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Procedimentos especiais EMBARGOS DE TERCEIRO ARTS. 674-681 CPC Características • Cabimento (art 674). • Objeto: atacar violações à posse ou propriedade causadas por decisões judiciais • Embargos de terceiro x ações possessórias • Legitimidade ativa (art. 674, § 2º) • Legitimidade PASSIVA: art. 677, § 4º Procedimento • PETIÇÃO INICIAL: arts. 319, 320 e 677 • Distribuição por dependência e autuação em apartado • Audiência preliminar para a prova da posse (art. 677,§ 1º) • Tutela provisória liminar (art. 678) - desnecessário o periculum in mora, bastando a demonstração da aparência da posse • Citação na pessoa do advogado ou pessoal (art. 677, § 3º) • Após resposta do réu - PROC COMUM • Sucumbência: aquele que deu causa à constrição Petição inicial distribuída por dependência (art. 676) •Quem pode ser embargante? O proprietário, fiduciário ou o possuidor (art. 674, §1º) que sofrer constrição ou ameaça de constrição (art. 674, caput) A petição inicial deverá englobar prova documental da posse ou prova testemunhal (art. 677) • Na hipótese de não haver prova documental, é facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz (art. 677, §1º) O juiz poderá deferir ou indeferir o pedido liminar • O deferimento do pedido de liminar dependerá da provação do domínio ou da posse (art. 678) Provada a posse ou o domínio O juiz irá deferir a liminar, bem como determinará a suspensão das medidas constritivas sobre o bem (art. 678) Se o embargante tiver requerido, expedição de mandado de manutenção ou de reintegração (art. 678) podendo ser condicionado à prestação de caução pelo embargante, exceto quando for deferida a justiça gratuita (art. 678, § único) Indeferimento do pedido de liminar Citação do embargado Não provada a posse ou o domínio Citação do embargado Citação do embargado Não contesta Contesta Audiência Revelia Sentença USUCAPIÃO Procedimento Judicial • Procedimento comum + normas específicas • Legitimidade ativa: aquele que está na posse e pretende reconhecer a propriedade (exceto se em nome alheio ou mero detentor - ex.: locatário, comodatário, ...) • Legitimidade passiva: aquele em cujo nome está registrado o bem e pelos confinantes. • Petição inicial descrevendo pormenorizadamente o bem. • Documentos indispensáves + planta do imóvel • Citação pessoal dos réus (súmulas 263 e 391 STF) • Edital de comunicação a terceiros (art. 259, I, CPC) Usucapião extrajudicial Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com: I - ata notarial lavrada pelo tabelião, atestando o tempo de posse do requerente e de seus antecessores, conforme o caso e suas circunstâncias, aplicando-se o disposto no art. 384 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil); II - planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no respectivo conselho de fiscalização profissional, e pelos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes; III - certidões negativas dos distribuidores da comarca da situação do imóvel e do domicílio do requerente; IV - justo título ou quaisquer outros documentos que demonstrem a origem, a continuidade, a natureza e o tempo da posse, tais como o pagamento dos impostos e das taxas que incidirem sobre o imóvel. Usucapião extrajudicial “Note-se que somente quando haja expressa concordância de todos aqueles que possuem algum direito registrado na matrícula do imóvel e não haja oposição de qualquer outra pessoa é que pode o oficial proceder ao registro da usucapião.” (MARINONI, ARENHART, MITIDIERO, 2016, p. 288) § 10. Em caso de impugnação do pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, apresentada por qualquer um dos titulares de direito reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo e na matrícula dos imóveis confinantes, por algum dos entes públicos ou por algum terceiro interessado, o oficial de registro de imóveis remeterá os autos ao juízo competente da comarca da situação do imóvel, cabendo ao requerente emendar a petição inicial para adequá-la ao procedimento comum. Lei 13.465 DOU de 12.7.2017,retificado em 6.9.2017 e publicado texto consolidado no DOU de 8.9.2017 • Art. 216-A • § 2º Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes, o titular será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo correio com aviso de recebimento, para manifestar consentimento expresso em quinze dias, interpretado o silêncio como concordância. AÇÕES DE FAMÍLIA Características • Procedimento e hipóteses: Art. 693 • Solução consensual (art. 694) • Mandado de citação (art. 695, § 1º) • Citação para comparecer em audiência de conciliação e mediação • Não comparecimento: Art. 334, § 8º • Audiência: art. 695 • Intervenção do MP: art. 698 e 178, II • Segredo de justiça: art. 189, II • Efeito material da revelia: art. 345, II Divórcio ou Separação Consensuais • Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão: • I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; • II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; • III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e • IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos. • Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658. Procedimento “administrativo” • Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731. •§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. •§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. • Divórcio = sentença CONSTITUTIVA negativa ou descontitutiva • Dissolução de união estável = sentença DECLARATÓRIA DESPEJO Lei 8245/91 Art. 5º Seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. AÇÕES DE DESPEJO • DUPLA FUNÇÃO Rescindir o contrato Retomada do bem Muitas vezes deve ser feita mesmo que o inquilino desocupe o imóvel, pois assim será uma garantia do locatário que o contrato de locação não será usado contra ele mesmo. • Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão o rito ordinário. • Petição inicial: arts 319 e 320 • Tutela provisória nas hipóteses do at. 59, § 1º, Lei 8245 ou nos arts 300 e 311 CPC Sanção premiativa • Art.61 Nas ações fundadas no § 2º do art. 46 e nos incisos III e IV do art. 47, se o locatário, no prazo da contestação, manifestar sua concordância com a desocupação do imóvel, o juiz acolherá o pedido fixando prazo de seis meses para a desocupação, contados da citação, impondo ao vencido a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de vinte por cento sobre o valor dado à causa. Se a desocupação ocorrer dentro do prazo fixado, o réu ficará isento dessa responsabilidade; caso contrário, será expedido mandado de despejo. Purgação da mora • II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009) • a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação; • b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis; • c) os juros de mora; • d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição diversa; • III – efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador; • IV – não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o locador levantar a quantia depositada; (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009) • V - os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá - los desde que incontroversos; Sentença executiva lato sensu • Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes INTERDIÇÃO INTERDIÇÃO: OBJETIVO: Declarar a incapacidade de determinada pessoa para administrar bem e/ou praticar atos da vida civil; Pode ser total ou parcial; CONSEQUÊNCIAS: A pessoa interditada não poderá comandar os atos da sua vida civil e para a mesma será nomeado um curador. LEGITIMADOS PARA PROMOVER INTERDIÇÃO Art. 747. A interdição pode ser promovida: I - pelo cônjuge ou companheiro; II - pelos parentes ou tutores; III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando; IV - pelo Ministério Público. LEGITIMIDADE DO MP Art. 748. O Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença mental grave: I - se as pessoas designadas nos incisos I, II e III do art. 747 não existirem ou não promoverem a interdição; II - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas nos incisos I e II do art. 747. PETIÇÃO INICIAL – ART. 749 Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, e s p e c i f i c a r o s f a t o s q u e d e m o n s t r a m a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil , bem como o momento em que a incapacidade se revelou. Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos. CURADOR PROVISÓRIO • O parágrafo único do art. 749 inova ao viabilizar a nomeação provisória de um curador em favor do interditando, para promover medidas de urgência. LAUDO MÉDICO Art. 750. O requerente deverá juntar laudo médico para fazer prova de suas alegações ou informar a impossibilidade de fazê-lo. • O laudo médico é essencial para que o juiz esteja seguro ao autorizar a citação e até mesmo nomear curador provisório. CITAÇÃO Art. 751. O interditando será citado para, em dia designado, comparecer perante o juiz, que o entrevistará minuciosamente acerca de sua vida, negócios, bens, vontades, preferências e laços familiares e afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para convencimento quanto à sua capacidade para praticar atos da vida civil, devendo ser reduzidas a termo as perguntas e respostas. § 1o Não podendo o interditando deslocar-se, o juiz o ouvirá no local onde estiver. § 2o A entrevista poderá ser acompanhada por especialista. § 3o Durante a entrevista, é assegurado o emprego de recursos tecnológicos capazes de permitir ou de auxiliar o interditando a expressar suas vontades e preferências e a responder às perguntas formuladas. § 4o A critério do juiz, poderá ser requisitada a oitiva de parentes e de pessoas próximas. •Vale lembrar que não se trata de citação para contestar a ação e será feita através Mandado Judicial por Oficial de Justiça; Prazo para Impugnar o Pedido de Interdição - Art. 752 CPC Art. 752./CPC 2015. prazo de 15 (quinze) dias contado da entrevista, o interditando poderá impugnar o pedido. § 1º O Ministério Público intervirá como fiscal da ordem jurídica. § 2º O interditando poderá constituir advogado, e, caso não o faça, deverá ser nomeado curador especial. § 3o Caso o interditando não constitua advogado, o seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente sucessível poderá intervir como assistente. Sequência do Procedimento Art. 753./CPC 2015. Decorrido o prazo previsto no art. 752, o juiz determinará a produção de prova pericial para avaliação da capacidade do interditando para praticar atos da vida civil. § 1o A perícia pode ser realizada por equipe composta por expertos com formação multidisciplinar. § 2o O laudo pericial indicará especificadamente, se for o caso, os atos para os quais haverá necessidade de curatela. SENTENÇA Art.754. Apresentado o laudo, produzidas as demais provas e ouvidos os interessados, o juiz proferirá sentença. Art. 755. Na sentença que decretar a interdição, o juiz: I - nomeará curador, que poderá ser o requerente da interdição, e f i x a rá os l i m i te s da c u r a te l a , s eg u n do o e s ta d o e o desenvolvimento mental do interdito; II - considerará as características pessoais do interdito, observando suas potencialidades, habilidades, vontades e preferências. Art. 758. O curador deverá buscar tratamento e apoio apropriados à conquista da autonomia pelo interdito. Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a causa que a determinou. § 1o O pedido de levantamento da curatela poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou pelo Ministério Público e será apensado aos autos da interdição. § 2o O juiz nomeará perito ou equipe multidisciplinar para proceder ao exame do interdito e designará audiência de instrução e julgamento após a apresentação do laudo. § 3o Acolhido o pedido, o juiz decretará o levantamento da interdição e determinará a publicação da sentença, após o trânsito em julgado, na forma do art. 755, § 3o, ou, não sendo possível, na imprensa local e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, seguindo-se a averbação no registro de pessoas naturais. § 4o A interdição poderá ser levantada parcialmente quando demonstrada a capacidade do interdito para praticar alguns atos da vida civil.
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