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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA – SOCIESC
INSTITUTO SUPERIOR TUPY – IST
DARLAN HEVARTS CORREA
ANÁLISE DE BALANÇO
Joinville
2014/1
DARLAN HEVARTS CORRÊA
Análise de balanço
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Instituto Superior Tupy como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, sob orientação do professor Cristiano José Bárbara.
JOINVILLE
2014/1
�
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
6Figura 1: Ativo e Passivo	�
13Tabela 1: Demosntração do Resultados do Exercício	�
15Tabela 2: Demonstração dos Fluxos de Caixa	�
16Tabela 3: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido	�
21Figura 2: Cálculo da Liquidez Corrente	�
21Figura 3: Cálculo da Liquidez Geral	�
23Figura 4: Cálculo da Liquidez Seca	�
24Figura 5: Cálculo do Grau de Endividamento	�
25Figura 6: Cálculo do Índice de Solvência	�
27Figura 7: Cálculo do Prazo Médio de Estocagem	�
28Figura 8: Cálculo do Prazo Médio de Duplicatas a Receber	�
28Figura 9: Cálculo do Prazo Médio de Pagamento	�
31Figura 12: Cálculo do Retorno do Capital Próprio	�
31Figura 13: Cálculo do Retorno do Capital Próprio	�
32Figura 14: Cálculo da Taxa de Retorno sobre o Ativo	�
33Figura 15: Cálculo da Margem Líquida	�
�
LISTA DE SIGLAS
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CPC – Comitê dos Pronunciamentos Contábeis
DMPL - Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício
LC - Liquidez Corrente
LG - Liquidez Geral
LS - Liquidez Seca
DVA – Demonstração de Valor Adicionado
DFC – Demonstração de Fluxo de Caixa
DF’s – Demonstrações Financeiras
AH – Análise Horizontal
EG – Endividamento Geral
ECP – Endividamento Curto Prazo
ELP – Endividamento Longo Prazo
EF – Endividamento Financeiro
LC – Liquidez Corrente
LS – Liquidez Seca
LG – Liquidez Geral
PME – Prazo Médio de Estoque
PMP – Prazo Médio de Pagamento
PMR – Prazo Médio Recebimento
�
SUMÁRIO
31	introdução	�
42	Demonstrações Contábeis	�
52.1	BALANÇO PATRIMONIAL	�
62.1.1	Ativo	�
72.1.1.1	Ativo Circulante	�
82.1.1.2	Ativo Não Circulante:	�
102.1.2	Passivo	�
112.1.2.1	Passivo Circulante	�
112.1.2.2	Passivo Não Circulante	�
112.1.3	Patrimônio Líquido	�
122.2	DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO	�
142.3	DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA	�
162.4	DEMONTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO	�
173	ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS	�
173.1	A Utilização da Análise de Balanços e seus Usuários	�
183.2	Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis	�
183.3	Padronização das Demonstrações Financeiras	�
193.4	A Análise por Indicadores	�
193.4.1	Indicadores de Liquidez	�
203.4.1.1	Liquidez Corrente	�
213.4.1.2	Liquidez Geral	�
223.4.1.3	Liquidez Seca	�
233.4.2	Indicadores de Endividamento e Estrutura de Capital	�
233.4.2.1	Grau de Endividamento	�
253.4.3	Índice de Solvência	�
253.4.4	Indicadores de Atividade	�
263.4.4.1	Prazo Médio de Estoques-PME	�
273.4.4.2	Prazo Médio Recebimento-PMR	�
283.4.4.3	Prazo Médio de Pagamento	�
283.5	Ciclo Operacional	�
283.6	Ciclo Financeiro	�
293.7	ANÁLISE DE RENTABILIDADE	�
303.7.1	Rentabilidade do Patrimônio Líquido	�
313.7.2	Rotatividade do Ativo	�
313.7.3	Taxa de Retorno sobre o Capital Empregado	�
323.7.4	Margem Líquida	�
333.8	Análise Vertical	�
343.9	Análise Horizontal	�
354	Estudo de Caso	�
73REFERÊNCIAS	�
�
�
introdução
	�
Demonstrações Contábeis
É de fundamental importância entender as demonstrações contábeis ou também chamadas de demonstrações financeiras para administrar bem o negócio em que a empresa está inserida. As demonstrações financeiras representam um canal de comunicação da empresa com diversos usuários internos e externos. Elas permitem uma rápida visão intuitiva da situação da empresa, um ponto de partida para análises posteriores e também servem de bases para planejar os negócios e elaborar os orçamentos internos. (GITMAN, 2010).
A base da estruturação das informações necessárias para a condução de um modelo de gestão empresarial esta contida nas duas demonstrações contábeis básicas: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. Elas se configuram, na realidade, em dois grandes modelos decisórios, mais analíticos ou específicos, são, na realidade, modelos decorrentes e complementares ao balanço patrimonial e à demonstração de resultados. (PADOVEZE, 2011). 
As empresas desenvolvem diferentes modelos e conteúdos de demonstrações financeiras. Para a alta administração são desenvolvidas versões mais resumidas dessas demonstrações; para os acionistas estarem cientes da situação econômica e financeira da empresa, são desenvolvidas demonstrações que contém informações auditadas; já para os administradores, é desenvolvida uma demonstração mais detalhada que proporciona uma visão melhor para gerenciar suas unidades de negócios específicas; e por fim, para a Receita Federal é desenvolvido demonstrações fiscais.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações nº. 6.404/76 é obrigatório que no final de cada exercício, as demonstrações sejam elaboradas e publicadas junto com suas Notas Explicativas, estas deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no exercício, para facilitar as análises da situação da empresa e do resultado do período e esclarecer as demonstrações financeiras.
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BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é a demonstração financeira que apresenta a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. (SANTOS, 2009).
O art. 178 da Lei nº 6.404/76 estabelece: “No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.”
Conforme a finalidade dessa demonstração é evidenciar, qualitativamente e quantitativamente, a situação patrimonial e financeira da empresa e dos atos registrados na escrituração contábil. O balanço patrimonial é obrigatório e apresenta de forma sintética e ordenada o saldo monetário de todos os elementos integrantes do patrimônio da companhia, em determinada data. Neste são apresentados os elementos que compõem o patrimônio de uma companhia em determinado momento com seus valores, permitindo a análise de situação patrimonial e financeira da mesma. (SANTOS, 2009).
A demonstração confronta os Ativos (bens e direitos) que a empresa possui com seus Passivos (obrigações) ou Patrimônio Líquido (bens providos pelos proprietários).
A grande importância do balanço reside na visão que ele fornece das aplicações de recursos feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises a serem vistas no decorrer deste trabalho.
No Balanço Patrimonial, os elementos do patrimônio serão agrupados de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa, portanto as conforme a capacidade do Ativo de ser convertido em moeda corrente; assim um bem ou direito, quanto mais próximo estiver de se transformar em dinheiro, maior liquidez possuirá, enquanto que as contas do passivo devem obedecer à ordem decrescente das exigibilidades. (SANTOS, 2009). 
As contas do balanço classificam-se em vários grupos e subgrupos, cujo esquema é apresentado logo a seguir:
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Figura 1: Ativo e Passivo
Fonte: Manual de Contabilidade Societária - Iudícibus (2010, p. 3)
Ativo
Ativos são bens e direitos da entidade, que compreendem os recursos controlados pela empresa capazes de gerar fluxos de caixa futuros. Conforme os fins da entidade a classificação dos componentes do ativo esta de acordo com a destinaçãoespecífica do item (bem ou direito). (SANTOS,2009).
O art. 178 da Lei das Sociedades por Ações, com relação dada pela MP nº449/08, estabelece em seu § 1º:
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§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de liquidez dos elementos nela registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante;
II – ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
No ativo, as contas se encontrarão em ordem de grau de liquidez de forma decrescente, portanto a conta caixa deve ser classificada no início da demonstração por representar o numerário em poder da entidade, justamente por ser o bem mais líquido que a entidade possui, ou seja, o bem com mais facilidade para se converter em moeda.(SANTOS,2009).
O ativo, segundo a Lei das Sociedades por Ações, a partir da MP nº 449/08 é, quando de sua estruturação, dividido nos seguintes subgruopos:
Ativo Circulante
- disponibilidades;
- direitos realizáveis;
- despesas do exercício seguinte.
Ativo Não Circulante
- ativo realizável a longo prazo;
- investimentos;
- imobilizado;
- intangível.
Ativo Circulante
Disponibilidades: são as contas em que se encontram o dinheiro em caixa, numerários em contas bancárias, aplicações financeiras em curto prazo e numerário em trânsito de qualquer natureza, portanto são contas que representam o dinheiro depositado em bancos juntamente com o dinheiro em mãos, são os recursos disponíveis na data da elaboração das demonstrações contábeis. (SANTOS,2009).
O art. 179 da Lei nº 6.404/76 estabelece no inciso I:
“I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.”
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Direitos realizáveis (créditos): (conforme Lei nº 6.704/76) classificam-se neste subgrupo os estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, produtos em elaboração e produtos prontos. Além disso são classificados também direitos provenientes das vendas a prazo, serviços e mercadorias a clientes, ou decorrentes de outras transações que venham gerar valores a receber. (SANTOS, 2009).
Despesas do exercício seguinte: estas despesas referem-se as aplicações de recursos em despesas que deverão constituir um direito para a entidade, sendo assim são classificados neste grupo as despesas ainda não incorridas no presente exercício contratadas junto a terceiros, cuja contraprestação de serviço ainda não foi realizada.(SANTOS ,2009).
Ativo Não Circulante:
Realizável a longo prazo: O art. 179 da Lei nº 11.638/07 estabelece no inciso II:
II – no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (art. 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia que não construírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Neste grupo as contas que são classificadas são bens e direitos realizáveis após o final do exercício social seguinte, direitos a longo prazo assim como os provenientes de vendas adiantamentos ou empréstimos a diretores, empresas coligadas, controladas, acionistas ou participantes no lucro da sociedade. (SANTOS, 2009).
Investimentos:
O art. 179 da Lei nº 11.638/07 estabelece em seu inciso IV:
“III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.”
No subgrupo de investimento, classificam-se contas como participações a título de ações ou cotas, com finalidade de permanecer como investidor em outras sociedades, e também direitos, sejam eles de qualquer natureza, não classificáveis dentro do ativo circulante, realizável a longo prazo, imobilizado ou intangível. Com a omissão por Lei do realizável a longo prazo, ele deve ser considerado, ou seja, se �
existe a intenção de permanência do bem na empresa e este não é um imobilizado, e sim um investimento.(SANTOS, 2009).
Imobilizado:
O art. 179 da Lei nº 11.638/07, mediante seu art. 179, item IV, conceitua como contas a serem classificadas no Ativo Imobilizado (IUDÍCIBUS,2010):
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercícios com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
O imobilizado é um ativo tangível: que este é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos. No subgrupo de imobilizado são classificadas contas que possuem todos os ativos tangíveis ou corpóreos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da entidade e de seus empreendimentos, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. (IUDÍCIBUS ,2010).
Ativo Intangível:
De acordo com o inciso VI do art. 179 da Lei nº 11.638/07, serão classificados no ativo intangível “os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, destinados a manutenção da companhia ou exercidos com esta finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido”.
O Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC) 04 define o ativo intangível como ativo não monetário identificável sem substância física. Para o reconhecimento de um ativo intangível faz-se necessário: identificação, controle e geração de benefícios econômicos futuros para a entidade.
Ativo Diferido:
Com a Medida Provisória (MP) nº 449/08, o inciso V do art. 179 da Lei nº 6.404/76, foi revogado. Essa MP foi convertida na Lei nº 11.941/09 e a revogação do inciso V foi mantida, com isso as sociedades de grande porte e as sociedades por ações de grande porte que elaboram suas demonstrações financeiras com base na Lei nº 6.404/76 não poderão mais reconhecer o grupo Ativo Diferido em seus balanços a partir do exercício social de 2008 (IUDÍCIBUS,2010).
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Passivo
Pode-se dizer que o passivo representa os recursos consumidos pela entidade para a geração de fluxos de caixa futuros. Compreendendo as obrigações da companhia, tanto para terceiros quanto para os acionistas da companhia, conforme texto legal, o passivo engloba inclusive o patrimônio líquido. Neste grupo as contas são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade dos elementos nelas registrados, ou seja, quanto menor o prazo de vencimento da obrigação, mais no início do passivo ela deve ser classificada. (IUDÍCIBUS,2010).
O art. 178 da Lei das Sociedades por Ações, com a redação dada pela MP nº 449/08, estabelece em seu § 2º:
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Pode-se dizer que o passivo representa os recursos consumidos pela entidade para a geração de fluxos de caixa futuros. Compreendendo as obrigações da companhia, tanto para terceiros quanto para os acionistas da companhia, conforme texto legal, o passivo engloba inclusive o patrimônio líquido. Neste grupo as contas são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade dos elementos nelas registrados, ou seja, quanto menor o prazo de vencimento da obrigação, mais no início do passivo ela deve ser classificada.
O passivo, segundo a Lei das Sociedades por Ações, tem sua estruturação, dividida nos seguintes grupos:
- passivo circulante;
- passivo não circulante;
- patrimônio líquido;
 - capital social
 - reservas de capital;
 - ajustes de avaliação patrimonial;
 - reservas de lucros;
 - ações em tesouraria;
�
 - prejuízos acumulados.
O art. 180 da Lei das Sociedades por Ações com a redação dada pela MPnº 449/08 estabelece: 
as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observando o disposto no parágrafo único do art. 179.
Passivo Circulante
Nesse grupo, são classificadas as obrigações da companhia cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou seja, as obrigações cujo vencimento ocorra até o término do exercício social seguinte. No passivo devem ser registradas tanto as obrigações formalizadas quanto as não formalizadas, estas são registradas por meio de provisões, com base em valores estimados , desde que o risco seja conhecido ou calculável.(SANTOS, 2009).
Passivo Não Circulante
As contas classificadas no passivo não circulante são aquelas onde as obrigações da companhia cujo vencimento de títulos esteja inserido após o exercício social seguinte, ou seja, referem-se aos mesmos itens classificados no passivo circulante, porém o seu vencimento em prazo superior ao exercício seguinte. (IUDÍCIBUS, 2010)
Patrimônio Líquido
O patrimônio líquido representa a diferença entre o valor dos ativos e o dos passivos, que é o valor contábil, segundo a teoria da entidade como um todo, isto é, a entidade tem uma vida distinta das atividades e dos interesses pessoais dos proprietários que a constituíram. De acordo com a Lei nº 6.404/76, com redação modificada pela Lei nº 11.941/09, o Patrimônio Líquido é dividido em:
a) Capital Social - representa valores recebidos pela empresa dos sócios, ou por ela gerados e que foram formalmente incorporados ao Capital (Juros a que os sócios renunciaram e incorporaram como capital);
b) Reservas de Capital - representam valores recebidos que não transitaram pelo resultado como receitas;
c) Ajustes de avaliação Patrimonial – representam as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência;
d) Reservas de Lucros - representam lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade especifica;
e) Ações em Tesouraria - representam as ações da companhia que são adquiridas pela própria sociedade (podem ser quotas, no caso
das sociedades limitadas);
f) Prejuízos Acumulados - representam resultados negativos gerados pela entidade it espera de absorção futura.
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é de certa forma uma apresentação resumida, das operações realizadas pela entidade, ao decorrer do exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas. (IUDÍCIBUS, 2010)
De acordo com o art. 187 da Lei nº 11.638/07, alterada pela MP nº 449/08, estabelece:
 A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I – a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V – o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
Conforme Ribeiro (2009), a demonstração do resultado do exercício deve ser apresentada na posição vertical, e discriminados seus componentes de forma ordenada, de maneira tal que fique evidenciado o resultado operacional, o resultado antes do Imposto de Renda e contribuição social, o resultado antes das participações e o lucro líquido do exercício da entidade.
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Tabela 1: Demosntração do Resultados do Exercício
 Fonte: Iudícibus (2010, p. 3)
�
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório contábil onde a sua finalidade evidenciar as transações ocorridas em um determinado período e que provocam modificações no saldo da conta Caixa. A DFC trata-se de uma demonstração dos fatos administrativos que envolvem os fluxos de dinheiro ocorridos durante um determinado período, devidamente registrados a débito (entradas) e a crédito (saídas) da conta Caixa, pode-se dizer que os fluxos de caixa, compreendem o movimento de entradas e saídas de dinheiro na empresa. 
A Lei nº 6.404/76 também não fixou um modelo de DFC a ser observado por todas as empresas. Ela se limitou a estabelecer no inc. I do art. 188 que a DFC deverá indicar no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício no saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa, segregando essas alterações em, no mínimo, três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. (RIBEIRO, 2009), como pode ser visualizado na tabela 2 (p.15).
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Tabela 2: Demonstração dos Fluxos de Caixa
 Fonte: Iudícibus (2010, p. 3)
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DEMONTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é um relatório contábil que visa evidenciar as variações ocorridas em todas as contas que compõem o Patrimônio Líquido em um determinado período (NBC-T-3.5). Convencionalmente, as empresas tem elaborado a DMPL em um gráfico com colunas. Destina-se uma coluna para cada integrante do Patrimônio Líquido: a primeira coluna é reservada para a descrição da natureza das transações que provocaram as mutações , e a última é utilizada para os totais. A DMPL conterá, ainda, tantas linhas ocorridas e que mereçam ser evidenciadas em relação a movimentação de cada conta. Na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, conforme tabela 3:
Tabela 3: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Fonte : Portal de Contabilidade (2012).
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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Analisar as demonstrações financeiras de uma empresa é realizar um estudo da situação financeira e patrimonial de uma entidade, ou seja, efetuar um minucioso exame dos dados financeiros disponíveis objetivando extrair informações que servirão para tomada de decisões. A análise das demonstrações financeiras fornece uma série de dados que são essenciais para que o administrador financeiro analise a entidade. Efetuada a análise estes dados se transformam em informações que proporcionarão uma visão clara do desempenho e perspectivas da empresa, identificando seus pontos fortes e fracos e possibilitando tomar decisões que intensifiquem estes pontos fortes e minimizem os pontos fracos.(MARION, 2010)
A Utilização da Análise de Balanços e seus Usuários 
Segundo Padoveze (2011), a análise de balanços é um trabalho fascinante para as áreas de finanças e contabilidade, pois é através dela que se podem avaliar os efeitos de certos eventos sobre a situação financeira de uma empresa. A política financeira de uma organização tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através de sua análise que se pode conhecer os seus objetivos.
A utilização da ferramenta de análise tem crescido bastante principalmente com o uso de novas tecnologias, que facilitam o trabalho dos usuários e seus interesses, pois cada um está interessado em algum aspecto particular da empresa, como coloca muito bem Assaf Neto (2010, p. 52):
A análise das demonstrações contábeis de uma empresa pode atender a diferentes objetivos consoante os interesses de seus vários usuáriosou pessoas físicas ou jurídicas que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação, cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes, não coincidentes.
Os usuários mais importantes da análise de balanços de uma empresa são os
fornecedores, clientes, intermediários financeiros, acionistas, concorrentes, governo e seus próprios administradores.
Os interesses por parte destes usuários podem ser os mais variados mas, os aspectos mais importantes avaliados por todos é quanto à capacidade de pagamentos das empresas, sua liquidez, condições econômicas e financeiras a curto e longo prazo, potencial de captação de recursos, o grau de endividamento, solvência, rentabilidade, avaliar a condição futura de distribuição de dividendos, preço de ação, lucro por ação, crescimento de vendas, volume de dívidas em relação ao capital dos proprietários. Através destes indicadores pode-se projetar demonstrações futuras para avaliar o desempenho da empresa.
Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis
Análise das demonstrações Contábeis chamadas também de análise de balanços, elas possuem algumas técnicas, segundo Matarazzo (2010), seguindo a tendência natural da sociedade moderna, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e tornaram-se objetos de estudo das universidades, fazem parte delas hoje, avançados conhecimentos de estatística e matemática. Hoje, no entanto, sabe-se muito mais sobre o que informa cada índice e quais são os índices mais importantes, entre o quais ele destaca a análise vertical e horizontal e a análise através de indicadores, como de liquidez, endividamento, atividade e rentabilidade. Matarazzo (2010), ainda destaca que na análise de balanços aplica-se o seguinte raciocínio, extraem-se índices das demonstrações financeiras, comparam-se os índices com os padrões, ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões e tomam-se as decisões. Quando esta seqüência não é levada em conta, fatalmente a análise de balanços fica prejudicada. (MATARAZZO, 2010).
Padronização das Demonstrações Financeiras
A padronização das demonstrações financeiras para fins de análise, tem por objetivo levar peças contábeis a um padrão que atenda as diretrizes técnicas internas da empresa ou profissional independente que esteja desenvolvendo a análise para atender à determinada finalidade. Conforme bem definiu Santos (2009), para facilitar o trabalho e evitar distorções dos elementos apresentados, bem como, obter dados precisos, temos que padronizar as demonstrações e efetuar alguns ajustes de acordo com os fatos apurados numa análise preliminar minuciosa. Já para Silva (2007), pode-se não entender o motivo da padronização das demonstrações para fins de análise, pois as demonstrações financeiras já são uma peça perfeita, mais é evidente que essa posição está errada, pois cada demonstração para análise é desenvolvida com um propósito especifico. (MATARAZZO, 2010).
A Análise por Indicadores
A análise de balanços de uma empresa é um estudo comparativo entre as contas ou grupos das demonstrações contábeis através de índices que nos permitem conhecer as relações entre cada grupo ou conjuntos. Os índices são obtidos através de fórmulas previamente estabelecidas, evidenciando e nos possibilitando compreender os principais aspectos econômicos e financeiros da empresa estudada. (MATARAZZO, 2010)
 Para Padoveze (2011), o analista deve valer-se de demonstrativos financeiros de pelo menos três exercícios sucessivos, e deles extrair os diversos indicadores que lhe forneçam as informações desejadas, assim ele poderá proceder um exame da situação econômico-financeira de uma empresa, com vista a avaliação de sua capacidade em termos de segurança, liquidez e rentabilidade. Os índices servem de termômetro na avaliação da saúde financeira de uma empresa, porém o índice não deve ser considerado isoladamente, mas sim sob o aspecto dinâmico e dentro do contexto mais amplo, onde outros indicadores e variáveis devem ser conjugadamente ponderados. 
De acordo com Matarazzo (2010) os índices servem como medida para os aspectos econômicos e financeiros das empresas, assim como os indicadores de pressão e temperatura, são utilizados pelos médicos para elaborar um quadro clínico de um paciente.
A quantidade de indicadores utilizados para uma análise depende do enfoque desejado, se é para conceder crédito, para apurar a rentabilidade ou analisar o desempenho a nível gerencial. Por isto, a quantidade e qualidade dos indicadores cabem ao analista definir em cima do que ele se propõe a analisar. 
O importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permitam conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise. (MATARAZZO, 2010) 
Portanto a quantidade de índices utilizados numa análise vai depender exclusivamente da profundidade deseja da análise.
Indicadores de Liquidez
Ribeiro (2009), coloca que os indicadores de liquidez dispõem sobre a medição da capacidade da empresa efetuar o pagamento de suas obrigações de curto prazo,ou seja, mede a capacidade financeira da empresa em determinado momento e suahabilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas. Já Padoveze (2011) diz que uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas, etc. Um alto índice de liquidez não representa, necessariamente, boa saúde financeira, o cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada administração dos prazos de recebimento e de pagamento.
Assim, uma empresa que possui altos índices de liquidez, mas mantém mercadorias estocadas por períodos elevados, recebe com atraso suas vendas a prazo ou mantém duplicatas incobráveis na conta clientes poderá ter problemas de liquidez, ou seja, poderá ter dificuldades para honrar seus compromissos nos vencimentos.
Segundo Marion (2010), devemos levar em consideração, ainda que, os índices de liquidez são apurados levando-se em consideração valores registrados no balanço patrimonial, que é uma posição estática da empresa e, portanto, quando analisados numa época muito distante da data de sua confecção, a situação pode ser substancialmente alterado, para melhor ou para pior.
Liquidez Corrente
O índice de liquidez corrente indica quanto a empresa possui de ativo circulante para cada unidade de passivo circulante, revelando a sua capacidade de pagamento das dívidas a curto prazo. É um índice muito divulgado e freqüentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. Precisa-se considerar que no numerador estão incluídos itens diversos como: disponibilidades, valores a receber a curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador, estão incluídas as dívidas e obrigações vencíveis em curto prazo.(IUDÍCIBUS, 2010)
Para Padoveze (2011), o índice de liquidez corrente indica a proteção oferecida aos credores a curto prazo pelos ativos, que se espera, sejam tornados líquidos no período correspondente. Segundo Iudícibus (2010) este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis no curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. Conforme Matarazzo (2010), quanto maiores os recursos, maior a margem, maior a segurança da empresa. A fórmula indicada pelo autor para a sua apuração é:
Figura 2: Cálculo da Liquidez Corrente
Fonte: Padoveze (2011, p. 149)
Quando o quociente do resultando desta equação for igual a 1, significa que a empresa dispõe de recursos para saldar todos os seus compromissos no curto prazo. Se o índice for superior a 1 significa folga no caixa, e quando inferior, serve como sinal de alerta para dificuldades de caixa da empresa.
Liquidez Geral
Aliquidez geral mede a capacidade da empresa pagar todos os seus compromissos, quer sejam de curto ou longo prazo, mediante a utilização de seus recursos de curto e longo prazos. A fórmula para sua obtenção é a seguinte:
Figura 3: Cálculo da Liquidez Geral
Fonte: Padoveze (2011, p. 153)
Quando inferior a uma unidade, mostra uma situação desfavorável para a empresa visto que não há condições para cumprir os compromissos, significando para Matarazzo (2010), que a empresa deve buscar uma forma de gerar recursos que aumentem seus meios circulantes para possibilitar o pagamento de suas dívidas.
Para Assaf Neto (2010), alguns fatores adicionais necessitam ser avaliados quando da análise da liquidez geral de uma organização:
_ os passivos são inquestionáveis quanto à sua exigibilidade; a realização dos ativos, no entanto, precisa ser bem avaliada;
_ podem ocorrer ausências de provisões para férias, para décimo- terceiro salário, para impostos e contribuições, etc.
Iudícibus (2010) constata que é excessiva a importância despendida a este quociente, e que os estoques que integram o numerador não podem ser considerados realizáveis na mesma proporção que as contas à receber, eis que precisam ser vendidos, o que nem sempre é fácil, especialmente num período de queda de negócios.
Ainda segundo Iudícibus (2010) este quociente serve para detectar a saúde Financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo do empreendimento. Mas o problema dos prazos empobrece o sentido e utilidade do quociente, pois os prazos de liquidação do passivo e de recebimento do ativo podem ser o mais diferenciados possíveis, ainda mais considerando que temos passivo e ativo a longo prazo.
Liquidez Seca
O índice de liquidez seca informa quanto a empresa dispõe de ativo circulante, excluído o valor dos estoques para pagar cada real de dívida a curto prazo contemplada no passivo circulante. Este índice apresenta uma posição bem conservadora da liquidez da empresa em determinado momento, sendo preferido pelos agentes de empréstimos de capitais. Matarazzo (2010), diz que este índice é um teste de força aplicado à empresa, visa medir o grau de excelência de sua situação financeira, mais de utilização coadjuvante, não tendo papel principal na avaliação da mesma. Destaca ainda que sua interpretação depende da arte e habilidade individual de quem analisa. Para Assaf Neto(2010), este índice pode não ser relevante diante da dinâmica do negócio que no dia-a-dia vai vendendo produtos e produzindo caixa à tempo de atender suas obrigações.
Já Iudícibus (2010), ao tratar da importância deste índice, menciona que ao eliminar-se os estoques do numerador um fator de incerteza está sendo eliminado. Mesmo que os estoques sejam realizáveis com certa facilidade, eles ainda não foram vendidos, e sua venda implicará em despesas que produzirão efeitos negativos no ativo monetário.
A fórmula utilizada para a sua apuração é :
Figura 4: Cálculo da Liquidez Seca
Fonte: Padoveze (2011, p. 151)
Indicadores de Endividamento e Estrutura de Capital
Os índices apresentados neste conjunto são aqueles que medem a segurança oferecida pela empresa aos seus credores, bem como os que revelam sua política de obtenção de recursos e suas respectivas alocações.Iudícibus (2010) afirma que os quocientes de endividamento relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio em relação ao capital de terceiros. Indicam ainda a relação de dependência com seus credores, quer sejam fornecedores e/ou financiadores.
Já Assaf Neto (2010) diz que os capitais de terceiros, tanto de financiamento como de funcionamento, representam maior risco para a empresa, eles impõem pagamento de juros e amortizações a taxas prefixadas, enquanto que o capital próprio se apresenta flexível e pode absorver situações adversas. Segundo Matarazzo (2010), o uso de capitais de terceiros é importante para a empresa à medida que o lucro gerado pelos ativos, que se constitui na remuneração do capital social, seja superior aos custos da dívida. Para Iudícibus (2010), estes índices denotam uma outra forma de encarar a dependência de capitais de terceiros, pois se este índice for consistente durante vários anos e acentuadamente maior que 100, estará revelando uma dependência exagerada de recursos externos. Quanto as fórmulas utilizadas, existem diferenças nas denominações segundo os autores, todas porém conduzem ao mesmo resultado, sendo alguns em números índices e outros em percentuais, ficando à opção do analista a utilização de uma ou outra.
Grau de Endividamento
Para Assaf Neto (2010), este índice apresenta a relação existente entre os capitais de terceiros e o capital próprio (patrimônio líquido) da empresa. Quanto menor for o índice obtido melhor será a situação, pois demonstra uma menor dependência de capitais de terceiros em relação ao capital próprio. Já uma participação elevada de capitais de terceiros representa um risco aos credores, em vista de que a empresa efetuou investimentos no ativo em proporção muito superior à sua disponibilidade. Se a empresa conseguir manter sua capacidade de pagamento, através dos lucros gerados dessas aplicações acrescidas das depreciações, poderá considerar-se em boa situação financeira.
Padoveze (2011) utiliza a seguinte fórmula para determinar este índice:
	
Figura 5: Cálculo do Grau de Endividamento
Fonte: Padoveze (2011, p. 56)
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Índice de Solvência
Este indicador nos revela quanto de ativos totais temos em relação ao capital de terceiros ou exigível total, quanto maior for o resultado desta equação, melhor para a empresa, pois se o resultado for igual a 100%, demonstra que, após a conversão de todos os direitos de curto e longo prazo, a empresa disporá de recursos suficientes para pagamento de todos os seus compromissos, já se este indicador for superior a 100%, mostra que a empresa esta solúvel pois os seus ativos são suficientes para cobrir todo o capital de terceiros e ainda há sobra de recursos, já se for inferior aos 100%, mostra uma fragilidade da situação financeira da empresa e que está se encaminhando para a insolvência. Serve para medir a capacidade da empresa em saldar suas dívidas considerando seu patrimônio total. (NETO, 2010).
Figura 6: Cálculo do Índice de Solvência
Fonte: Matarazzo (2003, p. 240)
Indicadores de Atividade
Os indicadores de atividade ou rotação, também conhecidos como índices de Prazos Médios visam à mensuração das diversas durações de um “ciclo peracional”, o qual envolve todas as fases operacionais típicas de uma empresa, que vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o recebimento das vendas realizadas.A análise dos indicadores de atividade traduzem, em números absolutos, o tempo médio que a empresa utiliza para a circulação de alguns elementos vinculados a sua atividade, tais como fornecedores, clientes, estoques, que, por sua vez, nos permitem avaliar aspectos importantes, principalmente, aqueles relativos aos ciclos financeiros do negócio. Esses ciclos vão, finalmente, revelar se a política de compras, vendas e giro de estoques está devidamente adequada ao ciclo operacional da empresa, se esta necessitará ou não de capital de giro adicional, se ela se financia através de seus fornecedores sem custo financeiro, se a competitividade do mercado está asfixiando o negócio, se os estoques se encontram em níveis exageradamente altos ou outros aspectos de fundamental importância que acabam nos permitindo um exercício de imaginação, através do qual é possível vislumbrar em que direção estão convergindo os destinos da empresa analisada. (Marion, 2010)
Prazo Médio de Estoques-PME
O objetivo deste indicador é demonstrar com que velocidade o estoque da empresa é totalmente transformado em produção vendida, ou seja, qual o tempo médio necessário para que os estoques da empresa sejam completamente renovados. Segundo Padoveze (2011), este indicador afere, narealidade, a eficiência com que os estoques são administrados e a influência que exercem sobre o retorno global da empresa, um prazo maior de estocagem acarreta a necessidade de maiores investimentos no ativo, constituindo-se, em conseqüência, num fator redutor de seu retorno. Há duas formas principais de interpretarmos os estoques: Primeiro, vendo o montante de estoques da empresa como algo que representa certa potencialidade de os mesmos serem transformados em dinheiro, que é a imagem qu as empresas tentam passar aos agentes financeiros para obter empréstimos. Segundo, entendendo os estoques como aplicação de recursos do ativo circulante. Quanto maiores os estoques, mais recursos a empresas esta comprometendo com os mesmos. Além dos custos de aquisição e fabricação dos estoques, há uma série de outros gastos, como transportes, armazenagens e seguros. Se uma empresa estiver mantendo estoques elevados, porém financiados com recursos próprios, isto pode não ser muito crítico, mas se estiver mantendo os mesmos através de empréstimos bancários tenderá a ser uma situação crítica, podendo representar custos elevados. Por outro lado à empresa precisa manter certo nível de segurança em seus estoques para fazer frente a eventuais atrasos por parte de fornecedores ou aumento de demanda por parte de clientes. (SILVA, 2007). A fórmula para cálculo é a seguinte:
Figura 7: Cálculo do Prazo Médio de Estocagem
Fonte: Padoveze (2011, p. 170)
Prazo Médio Recebimento-PMR 
Este indicador evidencia o tempo que a empresa deverá esperar, em média, para receber o valor de suas vendas efetuadas à prazo. Segundo Matarazzo (2010), as duplicatas à receber funcionam como uma espécie de reservatório que é alimentado pelas vendas e, ao mesmo tempo, alimenta o caixa. O nível do reservatório representa o volume de investimentos efetuados pela empresa em duplicatas à receber. Para Padoveze (2011), o volume de duplicatas à receber é decorrência de dois fatores básicos: (a) montante de vendas à prazo; (b) prazo concedido aos clientes para pagamento.As vendas à prazo devem seguir uma política de crédito adotada pela empresa, que seja adequada a seu tipo de atividade, muitas vezes, com o objetivo de conquistar novos mercados, a empresa diminui seu grau de exigências na análise do risco de seus clientes, o que poderá trazer maior volume de incobráveis, ao mesmo tempo em que os gastos com cobrança e outras funções administrativas crescerão.Conforme Silva (2007), outro fator que acarreta aumento do Prazo Médio de Duplicatas à Receber é o aumento do prazo aos clientes, muitas vezes a empresa é forçada a aumentar o prazo para acompanhar os prazos que os concorrentes oferecem aos clientes, isto é uma decisão mercadológica.
A fórmula mais usual para o cálculo do prazo médio é:
Figura 8: Cálculo do Prazo Médio de Duplicatas a Receber
Fonte: Padoveze (2011, p. 173)
Prazo Médio de Pagamento 
Revela o tempo médio que a empresa tarda a pagar suas dívidas com fornecedores, desde que os encargos atribuídos às compras à prazo não excedam a taxa inflacionária verificada, torna-se atraente à empresa apresentar um prazo de pagamento mais elevado. As compras à prazo podem ser uma fonte de recursos do qual a empresa dispõe para financiar suas operações, pois possuindo matéria-prima, ela pode produzir e comercializar seus produtos. A fórmula tradicional para este cálculo é:
Figura 9 SEQ Figura \* ARABIC : Cálculo do Prazo Médio de Pagamento
Fonte: Padoveze (2011, p. 171)
Ciclo Operacional
Indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa adquire as matérias-primas e mercadorias e o momento em que recebe o dinheiro relativo às vendas. O ciclo operacional pode ser definido com as fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a aquisição de materiais para a produção até o recebimento das vendas efetuadas. (NETO, 2010)
O ciclo operacional tem muito a ver com o tipo de atividade e características próprias de cada empresa.
A fórmula para seu cálculo é a seguinte:
				
Figura 10: Equação Ciclo Operacional
Fonte: Análise das Demonstrações Financeiras – Padoveze (2011, p. 169)
Ciclo Financeiro
Indica o tempo decorrido entre o instante do pagamento aos fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas vendas efetuadas, compreende o período de tempo entre o momento de desembolso inicial de caixa para pagamento dos materiais e a data do recebimento da venda do produto acabado. (NETO, 2010). Este espaço de tempo vai informar a compatibilidade entre os prazos de pagamento e recebimento da empresa, se esta vai necessitar de financiamento adicional do seu giro operacional, sejam onerosos ou não, com a conseqüente influência no desempenho do negócio.
A fórmula para seu calculo é a seguinte:
Figura 11 – Equação Ciclo Financeiro
Fonte: Análise das Demonstrações Financeiras – Padoveze (2011, p. 169)
ANÁLISE DE RENTABILIDADE
Análise de rentabilidade é a parte mais importante da anlálise financeira. Objetiva mensurar o retorno do capital investido e identificar os fatores que conduziram a esta rentabilidade. Para iniciar suas atividades ou expandir o seu negócio as empresas necessitam de recursos, esses recursos são provenientes de capital próprios ou de terceiros. Para que a empresa comece a operar de fato, ela precisa de capita (dinheiro, bens, recursos). O capital próprio é os recursos dos próprios sócios ou acionistas (Fonte Interna de Capital) e capital de terceiros, recursos de indivíduos ou entidades emprestados à empresa (Fonte Externa de Capital). Nesse sentido pode se dizer que os recursos são investidos no empreendimento com o objetivo de obter benefícios futuros, ou seja, lucros. Na tentativa de identificar o sucesso ou fracasso de seu negócio as empresas analisam a rentabilidade, essa análise é feita com base no resultado econômico, vendas e investimentos.(MARION, 2010)
 Segundo Matarazzo (2010), os índices de rentabilidade mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. Já Gitman (2010) destaca que existem inúmeras medições de rentabilidade, ele acredita que: 
Como grupo, essas medições permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em relação a certo nível de vendas, a certo nível de ativos ou ao volume de capital investido pelos proprietários. Sem lucros uma empresa não poderia atrair capital externo. Os proprietários, credores e administradores preocupam-se muito com lucro, pois isso é visto como algo muito importante no mercado. 
Diante dessas considerações percebe-se a importância de conhecermos as principais medições de rentabilidade, uma vez que estas permitem ao analista avaliar os lucros da empresa tendo como base vários aspectos relacionados a suas atividades. Serão apresentados os métodos tradicionais utilizados para medir a rentabilidade bem como os componentes utilizados para efetuar os cálculos, para isso, corroboram Matarazzo (2010), Assaf Neto (2010), Gitman (2010), Iudícibus (2010). A seguir são apresentados os indicadores de rentabilidade.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
A rentabilidade do patrimônio líquido apresenta a taxa de rendimento do capital próprio objetivando compará-la com outros rendimentos do mercado financeiro.
A importância deste índice reside em expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de recursos próprios e de terceiros, em beneficio dos acionistas. A longo prazo, o valor de mercado da ação é influenciado substancialmente pelo quociente de retorno sobre o patrimônio liquido. O papel do índice de rentabilidade sobre o patrimônio líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do capital próprio, e compará-la com as taxas de rendimentos alternativos do mercado, como a Caderneta de Poupança, CDBs, Ações e Fundos de Investimento, para apurar se a empresa oferece rentabilidade superior às demais opções. (MATARAZZO, 2010). A fórmula parasua apuração é:
Figura 12: Cálculo do Retorno do Capital Próprio
Fonte: Reis (2009, p. 297)
Para Iudícibus (2010), a importância do quociente de retorno sobre o patrimônio líquido reside em expressar os resultados globais auferidos pela gerência na gestão de recursos próprios e de terceiros, em benefício dos acionistas. A principal tarefa da administração financeira é a de maximizar o valor de mercado para o possuidor de ações e estabelecer um fluxo de dividendos compensador. Por isto este indicador dá maior relevância para analistas de crédito bem como para investidores, pois demonstra em que proporção à empresa vem conseguindo remunerar seu capital próprio ou de seus investidores ou sócios.
 
Rotatividade do Ativo
Este indicador nos expressa quantas vezes o ativo “girou” ou se renovou pelas vendas, ele indica quanto à empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total. Serve para medir a eficiência com que a empresa está utilizando os recursos aplicados. Segundo Matarazzo (2010), o sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume de vendas adequado e isto pode ser medido pela rotatividade do ativo.
Figura 13: Cálculo do Retorno do Capital Próprio
Fonte: Porta de Contabilidade (2012)
Para Iudícibus (2010), existe um grande interesse da empresa em vender bastante com relação ao valor do ativo. Quanto maior o “giro” do ativo pelas vendas, maiores as chances de cobrir as despesas com uma boa margem de lucro, é para isto que se realiza um grande esforço para diminuir o investimento em recebíveis, estoques e outros ativos, no sentido de tornar o giro do ativo tão grande quanto possível.
Quando este indicador não estiver favorável, é importante detalhar os itens individuais do ativo com a finalidade de verificar qual o ativo específico cujo giro por demais lento está contribuindo negativamente para o giro lento do ativo total, pode ser os estoques ou valores à receber. Matarazzo (2010), utilizou a seguinte fórmula para determinar este índice.
Taxa de Retorno sobre o Capital Empregado
Esta medida revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos, serve para medir o resultado líquido sobre as aplicações feitas por terceiros e proprietários. Matarazzo (2010), utilizou a seguinte fórmula para determinar este índice.
Figura 14: Cálculo da Taxa de Retorno sobre o Ativo
Fonte: Matarazzo (2010, p 311)
Como critério de decisão, o retorno sobre o ativo pode ser interpretado como o curso financeiro máximo que uma empresa poderia incorrer em suas captações de fundos. Se uma empresa obtiver empréstimos a taxas de juros superiores ao retorno gerado nos seus ativos, o resultado produzido pela aplicação desses fundos será evidentemente inferior a remuneração devida ao credor, onerando-se dessa forma, a rentabilidade dos proprietários. Respeitados os aspectos de risco e liquidez, é interessante para a empresa a captação de recursos de terceiros sempre que o seu curso for inferior ao retorno produzido pelos seus ativos. (IUDÍCIBUS, 2010)
Margem Líquida
Este indicador revela a margem de lucro líquido sobre as receitas das vendas líquidas obtidas pela empresa no exercício analisado, revelando uma imagem do seu desempenho na gestão dos negócios, é a medida da lucratividade da empresa.
Através de índices médios verificados por empresas do mesmo setor é possível que se tenha uma nítida idéia do grau de competitividade da analisada. 
Outro fator a ser analisado é o tipo de atividade desenvolvido pela empresa, pois em algumas atividades esta margem é muito pequena, mas com alto faturamento e valor agregado, representando um montante em resultado bastante expressivo. Utilizaremos a seguinte fórmula para cálculo deste índice. (MARION, 2010).
Figura 15: Cálculo da Margem Líquida
Fonte: Administração Financeira - Hoji (2003, p. 284)
Quanto maior for este indicador melhor para a empresa, pois demonstra o resultado líquido da gestão no período analisado.
Análise Vertical
Trata-se de metodologia de análise que mostra a participação percentual de cada um dos itens das demonstrações financeiras em relação ao somatório de seu grupo.
Com esse instrumento podemos visualizar de modo objetivo e direto a representatividade de cada componente das demonstrações, identificando aqueles que mais contribuem para a formação do conjunto objeto da análise.(NETO, 2010)
Para Marion (2010), a análise vertical é de grande importância, principalmente quando aplicada à demonstração de resultados do exercício, porque possibilita detectar a composição percentual das receitas e despesas, evidenciando aquelas que mais influenciaram na formação do lucro ou prejuízo.
Quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra dentro do mesmo grupo em forma vertical, podemos apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultados, e sua evolução no tempo.
Segundo Iudícibus (2010), através do método de análise vertical podemos conhecer a composição percentual de cada um e de todos os elementos patrimoniais, de cada tipo de recurso obtido ou aplicado, a margem de contribuição de cada um dos componentes dos custos ou receitas na formação do resultado de cada exercício.
Neste método a apuração dos percentuais é feita, individualmente, em cada uma das demonstrações oferecidas para análise, após o que os percentuais obtidos para a mesma finalidade serão comparados entre si, de modo que se evidenciem as modificações ocorridas em cada um dos elementos observados ao longo do período analisado, abandonam-se, portanto, os valores monetários, passando-se a utilizar os dados relativos (percentagens).
Análise Horizontal
Por este método, determina-se a tendência dos valores absolutos ou relativos das diversas grandezas monetárias, apurando-se o percentual de crescimento ou declínio de valores de uma mesma conta ou grupo de contas, entre duas datas ou períodos considerados. A aplicação deste método exige a existência de, pelo menos, duas demonstrações de datas ou períodos diferentes. Para Iudícibus (2010), faz-se necessário, preliminarmente, fixar uma demonstração-padrão, que servirá de base para as comparações, e à qual será atribuído o percentual (100%) ou índice (1,00) padrão, conta a conta ou grupo a grupo. Os valores das contas ou dos grupos das demonstrações subseqüentes serão relacionados com aqueles correspondentes à demonstração-padrão, mediante aplicação de regra de três simples e direta.
Outra maneira segundo Assaf Neto (2010), de ilustrar a análise horizontal é tomar como período-base sempre o exercício imediatamente anterior ao que esta em estudo. Este critério torna a análise mais dinâmica, pois permite constatar a evolução ou involução em períodos menores de tempo. Esta análise tem a finalidade de observar a evolução ou involução dos seus componentes, vale ressaltar que é na análise horizontal que podemos observar o comportamento dos diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, permitindo a análise de tendência passada e futura de cada valor contábil. Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado por causas originadas em períodos anteriores, as quais poderão ainda, refletir-se em períodos futuros. Nas demonstrações de resultados, a análise horizontal procura identificar, prioritariamente, a evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre os resultados do exercício.
Para Silva (2007), outros importantes pontos de estudo podem ser incluídos, derivados basicamente dos objetivos da análise, os segmentos abordados promovem uma visão geral de como conduzir todo o processo, permitindo que o analista desenvolva sua avaliação das demonstrações contábeis de forma mais organizada.
Estudo de Caso
O estudo de caso será realizado através da aplicação das técnicas de análise de balanço a empresa Marisol S.A.,empresa do ramo do vestuário. Com base na fundamentação teórica apresentada no decorrer do trabalho será possível realizar os cálculos e interpretação de seus resultados a fim de apresentar informações importantes quanto à situação econômica e financeira da empresa.
4.1 METODOLOGIA
Tipo de pesquisa – bibliográfica, exploratória 
Estudo de caso 
Instrumento de análise – análise documental
4.2 EMPRESA
 Para tal estudo de caso serão utilizados dados relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011.
As atividades operacionais da empresa Marisol S.A. são realizadas pelas seguintes empresas: 
Marisol Indústria do Vestuário Ltda. Sediada em Jaraguá do Sul, SC com filial em Novo Hamburgo – RS, operando dois parques fabris, um em cada cidade. 
Marisol Indústria Têxtil Ltda. Sediada em Pacatuba, CE.
Marisol Comércio Atacadista e Serviços de Distribuição Ltda. Sediada em Pacatuba, CE.
Babysol Comércio Atacadista e Serviços de Distribuição Ltda. Sediada em Pacatuba, CE.
Marisol Comercial do Vestuário Ltda. Sediada em Jaraguá do Sul, SC.
 
Para melhor entendimento apresenta-se a seguir a conjuntura do ramo de atuação da empresa. O segmento do vestuário, mercado em que a Companhia atua, foi marcado em 2011 principalmente pelo aumento significativo de produtos importados, em condições desiguais de competição. Segundo dados divulgados pela ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, as importações alcançaram US$ 6,1 bilhões, enquanto as exportações somaram US$ 1,4 bilhão, encerrando a balança comercial têxtil com déficit de US$ 4,7 bilhões, o maior desde 2006, sendo que em 2010, o déficit da balança comercial foi de U$ 3,5 bilhões. Estas cifras demonstram claramente a perda de competividade da indústria têxtil e do vestuário brasileira.
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BALANÇO PATRIMONIAL
	Balanço Patrimonial – Marisol S.A. – ATIVO (Em milhares de reais)
	Contas
	2011
	2010
	Circulante
	239.196
	249.902
	Caixa e equivalente de caixa
	25.875
	13.236
	Contas a receber de clientes
	94.714
	94.477
	Estoques
	102.091
	126.209
	Imposto de renda e contribuição social a recuperar
	4.943
	4.780
	Tributos a recuperar
	2.945
	2.768
	Outras contas a receber
	7.337
	7.943
	Pagamentos antecipados
	1.291
	489
	Não Circulante
	319.602
	324.191
	Tributos diferidos
	40.274
	32.617
	Tributos a recuperar
	1.583
	1.953
	Depósitos judiciais
	9.266
	7.641
	Outras contas a receber
	9.050
	8.006
	Ativos não circulantes destinados a venda
	2.123
	0
	Investimentos
	490
	471
	Imobilizado
	218.295
	242.815
	Intangível
	38.521
	30.688
	Ativo Total
	558.798
	574.093
�
	Balanço Patrimonial – Marisol S.A. – PASSIVO (Em milhares de reais)
	Contas
	2011
	2010
	Circulante
	87.866
	109.628
	Fornecedores
	22.144
	24.766
	Empréstimos e financiamentos
	29.548
	44.834
	Obrigações sociais e trabalhistas
	22.057
	19.881
	Obrigações fiscais
	1.095
	3.325
	Imposto de renda e contribuição social a recolher
	1.019
	1.428
	Dividendos a pagar
	4.597
	8.438
	Outras obrigações
	6.424
	5.897
	Provisões para contingências
	722
	799
	Plano de previdência privada
	260
	260
	Não Circulante
	97.918
	121.313
	Empréstimos e financiamentos
	40.822
	60.378
	Outras obrigações
	257
	1.207
	Tributos deferidos
	42.995
	45.202
	Provisões para contingências
	10.119
	11.208
	Plano de previdência privada
	3.725
	3.318
	Patrimônio líquido
	373.014
	343.152
	Capital social
	250.000
	220.000
	Reserva de capital
	(4.517)
	(4.560)
	Reserva de lucros
	60.816
	51.214
	Ajuste de avaliação patrimonial
	64.207
	71.783
	Ajuste acumulados de conversão
	551
	(60)
	Lucros acumulados
	0
	3.026
	Atribuído aos acionistas não controladores
	1.957
	1.749
	Total passivo e patrimônio líquido
	558.798
	574.093
�
	Demonstração de Fluxo de Caixa – Marisol S.A. 
	(Em milhares de reais)
	2011
	2010
	Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
	82.397
	33.346
	Fluxo de caixa gerado nas atividades operacionais
	91.741
	53.962
	Lucro líquido dos exercícios
	38.033
	22.112
	Lucro líquido dos não controladores
	302
	199
	Depreciação de amortizações
	19.715
	18.444
	Despesas de variação cambial não realizadas
	202
	312
	Equivalência patrimonial
	0
	0
	Valor residual de investimentos baixados
	0
	68
	Variação cambial de investimentos
	(59)
	231
	Valore residual dos ativos permanentes baixados
	25.652
	2.859
	Juros sobre empréstimos
	8.906
	8.782
	Ajuste a valor presente de contas a receber e contas a pagar
	113
	6
	Provisões para contingências
	(1.166)
	949
	Plano de opção de ações
	43
	0
	Variações no ativo e passivo
	(9.344)
	(20.616)
	Contas a receber de clientes
	(237)
	(2458)
	Estoques
	24.118
	(29.210)
	Outras contas a receber
	(536)
	9.447
	Realizável a longo prazo
	(11.687)
	(7.072)
	Fornecedores
	(2.622)
	9.683
	Obrigações tributárias
	(2639)
	(328)
	Obrigações sociais
	2.176
	(235)
	Outras contas a pagar
	(2.630)
	3.877
	Juros pagos
	(15.287)
	(4.320)
	Fluxo de caixa das atividades de investimentos
	(28.167)
	(39.532)
	Investimentos
	0
	(4.707)
	Ativos imobilizados
	(14.352)
	(21.638)
	Ativos intangíveis
	(13.674)
	(13.108)
	Recebimento de empréstimos de empresas ligadas
	(141)
	0
	Aumento/redução aplicação financeira, renda fixa e a prazo
	0
	(79)
	Fluxo de caixa das atividades de financiamento
	(41.591)
	(10.128)
	Captação/pagamentos de empréstimos e financiamentos
	(28.663)
	(1720)
	Dividendos pagos
	(12.928)
	(8.408)
	(Redução) aumento líquido de caixa e equivalente de caixa
	12.639
	(16.314)
	Variação líquida de caixa
	12.639
	(16.314)
	Saldo inicial de caixa e equivalente de caixa
	13.236
	29.550
	Saldo final de caixa e equivalente de caixa
	25.875
	13.236
	Demonstração Resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2011
Marisol S.A. 
	(Em milhares de reais, exceto resultado por ação)
	2011
	2010
	Receita operacional líquida
	431.404
	406.723
	Custos de produtos vendidos
	(276.217)
	(256.630)
	Lucro bruto
	155.187
	150.093
	Despesas e receitas operacionais
	
	
	Vendas
	(96.940)
	(102.373)
	Administrativas
	(32.724)
	(33.839)
	Outras receitas líquidas de despesas
	20.051
	15.146
	Lucro antes do resultado financeiro
	45.574
	29.027
	Receitas financeiras
	14.522
	13.181
	Despesas financeiras
	(16.996)
	(16.396)
	Resultado antes dos tributos
	43.100
	25.812
	Imposto de renda e contribuição social correntes
	(14.629)
	(6.651)
	Imposto de renda e contribuição social diferidos
	9.864
	3.150
	Resultado líquido do exercício
	38.335
	22.311
	Acionistas controladores
	38.033
	22.112
	Acionistas não controladores
	302
	199
	Resultado por ação (ordinárias e preferenciais) – R$
	
	
	Básico
	0,33881
	0,19698
	Diluído
	0,33629
	0,19698
�
�
�
Com posse dos resultados da empresa nos exercícios de 2010 e 2011 podemos calcular os indicadores para avaliar o desempenho da empresa.
A tabela a seguir traz um resumo dos valores a serem utilizados nas fórmulas para o computo dos indicadores.
	Resumo dos valores a serem utilizados
	2010
	2011
	Ativo Circulante
	249.902
	239.196
	Ativo Realizável a Longo Prazo
	50.217
	62.296
	Ativo Total
	574.093
	558.793
	Passivo Circulante
	109.628
	87.866
	Passivo Exigível a Longo Prazo
	121.313
	97.918
	Patrimônio Líquido
	343.152
	373.014
	Contas a receber de clientes
	95.477
	94.714
	Estoques
	126.209
	102.091
	Empréstimos e Financiamentos (Curto e Longo Prazo)
	105.212
	70.370
	Fornecedores
	24.766
	22.144
	Receita Operacional Líquida
	406.723
	431.404
	Compras de Mercadorias256.630
	276.217
	Resultado Líquido
	22.311
	38.335
INDICADORES DE LIQUIDEZ
Liquidez Corrente 
Abaixo se tem o cálculo da liquidez corrente para os exercícios fiscais de 2010 e 2011, utilizando dados apresentados pela empresa em seus demonstrativos financeiros.
Índices maiores que 1,0 revelam que há mais recursos aplicados em ativos conversíveis em moeda do que em obrigações, tanto a curto quanto a longo prazo. Essa é uma situação desejável para a empresa, pois representa solvência.
Podemos ver pelo gráfico que em ambos os exercícios fiscais a liquidez corrente da empresa está acima do desejável com significante melhora para o exercício fiscal de 2011.
Liquidez Geral
A seguir se tem o cálculo da liquidez geral
A liquidez corrente confronta os ativos circulantes com os passivos circulantes, revelando a capacidade que a empresa tem para cumprir com suas obrigações em curto prazo, quando o índice é maior do que 1,0 indica um grau de solvência suficiente para cobrir todas as obrigações em curto prazo, esse é o caso para a organização em ambos os exercícios fiscais, com melhora para o ano de 2011. Quanto maior a liquidez corrente, melhor para a empresa, pois maior será o seu capital circulante líquido disponível no período.
Liquidez Seca
O índice anterior relaciona todos os ativos circulantes com as dívidas de curto prazo, no entanto a conversibilidade de alguns direitos em moeda não pode ser efetuada imediatamente. Os estoques são ativos circulantes menos líquidos, pois são dependentes da venda e do posterior recebimento dos clientes para se transformarem em recursos. 
A liquidez seca elimina essa conta do numerador do cálculo, evidenciando qual a capacidade que a empresa tem de honrar com suas obrigações em curto prazo sem a necessidade de vender mercadorias.
Em 2011, a liquidez seca apresentou melhora, embora ainda em 2010 a empresa já apresentasse um nível desejado de solvência, com o indicador superior a 1,0. O que evidencia que mais de 100% das obrigações em curto prazo podem ser cumpridas sem considerar a venda dos estoques.
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ENDIVIDAMENTO
Grau de Endividamento
Quanto maior a proporção de capitais de terceiros na estrutura financeira da empresa, maior seu endividamento e também maior o risco de insolvência.
Os resultados apresentados pela empresa Marisol S.A. nesse indicador revelam que os capitais próprios superam as dívidas da instituição. Para o ano de 2010 para cada R$ 1,00 de capital próprio (patrimônio líquido) a empresa utiliza R$ 0,67 de capitais de terceiros (passivo circulante + realizável em longo prazo). Já para o ano de 2010 para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa utiliza R$ 0,50 de capitais de terceiros, evidenciando grande melhora. Ou seja, houve a diminuição do endividamento e também a diminuição do risco de insolvência.
Grau Endividamento de Curto Prazo
Para o ano de 2010, a cada R$ 1,00 próprio a empresa utiliza R$ 0,32 de capital de terceiros em curto prazo. Para o ano de 2011, a cada R$ 1,00 houve a diminuição para R$ 0,24 de capital de terceiros, evidenciando mais uma vez a melhora da saúde financeira da empresa.
Grau de endividamento de Longo Prazo
Para o ano de 2010, a cada R$ 1,00 próprio a empresa utiliza R$ 0,35 de capital de terceiros em longo prazo. Para o ano de 2011, a cada R$ 1,00 houve a diminuição para R$ 0,26 de capital de terceiros. Os dois últimos indicadores é o simples desdobramento do indicador Grau de endividamento. A soma do grau de endividamento em curto prazo e com o grau de endividamento a longo prazo é obviamente o grau de endividamento da companhia.
Endividamento sobre Financiamentos
Este indicado revela qual o endividamento da empresa em relação a financiamentos, tanto de curto quanto longo prazo. Para o ano de 2010, a cada R$ 1,00 próprio da empresa R$ 0,31 eram provenientes de financiamentos. Para o ano de 2011, houve melhora nesse índice atingindo para cada R$ 1,00 próprio R$ 0,19 provenientes de financiamentos. 
SOLVÊNCIA
Este índice é o produto de um esforço no sentido de se criar instrumentos ou parâmetros para apreciação do grau de solidez econômico-financeira da empresa. Quanto maior o índice menor a chance de insolvência da empresa. Novamente pode-se notar a melhora da solidez da organização do ano de 2010 para o ano de 2011.
Indicadores atividades
Com o prazo médio de estocagem, pode-se expressar o número de dias em que a mercadoria fica estocada na empresa antes de sua venda. Numa instituição industrial, como a Marisol S.A., o prazo médio de estocagem compreende o período de tempo entre a compra da matéria-prima, passando pelo processo de produção até a venda do produto acabado. 
Novamente, para o ano de 2011 houve significativa melhora em relação ao ano anterior. O que mostra que a empresa melhorou a agilidade em renovar seus estoques e consequentemente melhorou a capacidade de gerar receitas com a venda de seus produtos.
Esse prazo refere-se ao tempo decorrido desde a venda até o recebimento por parte dos clientes, ou seja, o período médio de crédito concedido aos clientes com vendas a prazo.
Entre os exercícios fiscais de 2010 e 2011 houve pouca mudança em relação a esse indicador.
O período compreendido desde a compra de mercadorias do fornecedor até o seu pagamento mostra as condições que a empresa tem para quitar suas obrigações. Entre os anos de 2010 e 2011 houve a diminuição na quantidade de dias necessários para o pagamento das obrigações financeiras da organização. 
Seria desejável um prazo mais extenso para pagamentos de fornecedores possibilitando que a instituição trabalhe com mercadorias e gere recursos antes do vencimento das duplicadas.
Ciclo Operacional
O ciclo operacional se refere ao prazo desde a compra de mercadorias ou matérias-primas, passando pelo processo de transformação e venda até o recebimento de seus respectivos valores. De maneira gera, quanto menor o CO, melhor para a empresa. Entre os anos de 2010 e 2011 houve grande melhora nesse indicador da empresa Marisol S.A.
 
O CF permite verificar se existe ou não compatibilidade entre o prazo que a empresa dispõe para pagar suas contas e o prazo que leva para receber os direitos pelas suas vendas efetuadas.
Mais uma vez, houve melhora entre o indicado de 2010 e o indicador de 2011. Quanto menor for o CF, melhor será a situação financeira da organização, pois menor a defasagem entre o pagamento das mercadorias e o recebimento de sua revenda. O ideal seria atingir um CF negativo, pois nesse caso a instituição receberia o valor das vendas antes mesmo de ter que repassá-lo aos fornecedores, podendo utilizar esses recursos para financiar outras atividades operacionais.
ANALISE RETABILIDADE
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Este índice mostra qual foi a rentabilidade da instituição sobre os recursos investidos pelos sócios ou acionistas, ou seja, quanto sobrou para os sócios depois de descontados os custos, as despesas e os impostos do período em relação a cada R$ 1,00 investido por eles. Obviamente, quanto maior o retorno sobre os capitais próprios, melhor para a empresa.
Entre o ano de 2010 e 2011 houve uma melhora de quase 43% nesse indicador, mostrando mais uma vez a melhora na saúde econômico-financeira da organização.
Rotatividade do ativo
 
Este índice mostra a relação entre as receitas geradas pela empresa e o total de investimentos feitos, evidencia o quanto foi vendido para cara R$ 1,00 investidos em ativos. Quanto maior o giro dos ativos, melhor a situação econômica da empresa, pois mais recursos ele consegue gerar com a mesma estrutura de investimentos. O ideal seria obter índices maiores do que 1,0. 
Pode-se ver que houve melhora de quase 8,5% de 2010 para2011 nesse indicador.
Taxa de Retorno sobre o Capital Empregado
Em razão de relacionar lucros líquidos com o total de investimentos no exercício, o retorno sobre o ativo indica o potencial de geração de lucros da empresa.
Quanto maiores os resultados revelados por esse indicador, melhor será a situação econômica da empresa, pois menor será o tempo necessário para se obter de retorno o montante investido.
Entre os exercícios fiscais de 2010 e 2011, houve grande melhora nesse índice, mais de 76% de melhora. Isso se deve ao fato de além de aumentar o lucro líquido no período houve diminuição no total de ativos.
Margem Líquida
Margem Líquida = Resultado Líquido 
 Receita Operacional Líquida
Revela qual a margem de lucratividade depois de reduzidos os gastos da empresa, comparativamente a suas vendas líquidas. Pode ser interpretado também como o lucro líquido obtido para cada R$ 1,00 de receitas líquidas. Quanto maior o resultado, melhor para a empresa, no entanto será sempre menor do que 1,0, pois não há como se obter lucro maior do que 100% das receitas em um mesmo período.
Em relação aos anos de 2010 e 2011 a empresa Marisol S.A. obteve uma melhora de quase 62% nesse indicador, o que mostra uma boa recuperação da sua saúde financeira.
�
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
Após a análise isolada de cada índice a seguir será apresentada a análise horizontal e vertical dos demonstrativos financeiros, que complementa a avaliação e a leitura dos relatórios contábeis facilitando a elaboração de um diagnóstico organizacional.
ANÁLISE HORIZONTAL
	Análise Horizontal Balanço Patrimonial – ATIVO
	Contas
	2011
	AH
	2010
	AH
	Circulante
	239.196
	95,72%
	249.902
	100%
	Caixa e equivalente de caixa
	25.875
	195,49%
	13.236
	100%
	Contas a receber de clientes
	94.714
	100,25%
	94.477
	100%
	Estoques
	102.091
	80,89%
	126.209
	100%
	Imposto de renda e contribuição social a recuperar
	4.943
	103,41%
	4.780
	100%
	Tributos a recuperar
	2.945
	106,39%
	2.768
	100%
	Outras contas a receber
	7.337
	92,37%
	7.943
	100%
	Pagamentos antecipados
	1.291
	264,01%
	489
	100%
	Ativo realizável em longo prazo
	62.296
	124,05%
	50.217
	100%
	Tributos diferidos
	40.274
	123,48%
	32.617
	100%
	Tributos a recuperar
	1.583
	81,05%
	1.953
	100%
	Depósitos judiciais
	9.266
	121,27%
	7.641
	100%
	Outras contas a receber
	9.050
	113,04%
	8.006
	100%
	Ativos não circulantes destinados à venda
	2.123
	-
	0
	-
	Ativo permanente
	257.306
	93,92%
	273.974
	100%
	Investimentos
	490
	104,03%
	471
	100%
	Imobilizado
	218.295
	89,90%
	242.815
	100%
	Intangível
	38.521
	125,52%
	30.688
	100%
	Ativo Total
	558.798
	97,34%
	574.093
	100%
A análise horizontal dos ativos evidencia que houve diminuição nos ativo circulante e no ativo permanente e um aumento no ativo realizável em longo prazo, que resultou em um decréscimo no ativo total. Apesar dessa diminuição o caixa e equivalente de caixa apresentou um aumento de 95,49% e os estoques um decréscimo de 19,11% o que é um bom sinal de recuperação econômica da empresa.
Outra grande melhora em 2011 em relação a 2010 é o aumento de 164,01% nos pagamentos antecipados.
�
	Análise Horizontal Balanço Patrimonial – PASSIVO
	Contas
	2011
	AH
	2010
	AH
	Circulante
	87.866
	80,15%
	109.628
	100,00%
	Fornecedores
	22.144
	89,41%
	24.766
	100,00%
	Empréstimos e financiamentos
	29.548
	65,91%
	44.834
	100,00%
	Obrigações sociais e trabalhistas
	22.057
	110,95%
	19.881
	100,00%
	Obrigações fiscais
	1.095
	32,93%
	3.325
	100,00%
	Imposto de renda e contribuição social a recolher
	1.019
	71,36%
	1.428
	100,00%
	Dividendos a pagar
	4.597
	54,48%
	8.438
	100,00%
	Outras obrigações
	6.424
	108,94%
	5.897
	100,00%
	Provisões para contingências
	722
	90,36%
	799
	100,00%
	Plano de previdência privada
	260
	100,00%
	260
	100,00%
	Não Circulante
	97.918
	80,72%
	121.313
	100,00%
	Empréstimos e financiamentos
	40.822
	67,61%
	60.378
	100,00%
	Outras obrigações
	257
	21,29%
	1.207
	100,00%
	Tributos deferidos
	42.995
	95,12%
	45.202
	100,00%
	Provisões para contingências
	10.119
	90,28%
	11.208
	100,00%
	Plano de previdência privada
	3.725
	112,27%
	3.318
	100,00%
	Patrimônio líquido
	373.014
	108,70%
	343.152
	100,00%
	Capital social
	250.000
	113,64%
	220.000
	100,00%
	Reserva de capital
	-4.517
	99,06%
	-4.560
	100,00%
	Reserva de lucros
	60.816
	118,75%
	51.214
	100,00%
	Ajuste de avaliação patrimonial
	64.207
	89,45%
	71.783
	100,00%
	Ajuste acumulados de conversão
	551
	918,33%
	-60
	100,00%
	Lucros acumulados
	0
	0,00%
	3.026
	100,00%
	Atribuído aos acionistas não controladores
	1.957
	111,89%
	1.749
	100,00%
	Total passivo e patrimônio líquido
	558.798
	97,34%
	574.093
	100,00%
Em relação ao passivo a análise horizontal evidencia uma diminuição em praticamente todos os itens com o destaque para o decréscimo de 34,09% nos empréstimos e financiamentos em curto prazo e o decréscimo de 32,39% nos empréstimos e financiamentos em longo prazo.
Outro destaque é o crescimento em 8,70% no patrimônio líquido da organização entre os anos de 2010 e 2011. Incluindo o acréscimo de 11,89% no patrimônio líquido dos acionistas não controladores.
	Análise Horizontal – Demonstrativo dos Resultados dos Exercícios
	(Em milhares de reais, exceto resultado por ação)
	2011
	AH
	2010
	AH
	Receita operacional líquida
	431.404
	106,07%
	406.723
	100,00%
	Custos de produtos vendidos
	(276.217)
	107,63%
	(256.630)
	100,00%
	Lucro bruto
	155.187
	103,39%
	150.093
	100,00%
	Despesas e receitas operacionais
	
	
	
	
	Vendas
	(96.940)
	94,69%
	(102.373)
	100%
	Administrativas
	(32.724)
	96,70%
	(33.839)
	100%
	Outras receitas líquidas de despesas
	20.051
	132,38%
	15.146
	100%
	Lucro antes do resultado financeiro
	45.574
	157,01%
	29.027
	100%
	Receitas financeiras
	14.522
	110,17%
	13.181
	100%
	Despesas financeiras
	(16.996)
	103,66%
	(16.396)
	100%
	Resultado antes dos tributos
	43.100
	166,98%
	25.812
	100%
	Imposto de renda e contribuição social correntes
	(14.629)
	219,95%
	(6.651)
	100%
	Imposto de renda e contribuição social diferidos
	9.864
	313,14%
	3.150
	100%
	Resultado líquido do exercício
	38.335
	171,82%
	22.311
	100%
	Acionistas controladores
	38.033
	172,00%
	22.112
	100%
	Acionistas não controladores
	302
	151,76%
	199
	100%
A análise horizontal do DRE apresenta a melhora de 71,82% no lucro líquido entre os exercícios de 2010 e 2011. Esse aumento deve-se em grande parte pela diminuição das despesas operacionais tanto de vendas quanto administrativas e o aumento das receitas financeiras. 
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ANÁLISE VERTICAL
	Análise Vertical - Balanço Patrimonial – ATIVO
	Contas
	2011
	AV
	2010
	AV
	Circulante
	239.196
	42,81%
	249.902
	43,53%
	Caixa e equivalente de caixa
	25.875
	4,63%
	13.236
	2,31%
	Contas a receber de clientes
	94.714
	16,95%
	94.477
	16,46%
	Estoques
	102.091
	18,27%
	126.209
	21,98%
	Imposto de renda e contribuição social a recuperar
	4.943
	0,88%
	4.780
	0,83%
	Tributos a recuperar
	2.945
	0,53%
	2.768
	0,48%
	Outras contas a receber
	7.337
	1,31%
	7.943
	1,38%
	Pagamentos antecipados
	1.291
	0,23%
	489
	0,09%
	Não Circulante
	319.602
	57,19%
	324.191
	56,47%
	Tributos diferidos
	40.274
	7,21%
	32.617
	5,68%
	Tributos a recuperar
	1.583
	0,28%
	1.953
	0,34%
	Depósitos judiciais
	9.266
	1,66%
	7.641
	1,33%
	Outras contas a receber
	9.050
	1,62%
	8.006
	1,39%
	Ativos não circulantes destinados a venda
	2.123
	0,38%
	0
	0,00%
	Investimentos
	490

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