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Desenho: 
Nos desenhos mais antigos, a figura é desenhada sobre uma folha preta, mas não para que a luz possa emanar da escuridão, e sim para evidenciar ainda mais a silhueta: a ênfase principal recai sobre a linha que envolve a forma. Em Rembrandt, essa linha perdeu o seu significado; já não é ela o principal portador da expressão formal, e nela não reside qualquer beleza particular. Se nos dispusermos a acompanha-la, percebemos logo que isso é quase impossível. A linha interrompida do estilo pictórico tomou o lugar dos contornos uniformes e contínuos do século XVI, sem que fosse para características autorais. 
Em contraposto às futuras escolas de arte está situado o barroco, que traz a genuína arte da linha, na medida que os sombreados se mantém absolutamente transparentes. As linhas são traçadas de forma clara e uniforme e cada uma delas parece ter consciência de que é bela e que mantem uma relação harmoniosa com as outras. Mas sua forma acompanha o movimento da forma plástica e somente as linhas das sombras modeladoras passam por sobre a forma. 
Para o estilo do século XVII essas considerações já não tem valor. Bastante diversificados quanto ao tipo, os traços tem agora somente um ponto em comum|: o fato de produzirem o efeito de massas e o fato de submergirem até certo ponto na impressão do conjunto. 
Em suma pode-se dizer que a linha interrompida do estilo pictórico tomou o lugar dos contornos uniformes e contínuos do século XVI. O anseio pela combinação de luz, pela interação de massas claras e escuras, ainda é decisivo para o hábito do desenho. A mais interessante aplicação do princípio do estilo linear verifica-se exatamente nos casos em que o objeto não guarda a menor afinidade com sua representação, chegando mesmo a se opor a ela. É o caso das folhagens: uma simples folha pode ser representada no estilo linear, mas a massa da folhagem, a densidade da folhagem, na qual as formas isoladas se tornam indiferenciadas, não oferece qualquer base à concepção linear. Nem por isso essa tarefa foi considerada insolúvel pelo século XVI. 
Assim ao observar o conjunto do desenho de uma paisagem, o aspecto geral de uma gravura puramente linear que separa nitidamente os objetos próximos e os distantes com contornos absolutamente nítidos é mais inteligível do que aquela forma de paisagem que aplica coerentemente o princípio da fusão pictórica dos elementos isolados.