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Teoria da Sansão penal

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A Sanção Penal. 
 
Transformações Históricas - A sanção nos tempos medievais tinha como objetivo provocar o 
medo . Na idade média, houve o surgimento de dois grandes filósofos religiosos que 
ajudaram na evolução das penas, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. 
 
Santo Agostinho - entendia que a pena tinha que ter um caráter retributiva divino, e dividiu 
as penas em condenatórias, purgatórias e de correção. 
 
São Tomás de Aquino foi o fundador da Escolástica, sendo menos radical que Santo 
Agostinho. Defendia que o direito de castigar é investido por Deus, devendo a pena dos 
homens ser o mais próximo possível da pena divina. Considerava a pena como um meio de 
melhorar o criminoso. 
 
Cesare Beccaria - Em sua principal obra, Dos Delitos e Das Penas, sintetizou um novo código 
penal, onde mostrou que o fim da pena não era atormentar o indivíduo, nem desfazer o 
crime já consumado, e sim, para que o criminoso não volta-se a cometer outros crimes. 
 
 
 
• No âmbito do estudo da criminologia a finalidade da pena é 
explicada por três teorias, in verbis: 
 
• As teorias absolutas (Kant, Hegel) entendem que a pena é um 
imperativo de justiça, negando fins utilitários; pune-se porque se 
cometeu o delito (punitur quia peccatum est). As teorias relativas 
ensejam um fim utilitário para a punição, sustentando que o crime 
não é causa da pena, mas ocasião para que seja aplicada; baseia-se 
na necessidade social (punitur ne peccetur). Seus fins são duplos: 
prevenção geral (intimidação de todos) e prevenção particular 
(impedir o réu de praticar novos crimes; intimidá-lo e corrigi-lo). Por 
fim, as teorias mistas conjugam as duas primeiras, sustentando o 
caráter retributivo da pena, mas acrescentam a este os fins de 
reeducação do criminoso e intimidação. 
 
 
1. Finalidade e Fundamento das Penas – teorias relativas ou da 
prevenção que explicam a finalidade da pena - a prevenção pode ser 
geral ou especial, e cada uma delas pode ser negativa ou positiva: 
 
Prevenção geral Negativa – também chamada prevenção por intimidação. A pena 
aplicada ao autor da infração pena tende a refletir junto à sociedade, evitando-se, 
assim, que as demais pessoas , que se encontram com os olhos voltados na 
condenação de um de seus pares, reflitam antes de praticar a infração penal; 
 
Prevenção geral Positiva – também chama da de prevenção integradora. O propósito 
da pena vai além da prevenção negativa , sendo, na verdade, infundir, na consciência 
geral, a necessidade de respeito a determinados valores, exercitando a fidelidade a o 
direito, promovendo a integração social. 
 
Prevenção especial Negativa – neutraliza-se aquele que praticou a infração penal, 
com sua segregação no cárcere. 
 
Prevenção especial Positiva – a finalidade da pena é unicamente em fazer com que o 
autor desista de cometer futuros delitos. Tem um caráter eminentemente 
ressocializador. 
 
 
 
• 2. O sistema Penal Brasileiro. A Pena Criminal 
 
• 2.1. Teorias absolutas ou retributiva - a pena não possui um 
fim socialmente útil, senão em que mediante a imposição 
de um mal merecidamente se retribui, equilibra e espia a 
culpabilidade do autor pelo fato cometido. Trata-se de uma 
teoria “absoluta” porque para ela o fim da pena é 
independente, desvinculado de seu efeito social 
 
• 2.2 Teoria adotada pelo art. 59 do Código Penal – Mista - 
Para tal teoria a prevenção é tratada como fim do Direito 
Penal, no qual o papel atuante da retribuição é apenas de 
limitar a aplicação daquela. 
 
 
• 3. Princípios da Pena. 
 
• a) humanidade das penas (art.5º, XLVII e XLIX, CRFB/1988); respeito 
à integridade física e moral. A Constituição Federal não admite 
penas vexatórias e proíbe penas insensíveis e dolorosas. 
 
• b) legalidade (art.5º, XXXIX, CRFB/1988); não existe pena sem 
prévia cominação legal. Não existe pena, nem conduta, sem que as 
mesmas estejam estabelecidas em lei. 
 
• c) personalidade (art.5º, XLV, CRFB/1988); a pena não passa da 
pessoa do delinquente, ou seja, apenas o delinquente pode ser 
responsabilizado pela pena. 
 
 
 
 
• d) inderrogabilidade; constatada a prática delitiva, a pena deve ser 
aplicada. A pena deve atingir sua eficácia, e para isso é necessária a 
responsabilização do agente pelo crime cometido. O Estado-juiz não pode 
deixar de aplicar e executar a pena ao culpado pela infração penal, com 
apenas uma exceção: o perdão judicial (art. 121, parágrafo 5º do CP). 
 
• e) proporcionalidade (art.5º, XLVI, CRFB/1988 e art.59, Código Penal); a 
pena deve guardar proporcionalidade entre o crime e a sanção imposta. 
Tanto o juiz quanto o Ministério Público devem ter essa noção de 
proporcionalidade. 
 
• f) individualização da pena (art.5º, XLVI, CRFB/1988); a pena será aplicada 
a cada delinquente no concurso de agentes. Cada agente envolvido no 
crime pode ter uma pena diferente e individualizada, já que respondem de 
acordo e na medida de sua participação no crime. 
 
 
• 4. Espécies de Pena – art. 32 do CP 
 
• a) Pena Privativa de Liberdade 
• b) Pena Restritiva de Direitos 
• c) Pena de Multa 
 
• a). A Pena Privativa de Liberdade – art.32, I do CP 
 
• Conceito 
 
• Espécies 
 
• a)Reclusão - 
• b)Detenção - 
• c) Prisão simples – art. 5º, inciso I, Decreto-lei nº 3.688 - Lei 
de Contravenção Penal 
 
 
 
 
• Diferenças entre as penas de reclusão e detenção: 
 
• 1) REGIME DE CUMPRIMENTO: a pena de reclusão deve ser 
cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de 
detenção deve ser cumprida em regime semiaberto ou aberto, 
SALVO se necessário transferência do preso ao regime fechado; 
 
• 2) CONCURSO MATERIAL: aplicando-se cumulativamente as penas 
de reclusão e detenção, a de reclusão deve ser executada primeiro; 
 
• 3) INCAPACIDA DE PARA O EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR, TUTELA 
OU CURATELA: só ocorre como efeito da condenação em crime 
punido com reclusão contra filho, tutelado ou curatelado; 
 
 
• 4) MEDIDA DE SEGURANÇA: se o fato for punido com detenção, o juiz 
poderá submeter o agente a tratamento ambulatorial; 
 
• 5) PRISÃO PREVENTIVA: na reclusão, pode ser decretada desde que 
preenchidos os requisitos do 312, do CPP. Na detenção, somente se pode 
decretar preventiva quando houver apuração de que o indiciado é vadio 
ou, havendo dúvida sobre sua identidade, não fornecer ou indicar 
elementos para esclarece-la; 
 
• 6) FIANÇA: a autoridade poderá concedê-la nos crimes apenados com 
detenção em qualquer caso e cuja pena privativa de liberdade máxima 
não seja superior a 4 (quatro) anos – art. 322 do CPP 
 
• 7) INTIMAÇÃO DA SENTENÇ A DE PRONÚNCIA – nos crimes dolosos contra 
a vida apenados com reclusão será sempre feita pessoalmente a o réu. 
 
 
• A pena de reclusão é aplicada a condenações mais severas, o 
regime de cumprimento pode ser fechado, semiaberto ou aberto, e 
normalmente é cumprida em estabelecimentos de segurança 
máxima ou media. 
• A detenção é aplicada para condenações mais leves e não admite 
que o inicio do cumprimento seja no regime fechado. Em regra a 
detenção é cumprida no regime semiaberto, em estabelecimentos 
menos rigorosos como colônias agrícolas, industriais ou similares, 
ou no regime aberto, nas casas de albergado ou estabelecimento 
adequados. 
• A prisão simples é prevista na lei de contravenções penais como 
pena para condutas descritas como contravenções, que são 
infrações penais de menor lesividade. O cumprimento ocorre sem 
rigor penitenciário em estabelecimento especial ou seção especial 
de prisão comum, em regime aberto ou semiaberto. Somente são 
admitidos os regimes aberto e semiaberto, para a prisão simples 
 
 
• Prisão Simples -Essa modalidade de pena privativa de 
liberdade deve ser cumprida,sem rigor penitenciário, 
em estabelecimento especial ou seção especial de 
prisão comum, em regime semiaberto ou aberto. Isto 
é, não há previsão do regime fechado em nenhuma 
hipótese para a prisão simples. 
 
• Outrossim, o condenado à pena de prisão simples fica 
sempre separado dos condenados à pena de reclusão 
ou de detenção e nos casos em que a pena aplicada 
não excede a 15 dias o trabalho é facultativo. (artigo 6º 
da LCP) 
 
 
Reclusão Detenção Prisão simples 
Quando é aplicado 
Em casos de condenações 
mais severas. 
Condenações mais leves. 
Em infrações penais de menor 
lesividade. 
Regime inicial fechado 
Admite. Não admite. Não admite. 
Regimes aceitos 
Fechado, semi-aberto ou 
aberto. 
Semiaberto ou aberto. Regime aberto ou semi-aberto 
Local de cumprimento 
Estabelecimentos de 
segurança máxima ou media. 
Colônias agrícolas, industriais 
ou similares. 
Em casas de albergado ou 
estabelecimento adequados. 
Lei 
Lei nº 7.209/1984, Art. 33. Lei nº 7.209/1984, Art. 33. Lei nº 3.688, Art. 6. 
Exemplos de crimes 
Homicídio doloso, roubo, 
furto, tráfico de drogas, entre 
outros. 
Homicídio culposo, dano, lesão 
corporal culposa, etc. 
Ameaça, prática de jogos de 
azar, etc. 
 
 
 
• 2. Regimes de cumprimento de Pena. 
• 2.1. Fechado 
• 2.2. Semiaberto. 
• 2.3. Aberto 
 
• 2.4. Regime Disciplinar Diferenciado - 
controvérsias. Lei n. 10792/2003. 
 
• Regime Fechado – art. 33, §§1º e 2º, ambos, 
alínea “a” e art. 34, todos do CP 
• No caso do condenado a mais de oito anos de 
prisão, por exemplo, o início do cumprimento da 
pena deve ser no regime fechado. Nessa 
condição, o detento fica proibido de deixar a 
unidade prisional, como presídio e penitenciária 
ou mesmo a Associação de Proteção e Assistência 
ao Condenado (Apac) em que estiver cumprindo 
a pena. 
 
• Curiosidade - Associação de Proteção e Assistência ao 
Condenado – APAC – é uma entidade civil de direito Privado, sem fins 
lucrativos, com personalidade jurídica própria, dedicada à recuperação e 
reintegração social dos condenados às penas privativas de liberdade. Ela figura 
como forma alternativa ao modelo prisional tradicional, promovendo a 
humanização da pena de prisão e a valorização do ser humano, vinculada à 
evangelização, para oferecer ao condenado condições de se recuperar. Busca, 
também, em uma perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, a promoção 
da justiça e o socorro às vítimas. 
 
• Na APAC, diferentemente do sistema carcerário comum, os próprios presos são corresponsáveis pela sua 
recuperação, tendo assistência espiritual, social, médica, psicológica e jurídica prestada por voluntários da 
comunidade. Os presos têm acesso a cursos supletivos, profissionalizantes, técnicos e alguns casos de 
graduação, oficinas de arte, laborterapia e outras atividades que contribuem para a reinserção social. 
 
• O método da APAC foi reconhecido pelo Prison Fellowship Internacional (PFI), organização não 
governamental que atua como órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) em assuntos 
penitenciários, como uma alternativa para humanizar a execução penal e o tratamento penitenciário. 
Hoje, está implantando em mais de 130 cidades brasileiras e em países como Argentina, Equador, Estados 
Unidos, Peru, Escócia, Coréia do Sul e Alemanha. 
 
 
• Regime Semiaberto – art. art. 33, §§1º e 2º, 
ambos, alínea “b” e art. 35, todos do CP 
 
• O condenado a pena superior a quatro anos e não superior a oito 
anos de prisão, se não for reincidente, deve iniciar o cumprimento 
de pena no regime semiaberto, em colônia agrícola ou 
estabelecimento similar, como as APACs. Nessa condição, ele é 
autorizado a deixar a unidade penitenciária durante o dia para 
trabalhar, devendo retornar à noite. No caso do réu reincidente, ele 
inicia o cumprimento da pena no regime fechado. 
 
• Ex. A legislação penal brasileira permite que o condenado em regime fechado ingresse no semiaberto após 
o cumprimento de 1/6 da pena, desde que tenha bom comportamento carcerário. Nos crimes contra a 
Administração Pública, como, por exemplo, a corrupção, o condenado só muda de regime, após 1/6 da 
pena, se tiver bom comportamento e também reparar o prejuízo aos cofres públicos, exceto quando ele 
comprovar a impossibilidade de fazê-lo. Para os crimes hediondos, como estupro, a progressão de regime 
se dá após o cumprimento de 2/5 da pena, se o condenado for primário, e de 3/5 da pena, se reincidente. 
 
• Regime Aberto – art. art. 33, §§1º e 2º, ambos, 
alínea “c” e art. 36, todos do CP 
 
• O regime aberto, por sua vez, é imposto a todo réu condenado a 
até quatro anos de prisão, desde que não reincidente. Nesse 
regime, a pena é cumprida em casa de albergado ou, na falta 
deste, em estabelecimento adequado, como, por exemplo, a 
residência do réu. O condenado é autorizado a deixar o local 
durante o dia, devendo retornar à noite. Para o regime aberto 
podem progredir os que se encontram no semiaberto, após o 
cumprimento dos requisitos previstos na legislação penal 
brasileira, como tempo de cumprimento de pena e bom 
comportamento. 
 
 
 
• 2.4. Regime Disciplinar Diferenciado - 
controvérsias. Lei n. 10792/2003 – que alterou o 
art. 52 da LEP - aplica-se o RDD, que é uma 
modalidade de sanção ao preso que pratique fato 
previsto como crime doloso quando ocasione 
subversão da ordem ou disciplina interna; ao que 
apresente alto risco para a ordem e a segurança do 
estabelecimento penal ou da sociedade; ao preso 
provisório ou o condenado sob o qual recaiam 
fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a 
qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha 
ou bando. 
 
 
 
• O regime poderá ser aplicado tanto ao preso condenado 
quanto ao provisório, bastando que se enquadre em uma 
das condições supra (previstas no artigo 52 caput e §§ 1º e 
2º da LEP). 
• O Regime Disciplinar Diferenciado tem duração máxima de 
trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da 
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite 
de um sexto da pena aplicada (se for o caso de preso 
provisório, admite-se levar em conta a pena mínima 
cominada como base de calculo de tal limite), neste 
período o preso é recolhido em cela individual e tem direito 
a visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, 
com duração de duas horas e a sair da cela por 2 horas 
diárias para banho de sol. 
 
 
• O RDD é constantemente questionado na Justiça. 
 
• A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal já decidiu ser inadmissível 
que um homem em liberdade condicional seja incluído em RDD por 
falta disciplinar cometida antes de ele entrar em condicional. 
 
• Já a 2ª Turma do STJ entende que o advogado pode visitar seu 
cliente sem marcar hora, ainda que este esteja preso sob o RDD. 
Para os ministros, a entidade prisional só pode disciplinar o direito 
de visita dos defensores aos presos em situações excepcionais e de 
forma fundamentada. Com informações da Assessoria de Imprensa 
do STJ. 
• HC 383.757 
 
 
• SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
• HC 96328 / SP - SÃO PAULO HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CEZAR 
PELUSO Julgamento: 02/03/2010 Órgão Julgador Segunda 
Turma EMENTA: AÇÃO PENAL. Condenação. Execução. Prisão. Regime 
disciplinar diferenciado. Sanção disciplinar. Imposição. Repercussão no 
alcance dos benefícios de execução penal. Indispensabilidade de 
procedimento administrativo prévio. Não instauração. Violação ao 
devido processo legal. Ordem concedida de ofício para que a sanção já 
cumprida não produza efeitos na apreciação de benefícios na execução 
penal. O regime disciplinar diferenciado é sanção disciplinar, e sua 
aplicação depende de prévia instauração de procedimento 
administrativo para apuraçãodos fatos imputados ao custodiado. 
• 
 
 
• 3. Progressão e regressão de Regimes. 
• a) Conceito - art. 112 da LEP – “Art. 112. A pena 
privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos 
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso 
tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime 
anterior e ostentar bom comportamento carcerário, 
comprovado pelo diretor do estabelecimento, 
respeitadas as normas que vedam a progressão. 
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor.” 
 
 
• b) Hipóteses de incidência – crimes não hediondos 
 
• b.1) Fechado para Semiaberto - condenação transitada 
em julgado e cumprimento, em regra, de 1/6 da pena. 
• b.2) Semiaberto para Aberto - condenação transitada 
em julgado e cumprimento, em regra, de 1/6 do 
restante da pena a ser cumprida. 
 
• OBS: Cometida a falta grave pelo condenado no curso 
do cumprimento da pena, inicia-se da data da falta a 
nova contagem da fração (1/6, que também pode ser 
de 2/5 ou 3/5) como requisito da progressão. 
 
 
• c) A progressão de Regimes e a Lei de Crimes Hediondos. 
Lei n. 8072/1990 - Para os crimes considerados hediondos, 
como estupro, a progressão de regime se dá após o 
cumprimento de 2/5 da pena, se o condenado for primário, 
e de 3/5, se reincidente. 
 
• Súmula Vinculante 26 do STF - Para efeito de progressão de 
regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou 
equiparado, o juízo da execução observará a 
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de 
julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado 
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do 
benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo 
fundamentado, a realização de exame criminológico. 
 
 
• d) Hipóteses de incidência – crimes hediondos 
• d.1) Fechado para Semiaberto - condenação transitada 
em julgado e cumprimento, em regra, de 2/5 para o 
primário e de 3/5 para o reincidente; comportamento 
do preso; oitiva do Ministério Público e Exame 
criminológico; O exame criminológico é facultativo. 
Somente quando necessário. Essa é a interpretação 
que prevalece no STF e no STJ. 
• d.2) Semiaberto para Aberto - condenação transitada 
em julgado e cumprimento, em regra, de 2/5 do 
restante da pena a ser cumprida. 
 
 
 
• Tese de repercussão geral 
• "É inconstitucional a fixação ex lege, com base no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial 
fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do 
Código Penal." (RE 1052700, Relator Ministro Edson Fachin, Tribunal Pleno - meio eletrônico, julgamento 
em 2.11.2017, DJe de 1.2.2018, Tema 972) 
• "A Lei n.º 11.464/07, que majorou o tempo necessário para progressão no cumprimento da pena, não se 
aplica a situações jurídicas que retratem crime hediondo ou equiparado cometido em momento anterior à 
respectiva vigência.” (RE 579167, Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgamento em 
16.5.2013, DJe de 17.10.2013, Tema 59) 
 
• ● Possibilidade de realizar exame criminológico para progressão de 
regime 
• "1. O Supremo Tribunal Federal, por jurisprudência pacífica, admite que pode ser exigido 
fundamentadamente o exame criminológico pelo juiz para avaliar pedido de progressão de pena. Trata-se 
de entendimento que refletiu na Súmula vinculante 26: (...)'." (HC 104011, Redatora para o Acórdão 
Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, julgamento em 14.2.2012, DJe de 22.3.2012) 
• "Quanto ao tema de fundo, ressalvo a óptica pessoal, porquanto convencido de que a alteração procedida 
no artigo 112 da Lei de Execuções Penais implicou a supressão do exame criminológico do ordenamento 
jurídico. No entanto, ante a edição do Verbete Vinculante n.º 26, curvo-me ao entendimento do Pleno, no 
que assentou a possibilidade de o Juízo da execução determinar, em decisão fundamentada, a realização 
do mencionado exame a fim de ocorrer a progressão do regime de pena." (HC 99721, Voto do Ministro 
Marco Aurélio, Relatora para o acórdão Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgamento em 4.5.2010, 
DJe de 1.7.2010) 
 
 
• Requisitos para progressão de regime não se restringem aos 
referidos no art. 112 da LEP 
• "(...), a jurisprudência desta Corte tem demonstrado que a análise dos requisitos necessários 
para a progressão de regime não se restringe ao referido art. 112 da LEP, tendo em vista que 
elementos outros podem, e devem, ser considerados pelo julgador na delicada tarefa de 
individualização da resposta punitiva do Estado, especialmente na fase executória. (...). Nessa 
linha, recordo, por exemplo, a recente decisão adotada por este Plenário no julgamento do 
agravo regimental na Execução Penal n.º 22, de que sou relator. Oportunidade em que esta 
Corte declarou a constitucionalidade do art. 33, §4º, do Código Penal, no ponto em que 
impõe ao apenado a reparação do dano causado à administração pública como condição para 
a progressão no regime prisional. Essa condição não figura nos requisitos do art. 112 da LEP. 
Um outro exemplo está na possibilidade de o Juízo da Execução Penal determinar a 
realização do exame criminológico para avaliar o preenchimento, pelo sentenciado, do 
requisito subjetivo indispensável à progressão no regime prisional. Embora o exame 
criminológico tenha deixado de ser obrigatório, com a edição da Lei 10.792/2003, que 
alterou o art. 112 da LEP, este Tribunal tem permitido 'a sua utilização para a formação do 
convencimento do magistrado sobre o direito de promoção para regime mais brando' (RHC 
116033, Rel. Min. Ricardo Lewandowski). Essa orientação, consolidada na Corte, deu origem 
à Súmula Vinculante 26, assim redigida: (...)." (EP 12 ProgReg-AgR, Relator Ministro Roberto 
Barroso, Tribunal Pleno, julgamento em 8.4.2015, DJe de 11.6.2015) 
• 
 
• Inconstitucionalidade da imposição de regime inicial fechado para 
crimes hediondos 
 
• "(...) nada obstante a consolidação da jurisprudência nesta Corte, observo tratar-se de 
orientação comumente descumprida pelas instâncias ordinárias, sob o argumento de que a 
declaração de inconstitucionalidade no julgamento do HC [1]11.840/ES, por ter se dado de 
forma incidental, não teria efeito erga omnes, de maneira que sua aplicação não deve ser 
automática. Dessa forma, considerando a manifesta relevância da matéria suscitada, que 
ultrapassa os interesses subjetivos das partes, reputo necessária a submissão da questão à 
sistemática da repercussão geral, forte no alcance da orientação firmada por esta Corte 
acerca da fixação do regime inicial fechado para início do cumprimento de pena decorrente 
da condenação por crime hediondo ou equiparado. Nessa linha, à luz do princípio 
constitucional da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF), manifesto-me pela existência 
de repercussão geral da questão tratada nestes autos, bem como pela reafirmação da 
jurisprudência desta Corte, para fixar o entendimento no sentido da inconstitucionalidade da 
fixação, com fundamento exclusivo no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial 
fechado para início do cumprimento de pena decorrente da condenação por crime hediondo 
ou equiparado". (RE 1052700, Relator Ministro Edson Fachin, Tribunal Pleno - meio 
eletrônico, julgamento em 2.11.2017, DJe de 1.2.2018, Tema 972) 
 
 
 
• JURISPRUDÊNCIA 
 
• Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006 - Supremo afasta a proibição de progressão de regime 
nos crimes hediondos 
• Por seis votos a cinco, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a 
inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 2º da Lei 8.072/90 que proibia a progressão 
deregime de cumprimento de pena nos crimes hediondos. O assunto foi analisado 
no Habeas Corpus (HC) 82959 impetrado por Oséas de Campos, condenado a 12 anos e três 
meses de reclusão por molestar três crianças entre 6 e 8 anos de idade (atentado violento ao 
pudor). 
• Na prática, a decisão do Supremo, que deferiu o HC, se resume a afastar a proibição da 
progressão do regime de cumprimento da pena aos réus condenados pela prática de crimes 
hediondos. Caberá ao juiz da execução penal, segundo o Plenário, analisar os pedidos de 
progressão considerando o comportamento de cada apenado – o que caracteriza a 
individualização da pena. 
• Como a decisão se deu no controle difuso de constitucionalidade (análise dos efeitos da lei 
no caso concreto), a decisão do Supremo terá que ser comunicada ao Senado para que o 
parlamento providencie a suspensão da eficácia do dispositivo declarado inconstitucional. O 
Plenário ressaltou, ainda, que a declaração de inconstitucionalidade não gerará 
conseqüências jurídicas com relação a penas já extintas. 
 
 
• e) Exame Criminológico - estabelece a Lei de Execução Penal (n. 
7.210/84) que os pedidos de progressão de regime devem ser instruídos 
com o parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame 
criminológico, este quando necessário (art. 112, e parágrafo único). 
 
• O exame criminológico é previsto no art. 8º, da mesma Lei e se aplica aos 
condenados a penas em regime fechado, tendo por objeto “a obtenção de 
elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individuação da execução”. Portanto, esse exame deve ser no início da 
execução penal para o fim de individualizá-la e será agregado a outras 
informações obtidas pela Comissão Técnica de Classificação acerca dos 
“dados reveladores da personalidade’ do preso (art. 9º). 
 
• OBS: Para fins de progressão de regime considera-se sempre a pena global 
e não a pena de 30 anos, caso a pena imposta na sentença ultrapasse esse 
patamar. 
 
 
 
• Exame criminológico para progressão penal só pode ser 
exigido com base em fundamentação concreta 
• O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal 
Federal (STF), deferiu liminar na Reclamação (RCL) 20089 
para determinar que o juízo da Vara de Execuções Penais 
de Presidente Prudente (SP) se abstenha de pedir exame 
criminológico prévio para verificar o mérito na progressão 
de regime, sob a mera alusão de que o crime foi praticado 
por meio de violência ou grave ameaça. O ministro 
salientou que a Súmula Vinculante (SV) 26 do STF admite a 
requisição do exame para apreciação do benefício da 
execução penal, mas observou que, para que isso ocorra, é 
necessário que o juiz fundamente o pedido com dados 
concretos. 
 
 
• 4 - Direitos e Deveres do Condenado e Preso 
Provisório. 
• Preso provisório é aquele cuja prisão foi 
decretada com o intuito de garantir que o 
acusado passe por um processo penal, com 
direito a ampla defesa e contraditório, para que o 
juiz, ou conselho de sentença, no caso do 
Tribunal do Júri, possa chegar a uma decisão e, 
consequentemente, aplicar uma pena que pode 
ser a de prisão. 
 
• Lei de Execução Penal - Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. 
 
• Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. 
• § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: 
• I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; 
• II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
• III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. 
• § 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em dependência 
separada. 
• § 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: 
• I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; 
• II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
• III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
• IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas nos 
incisos I, II e III 
• § 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais 
presos ficará segregado em local próprio 
• Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade. 
• Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária determinará o limite máximo de 
capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza e peculiaridades. 
• Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas 
em outra unidade, em estabelecimento local ou da União. 
• § 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da condenação para recolher os 
condenados, quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado. 
• § 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a 
obras públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas. 
• § 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir o estabelecimento prisional 
adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos. 
 
 
• 5. Detração Penal – é o desconto do tempo de prisão 
provisória ou internação provisória na pena privativa 
de liberdade, ao início de seu cumprimento - art. 42 do 
Código Penal 
 
• Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade 
e na medida de segurança, o tempo de prisão 
provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão 
administrativa e o de internação em qualquer dos 
estabelecimentos referidos no artigo anterior. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
• 6. Remição Penal - Arts. 66, III, alínea "c", 126 a 130 da Lei de 
Execuções Penais (LEP - Lei nº 7.210/84) 
 
• A remição da pena é um instituto pelo qual se dá como cumprida 
parte da pena por meio do trabalho ou do estudo do condenado. 
Assim, pelo desempenho da atividade laborativa ou do estudo, o 
condenado resgata parte da reprimenda que lhe foi imposta, 
diminuindo seu tempo de duração. " A contagem de tempo referida 
será feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas 
de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, 
inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação 
profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia 
de pena a cada 3 (três) dias de trabalho". Em suma, a remição 
constitui direito do preso de reduzir o tempo de duração da pena 
privativa de liberdade, por meio do trabalho prisional ou do estudo. 
 
 
• 7. Da Monitoração Eletrônica - No Brasil, depois de intensos 
debates, foi publicada a Lei nº 12.258, de 15 de junho de 2010, que 
previu a possibilidade de fiscalização do condenado, por meio da 
monitoração eletrônica, somente em duas situações, vale dizer, 
quando for autorizada saída temporária para aquele que estiver sob 
o regime semiaberto, ou quando a pena estiver sendo cumprida em 
prisão domiciliar, conforme o disposto nos incisos II e IV, do 
art. 146-B da Lei de Execução Penal.

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