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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Cintia Cristina C Rabelo,1170650
PORTFÓLIO
UTA A 2018
MÓDULO A/ 2018 – FASE I
CUTIAS-AP
2018
Uma Experiência de inclusão
 Um dos maiores desafios na educação brasileira atualmente é a implementação da Educação Inclusiva. Desde a década de 1970 são realizadas ações no sistema educacional para que haja efetivamente a inclusão de alunos com deficiência na classe regular, e de modo geral, envolver também suas famílias nas escolas e na sociedade.
 No decorrer da história da humanidade e principalmente da cultura de diversos povos as pessoas com deficiência foram consideradas como fora dos padrões normais e muitas vezes foram classificadas como incapazes de se desenvolverem intelectualmente. Muitos termos foram usados para identificar tais pessoas e a maioria deles tinha um sentido pejorativo, como por exemplo, o termo retardado mental.
 As diferentes formas de nomear podem apenas representar o esconderijo de velhas arapucas a maquiar valores sociais contraditórios e a encobrir as tensões geradoras de novas formas veladas de exclusão (PAN, 2008, p. 28).
 A Lei Brasileira 13.146, de 16 de julho de 2015; \u201cConsidera-se a pessoa com qualquer deficiência aquela que tem algum impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas\u201d. A lei difunde o conceito de que não se aceita, de nenhum modo, que a pessoa com deficiência fique à margem da sociedade, mas que participe do convívio social, tendo seus direitos respeitados, dentre eles o direito à educação.
 Para verificar se a lei acima mencionada está sendo colocada em prática realizei observações em uma escola, busquei analisar as circunstâncias interativas que os alunos com deficiência estabeleceram com seus professores e os demais alunos da classe. Avaliei como se processa a inserção desse aluno com necessidades especiais no contexto da classe regular, em que os demais alunos não apresentam tais necessidades.
 O presente diário de campo foi realizado na Escola Estadual Lourimar Simões Paes, Bairro Central, Cutias-AP. As observações ocorreram em uma turma de primeiro ano do Ensino Médio de ensino regular da mesma.
 A escola tem como proposito a inclusão de alunos com deficiência no convívio social, propiciando aos mesmos o exercício da cidadania e a convivência com a sociedade.
 A Constituição Federal de 1988 afirma o direito à vida, à saúde, à educação para todos os cidadãos brasileiros e estrangeiros que residem no Brasil. A lei também garante que pessoas com necessidades educacionais especiais possam se matricular, frequentar e participar da escola regular. Mas infelizmente a lei não é colocada em prática na maioria das vezes e essa dificuldade não acontece somente no Brasil, mas também em outros países.
 Há um conjunto de recomendações e propostas da Declaração de Salamanca, guiado pelos seguintes princípios: Independentemente das diferenças individuais, a educação é um direito de todos; toda criança que possui dificuldade de aprendizagem pode ser considerada com necessidades educativas especiais. A escola deve adaptar-se às especificidades dos alunos, e não os alunos as especificidades da escola. O ensino deve ser diversificado e realizado num espaço com uma ou todos os alunos.
 Considerando os princípios da Declaração de Salamanca fiz as seguintes observações: a turma registrava 30 alunos, sendo um dos alunos deficiente auditivo que estava acompanhado de uma interprete de Libras (interprete da língua de sinais). Durante o período de observação da dinâmica de sala de aula pude perceber que havia dificuldade por parte do professor e dos demais alunos em se comunicar com o aluno surdo, mesmo com o interprete mediando à comunicação entre eles. O professor que acompanhava a turma na aula observada, não possuía nenhuma especialização em educação inclusiva e se mostrava despreparado, pois tentou explicar o conteúdo para o aluno com mímicas e escrevendo no próprio caderno do aluno e desistiu no meio da explicação. Observei também que o aluno deficiente também não se mostrou disposto a tentar conservar ou iniciar o diálogo com os indivíduos ali presentes, se mantendo assim isolado da turma.
 O aluno com deficiência auditiva parecia não acompanhar a explicação da aula e só se preocupava em copiar em seu caderno o conteúdo contido no quadro branco que o professor tinha escrito. Talvez se houvesse uma adaptação por parte do professor, em sua didática e/ou complementação curricular, utilizando recursos didáticos diversificados para ensinar os alunos, o interesse de todos poderia aumentar. Ou seja, aulas mais interessantes com alunos mais interessados.
 A educação inclusiva deve ser entendida como uma tentativa a mais de atender as dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional e com um meio de assegurar que os alunos, que apresentam alguma deficiência, tenham os mesmos direitos que os outros, ou seja, os mesmos direitos dos seus colegas escolarizados em uma escola regular. (MANTOAN, 2003, p. 97)
 Uma escola regular que atende alunos com necessidades especiais deve possuir uma infraestrutura que atenda tais necessidades. A inclusão deve estar sempre presente e são inúmeros os desafios que devem ser enfrentados pela direção da escola e corpo docente. A criação de um Projeto Político Pedagógico de Inclusão pode auxiliar na melhoria e aprimoramento do ensino, contando com a participação dos pais e da comunidade escolar.
 Uma escola consegue organizar um currículo inclusivo quando reconhece a complexidade das relações humanas, a amplitude e os limites de seus objetivos e ações; quando entende o ambiente escolar como um espaço relacional que estabelece laços que contribuem para a formação de uma identidade individual e social (MINETTO, 2008, p. 32).
 Portanto, as diferenças sempre irão existir, mas juntamente com as diferenças deve existir o respeito. Embora tenham ocorrido avanços ao combate ao preconceito. A educação inclusiva ainda está começando a atender a todos de forma humanizada.
 É essencial provar que na escolarização de um aluno com deficiência estão envolvidos, além do próprio aluno, seus pais e os educadores. Cabe à instituição de ensino acolher esse aluno, fazer o que estiver ao seu alcance para que se beneficie do contexto escolar e desfrute das mesmas obrigações e direitos dos demais alunos.
 Seguindo esses conceitos tem-se que essas reflexões teóricas que preconiza a inclusão escolar, não serão solidificadas por apenas um ato, ou legalizações, mas na constituição de um processo cultural que envolve a sociedade, anulando preconceitos e se renovando.
Referência Bibliográfica:
Constituição Federal de 1988
LE I Nº 13 .146, DE 6 D E JUL HO DE 201 5. Parágrafo único, Art. .2
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
MINETTO, Maria de Fátima. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2. ed. rev. atual. ampl. Curitiba. Ibpex. 2008.
PAN, M. A. G. S. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba: IBPEX, 2008.
UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salam anca.pdf

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