDADE DA ARTICULAÇÕES.
Artrite
Artrose
HIDRATAÇÃO
Em homens adultos: 60%.
Homens idosos sendo 50% 
Mulheres idosas é de 45%. 
Geralmente aponta-se a faixa etária dos 30 anos como o ápice da reserva fisiológica da maior parte dos sistemas e início da perda.
A desidratação em idosos aumenta:
Risco de infecções urinárias, insuficiência renal, hipertermia sob condições de temperaturas elevadas, maior risco de quedas, confusão e delírio, estando também associada a um aumento das taxas de mortalidade em idosos hospitalizados. 
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS
 capacidade vital (sem alteração na capacidade pulmonar total).
 do volume expiratório forçado.
 no volume residual.
 do espaço morto anatômico.
 da ventilação, durante o exercício, menor mobilidade da parede torácica.
 capacidade de difusão pulmonar, perda de elasticidade do tecido pulmonar e decréscimo da ventilação expiratória máxima. 
TALBOT LA, METTER EJ, FLEG JL. Leisure-time physical activtities and their relationship to cardiorespiratory fitness in healthy men and women 18-95 years old. Med. Sci. Sports Exerc. 2000;32:417-425.
OUTROS
Diminuição no número e tamanho dos neurônios, diminuição na velocidade de condução nervosa, aumento do tecido conectivo nos neurônios, menor tempo de reação, menor velocidade de movimento, diminuição no fluxo sangüíneo cerebral, diminuição da agilidade, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, diminuição da mobilidade articular e aumento da rigidez da cartilagem, tendões e ligamentos. 
MATSUDO S e MATSUDO V. Prescrição e
benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 1992; 6:19-30
Bibliografia
SHEPHARD, RJ. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003.
BIRREN, J.E., E SCHROOTS, J.J.F. History, concepts and theory in the psychology of aging. In J.E. Birren e K.W. Schaie (Eds.), Handook of The Psychologu of agin . 4ª Edition. San Diego: Academic Press, p.3-23, 1996.
Palácios, J. (2004). Mudança e Desenvolvimento Durante a Idade Adulta e a Velhice. Em C. Coll, J. Palacios, & A. Marchesi. Desenvolvimento Psicológico e Educação Psicologia EvolutivaVol.1 2a.Ed. Porto Alegre: Artmed.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (1994). Características Demográficas e Socioeconômicas da População. Em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Anuário Estatístico do Brasil 54(pp1-32). Rio de Janeiro: IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2002). Censo Demográfico, 2000. Rio de Janeiro: IBGE. 
MATSUDO S e MATSUDO V. Prescrição e benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 1992; 6:19-30
ROSSI, E.; SADER, C. Envelhecimento do sistema osteoarticular. In: FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 508-514