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HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ HAS gestacional Definição: -Pas>=140 x Pad>=90 >20s -ausência de proteinúria (>300mg/24h) -ausência de disfunção de orgãos alvo *transitória se normalização pós-parto -SEVERA se PAS>=160 e /0u PAD>=110 Manejo: • Avaliação Materna -Sintomatologia -Avaliação da curva pressórica (diária) -Rotina laboratorial: hemograma completo, Ur, Cr, bilirrubinas, LDH, transaminases- 1x/semana • Avaliação fetal -Mobilograma fetal diário -Perfil biofísico fetal 2x/semana -Avaliação do ILA -CTG 2x/semana -USG seriados (cada 3 ou 4 s) – RCIU • Terapia antihipertensiva via oral (HG severa) -Metildopa:dose inicial de 250mg 2-3x/dia - máx 2g/dia(1ªescolha) -Pindolol:dose inicial de 10mg/dia – máx 30mg/dia -Nifedipina:dose inicial de 20mg/dia – máx 120mg/dia • Profilaxia de PE • AAS baixa dose (100mg/dia) • Carbonato de cálcio (500mg/dia) • Pré-eclâmpsia leve DEFINIÇÃO: -Pas >=140 x Pad>=90 >20s -Associado à: *proteinúria (>300mg/dl) e/ou disfunção de orgãos alvo (alteração em rotina laboratorial) Manejo: • Avaliação materna : sinais de agravamento -Sintomatologia -Curva pressórica (diária) -Avaliação laboratorial : hemograma completo, Ur, Cr, bilirrubinas, LDH, transaminases (1x/semana) • Avaliação fetal -Mobilograma fetal diário -USG obstétrico para avaliação de crescimento e ILA (15/15dias) -Doppler fetal 1x/semana -CTG 2x/semana Indicações de resolução da gestação: -Idade gestacional maior ou igual a 37 semanas » - Evolução com piora do quadro e/ou exames -Sofrimento fetal -CIUR/oligoâmnio • Pré-eclâmpsia grave Definição: -Pas >=160 x Pad >=110 -Associada ou não à: Disfunção de orgãos alvo Manejo >=34s : Estável + vitalidade fetal boa = resolução (vaginal) ->=34s : Estável + vitalidade fetal alterada = resolução (abdominal) *Solicitar rotina laboratorial e avaliação de vitalidade fetal (PBF,mobilograma,CTG,USG obstétrico com doppler) - Estabilização da paciente • Hidratação ( Cristalóides 1500-2000ml/24h) • Terapia anticonvulsivante -Sulfato de Magnésio: 50% - ampola 10 ml *Ataque 4 a 6g: 8 a 12 ml EV, diluido em 100 ml de solução glicosada 5%, em 20 min. *Manutenção 1 a 2g/h: 12 a 24 ml em cada solução glicosada 5%, 28gts/min ou 84 ml/h. *Manter sulfatoterapia por 24h após o parto ou após a última convulsão. *Monitorar reflexos patelares /diurese / frequência respiratória: Suspender se ↓ dos reflexos patelares ou diurese ≤ 30 ml/h ou FR ≤ 16ipm). *No caso de intoxicação – utilizar gluconato de cálcio 10 ml EV • Terapia antihipertensiva de emergência -Hidralazina: Ampola 20mg /1 ml. Diluir com 19 ml de água destilada, fazer 5 ml EV a cada 20min.Fazer no máximo 4 doses. Observada a manutenção dos picos hipertensivos avaliar resolução da gestação. -Nifedipina: Comprimido de 10mg ou 20mg. Fazer 01 comprimido até de 20/20 minutos, máximo de 4 doses. Observada a manutenção dos picos hipertensivos avaliar resolução da gestação. *Se EAP ou instabilidade hemodinamica = Nitroprussiato: Fazer em BIC 01 FA 50mg/2ml+248ml de SG5% (taxa de infusão:0,25- 0,5mcgXkgXminX0,3) • <34s -Estabilização -Aguardar corticoterapia • Laboratório + vitalidade fetal • Estabilização • Monitorização • Terapia antihipertensiva de manuntenção (descrito acima) -Iniciar após 24 horas de observação na presença de picos hipertensivos. Metildopa –750mg/dia a 2 g/dia. Nifedipina – 40 a 120 mg/dia Pindolol – 10 a 30 mg/dia • Corticoterapia • Resolução Eclâmpsia Definição: Pré-eclâmpsia associada a convulsões generalizadas tônico-clônicas ou coma Manejo: -Establizar paciente: Medidas de suporte :-Oxigênio -Proteção contra o trauma -Evitar broncoaspiração -Hidratação -Sulfatoterapia + SVD *Ataque 4 a 6g (preferência por 6g): 8 a 12 ml EV, diluido em 100 ml de solução glicosada 5%, em 20 min. *Manutenção 1 a 2g/h: 12 a 24 ml em cada solução glicosada 5%, 28gts/min ou 84 ml/h. *Manter sulfatoterapia por 24h após o parto ou após a última convulsão. *Monitorar reflexos patelares /diurese / frequência respiratória: Suspender se ↓ dos reflexos patelares ou diurese ≤ 30 ml/h ou FR ≤ 16ipm). *No caso de intoxicação – utilizar gluconato de cálcio 10 ml EV *Se persistência de convulsões fazer bolus adicional de 2g em 5-10 minutos de sulfato. *Se após dois bolus não obtido êxito ,tentar outras drogas : -Fenitoína (hidantal): • < 50kg – Ataque: 750mg (03 ampolas) – 500mg (02 FA) em 100 ml de SF0,9%, EV, em 30 min. Manutenção: 250mg (01 FA) em SF 0,9%, nas próximas 2h. • 50-70kg – Ataque : 1g (04FA) + 100 ml SF 0,9%, em 30 min. Manutenção: 250mg (01FA)+ SF0,9%, nas próximas 2h. • > 70kg – Ataque:1,5g (05 ampolas) em 100 ml de SF 0,9%, EV, em 30 min. Manutenção: 500mg (02 FA) em SF 0,9%, nas próximas 2h. » A Fenitoína não pode ser diluída em solução glicosada pois precipita Se quadro convulsivo se mantiver apesar da fenitoína, deve ser encaminhada para anestesia geral com suporte de UTI no pós-parto. -Correção de distúrbios hidroeletrolíticos -Avaliação materna e fetal • Controle da PA PA ≥ 160 x 110mmHg => Hidralazina - Ampola 20mg/ 1 ml. Diluir com 19 ml água destilada, fazer 5 ml EV a cada 20 min. Fazer no máximo 4 doses. • Resolução da gestação -Via de parto: obstétrica >32-34s + bishop favorável ou trabalho de parto ativo : p.vaginal (indução) <32s + colo desfavorável: p.abdominal HELLP Definição: -Hemólise + plaquetopenia + aumento dos níveis das enzimas hepaticas - Tipo I: < 50.000/mm3 Tipo II: 100 – 50.000/mm3 Tipo III: 150 – 100.000/mm3 **Critérios : -Hemólise :esfregaço periférico= esquizócitos,equinócitos BT>1,2mg/dl (às custas de BI) -Plaquetopenia <100000 -Alteração hepática: AST >2x VR (>70mg/dl) LDH >600 mg/dl (desuso = inespecifico) Manejo: • Avaliação materna e fetal • Monitorização e suporte • Sulfatoterapia (citado em PE grave) • Terapia antihipertensiva (citado em PE grave) • Correção da plaquetopenia -parto vaginal > 20000/mm3 -cesariana > 50000/mm3 *corticoterapia p/ melhora da plaquetopenia • Resolução -Conduta conservadora: 48h corticoterapia + estabilização IG distante -Conduta resolutiva: >=34s e <23s Estado fetal não tranquilizador Presença de doença grave materna Morte fetal Via de parto: obstétrica No pós-parto • Sulfato de Magnésio 24h pós-parto ou após a última convulsão. • Manter sulfato se paciente se mantiver sintomática. • Iniciar hipotensor de manutenção se PAS ≥ 160 ou PAD ≥ 110 após 48h de pós- parto para evitar complicações maternas. • Hipertensa crônica – manter medicação que utilizava previamente a gestação. • Monitorização de PA • Rastreamento de possíveis complicações • Acompanhamento de alterações laboratoriais Referências bibliográficas • NORWITZ,E.R;REPKE,J.T.Preclampsia:management and prognosis.In:Uptodate.Agost.2016. • SIBAI,Baha M. HELLP Syndrome.In:Uptodate.Maio.2016. • NORTWITZ,E.R.Eclampsia.In:Uptodate.Agosto.2016. • AUGUST,Phyllis;BAHA,M.Sibai.Preeclampsia:clinical features and diagnosis.In:Uptodate.Agosto.2016. • MAGLOIRE,Lissa;FUNAI,Edmund F. Gestational Hypertension. In:Uptodate.Março.2016. • SASS,Nelson.Doença gestacional específica da gravidez. Ginecologiae obstetrícia:Febrasgo para o médico residente.Barueri,SP:Manole.2016 • JUNIOR,Mario D. C.;CALIXTO,Aline Costa.Síndrome HELLP. Ginecologia e obstetrícia:Febrasgo para o médico residente.Barueri,SP:Manole.2016 • ALVES,E.A.;ZUGAIB,M.;FRANCISCO,R.P.V.Eclâmpsia. Ginecologia e obstetrícia:Febrasgo para o médico residente.Barueri,SP:Manole.2016
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