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Prova de Cultura Religiosa: Pessoa e Sociedade

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3850.1.00 - CULTURA RELIGIOSA: PESSOA E SOCIEDADE 
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 
Prova Especial de Cultura Religiosa II
Nomes: 
Curso: Engenharia de Produção
Nota: _____________________
Data da Prova: 16/11/15	
Turno: Noite
Esta prova apresenta três questões. Desenvolva-as, tendo por base o texto abaixo e as discussões realizadas em sala de aula sobre ética e religião.
MORALIDADE, ÉTICA E RELIGIÃO 
Prof. Dr. Marcos de Almeida.
É possível que haja uma moralidade sem religião? É necessário existir um deus ou deuses de modo a que isso se torne indispensável para a moralidade? O fato de que algumas pessoas não são religiosas, as impedem de serem, automaticamente, morais? E se a resposta a estas questões exigirem a crença em uma divindade, qual das religiões é o real fundamento para a moralidade? A grande constatação é que ao olhar-se o quadro mundial dos dias de hoje, é possível afirmar que existem conflitos em número equivalente ao das religiões e pontos de vista religiosos. 
A religião é uma das mais antigas instituições humanas. Há, por exemplo, pouca evidência de que a linguagem tenha existido em tempos pré-históricos, mas temos evidencias claras de que práticas religiosas já eram interligadas com expressões artísticas e de que leis ou tabus exortavam os seres humanos daquela época a comporta-se de certas maneiras. Naqueles tempos primordiais, a moralidade estava implantada nas tradições, hábitos, costumes e práticas religiosas de cada cultura. 
Além disso, a religião servia (como o fez até bem recentemente) como a mais poderosa das sansões para manter as pessoas, moralmente bem comportadas e obedientes. As sansões de recompensa ou punição tribal eram desprezíveis ao lado da ideia de uma punição ou recompensa tão grande, que poderia ser mais terrivelmente destrutiva ou mais deliciosamente compensadora do que qualquer outra que os simples mortais pudessem oferecer. 
Entretanto, o fato de que a religião possa ter precedido qualquer código legal formal, ou sistema moral separado, na historia da raça humana, ou por que possa ter fornecido sanções poderosas e efetivas, para um comportamento moral, não prova de modo algum, que a moralidade deva ter, necessariamente, uma base religiosa. Meu argumento é, precisamente, o de que, por múltiplas razões a moralidade não necessita e, de fato, não deve ser baseada somente na religião, muito embora, como adverte Fabri dos Anjos, a religiosidade (e não uma religião em particular) e a ideia daquilo que nos é transcendente (não necessariamente uma divindade), sejam antropologicamente inerentes ao nosso refletir bioético.
Que razões seriam estas? 
Em primeiro lugar, de modo a provar que é obrigatório ser religioso para poder ser moral, teríamos que demonstrar conclusivamente que um mundo supranatural existe e que a moralidade existe lá tanto quanto no mundo natural. Mesmo que isso possa ser demonstrado, o que é altamente improvável, teríamos que mostrar que a moralidade que lá existe tem alguma conexão com aquela presente em nosso mundo. Parece óbvio, no entanto, ao lidar com as questões morais, a única base que temos, para exercitar nosso pensamento ético, é este mundo em que vivemos as pessoas que nele existem, as ideias e valores que elas possuem e as ações que elas praticam. 
Um teste para a veracidade dessa razão seria tomar qualquer conjunto de preceitos religiosos e perguntar, francamente, quais deles seriam absolutamente indispensáveis para o estabelecimento de qualquer sociedade moral. Por exemplo, podemos usar os Dez mandamentos sem validar os três primeiros. Os três primeiros podem ser necessários para uma comunidade judaica ou cristã, mas se uma comunidade não religiosa seguir, rigorosamente, apenas os mandamentos de quatro a dez, de que modo, refletindo moral e honestamente, as duas comunidades diferem? Não estou querendo dizer que a moralidade não possa ser atrelada à religião; é um fato real que tem sido e, provavelmente, será no futuro. O que estou querendo dizer é que a moralidade não precisa ser fundada, de modo algum em uma religião. A religião, definitivamente, não é indispensável para a moralidade. E acrescentaria ainda, que existe um enorme risco real (demonstrado múltiplas vezes pela história), da restrição e da intolerância, caso uma religião passe a ser o referencial, o único fundamento da moralidade. 
Se pudermos, de modo sumário, caracterizar a moralidade desse mundo, como não ferir ou matar os outros e, de um modo geral, tentar tornar a vida e o mundo melhor para todos e tudo o que nele existe, e se muitos seres humanos não aceitarem a existência de um mundo supranatural e, ainda assim agirem tão moralmente quanto quaisquer outros que acreditam, então deve haver alguns outros atributos, diferentes das crenças religiosas, que são necessários para alguém ser moral. Embora seja óbvio que a maioria das religiões contenha sistemas éticos, isso não transforma em verdade a afirmação de que todos os sistemas éticos tenham uma base religiosa; portanto não existe uma ligação obrigatória entre moralidade e religião. O simples fato de que pessoas completamente não religiosas (como, por exemplo, vários eticistas ateus humanistas), podem desenvolver sistemas éticos significativos e consistentes, é prova suficiente disso (2, 3, 4). 
Fornecer um fundamento racional para um sistema ético já é bastante difícil, sem ter de oferecer também um fundamento para a religião que propõe tal sistema ético. E a dificuldade de fundamentar racionalmente a maioria dos sistemas religiosos é inescapável. É impossível comprovar conclusivamente a existência de alguma supranatureza, pós-vida, deus ou deuses. Nem precisamos apelar para os argumentos modernos e tradicionais, sobre a existência ou inexistência de um deus ou deuses neste ponto, mas simplesmente verificar que não há evidência conclusiva de que tais seres existam ou não existam (5, 6). 
Portanto, se nenhuma evidência é conclusiva e nenhuma lógica dos argumentos é irrefutável, então a existência de um mundo supranatural, um pós-vida, um deus ou deuses, fica pelo menos colocada na categoria das coisas não provadas. Isso, naturalmente, não significa que grande número de pessoas não continuará a acreditar nas suas existências, baseando suas crenças na fé, no medo, na esperança ou na sua própria leitura das evidências. Todavia, como fundamentação lógica da moralidade, as religiões são, de fato, muito frágeis, exceto para aqueles que creem. Acreditar que Deus, ou um pós-vida exista, pode fazer as pessoas “sentirem-se melhor” agindo de determinadas maneiras. Pode igualmente fornecer poderosos esforços para alguém agir moralmente (ou, pelo menos, não agir imoralmente). Só que isso não se configura como uma fundamentação racional válida para a moralidade, que nos forneça razões, sentimentos, evidência ou lógica para agirmos de um modo e não de outro. A qualidade moral de um ato reside no fato dele ter sido escolhido livremente e não comandado. Como declarou Scriven (7): “A religião pode fornecer um fundamento psicológico, mas não lógico para a moralidade”. 
Ainda que as religiões pudessem ser racionalmente fundamentadas, qual religião deveria ser a escolhida como a base para a ética humana? Dentro de uma religião em particular, essa questão é facilmente respondida, mas, obviamente, não respondida de modo satisfatório para os membros de outras religiões conflitantes, ou para aqueles que não acreditam em qualquer religião. Mesmo se os pressupostos das religiões pudessem ser conclusivamente provados, qual religião deveríamos aceitar como a verdadeira e legítima geradora da moralidade? É claro que existem muitas religiões que têm muitas prescrições éticas em comum, como, por exemplo, não matar. Mas é também bastante evidente que existem numerosas prescrições não congruentes. 
Só para ficar no cristianismo, por exemplo, há muitas declarações éticas em desarmonia, relacionadas a sexo, guerra, casamento, divórcio, roubar e mentir. 
Em resumo, qual a conexão entrea religião e a moralidade? A resposta é que não há uma conexão necessária. Pode-se ter um sistema ético completo, sem mencionar outra vida, que não esta, deus ou deuses, nada supranatural, ou qualquer pós-vida. Quer dizer, então, que para sermos morais precisamos evitar a religião? De modo nenhum! Os seres humanos devem ser permitidos livremente a acreditar ou desacreditar, desde que exista alguma base moral que proteja todas as pessoas contra tratamento imoral tanto nas mãos de religiosos, como de não religiosos. Uma religião que advogue o sacrifício humano de não voluntários, não pode ser permitida existir dentro de um sistema moral amplo. Se, por outro lado, as religiões puderem aceitar alguns princípios morais abrangentes e seus membros puderem agir de acordo com tais princípios, então eles podem coexistir com pessoas não religiosas e, ao mesmo tempo, manterem seus próprios princípios de modo significativo, sem pretenderem impor suas crenças. 
Nos dias atuais é uma insanidade pretender que as pessoas cresçam ingênuas. Não podemos, e certamente não devemos reintroduzir a famigerada era da credulidade. Está muito claro que o dogmatismo é um terrível obstáculo à educação e temos a convicção que representa um enorme perigo. Existe uma tendência, há muito perceptível nos Estados Unidos, e que vem aumentando também em outras partes do mundo, de tentar enveredar pelos caminhos do fundamentalismo religioso. A principal característica de qualquer religião fundamentalista seja cristã, judaica ou muçulmana, é que ela se baseia em um texto que supostamente deve funcionar como fundamento para a educação e a verdade. O conhecimento é, assim, finito, e essencialmente a-histórico. Dessa maneira, o único conhecimento novo permitido deve ser uma nova interpretação de certo texto que, por supostamente conter verdades que foram definitivamente reveladas, não é um objeto para uma investigação crítica ou histórica. 
O fundamentalismo é um convite, uma exortação, para se aceitar inquestionavelmente o que é tido como sendo os ensinamentos centrais de fé (e isto não apenas com relação a questões como a criação do mundo, mas em assuntos do século XX, como engenharia genética, clonagem terapêutica, células tronco, etc.). Dessa forma negativa, o fundamentalismo atua como um empecilho à pesquisa científica e à busca de evidências históricas. O fundamentalista não acredita que seja desejável possuir conhecimento, seja para onde for que este o possa levar. O conhecimento não é considerado um objetivo em si. A mensagem é que nós deveríamos acreditar naquilo que nossos professores de religião nos ensinam e não nos intrometer em questões que seria melhor deixar ocultas. No entanto, o fato é que não podemos desaprender o que foi uma vez descoberto e demonstrado. Não devemos e não podemos desejar voltar ao período medieval, à era pré-Galileu ou pré-cartesiana. É impossível, ainda que tentássemos, acreditar que o que Aristóteles e Tomás de Aquino disseram, consistia na soma de todo o conhecimento possível. 
Dizer que a ética é independente da religião não é negar que teólogos ou outros crentes religiosos possam ter um importante papel a desempenhar em Bioética. Tradições religiosas frequentemente têm longas histórias no trato com dilemas éticos; e o acúmulo de sabedoria e experiência que representam, podem fornecer valiosos “modos de enxergar” determinados tipos de problema. Só que esses “modos de enxergar” devem estar submetidos à análise crítica, na mesma medida em que quaisquer outras propostas devam sê-lo. Se, no final, nós as aceitarmos, será porque as julgamos sólidas e racional e emocionalmente justificáveis, e não meramente porque sejam declarações de um papa, um bispo evangélico, um rabino, um monge budista, um mulá ou qualquer outra pessoa supostamente infalível ou sagrada. 
Toda decisão moral deve ser embasada, fundamentalmente, em três elementos: a maior quantidade de conhecimento que se possa adquirir sobre a questão, o tempero do sentimento e da emoção humanos e, sobretudo, o máximo de liberdade e isenção para fazer a escolha. Isso adiciona predicado humanitário à nossa estatura Ática e confere responsabilidade real á escolha. Sem conhecimento, sem sentimento, sem isenção e sem liberdade para decidir, não há ação moral possível. Há imposição. Mando e obediência. E toda imposição é moralmente injustificada, teologicamente herética, subversiva da dignidade humana e, pior do que tudo é obscurantista e espiritualmente opressiva. 
Não há qualidade moral em um teatro de marionetes. 
Com toda a certeza, claramente não nas próprias marionetes.
Referências bibliográficas 
1. DOS ANJOS, M. F. - Ciência e ética na pluralidade religiosa. - Mesa redonda no V Congresso Brasileiro de Bioética. Recife, PE (2004). 
2. KANT, I. - Groundwork of the Metaphysics of Morals. - Ed. Harper and Row, New York (1964). 
3. HARE, R. M. - Essays on Bioethics. - Ed. Clarendon Press, Oxford, UK (1993). 
4. MACKIE, J.L. - Ethics: Inventing the right and wrong. - Pelikan Books eds. London, UK (1990). 
5. HICK, J. - Philosophy of Religion. - 3ª Edição. - Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall (1983). 
6. HOSPERS, J. - An Introduction to Philosophical Analysis. - 2ª edição. - Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall (1967). 
7. SCRIVEN, M. - Primary Philosophy. - New York, NY: Ed. McGraw-Hill (1966).
Questões
1. O autor anuncia que a moralidade não precisa ser fundada, de modo algum, em uma religião, que a religião não é indispensável para a moralidade. Redija um texto ANALISANDO (se possível com exemplos) os prováveis efeitos, e mesmo riscos, de a moralidade ser atrelada à religião. 
Quando a moralidade não está atrelada a uma religião se torna complexa e infinita e nos enche de uma autocrítica que nos faz refletir sobre nossas ações e se estamos desempenhando o papel que devíamos.
A moralidade quando atrelada a alguma religião, torna o individuo muito limitado em “ser”. Afinal, há um conjunto de regras e valores que a pessoa segue visando atender a seu próprio desejo de ir para o céu ou a seu medo de ir para o inferno. Quero dizer, é uma vida bem simples em opções, pois tudo se limita a dois finais.
O problema é que quando se atrela a moralidade com a religião passamos a agir de acordo com os princípios daquele grupo que estamos inseridos, então somos levados a fazer o que nunca faríamos sozinhos. A religião é algo muito frágil para sustentar um código moral concreto, dessa forma, não deve se misturar com a política, por exemplo.
O que vemos surgir dessa combinação de moralidade com religião são grupos fundamentalistas como os evangélicos que invadiram um centro espírita e destruíram o local, segundo eles, em nome de Jesus ou quando mulçumanos atacaram uma escola cristã. 
2. Redija um texto argumentativo ENDOSSANDO ou REFUTANDO a seguinte declaração do filósofo M. Scriven: “A religião pode fornecer um fundamento psicológico, mas não lógico para a moral”.
A religião fornece um fundamento psicológico a seu fiel ao confortá-lo sobre as questões existenciais básicas, a vida se torna muito simples ao associarmos nossas mazelas a um plano divino. É conveniente que o ser humano crie e mate deuses à medida que progrida intelectualmente. “Deus está morto” nos anuncia Nietzsche, pois o que vemos é um processo aonde cada vez mais Deus vai sendo colocado à parte no nosso dia a dia. Antigamente quando uma pessoa passava mal ela procurava o auxilio de um líder religioso para que a curasse, porém hoje em dia procuramos um médico e tomamos remédio, e a pessoa que optasse por tratar sua enfermidade apenas com orações seria vista como louca.
A religião não pode oferecer um fundamento lógico a moral porque apenas faz sentido para quem está inserida naquele meio. É só mudarmos de religião que a anterior passa a não ter mais sentido. Dessa forma, quando se baseia a moral em algo tão subjetivo quanto à crença religiosa, a moral se torna relaxada e se molda de acordo com o que convém; e isso de fato não é realmentea moralidade. 
3. É fato que sem conhecimento, sem sentimento, sem isenção, sem discernimento e sem liberdade para decidir, não há ação moral possível. 
Redija um texto EXPLICANDO a seguinte afirmativa: “Não há qualidade moral em um teatro de marionetes. Com toda certeza, claramente não nas próprias marionetes”.
O que é moral? O autor nos dá esta reposta. Moral é ter autonomia, ter liberdade de escolha, pois sem conhecimento, sem sentimento, sem isenção e sem liberdade para decidir, não há ação moral possível. Há imposição. A moral é algo que eu escolho fazer, marionetes não escolhem nada, são guiadas. 
Eu creio que Deus existe simplesmente porque eu sinto Deus, não por imposição da religião, como também sinto o vento e não o vejo. Deus nos dá o livre arbítrio de escolhermos, mas a religião nos impõe o que devemos fazer e como fazer. Temos exemplo dos homens bomba que simplesmente se explodem achando que esta atitude é por uma causa justa, para poderem reinar em outra vida. Mas esta doutrina não estaria os fazendo de marionetes, sendo então usados por uma causa maior, que é a busca pelo medo dos outros e consequentemente o domínio do poder?
A religião em si prega isto, faça o que eu estou te mandando ou você irá para o inferno. Como disse na linha de cima, Deus nos deu o livre arbítrio para escolhermos, escolhermos amar o próximo ou odiá-lo, revidar o mal que recebemos ou retribuir sempre com o bem, nós é que escolhemos. 
Marionetes são pessoas incapazes de ter uma ação própria, que falam ou procedem orientadas e comandadas pelo outro. Marionetes não tem vida própria, não tem opinião formada, seus pensamentos e caminhos são orientados por outro, seja a religião, seita ou qualquer entidade.
Temos então a moralidade por costumes. 
Portanto, a moral que temos é formada desde que nascemos até a nossa morte, é formada por costumes familiares, por convivências e relacionamentos, pela escola da vida. Todos têm o direto de escolher o caminho que querem seguir, temos o direto, mas este nem sempre é respeitado.
Como fazer então para ter moral e não ser uma marionete?
O mundo em geral prega que, quando alguém nos fizer um mal, devemos revidar, mas se amamos as pessoas como nos amamos a nós mesmos, isto seria um fato de que não somos manipulados, mas que somos moralmente capazes de ser e não somente ter!

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