Buscar

A importância da interdisciplinaridade no psicodiagnóstico infantil colaboração ente a psiquiatria e a psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

REFERÊNCIA: GOSLING, F. J., TICHIRICHIAN, R.F.M., A importância da interdisciplinaridade no psicodiagnóstico infantil: colaboração ente a psiquiatria e a psicologia in ANCONA-LOPEZ, S., Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Cap. IX. p. 166-178
	 
	Os autores desse capítulo se propuseram a falar da importância da interdisciplinaridade entre as áreas da saúde no processo de psicodiagnóstico infantil. Para contextualizar suas ideias eles falam acerca de a Psiquiatria e Psicologia estabelecem uma relação em vários contextos de atendimento clínico e de instituições. Como sabemos o processo de psicodiagnóstico busca explorar e organizar aspectos biológicos, relacionais e sociais do sujeito, visando compreender como essas se relacionam. Nas clínicas-escola da Unip é utilizado como referência teórica, para o atendimento em psicodiagnóstico, a psicologia fenomenológica-existencial, essa que acaba promovendo um processo interventivo, onde busca em conjunto aos clientes ressignificar suas experiências. Ainda segundo Goslen e Tichirichian (2013, p. 167) “a Psiquiatria tem como objetivos descrever, classificar, tratar e prevenir os transtornos mentais. Enquanto especialidade médica, utiliza a técnica a serviço da arte de diagnosticar, tratar e curar.” 
	Encontramos desafios na hora de formular um diagnóstico infantil, além da criação de intervenções, pois as crianças atendidas ainda estão em processo de desenvolvimento. Os autores ressaltam a dificuldade de se realizar um diagnóstico em conjunto a um psiquiatra, se este desconhece os conflitos que ocorrem no meio em que a criança esta inserida, e até mesmo os problemas psicológicos que os pais possam ter. 
	Voltando a nossa atuação prática como estagiários no processo de psicodiagnóstico interventivo nas instituições clínicas-escola, os atendimentos ocorrem sob a orientação de um psicólogo/supervisor/professor e sob auxílio de um médico psiquiatra que pode vir ajudar na avaliação da criança atendida. O processo de psicodiagnóstico interventivo tem caráter descritivo que procura compreender um fenômeno, fugindo do modelo de diagnóstico que classifica ou rotula o sujeito. Porém, os autores nos falam que algumas vezes podemos ter dúvidas relacionadas com o funcionamento de uma criança em atendimento, e essa dúvida é o que nos leva a interdisciplinaridade entre Psicologia e Psiquiatria.
	Dois exemplos são citados durante o texto para exemplificar essa questão. Nos dois casos foi necessário a interlocução do psiquiatra acerca dos comportamentos que provocaram dúvidas aos estagiários e supervisor. Uma atitude que foi descrita como produtiva ao processo de psicodiagnóstico interventivo é o de discutir o caso antes e depois da consulta psiquiátrica, pois é dessas discussões, onde conhecimentos psicológico e psiquiátrico, se se transforma em uma compreensão do cliente. Os autores dizem ter utilizado dos exemplos expostos no texto para transmitir a ideia de interlocução entre profissionais psicólogos e profissionais psiquiatras, que em conjunto, ultrapassam a ideia de diagnóstico médico e prescrição de medicamentos, para estabelecerem uma relação horizontal que proporciona uma interdisciplinaridade. 
	É através da interdisciplinaridade como prática colaborativa que há uma construção da compreensão de um fenômeno. Por meio da integração de saberes derruba a ideia de que um saber é supremo e detém todo o conhecimento. Essa experiência é rica para os estagiários, pois auxilia a ter um olhar clínico, a valorizar suas observações e compreensões, além de proporcionar um diálogo com profissionais que usam outros pressupostos de outras áreas de saber.		
	Ao finalizar o texto os autores nos deixam a seguinte reflexão: 
“Sublinhamos a importância de os profissionais que atuam em psicodiagnóstico contarem com uma interlocução interdisciplinar no processo de construção da compreensão do cliente, levando em conta que um saber não se sobrepõe a outro, mas a ele se integra, pois entendemos que esse diálogo permite a construção de algo novo e de um pensamento mais amplo.” (GOSLING, F. J., TICHIRICHIAN, R.F.M., A importância da interdisciplinaridade no psicodiagnóstico infantil: colaboração ente a psiquiatria e a psicologia in ANCONA-LOPEZ, S., Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Cortez, 2013. Cap. IX. p. 177)