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Universidade de Aveiro 
Departamento de Ciências Médicas 
Resumo da Sessão Tutorial 
2017/2018 
 
Problema 11 – “André, the giant” 1ª sessão 
 
Data: 19-02-2018 
Tutor: Raquel Silva 
Faltas: - 
Atrasos: - 
 
Glossário 
• Acromegalia; 
• Cirurgia transesfenoidal. 
 
Questões de Aprendizagem 
1. Como se caracteriza anatomicamente a hipófise e que tipos de células a constituem? 
2. Quais são os mecanismos de produção e secreção de hormonas na hipófise e como 
funcionam? 
3. Quais as hormonas libertadas pela hipófise e quais as suas funções? 
4. De que modo é regulada a hipófise? 
5. Como variam a produção e secreção de GH ao longo da vida? 
6. De que forma um adenoma na hipófise pode levar à secreção excessiva de GH e como 
conduz esta à acromegalia? 
7. O que é o IGF-1, qual a sua função e quais as consequências da sua produção excessiva? 
Objectivos de Aprendizagem 
• Caracterizar anatómica e fisiologicamente a hipófise. 
• Descrever os mecanismos de regulação da hipófise. 
• Relacionar a secreção de GH e IGF-1 com o crescimento. 
Bibliografia proposta [formatada] 
• Drake, Richard L; Vogl, Wayne; Mitchell, A. W. M. (2005). Gray’s Anatomy for Students. 
(Elsevier, Ed.) (2nd ed.). Churchill Livingstone 
• Netter, F. H. (2014). Altas of Human Anatomy. (Elsevier, Ed.) (6th ed.). Philadelphia: 
Saunders. 
• Guyton, Arthur C; Hall, J. E. (2011). Guyton & Hall: Textbook of Medical Physiology. 
(Elsevier, Ed.) (12th ed.). Philadelphia: Saunders. 
• Boron WF, Boulpaep EL. Medical Physiology. Saunders. 
• Junqueira LC, Carneiro J. Histologia Básica. 11ª ed. 2008. Guamabara. 
• Moore K, Agur A, Dalley AF. Clinically Oriented Anatomy. LWW. 
 
 
 
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1. Como se caracteriza anatomicamente a hipófise e que tipos de células a 
constituem?(gray’s, junqueira,guyton,teach me anatomy) 
A nível anatómico, a hipófise é uma estrutura ovoide (com a forma de uma ervilha achatada), 
com tonalidade vermelho-acinzentada, com cerca de 12mm de diâmetro transversal e 8 mm de 
diâmetro anteroposterior. Peso de 500mg. A hipófise é então contínua com o infundíbulo. 
Encontra-se dentro da fossa hipofisial do osso esfenoide, onde é coberto superiormente por um 
diafragma de sela, de forma circular, derivado da dura-máter. Há uma perfuração na dura-máter 
que separa a face anterossuperior da hipófise, do quiasma ótico. A nível inferior, a hipófise 
separa-se do ‘’fundo’’ da fossa hipofisial por um seio venoso que comunica com 2 seios circulares 
(intracavernosos anterior e posterior). 
Anteriormente: seio esfenoide; 
Posteriormente: seio intracavernoso posterior; 
Superiormente: Venda diafragmática e quiasma ótico; 
Inferiormente: seio esfenoide; 
Lateralmente: seio cavernoso. 
A hipófise divide-se ainda em 2 partes principais: neuro-hipófise e adeno-hipófise, que diferem 
na origem, estrutura e função. Neuro-hipófise é uma envaginação do assoalho do diencéfalo, 
conectada ao hipotálamo. A adeno-hipófise é um derivado ectodérmico do estomodeu 
(Invaginação do ectoderme do embrião de que se forma a boca e a parte superior da faringe.) 
Ambas incluem partes do infundíbulo, ao contrário dos termos ‘’lobo posterior’’ e ‘’lobo 
inferior’’. O infundíbulo tem uma haste infundibular central, que é contínua com a eminência 
mediana do túber cinéreo. Assim sendo, o termo de neuro-hipófise inclui a eminência mediana, 
a haste infundibular e o lobo neural ou parte posterior. Na adeno-hipófise, inclui-se uma massa 
(parte tuberal) que circunda a haste infundibular. A principal massa da adeno-hipófise pode 
ainda ser dividida em 2, na parte anterior (parte distal) e na parte intermédia, que são separadas 
durante o desenvolvimento do feto, pela fenda hipofisária, um vestígio da bolsa de Rathke, a 
partir da qual a adeno-hipófise desenvolve. 
A parte intermédia humana é rudimentar, pode 
ser parcialmente deslocada para dentro do lobo 
neural, sendo por isso muitas vezes incluída tanto 
na parte anterior como posterior, por diferentes 
observadores. 
Em suma: neuro-hipófise, inclui a parte posterior 
(pars nervosa, parte nervosa), haste infundibular e 
a eminência mediana. A adeno.hipófise inclui as 
parte anterior (pars distalis), a parte intermédia e 
a parte tuberal. 
 
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Neuro-hipófise 
Na vida fetal, a neuro-hipófise mantém uma cavidade contínua com o terceiro ventrículo. Os 
axónios que se originam de grupos de neurónios hipotalâmicos terminam na neuro-hipófise. Os 
longos axônios magnocelulares passam para a massa principal da neurohipófise. Eles formam o 
trato neurosecretor hipotalamohipofísico e terminam perto dos sinusoides do lobo posterior. 
Alguns neurônios parvocelulares menores na região periventricular têm axônios mais curtos e 
terminam na eminência mediana e no tronco infundibular entre os leitos capilares superiores 
da circulação portal venosa. Esses pequenos neurônios produzem hormônios liberadores e 
inibitórios, que controlam as atividades secretoras da adenohipófise através do suprimento de 
sangue portal. As neurohormonas armazenadas na parte principal da neurohipófise são a 
vasopressina (hormônio antidiurético, ADH), que controla a reabsorção de água por túbulos 
renais (ver Ch. 74) e oxitocina, o que promove a contração do músculo liso uterino (ver Capítulo 
77) no parto e na ejeção do leite da mama durante a lactação. Os grânulos de armazenamento 
que contêm os polipeptídeos hormonais ativos ligados a uma glicoproteína transportadora, a 
neurofisina, seguem ao longo dos axônios a partir do seu local de síntese nos corpos celulares 
dos neurônios. Os delgados axônios amielínicos da neuro-hipófise são embainhados por típicos 
astrócitos no infundíbulo (Fig. 21.12). Próximo ao lobo posterior, os astrócitos são substituídos 
pelos pituicitos, que constituem a maior parte do tecido não excitável na neuro-hipófise. Os 
pituicitos são células neurogliais dendríticas de aspecto variável, frequentemente com longos 
prolongamentos que seguem paralelamente aos axônios adjacentes. Tipicamente, seus 
prolongamentos citoplasmáticos terminam sobre as paredes de capilares fenestrados entre os 
terminais nervosos. Os axônios também terminam em espaços perivasculares; eles encontram-
se próximos às paredes dos capilares fenestrados, porém permanecem separados deles por 
duas lâminas basais, uma ao redor das terminações nervosas e a outra sobre as células 
endoteliais fenestradas. Os espaços entre as lâminas basais são ocupados por delicadas fibrilas 
de colágeno. 
Adeno-hipófise 
A adeno-hipófise é altamente vascularizada. Ela consiste em células epiteliais de tamanho e 
formato variados, organizadas em cordões ou agregados irregulares, entre os quais se 
encontram capilares fenestrados de paredes delgadas, sustentados por uma delicada trama de 
fibras reticulares. A maioria dos hormônios sintetizados pela adenohipófise é trófica. Eles 
incluem o hormônio do crescimento (GH, um peptídeo), envolvido no controle do crescimento 
do corpo, e a prolactina (também um peptídeo), que estimula o crescimento do tecido da mama 
e a secreção do leite. Os hormônios tróficos glicoproteicos incluem a pró-opimelanocortina, o 
do corpo, e a prolactina (também um peptídeo), que estimula o crescimento do tecido da mama 
e a secreção do leite. Os hormônios tróficos glicoproteicos incluem a pró-opimelanocortina, o 
grande precursor da adrenocorticotrofina (ACTH), que controla a secreção de certos hormônios 
do córtex da suprarrenal; o hormônio estimulador da tireoide (TSH); o hormônio folículo-estimulante (FSH), que estimula o crescimento de folículos ovarianos e a secreção de estrógenos 
pelo ovário, e a espermatogênese (atuando sobre as células testiculares de Sertoli); e o 
hormônio luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo lúteo e a síntese 
 
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de testosterona pelas células de Leydig no testículo. A pró-opimelanocortina é clivada em um 
número de diferentes moléculas, incluindo o ACTH. A β-lipotrofina é liberada pela hipófise, mas 
sua função lipolítica em seres humanos é incerta. A β-endorfina é um outro produto da clivagem 
liberado pela glândula hipófise. 
As células epiteliais endócrinas, que secretam os diferentes hormônios da adeno-hipófise, são 
distinguidas em parte pelas suas diferentes afinidades por corantes ácidos e básicos. As células 
que se coram intensamente são descritas como células cromófilas e aquelas com baixa afinidade 
pelos corantes são as células cromófobas. As células cromófilas que se coram intensamente com 
corantes ácidos são classificadas como acidófilas, enquanto as basófilas se coram intensamente 
com corantes básicos. 
As basófilas são mais prevalentes na parte central da glândula. A classificação de acordo com os 
hormônios sintetizados divide as células em somatotrofos (células cromófilas acidófilas 
secretoras de GH, o tipo de célula cromófila mais numeroso); lactotrofos (células cromófilas 
acidófilas secretoras de prolactina, que são dominantes na gravidez e sofrem hipertrofia durante 
a lactação); gonadotrofos (células cromófilas basófilas secretoras de FSH e de LH); tireotrofos 
(células cromófilas basófilas secretoras de TSH); e corticotrofos (células cromófilas basófilas 
secretoras de ACTH). As células cromófobas são consideradas células cromófilas quiescentes ou 
degranuladas, ou células precursoras imaturas; elas constituem até a metade das células da 
adeno-hipófise. 
 
 
 
 
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Irrigação: 
As artérias da glândula hipófise originam-se a partir das artérias carótidas internas através de 
uma única artéria hipofisária inferior e de vários ramos das artérias hipofisárias superiores a 
cada lado. A primeira advém da parte cavernosa da artéria carótida interna e os últimos ramos 
advêm de sua parte supraclinoide e das artérias cerebrais anterior e posterior. A artéria 
hipofisária inferior divide-se em ramos medial e lateral, que se anastomosam na linha média e 
formam um anel arterial ao redor do infundíbulo. 
Delicados ramos advindos desta anastomose circular entram na neuro-hipófise para suprir seu 
leito capilar. As artérias hipofisárias superiores suprem a eminência mediana, a parte superior 
do infundíbulo e, através das artérias das trabéculas, a parte inferior do infundíbulo. Uma rede 
capilar confluente, que se estende através da neuro-hipófise, é suprida por ambos os 
conjuntos de vasos hipofisários. A inversão do fluxo pode ocorrer nos leitos capilares cerebrais 
que se encontram entre os dois suprimentos vasculares. 
As artérias da eminência mediana e do infundíbulo terminam em ramificações características 
de capilares, que são mais complexos na parte superior do infundíbulo. Na eminência 
mediana, eles formam um plexo externo, ou plexo do “manto”, e um plexo interno, ou 
“profundo”. O plexo externo, abastecido pelas artérias hipofisárias superiores, é contínuo com 
o plexo infundibular e é drenado pelos vasos porta-hipofisários longos, que descem para a 
parte distal. O plexo interno encontra-se em meio ao plexo externo e é suprido por este. Ele é 
contínuo posteriormente com o leito capilar infundibular e, como o plexo externo, é drenado 
pelos vasos porta-hipofisários longos. Vasos porta-hipofisários curtos seguem da parte inferior 
do infundíbulo até a parte distal. Ambos os tipos de vasos porta-hipofisários abrem-se em 
 
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capilares fenestrados, que se encontram em meio aos cordões secretores na parte distal da 
adeno-hipófise e fornecem a maior parte de seu sangue. Não existe um suprimento arterial 
direto. 
O sistema porta-hipofisário carreia os fatores libertadores de hormônios, provavelmente 
elaborados nos grupos parvocelulares de neurônios hipotalâmicos, que controlam os ciclos de 
secreção de células na parte distal. A parte intermediária parece ser avascular. 
Existem três possíveis vias para a drenagem venosa da neuro-hipófise: 
• para a adeno-hipófise, através de vasos porta-hipofisários curtos e longos; 
• para os seios venosos da dura-máter, através das grandes veias hipofisárias inferiores; 
• e para o hipotálamo, através de capilares que seguem para a eminência mediana. 
 A drenagem venosa transporta os hormônios hipofisários da glândula para seus alvos e 
também facilita o controlo da secreção por feedback. Entretanto, a drenagem venosa da 
adeno-hipófise parece restrita: poucos vasos conectam-na diretamente com as veias 
sistêmicas, de modo que as vias pelas quais o sangue sai permanecem obscuras. 
A zona incerta recebe fibras do córtex sensório-motor, do núcleo pré-geniculado, dos núcleos 
cerebelares profundos, do complexo nuclear trigeminal e da medula espinal. Ela projeta para a 
medula espinal e para a região pré-tetal. Suas funções são desconhecidas. 
Os neurônios do campo H de Forel recebem aferências da medula espinal, da formação 
reticular do tronco encefálico e possivelmente do segmento interno do globo pálido. Eles 
podem projetar para a medula espinal. Como a zona incerta, suas funções são desconhecidas. 
Além das partes terminais dos tratos lemniscais, denteado-talâmico e rubrotalâmico, o 
subtálamo contém massivos tratos de fibras derivados do globo pálido. O fascículo lenticular é 
o componente dorsal de fibras palidofugais que atravessam a cápsula interna. Ele volta-se 
medialmente, próximo à face medial da cápsula, parcialmente entremeado com a zona dorsal 
do núcleo subtalâmico e a parte ventral da zona incerta, onde o fascículo atravessa o campo 
H2 de Forel. Atingindo a margem medial da zona incerta, o fascículo mistura-se com fibras da 
alça lenticular, com elementos disseminados do núcleo pré-rubral e com fibras 
denteadotalâmicas e rubrotalâmicas. Esta mistura de diversas vias e grupos celulares 
associados é variavelmente chamada de campo pré-rubral, tegmental ou campo H de Forel. 
A alça lenticular tem uma complexa origem a partir de ambas as partes do globo pálido e 
possivelmente de outras estruturas adjacentes. Ela curva-se medialmente ao redor da margem 
ventral da cápsula interna e continua dorsomedialmente para se misturar a outras fibras no 
campo pré-rubral. Algumas fibras no fascículo lenticular e na alça lenticular fazem sinapses no 
núcleo subtalâmico, no campo pré-rubral e na zona incerta. 
O restante continua lateralmente, com outros fascículos, para os núcleos talâmicos, 
particularmente os núcleos ventral anterior, ventral lateral e centromediano. O fascículo 
talâmico estende-se do campo pré-rubral e seu território é denominado campo H1 de Forel. 
Ele encontra-se dorsal à zona incerta, também atravessando-a parcialmente, e está 
 
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relacionado dorsalmente aos núcleos talâmicos ventrais. Ele contém continuações do fascículo 
lenticular e da alça lenticular, e de fibras denteadotalâmicas, rubrotalâmicas e 
talamoestriadas. 
O fascículo subtalâmico conecta o núcleo subtalâmico ao globo pálido. Ele contém um 
abundante arranjode fibras em mão dupla, que atravessam a cápsula interna, entremeando-
se com ela em ângulos retos. 
Desenvolvimento: 
Histologia: 
Neuro-hipófise 
Diferentemente da adeno-hipófise ela não 
contém células secretoras, sendo é 
formada basicamente por axônios 
hipotalâmicos amielínicos e células gliais, os pituícitos. Os corpos celulares dos neurônios 
secretores de Oxitocina (núcleo paraventricular) e vasopressina ou ADH (núcleo supra-ótico) 
estão situados no hipotálamo. Estas neurosecreções são armazenadas em grânulos conhecidas 
como Corpos de Hering. 
Adeno-hipófise 
-Parte Distal 
Cordões celulares interpostos em uma rica rede de capilares sanguíneos. 
Células Cromófobas: muito pequenas 
Células Cromófilas: acidófilas ou basófilas. 
- Parte Tuberal 
Organizada em cordões celulares secretores de gonadotropinas (LH e FSH), circundados por 
capilares. 
- Parte Intermediária 
Em humanos é considerada uma região rudimentar por apresentar células contendo grânulos 
secretores de função não conhecida, dispostas tanto em cordões celulares quanto em 
folículos. 
 
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2. Quais são os mecanismos de produção e secreção de hormonas na hipófise e como 
funcionam?(guyton) Introdução: As várias atividades do corpo, células, tecidos, órgãos, 
são coordenadas por vários tipos de sistemas de mensageiros químicos. 
1: Neurotransmissores, libertados pelos terminais dos axónios de neurónios, atuando 
localmente para controlar as funções das células nervosas. 
2: Hormonas endócrinas, libertados por glândulas ou células especializadas no sangue 
circulante e influenciam células alvo noutro local do corpo. 
3: Hormonas neuroendócinas, secretadas por neurónios no sangue circulante influenciando 
células alvo noutro local do corpo. 
4:parácrinos, secretados por células no líquido extracelular afetando células alvo vizinhas, de 
tipo diferente. 
5: autócrinos, secretados por células no líquido extracelular e afetam a função das próprias 
células. 
6:citocinas, péptidos secretados por células no liquido extracelular e podem funcionar como 
hormonas autócrinas parácrinas e endócrinas. 
A hipófise é uma glândula endócrina pelo que temos de nos focar nessas, no entanto divide-se 
em 2 com funções diferentes. Ambas são constituídas por diferentes tipos de células e assim 
sendo, enquanto as células que constituem as adeno-hipófise são capazes de produzir e secretar 
hormonas, a neuro-hipófise como é mais como um ‘’prolongamento’’ do hipotálamo, não 
produz hormonas, mas sim armazenas as produzidas no hipotálamo e consequentemente 
secretas. 
Importante referir que a hipófise secreta a maioria das sua hormonas em resposta a estímulos 
neurais. estes estímulos neurais variam, mas por exemplo, as células neuro-endócrinas que se 
encontram no hipotálamo, têm axónios que terminam na neuro-hipófise e eminência mediana, 
secretando neuro-hormonas, que vão controlar a secreção de hormonas da adeno-hipófise. 
Demonstrado assim a interação entre o sistema hormonal endócrino e neuro-endócrino. 
As hormonas libertadas pela hipófise vão então para o sistema circulatório e chegam a vários 
tipos de células e órgão, inclusive, o sistema nervoso, e as diferentes hormonas associam-se a 
diferentes células, produzindo efeitos muito diferentes no corpo, consoante a hormona e célula 
alvo. 
A nível de hormonas há 3 classes gerais das mesmas: 
1. Proteínas e polipéptidos, incluindo hormonas secretadas pela hipófise anterior e 
posterio, pâncreas, paratiroide… 
2. Esteroídes, secretados pelo córtex adrenal, ovários, testículos, placenta. 
3. Derivados de aminoácidos tirosina, secretados pela tiróide e medula adrenal. 
 
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Assim sendo, as hormonas libertadas por toda a hipófise incluem-se dentro da classe das 
proteínas e polipéptidos tendo todas estrutura química de peptídeo. Também se pode comprar 
com a tiroide no sentido em que são muito diferentes, mudando a classe em que se encontram 
assim como a sua estrutura química, uma vez que na hipófise já temos aminas, podendo ter no 
entanto também péptideos, como é o caso da calcitonina. A PTH, falada na sessão anterior não 
se denota de grande relevância, visto que vem da paratiroide e não da tiroide. 
Assim sendo, as hormonas libertadas pela hipófise são péptidos e seguem a sequencia de 
produção/síntese das mesmas. Relativamente ás hormonas da hipófise, estas são armazenadas 
em vesículas secretoras ate que sejam necessárias, pelo contrário os esteroides em geral são 
sintetizados partindo do colesterol sem serem armazenados, e os derivados de tirosina são 
formados pela ação de enzimas nos compartimentos do citoplasma. 
A maioria das hormonas do corpo são polipéptideos e proteínas, assim como todas as hormonas 
produzidas e secretadas pela hipófise. estas hormonas variam entre si em tamanho, de 
pequenos péptidos (3aa) até proteínas como a GH(200aa). Relativamente à produção destas 
hormonas, estes são sintetizados na extremidade rugosa do retículo endoplasmático da 
hipófise, da mesma maneira que a maioria das outras proteínas. Geralmente são sintetizadas 
primeiro, como proteínas maiores que não são biologicamente ativas, em pré-pró-hormonas, e 
clivadas para formar pró-hormonas menores, no reticulo endoplasmático. São depois 
transferidos para o complexo de Golgi, para serem acondicionadas em vesículas secretoras. 
Durante este processo, as enzimas nas vesículas clivam as pró-hormonas para formar as 
hormonas menores biologicamente ativas e fragmentos inativos. As vesículas são 
posteriormente armazenadas no citoplasma e muitas fixam ligadas à membrana celular até que 
o produto da sua secreção seja necessário. A secreção das hormonas, assim como dos 
fragmentos inativos, ocorre quando as vesículas secretoras se fundem com a membrana celular 
e consequentemente o seu conteúdo se esvazia para o sangue ou liquido intersticial, por 
exocitose. 
Para que ocorra a exocitose das hormonas na 
hipófise é sempre necessário estímulo, na 
maioria dos casos este estímulo é o aumento da 
concentração citosólica de Ca2+, causado por 
despolarização da membrana plasmática. 
Noutros casos, a estimulação do recetor 
endócrino na superfície celular causa aumento do 
AMPc e, consequentemente, ativação de 
proteinocinases que iniciam a secreção da 
hormona. Relativamente ainda às hormonas 
libertadas pela hipófise, é importante referir que 
são hidrossolúveis, o que permite que entrem 
facilmente no sistema circulatório, de forma a 
atingirem assim a célula-alvo. 
 
 
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Depois da secreção de hormonas, estas dirigem se para a célula alvo, e no caso da GH, pode 
exigir meses até ter o seu efeito completo. Várias são as características das diferentes hormonas, 
e diferem muito em início e duração da ação. Relativamente à secreção, esta é muito pouca, 
visto que depois desta, as concentroções hormonais são sempre muito pequenas, variando 
entre 1 picograma/ml, até algumas microgramas/ml. Há posteriormente vários mecanismos de 
controlo que controlam a secreção hormonal, como o feedback negativo, que controla muito os 
níveis hormonais, visto que depois do estímulo que provoca a libertação hormonal, este 
feedback tende a suprir a sua libertação adicional; ou seja, quando há libertação de uma 
hormona, a mesma impede com que seja secretada mais. Por contrário, também temos o 
feedback positivo fazendo com que hormonas em certa quantidade, provoquem um estímulonuma glândula endócrina, e assim que seja libertada outra hormona. Depois há ainda vários 
factores que vão além dos feedbacks, como por exemplo a idade e a GH, uma vez que a sua 
libertação aumenta acentuadamente durante o período inicial de sono, mas que se reduz 
durante os estágios posteriores. 
A secreção hormonal na hipófise é também muito controlada pelo hipotálamo. 
 
Na hormona de crescimento, há ta,bém vários estímulos que promovem a sua secreção, assim 
como: sejum com deficiência grave de proteínas, hipoglicemia ou baixos ácidos gordos no 
sangue, exercício, excitação, trauma e grelina (hormona libertada no estômago depois de uma 
refeição). 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Quais as hormonas libertadas pela hipófise e quais as suas 
funções?(guyton,vander,medscape) 
 
 
 
 
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Funções mais específicas GH: É importante para o crescimento desde os primeiros anos de vida 
até o fechamento das cartilagens de crescimento dos ossos (epífises), o que ocorre no final da 
puberdade, em geral, entre os 15 e os 20 anos de idade. 
Possui também importantes funções no metabolismo, principalmente: 
aumento da síntese de proteínas (principalmente nos ossos e músculos) 
 
diminui a deposição de gorduras em algumas regiões do organismo como o abdômen e o tronco 
 
aumento das necessidades de insulina pelo organismo 
 
retém sódio e eletrólitos 
 
aumento da absorção intestinal e eliminação renal de cálcio 
Promove o crescimento de diversos tecidos do organismo que são capazes de crescer; 
 Tem diversos efeitos metabólicos como: aumento da síntese de proteínas, mobilização de 
ácidos gordos do tecido adiposo, aumentando o seu nível no sangue e utilização dos mesmos 
como fonte de energia, e redução da utilização de glicose pelo organismo; 
Promove a deposição de proteínas nos tecidos; 
Reduz o catabolismo de Protéinas e aminoácidos (GH aumenta quase todos os aspetos da 
captação de aa e da síntese proteica pelas células, reduzindo tb a destruição das mesmas); 
Aumenta a utilização de gorduras como fonte de energia; 
Reduz utilização de carbohidratos, incluindo a diminuição da captação da glicose pelos tecidos, 
aumento da produção de glicose pelo fígado e aumento da secreção de insulina, resultando 
estes da resistência à insulina, induzida pelo GH; 
Estimula o crescimento das cartilagens e ossos. 
 
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4. De que modo é regulada a hipófise?(Guyton,seeley,vander) 
PAPEL DO HIPOTÁLAMO NO CONTROLO DA HIPÓFISE 
Importante: O hipotálamo é centro coletor de informações relativas ao bem-estar interno do 
organismo, e grande parte dessa informação é utilizada para controlar as secreções das várias 
hormonas hipofisárias, globalmente importantes. 
Quase toda a secreção da hipófise é controlada por meio de sinais hormonais ou nervosos do 
hipotálamo embora alguma parte se deva ao input periférico. 
 
▪ As secreções da neuro-hipófise são controladas por sinais nervosos que se originam no 
hipotálamo e terminam nesta. 
▪ As secreções da adeno-hipófise são controladas por hormonas chamadas hormonas 
hipotalâmicas libertadoras e hormonas hipotalâmicas inibidoras, conduzidas até à 
hipófise através do seu sistema de circulação porta hipotalâmico-hipofisário (horm. 
hipofisiotróficas). 
 
 
 
 
 
 
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REGULAÇÃO DA ADENO-HIPÓFISE 
 
O hipotálamo “sabe” quando e como atuar no controla da hipófise, porque ele é um centro de 
recolha de informações relativas ao bem-estar interno do corpo (dor, sentidos, pensamentos e 
emoções, nutrição e hidratação, etc.). Muitas dessas informações são usadas para controlar as 
secreções das hormonas hipofisárias no sentido de manter o equilíbrio do organismo. 
 
1- As hormonas inibidoras e libertadoras do hipotálamo são secretadas por um tipo 
especial de neurónios que têm origem em várias zonas do hipotálamo enviam as suas 
fibras nervosas para a eminência mediana e para o tuber cinerum. 
2- As hormonas são libertadas pelos neurónios nessa área nos fluidos do tecido. 
3- As hormonas entram na circulação sanguínea e seguem em direção à hipófise, onde 
atuam no sentido de regular a libertação das suas hormonas. 
 
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- Cada hormona libertadora estimula e cada hormona inibidora inibe a produção e secreção, 
pela adeno-hipófise, de uma hormona específica. 
 
- A secreção de cada uma das hormonas da adeno-hipófise segue um padrão diurno influenciado 
pela atividade, pelo sono, ou ciclos de luz-escuro. 
 
- Esta secreção ocorre de uma maneira pulsátil, provavelmente refletindo impulsos 
sincronizados de liberação neuro-hormonas hipotalâmicas no sistema de circulação porta na 
hipófise. 
 . A frequência do pulso é variável (cerca de 2 pulsos/hora para ACTH; 1 pulso/3a4h para 
TSH, GH e PRL) 
. A modulação da secreção em resposta a alterações no ambiente interno ou externo 
pode ser refletida como alterações na amplitude ou frequência de pulsos secretores, ou 
secreções episódicas. 
 
- Os neurónios hipofisiotrópicos ou neurónios que liberam peptídeos hipofisiotrópicos como 
seus neurotransmissores comunicam com outros neurónios dispersos por todo o sistema 
nervoso central para produzir respostas que, presumivelmente, são relevantes para as 
circunstâncias fisiológicas que requerem a secreção de- hormonas hipofisárias. 
 
Hormonas libertadoras/inibidoras 
 
Para a maioria das hormonas da adeno-hipófise, são as hormonas libertadoras que têm 
principal efeito, mas para a prolactina, uma hormona inibidora exerce mais controlo. 
1. Hormona libertadora de tirotrofina (TRH), que provoca 
a liberação da hormona estimulante da tiroide (1ª 
hormona hipotalâmica a ser caraterizada, tendo 
permitido um Nóbel a Roger Guillemin e Andrew Schally). 
 . TRH é sintetizada principalmente em neurónios 
parvocelulares (pequenos) no núcleo paraventricular do 
hipotálamo, e é armazenada nos terminais nervosos na 
eminência mediana. 
 
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. TRH também é expressa em neurónios amplamente dispersos por todo o sistema 
nervoso central e, provavelmente, atua como um neurotransmissor que medeia uma variedade 
de outras respostas. 
 
2. Hormona libertadora de corticotrofina (CRH), que provoca a liberação de ACTH. 
 . CRH está presente em maior abundância nos neurónios parvocelulares no núcleo 
paraventriculare, cujos axónios se projetam para a eminência mediana. 
 . A ampla distribuição de CRH contendo os neurónios no sistema nervoso central sugere 
que CRH possui outras acções Além da regulação da secreção de ACTH. 
 
3. Hormona de libertação da hormona do crescimento (GHRH), que causa a libertação da 
hormona do crescimento, e da hormona inibidora da hormona do crescimento (GnRH), 
também chamado somatostatina, que inibe a libertação de hormona do crescimento. 
4. Hormona libertadora de gonadotrofina (GnRH), que provoca a liberação das duas hormonas 
gonadotróficas, hormona luteinizante e hormona folículo-estimulante. 
. Apesar de as duas hormonas serem controladas pela mesma hormona, elas têm ações 
em tempos e locais distintos. Pensa-se que isto se deva a mecanismos alternativosque 
permitem a independência parcial destas hormonas. 
1) A frequência de impulsos de libertação de GnRH determina a proporção de 
FSH e LH segregada. 
2) As glândulas alvo segregam hormonas que inibem seletivamente a secreção 
de qualquer uma das FSH ou LH 
. A GnRH é sintetizada principalmente em neurónios do núcleo arqueado no hipotálamo 
anterior, mas os neurónios contendo GnRH também são encontrados na área pré-óptica 
e projetados para regiões extra-hipotalâmicas, onde a liberação de GnRH podem estar 
relacionada com vários aspetos do comportamento reprodutivo. 
5. Hormona inibidora da prolactina (PIH), que provoca a inibição da secreção de prolactina. 
 
Existem algumas hormonas hipotalâmicas adicionais, incluindo uma que estimula a secreção de 
prolactina e talvez outras que inibem a libertação das hormonas da adeno-hipófise. 
 
 
 
 
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MECANISMOS DE FEEDBACK DE CONTROLO DA ADENO-HIPÓFISE 
 
A secreção das hormonas hipofisárias é regulada por mecanismo de feedback negativo, o que 
se traduz por: 
 - Na ausência das hormonas das suas glândulas alvo, a secreção de TSH, ACTH, e as 
gonadotrofinas aumenta e caso essas hormonas aumentem, a secreção das respetivas 
hormonas estimatórias é inibida. 
 
Os mecanismo de feedback dão-se ao nível de 
(1) o hipotálamo, para inibir a secreção de hormonas hipofisiotrópicas 
(2) a glândula hipófise, para diminuir a resposta à estimulação hipofisiotrópica 
 
Basicamente: 
As libertação de hormonas hipofisárias é influenciada por: 
(1) Fatores do ambiente externo 
(2) Fatores internos (input interno) como, por exemplo, emoções, concentração de 
nutrientes, outras hormonas em circulação, etc 
(3) Feedback negativo relativamente às hormonas produzidas pelas suas glândulas-alvo 
(ex. as hormonas suprarrenais exercem um efeito de feedback negativo sobre os 
corticotropos da hipófise, diminuindo a transcrição de POMC e a produção de ACTH. 
(4) Feedback negativo relativamente às suas próprias hormonas, diminuindo a sua 
libertação 
(5) Feedback negativo ao nível do hipotálamo que diminui a produção de hormonas 
estimulantes das hormonas hipofisárias. 
(6) Feedback positivo. Mesmo não sendo o mais comum, nalguns casos ocorre feedback 
positivo quando a ação biológica da hormona causa a sua secreção adicional. Um 
exemplo é o surto de secreção da LH, que ocorre em decorr(ência do efeito 
estimulatório do estrogénio sobre a adeno.hipófise, antes da ovulação. O LH vai atuar 
então sobre os ovários, estimulando ainda maior secreção de estrogénio, o que por sua 
vez causa mais secreção de LH. Só quando se atinge a concentração apropriada de LH, é 
que entra em ação o feedback negativo. 
 
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- Os efeitos moduladores das hormonas das glândulas-alvo sobre a hipófise não estão limitados 
à inibição da secreção das hormonas estimulantes. 
- As hormonas das glândulas alvo podem modular a função hipofisária, aumentando a 
sensibilidade de outras células da hipófise aos seus fatores de libertação ou através do aumento 
da síntese de outras hormonas hipofisárias, como explicado no esquema abaixo. 
 
 
 
 
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O controlo da hormona do crescimento é mais complexo, devido a fatores adicionais. 
 
REGULAÇÃO DA LIBERTAÇÃO DA HORMONA DO CRESCIMENTO 
 
A hormona do crescimento é regulada por: 
▪ Mecanismo típico de feedback negativo descrito ( GHRH e 
 somatostatina); 
▪ Feedback negativo relativamente a produtos das suas ações 
nos tecidos periféricos; 
▪ IGF - exerce efeitos inibidores poderosos da secreção de GH, 
diminuindo a sensibilidade dos somatotropos à GHRH. Também 
acuta sobre os neurónios que segregam somatostatina para 
aumentar a libertação de somatostatina e inibir a libertação de 
GHRH 
▪ Hormonas hipotalâmicas libertadoras e inibidoras; 
▪ Sinais do hipotlâmicos de emoções, stresse e trauma – 
catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, etc), dopamina, e 
serotonina, cada um dos quais libertado por um sistema 
neuronal diferente no hipotálamo, podem aumentar a taxa de 
secreção de hormona do crescimento; 
Hormonas das 
glândulas-alvo
Inibição da produção 
da hormona 
hipofisária que as 
estimula
Aumento da 
sensibilidade da 
hipófise às suas 
hormonas libertadoras 
Aumento da síntese 
de outras hormonas 
hipofisárias 
Atuam na hipófise
 
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▪ Produtos da sua atividade metabólica - aumento das concentrações de ácidos gordos livres no 
sangue e glicose pode inibir a sua secreção de GH; 
▪ Diminuição da concentração de proteínas =  GH. 
 
REGULAÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE 
 
REGULAÇÃO DA ADH 
 
Osmolaridade 
A atividade secretora da ADH muda em resposta a alterações da osmolalidade e do 
volume sanguíneo. Quando a osmolalidade sanguínea aumenta, a frequência dos potenciais de 
ação nos osmorreceptores também aumenta pelo que aumenta a secreção de ADH. 
À medida que a osmolalidade sanguínea decresce, a frequência dos potenciais de ação 
nos osmorreceptores e nas células neuro-secretoras também diminui pelo que a secreção de 
ADH diminui e o volume de água eliminada sob a forma de urina aumenta. 
 
Pressão sanguínea 
A descida da pressão arterial provoca o aumento da frequência dos potenciais de ação nas 
células neuro-secretoras e eleva a secreção de ADH, o que vai promover a retenção de água 
 
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pelos rins. Uma subida na pressão arterial diminui a frequência dos potenciais de ação nas 
células neuro-secretoras. Isto conduz à secreção de menos ADH pela neuro-hipófise. Como 
resultado, o volume de urina produzida pelos rins aumenta. 
REGULAÇÃO DA OXITOCINA 
 
1- A distensão do útero, a estimulação mecânica do colo uterino e a estimulação dos 
mamilos pelo lactente durante a amamentação, ativam um reflexo nervoso que 
estimula a libertação de oxitocina. 
2- No hipotálamo aumenta a geração de potenciais de ação nos neurónios de secreção da 
oxitocina. 
3- Os potenciais de ação nos neurónios secretores de oxitocina seguem ao longo dos 
axónios do feixe hipotálamo-hipofisário até à neuro-hipófise, onde determinam a 
libertação de oxitocina pelas terminações dos axónios. 
 
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5. Como variam a produção e secreção de GH ao longo da vida? (medscape,laboratório biomédico 
análises clinicas e patológicas) 
Random growth hormone (GH) levels in a healthy person range as follows: 
• Men: < 5 ng/mL or < 226 pmol/L 
• Women: < 10 ng/mL or < 452 pmol/L 
• Children: 0-20 ng/mL or 0-904 pmol/L 
• Newborns: 5-40 ng/mL or 226-1808 pmol/L 
 
ng/mL- nanograma por miligrama 
 
 
 
 
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Interpretação: 
Uso: avaliação do crescimento; diagnóstico de gigantismo e acromegalia. O hormônio de 
crescimento (HGH) é um polipeptídio produzido na hipófise anterior, que estimula a produção 
de somatomedinas pelo fígado, atuando sobre o crescimento. A secreção do HGH é pulsátil, 
ocorrendo cerca de oito picos diários em jovens; nosadultos, esses picos são raros. Nos casos 
de suspeita de deficiência de HGH, podem ser realizados testes de estímulo (pós-exercício, 
atensina, clonidina, insulina, glucagon, L-Dopa). Pode ocorrer liberação de HGH em condições 
fisiológicas após stress, exercício físico e sono. Interferentes: stress +. 
Referência: Atenção novos valores de referência a partir de 14/07/2011, valores basais: 
Masculino: até 3,0 ng/mL Feminino: até 8,0 ng/mL Valor de referência anterior: Valor Basal: 
0,06 a 7,0 ng/mL 
Ao contrario do que se pensava, a GH está sempre presente ao longo da vida e não só no 
crescimento. Isto deve-se tb às suas funções extra além de crescimento propriamente dito. 
Contudo, a sai concentração vai diminuindo lentamente após a adolescência com o passar dos 
anos, atingindo por fim cerca de 25% do nível encontrado na adolescência. O nível de 
produção e secreção da GH é pulsátil, aumentando e diminuindo. Não se sabe bem os 
mecanismos que controlam a secreção da GH, no entanto sabe-se que há diversos fatores que 
estimulam a secreção de GH: 1.jejum, em especial com deficiência gravde de proteínas; 2. 
Hipoglicémia com baixa concentração de ácidos gordos no sangue; 3. exercício; 4. excitação; 5. 
trauma; 6. Grelina, hormona secretada no estômago antes das refeições. O valor de GH 
aumenta também drasticamente durante as 2primeiras horas de sono profundo. A 
concentração normal no plasma do adulto é entre 1.6 e 3 mg/mL; na criança ou adolescente, 
de 6 ng/mL. No jejum prolongado, estes valores aumentam até 50 ng/mL, depois de reservas 
de proteínas e carboidratos terem sido destruídas. 
 
 
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6. De que forma um adenoma na hipófise pode levar à secreção excessiva de GH e como 
conduz esta à acromegalia? (cuf,Robbins) 
Adenoma 
Os adenomas da hipófise são tumores benignos que têm origem nas células da porção anterior 
da hipófise. Estes podem ser funcionantes (produzir uma ou mais hormonas) ou não 
funcionantes. 
Os adenomas não funcionantes constituem 30% dos casos. Apesar de se tratarem de situações 
benignas e de não terem produção hormonal, podem provocar sintomas por compressão 
(cefaleias, alterações de visão) ou por perda da produção das hormonas normais da hipófise 
(sintomas específicos que podem ir da infertilidade ao cansaço, dependendo das hormonas em 
causa). 
Os adenomas funcionantes provocam quadros clínicos específicos dependendo da hormona que 
produzem aos quais, dependendo do tamanho e localização, se podem ou não associar sintomas 
por compressão. 
Os adenomas hipofisários são classificados com base no(s) hormônio(s) produzido(s) pelas 
células neoplásicas. Os adenomas hipofisários podem ser funcionantes (isto é, associados ao 
excesso de hormônios e às manifestações clínicas disso) ou não funcionantes (isto é, 
demonstração da produção de hormônios somente em nível tecidual, sem manifestações 
clínicas do excesso hormonal). Tanto os adenomas funcionantes quanto os não funcionantes 
geralmente são compostos por um único tipo celular e produzem um único hormônio 
predominante, mas há exceções. 
Como é um adenoma que produz mais GH, denomina-se de somatotrófico: 
 
 
As neoplasias produtoras de hormônio do crescimento (adenomas de células somatotróficas), 
incluindo aquelas que produzem uma mistura de hormônio do crescimento com outros 
hormônios (p. ex., prolactina), constituem o segundo tipo mais comum de adenoma hipofisário 
funcionante. Uma vez que as manifestações clínicas do excesso de hormônio do crescimento 
podem ser sutis, os adenomas das células somatotróficas podem estar bastante volumosos no 
momento em que chamam a atenção clínica. Ao exame microscópico, os adenomas produtores 
de hormônio do crescimento são compostos por células esparsamente granuladas, e a coloração 
imuno-histoquímica demonstra hormônio do crescimento no interior do citoplasma das células 
neoplásicas. Pequenas quantidades de prolactina imunorreativa muitas vezes também estão 
presentes. A hipersecreção persistente de hormônio do crescimento estimula a secreção 
hepática de fator de crescimento semelhante à insulina do tipo 1 (somatomedina C), que 
provoca muitas das manifestações clínicas. Se um adenoma secretor de hormônio do 
crescimento ocorrer antes que as epífises se fechem, como no caso da criança pré-puberal, os 
níveis de hormônio do crescimento resultam em gigantismo. Essa condição se caracteriza por 
aumento generalizado do tamanho corporal, com braços e pernas desproporcionalmente 
longos. Se os níveis elevados de hormônio do crescimento persistirem ou se desenvolverem 
após o fechamento das epífises, a pessoa afetada desenvolve acromegalia, na qual o 
crescimento é mais proeminente no tecido conjuntivo, pele e vísceras, assim como nos ossos da 
face, mãos e pés. O aumento da mandíbula resulta em protrusão (prognatismo), com 
alargamento da porção inferior da face e separação dos dentes, mãos e pés aumentados, com 
 
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dedos largos, em salsicha. Na prática clínica, o gigantismo tipicamente é acompanhado por 
evidências de acromegalia. O excesso do hormônio do crescimento também está associado a 
uma série de outros distúrbios, incluindo tolerância anormal à glicose e diabetes melito, 
fraqueza muscular generalizada, hipotensão, artrite, osteoporose e insuficiência cardíaca 
congestiva. A prolactina é demonstrável em vários adenomas produtores de hormônio do 
crescimento e, em alguns casos, pode ser liberada em quantidade suficiente para produzir sinais 
e sintomas de hiperprolactinemia. 
 
 
Acromegalia 
 
A acromegalia resulta da produção excessiva de hormona do crescimento (GH) no adulto. Em 
90% dos casos esse excesso de produção resulta de um adenoma (tumor) da hipófise 
funcionante. 
O tratamento é habitualmente cirúrgico complementado ou não por terapêutica farmacológica 
ou radioterapia. 
O adenoma pode ser funcionante ou não, no caso das células do tumor produzirem GH e 
aumentarem a secreção da mesma, é funcionante. Se for não funcionante não liberta GH extra, 
mas aumenta muito o tamanho e pode comprimir o quisma ótico e trazer diversas complicações. 
O André tem um funcionante. 
 
 
7. O que é o IGF-1, qual a sua função e quais as consequências da sua produção 
excessiva? (Guyton, Insulin-like growth factor 1 (IGF-1): a growth hormone, artigo revisão: distúrbios 
cardiovasculares na acromegalia 2010) 
Descobriu-se que a hormona de crescimento leva o fígado a formar diversas proteínas 
pequenas, somatomedinas que apresentam um efeito potente de aumentar todos os aspetos 
de crescimento ósseo. Muitos dos efeitos das somatomedinas sobre o crescimento são 
semelhantes aos efeitos da insulina sobre o crescimento. Assim sendo, IGF, vem de fator de 
crescimento semelhante à insulina. Até hoje 4 somatomedinas foram isoladas, no entanto a 
mais importante é a somatomedina C ou IGF-1. 
Foi dito que a maioria dos efeitos da GH resulta da somatomedina C e das outras 
somatomedinas, em vez do efeito direto do GH sobre os tecidos. No entanto, foi testado que se 
se injetar GH diretamente nas cartilagens este promove sozinho o crescimento local das 
mesmas. 
Há ainda alguns aspetos na hipótese da somatomedina questionáveis por isto. Uma 
possibilidade +e que a GH provoca o aumento necessário de somatomedina C para induzir o 
crescimento do tecido alvo, outra é que o mecanismo da somatomedina seja mais alternativo. 
 
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Basicamente: 
O IGF-1 é um hormônio de crescimento importante, mediando o efeito anabólico da proteína e 
o crescimento linear do crescimento daHG pituitária. Tem um efeito estimulante de 
crescimento independente de GH, que, no que diz respeito às células da cartilagem, é 
possivelmente otimizado pela ação sinérgica com GH. Tal proteína tem função de mediador 
primário dos efeitos do hormônio do crescimento. O GH tem sua produção na hipófise e é 
liberado na corrente sanguínea, aonde estimula o fígado a produzir IGF-1. O IGF-1 estimula o 
crescimento em quase todas as células do corpo, principalmente em células do músculo, 
cartilagens, ossos, rins, fígado e pulmão, além de regular o crescimento e desenvolvimento das 
células nervosas 
Importante ainda referir que a GH tem uma ligação 
fraca a proteínas plasmáticas pelo que apresenta uma 
meia vida no sangue inferior a 20min. em contraste, a 
IGF-1 tem uma ligação forte com as proteínas e é 
libertada lentamente com meia vida de 20 horas. 
prologando assim o efeito os efeitos promotores do 
crescimento dos surtos de secreção da GH. 
Tem ainda funções ainda de estimular o crescimento 
sistêmico do corpo e tem efeitos favoráveis ao crescimento em quase todas as células do corpo, 
especialmente músculo esquelético, cartilagem, osso, fígado, rim, nervos, pele, células 
hematopoiéticas e pulmões. Além dos efeitos semelhantes a insulina, o IGF-1 também pode 
regular o crescimento e desenvolvimento celular. 
Os níveis elevados trazem consequências porque se associam à GH e as consequências são as 
mesmas dos níveis elevados de GH. 
Como está elevada a par com a GH há diversos efeitos, mas cardiovascularmente também 
importantes, daí a morte. Complicações decorrentes do excesso crônico de GH e IGF-1. Entre 
elas, uma das que mais causam aumento do número de mortes é a doença cardiovascular. O 
espectro da doença cardiovascular no acromegálico compreende hipertrofia ventricular 
esquerda, disfunções diastólica e sistólica, fibrose miocárdica, valvulopatias, arritmias, 
hipertensão arterial, dislipidemia e alteração no metabolismo dos carboidratos. 
Exemplo das fibroses causadas por excesso crónico de IGF-1 e GH é a miocardiopatia 
acromegálica.

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