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Resenha Sociedade de Consumo

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Universidade Federal Fluminense
Administração
Antonio Wallace Pereira de Sousa
Professor: Américo Ramos
Resenha – Sociedade de Consumo, Livia Barbosa
O livro Sociedade de Consumo, escrito por Livia Barbosa, apresenta discussões sobre questões que envolvem o consumo, tomando como princípio a sociedade. O livro é dividido em cinco capítulos, inicialmente o autor conceitua Sociedade, cultura e consumo, em seguida as origens e as mudanças históricas da sociedade de consumo, assim é feita uma caracterização sociológica na perspectiva de diversos autores e uma avaliação crítica de estudos que compreendem a sociedade de consumo e consumo no Brasil.
O primeiro capítulo, “Sociedade, Cultura e Consumo”, introduz as incoerências ainda existentes hoje acerca do termo Sociedade de Consumo. Segundo a autora, consumir é uma atividade em toda e qualquer sociedade humana, seja para satisfação de necessidades básicas ou supérflua. A partir de 1980 o consumo passou a apresentar um interesse sociológico que se origina em duas pressuposições, a primeira como o consumo tendo papel central na reprodução social de qualquer sociedade e a segunda na caracterização da sociedade moderna como uma sociedade de consumo.
No segundo e terceiro capítulos, Origens históricas da sociedade de consumo e as mudanças históricas, a autora aponta que as origens do consumo se pautavam em Quando e o outro para o que mudou. O Quando ganhou bastante força em 1980, quando historiadores apontaram a importância da revolução industrial na sociedade de hoje. O que caracteriza esse argumento de forma genérica é que a revolução do consumo precedeu a Revolução Industrial, podendo ter papel central na necessidade de modernização de fabricas e equipamentos. Os economistas também defendem esse ponto, afirmam que as pessoas possuem uma propensão a consumir, fazendo com que qualquer aumento de renda seja alocado em mais consumo.
Em contrapartida, existe um relativo consenso em relação a Como aconteceu. Tendo como base o surgimento de novos produtos, em sua maioria itens supérfluos como cadarços, jogos, louças, no século XVI, frutos da expansão ocidental para o oriente. O surgimento de novas atividades como: romances ficcionais, novas formas de lazer, aumento do grau de literariedade da população, expansão do individualismo, modificaram a cultura de consumos da sociedade. Porém as mudanças principais são a passagem do consumo familiar para o individual, onde as famílias consumiam para suprir suas próprias necessidades como grupo e passaram a consumir como individuo único e singular. E a mudança do consumo pático para o consumo da moda, onde as pessoas antes consumiam coisas que representassem seu status sociais, e quanto maior a duração de um bem melhor representava o nome da família para o consumo da moda, onde as pessoas queriam se vestir de acordo com o que a moça do romance vestia etc.
No quarto capitulo, Sociedade de consumo: características sociológicas, a autora mostra a necessidade de distinguir claramente as teorias sobre a cultura e sociedade de consumo, porque as teorias de consumo questões sobre os processos subjetivos que conduzem as práticas de consumo, e qual a representatividade tem na vida dos indivíduos o ato de consumir. Enquanto as teorias sobre a sociedade buscam analisar o porquê consumir é tão importante na sociedade. 
Primeiramente, Lívia Barbosa cita Bem Fine e Ellen Leopold, que caracterizam a sociedade de consumo de acordo com sete temas: as origens históricas da sociedade de consumo; a identificação entre sociedade de consumo e o período da produção em massa (mass production); a relação entre consumo de massas e sociedade de consumo; o papel de marketing e propaganda na sociedade de consumo e a questão do controle e da manipulação; o consumo como um fator de estratificação social; a relação entre sociedade de consumo e afluência; e, por fim, a relação entre pós-modernismo e consumo. Posteriormente, Don Slater, que relaciona a sociedade e a cultura do consumidor com a modernidade e estabelece alguns indicadores sociológicos. Mike Featherstone concentra as teorias sobre a cultura do consumidor em três grupos (a produção do consumo, os modos de consumo e o consumo de sonhos, imagens e prazeres). Jean Baudrillard assume destaque quanto às teorias sobre produção do consumo, destacando a importância de se usar a terminologia sociedade de consumo.
No quinto capítulo, Estudos de consumo no Brasil, a autora afirma que a literatura sobre o consumo no Brasil ainda é pouco conhecida. E que a visão de consumo é influenciada pelos trabalhos da escola de Frankfurt e por Hebert Marcuse e Baudrillard. Ela ainda identifica na academia brasileira quatro versões sobre a sociedade de consumo e o significado de consumo. A primeira onde o consumo elimina as diferenças entre as pessoas e sociedades. Na segunda, a visão do consumo como oposto da sociabilidade. A terceira, sobre a possível oposição entre autenticidade e consumo. Já a quarta e última versão traz o significado do consumo e da sociedade de consumo ao confirmar a ideologia de que o consumo produz tipos humanos específicos. Livia, finaliza apontando o fato da produção acadêmica sobre o assunto ser escasso no Brasil, inclusive em centros de Pós-Graduações com mais de 20 anos de existência.
Portanto, o livro Sociedade de Consumo conceitua historicamente o tema consumo, insere um debate sociológico sobre Sociedade e Cultura de Consumo e mostra que os estudos no Brasil são poucos difundidos e há pouco interesse no tema.

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