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Robson Ribeiro da Costa UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa IICCEETT EEssttrruuttuurraass MMeettáálliiccaass EEMMMMEE NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA –– 0022 CCrriittéérriiooss,, AAnnáálliissee EEssttrruuttuurraall ee NNoorrmmaass 1 Robson Ribeiro da Costa Sumário: 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 2 2. AÇÕES ................................................................................................................................................................ 2 3. ANÁLISE ESTRUTURAL .................................................................................................................................... 5 4. SEGURANÇA ESTRUTURAL ............................................................................................................................. 6 4.1. Estados Limites ........................................................................................................................................... 6 4.2. Carregamentos e Combinações de Ações .................................................................................................. 8 4.2.1. Coeficientes de Ponderação das Ações .................................................................................................................. 8 4.3. Combinações das Ações ...........................................................................................................................13 4.3.1. Estados Limites Últimos (Segurança) .................................................................................................................. 13 4.3.2. Estados Limites de Serviço (Uso) ........................................................................................................................ 15 5. ANEXOS ............................................................................................................................................................ 20 5.1. Fluxograma de Projetos de Estruturas Metálicas .....................................................................................20 2 Robson Ribeiro da Costa 1. INTRODUÇÃO A concepção de uma estrutura metálica se dá através de um esforço conjunto de profissionais de diversas áreas (engenheiro civil, engenheiro mecânico, arquitetos), e outros diversos especialistas em campos diversos da engenharia. Toda estrutura deve atender a requisitos fundamentais: Requisitos básicos de segurança: A estrutura deve permanecer adequada ao uso, considerando sua vida útil e os custos; Deve resistir a todas as ações atuantes durante a construção e utilização com custos de manutenção compatível; Fatores Intervenientes na segurança estrutural: Tipo de estrutura; Utilização da edificação; Importância; Fator de ocupação; Incertezas inerentes ao projeto; 2. AÇÕES Ação em uma estrutura pode ser entendida como tudo aquilo que provoca tensões e deformações nos elementos estruturais. 3 Robson Ribeiro da Costa As estruturas devem ser projetadas para resistir a todas as ações atuantes durante sua vida útil com segurança, desempenho e durabilidade adequada à sua utilização. Segundo a NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas; as ações podem ser classificadas como: 4 Robson Ribeiro da Costa 5 Robson Ribeiro da Costa 3. ANÁLISE ESTRUTURAL A análise estrutural tem como objetivo a obtenção de esforços axiais, de flexão, de reações nos apoios, deslocamentos, acelerações, entre vários efeitos produzidos pelas ações impostas numa determinada configuração estrutural. De maneira geral esta análise pode ser: estática ou dinâmica, linear ou não-linear geométrica, elástica ou elastoplástica. A análise estática não leva em conta a variação da aplicação das ações no tempo, e considera que as ações são aplicadas gradualmente. É linear geométrica, quando se considera que os deslocamentos produzidos pelas ações são relativamente pequenos, e a análise é desenvolvida sobre a configuração geométrica da estrutura original indeformada. É elástica, se o comportamento do material não excede o limite de escoamento, isto é, segue a lei de Hooke, sendo as deformações proporcionais às tensões. Estruturas com cargas que variam com o tempo devem ser analisadas dinamicamente, estruturas com deslocamentos finitos devem ser analisadas considerando a não linearidade geométrica, e por último quando a estrutura excede a tensão de escoamento, faz-se necessário análise elastoplástica. Sistemas estruturais pouco conhecidos devem ser estudados com maior profundidade. 6 Robson Ribeiro da Costa 4. SEGURANÇA ESTRUTURAL O principal objetivo a ser alcançado é tornar uma estrutura segura: para isto, a estrutura deve atender os requisitos de utilização a que se propõe, durante toda a sua vida útil, resistindo às ações solicitantes tanto na fase de construção quanto na fase de utilização. A norma da ABNT NBR 8681:2003 (ações e segurança nas estruturas), fixa os valores e requisitos exigíveis na verificação da segurança das estruturas usuais da construção civil, estabelece também os critérios e as definições de quantificação das ações e das resistências a serem consideradas nos projetos. Hoje em dia as normas de dimensionamento aplicam a regra de TURKSTRA, que determina que uma estrutura que está submetida a mais de uma ação variável, atinge o valor máximo de um esforço em uma estrutura ocorre quando, uma das ações variáveis atinge seu máximo valor e as demais permanecem com seus valores nominais, isto é, faz-se a combinação de ações. As normas atualmente em vigor( inclusive a NBR 8800), baseiam-se no Método dos Estados Limites (Método dos Coeficientes Parciais – EUA), conhecido pela sigla LRFD – Load and Resistance Factor Design, que significa projeto com fatores aplicados às cargas e às resistências. 4.1. Estados Limites Um estado limite ocorre sempre que uma estrutura deixa de satisfazer um de seus objetivos: Garantia de segurança estrutural, evitando o colapso da estrutura; Garantia de bom desempenho da estrutura, evitando-se a ocorrência de grandes deslocamentos, vibrações, danos locais, etc; Os estados limites podem ser divididos em: Estados Limites Últimos (ELU) Estados Limites de Serviço (ELS) Estados Limites Últimos (ELU), estão ligados ao colapso total ou parcial da estrutura provocado por escoamento ou plastificação dos seus elementos, perda da estabilidade, transformação da estrutura em mecanismo (sistema hipostático), etc. Está relacionado à 7 Robson Ribeiro da Costa segurança da estrutura para as combinações de ações mais desfavoráveis ao longo da vida útil da estrutura, durante a construção ou em situações que atuem carregamentos excepcionais ou especiais. Estados Limites de Serviço (ELS), estão relacionados ao comportamento da estrutura em condições de utilização, visando sempre preservar as condições normais de uso da edificação, o conforto dos usuários e a integridade de subsistemas complementares que interagem com a estrutura. Deformações excessivas e vibrações são exemplos de estados limites de serviço. A NBR 8681:2003 exige que as estruturas sejam dimensionadas e verificadas para que nenhum estadolimite seja excedido para as combinações de ações apropriadas. Verificação para o estado limite último (ELU) Segundo o método dos estados limites, a segurança estrutural é introduzida de forma qualitativa e pode ser expressa por: S.d < R.d, onde: S.d = representa as solicitações de cálculo, que são os efeitos gerados por combinações apropriadas de ações de cálculo aplicadas à estrutura. R.d = representa a resistência de cálculo, que é o limite de resistência associado a uma determinada forma de colapso. As solicitações de cálculo são obtidas majorando-se adequadamente as solicitações nominais, enquanto as resistências de cálculo são obtidas minorando-se as resistências nominais. Verificação para o estado limite de serviço (ELS) As condições usuais referentes ao estado limite de serviço são expressas por desigualdades do tipo: S.ser < R.lim, onde: S.ser = representa os valores dos efeitos estruturais de interesse, obtidos com base nas combinações de serviço; R.lim = representa os valores limites adotados para esses efeitos em cada caso específico. 8 Robson Ribeiro da Costa 4.2. Carregamentos e Combinações de Ações Um carregamento é constituído por um conjunto de ações com probabilidade de atuarem simultaneamente na estrutura. As ações devem ser combinadas de várias maneiras objetivando determinar os efeitos mais desfavoráveis e nocivos para a estrutura. Cada carregamento é formado por combinações específicas de ações. 4.2.1. Coeficientes de Ponderação das Ações Para o cálculo, as ações são ponderadas pelos respectivos coeficientes f, que são compostos por parcelas que levam em consideração a ocorrência, a variação e as possíveis considerações errôneas, assim o coeficiente f é dado por: 9 Robson Ribeiro da Costa Tabela 1– NBR 8800 – (valores entre parênteses para ações permanentes favoráveis a segurança) 10 Robson Ribeiro da Costa Tabela 1– NBR 8800 11 Robson Ribeiro da Costa Tabela 2– NBR 8800 12 Robson Ribeiro da Costa 13 Robson Ribeiro da Costa Tabela 3– NBR 8800 4.3. Combinações das Ações A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura; a verificação dos estados limites últimos e dos estados limites de serviço deve ser realizada em função das combinações últimas normas e das combinações de serviço respectivamente. 4.3.1. Estados Limites Últimos (Segurança) Combinação última normal decorre do uso normal da estrutura 14 Robson Ribeiro da Costa Combinação onde ações variáveis excedem os efeitos das combinações últimas normais – carregamentos atuam durante pouco tempo da vida útil da estrutura. Provocam efeitos irreversíveis na estrutura – A cada carregamento excepcional corresponde uma única combinação excepcional de ações, na qual são consideradas as ações permanentes e a ação variável principal. Para os estados limites últimos, devem ser consideradas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para verificação das condições de segurança em relação a todos os estados limites últimos aplicáveis. Em cada combinação devem estar incluídas as ações permanentes e a ação variável principal, com seus valores característicos e as demais ações variáveis, consideradas como secundárias, com seus valores reduzidos de combinação. 15 Robson Ribeiro da Costa 4.3.2. Estados Limites de Serviço (Uso) 16 Robson Ribeiro da Costa Exemplos de Combinação Última Normal: 1) 17 Robson Ribeiro da Costa 18 Robson Ribeiro da Costa 2) Determinar as cargas máximas impostas para os estados limites últimos (ELU), para as seguintes cargas: Peso próprio = (Gk,1) = 80kN Sobrecarga = (Qk,1) = 25kN Vento = (Qk,2) = 40kN Dados: g = 1,25 q1 = 1,5 q2 = 1,4 1 = 0,7 2 = 0,6 Resolução: Sd1 = (1,25) (80) + (1,5) (25) = 137,5 kN Sd2 = (1,25) (80) + (1,4) (40) = 156,0 kN Sd3 = (1,25) (80) + (1,5) (25) + (1,4) (0,6) (40)= 171,1 kN Sd4 = (1,25) (80) + (1,4) (40) + (1,5) (0,7) (25)= 182,3 kN Vemos que a combinação que solicita mais a estrutura é a que tem o vento como ação principal e a sobrecarga como ação secundária. 3) Determinar as cargas máximas impostas para os estados limites últimos (ELU), para as seguintes cargas: Peso próprio = (Gk,1) = 80kN Sobrecarga = (Qk,1) = 25kN Vento = (Qk,2) = 60kN (sobrepressão) Vento = (Qk,3) = -110kN (sucção) Dados: g = 1,25 q1 = 1,5 q2 = 1,4 1 = 0,7 2 = 0,6 g = 1,00(efeitos favoráveis) 19 Robson Ribeiro da Costa Atentar que agora não combinamos ações de mesma natureza e de sentido contrário. Tão pouco majoramos cargas permanentes que possam ter efeito favorável nas combinações. Sd1 = (1,25) (80) + (1,5) (25) = 137,5 kN Sd2 = (1,25) (80) + (1,4) (60) = 184,0 kN Sd3 = (1,00) (80) + (1,4) (-110) = -74,0 kN Sd4 = (1,00) (80) + (1,5) (25) + (1,4) (0,6) (60)= 167,9 kN Sd5 = (1,25) (80) + (1,4) (60) + (1,5) (0,7) (25)= 210,3 kN Sd6 = (1,00) (80) + (1,5) (25) + (1,4) (0,6) (-110)= 25,1 kN Sd7 = (1,00) (80) + (1,4) (-110) + (1,5) (0,7) (25)= -47,8 kN 20 Robson Ribeiro da Costa 5. ANEXOS 5.1. Fluxograma de Projetos de Estruturas Metálicas Fluxograma 1.1 – Relação entre as disciplinas de projeto 21 Robson Ribeiro da Costa Fluxograma 1.2 – Relação entre as disciplinas de projeto 22 Robson Ribeiro da Costa Fluxograma 2.1 –Projeto Estrutural
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