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7o semestre: SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL (Mariana Baeta) - anotações de aula

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SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL 
MARIANA BAETA 
PROVAS 
Sem consulta 
P1: 29/03 – princípios, exceções, fato gerador, conceito de tributos, tudo até o dia da prova. 
P2: 24/05 – decorar a tabela de repartição – 5 questoes 
BIBLIOGRAFIA 
Regina Helena Costa – Direito tributário, Constituição Federal, Código Tributário Nacional 
08 de fevereiro de 2018 
SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL 
Atividade financeira do Estado é macroeconômica, é um conjunto de formas de obtenção de 
receita para o cumprimento de despesas e gestão de recursos (Aleomar Baleeiro). Nosso estudo 
é uma das formas de obtenção de receita pelo Estado, que é a de arrecadação tributaria. O 
orçamento do Estado é feito mediante lei. Tributos são o objeto da arrecadação tributária. 
O que é tributo (tem que preencher todos os requisitos)? É uma prestação pecuniária 
(pagamento em dinheiro) compulsória (obrigatório), em moeda (corrente) ou cujo valor nela 
se possa exprimir (selos estampilhas1 ou imóveis2), instituída em lei (tudo tem que ser 
regulamentado por lei em matéria tributária, assim como no direito administrativo), que não 
seja sanção por atos ilícitos (multa é uma sanção de ato ilícito, por exemplo – a multa tributária 
também não é um tributo, é uma figura comparada que veremos mais pra frente), cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Estado não tem voluntariedade na 
cobrança, o Estado cobra porque um ato ordenado pela lei, extremamente vinculado à lei). 
Secretaria da Receita Federal > Ministério da Fazenda > Executivo > Temer. 
Tudo, no Direito Tributário, tem que ser previsto e detalhado em lei. 
Tributo é um gênero e, como gênero, possui espécies, que se diferenciam pelo fato gerador e 
pela destinação da arrecadação tributária: 
• Impostos 
• Taxas; 
• Contribuições de melhoria; 
• Empréstimos compulsórios; e 
• Contribuições sociais/especiais. 
 
1 Selos do lacre de cerveja ou de cigarro, por exemplo. Mas está em desuso. 
2 CTN autoriza dação em pagamento de bens móveis. Alguns entes federativos regularizaram entes imóveis. A 
dação em pagamento de bens imóveis só pode ocorrer perante entes federativos em que haja regulamentação. 
Observação: perante a união federal, a lei regulamentadora está suspensa por uma liminar concedida pelo STF em 
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
 
IMPOSTOS BRASILEIROS 
UNIÃO (art. 153) UNIÃO (art. 154) E/DF (art. 155) M/DF (art. 156) 
II: Imposto sobre 
Importação 
Imposto de 
competência 
Residual3 
ITCMD: Imposto 
sobre Transmissão 
Causa Mortis e/ou 
Doações 
IPTU: Imposto sobre 
Propriedade 
Territorial Urbana 
IE: Imposto sobre 
Exportação 
Imposto 
Extraordinário de 
guerra 
ICMS: Imposto 
sobre Circulação de 
Mercadorias e 
Serviços 
ITBI: Imposto de 
Transmissão de 
Bens Imóveis inter 
vivos 
IR: Imposto sobre a 
Renda (ou proventos 
de qualquer 
natureza) 
 
IPVA: Imposto 
sobre Propriedade de 
Veículo Automotor 
ISS: Imposto sobre 
Serviços de qualquer 
natureza 
IPI: Imposto sobre 
Produção Industrial 
IOF: Imposto sobre 
Operações 
Financeiras (crédito, 
cambio, seguro, e 
transações com 
valores mobiliários) 
ITR: Imposto 
Territorial Rural 
IGF: Imposto sobre 
Grandes Fortunas4 
15 de fevereiro de 2017 
Tudo que vamos estudar tem principio na constituição. Embora a regulamentação de tributos 
possa ser definida em leis complementares, a definição de tributo é apenas a que está na 
Constituição Federal. Se a CF não falar que é espécie tributaria, então não existirá – tributo só 
existe se estiver previsto na CF. 
 
3 Bitcoin poderia ser regulamentado pelo Imposto Residual, se não couber no IOF. No Brasil, enquanto não tiver 
regulamentação, não tem como saber o que o bitcoin de fato é. 
4 Ninguém paga o IGF, porque não existe a lei complementar regulamentadora. 
Art. 145. “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir5 os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, 
os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.” 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, 
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto 
no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, 
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime 
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da 
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que 
trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
 
5 Instituição é a responsabilidade pela criação de lei regulamentadora de determinado tributo (é o poder de tributar, 
que é igual à competência). 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou 
o valor da operação e, no caso de importação, o valor 
aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser 
equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única 
vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
O artigo 145 mostra que os tributos poderão ser instituídos pela União, pelos Estados, pelo DF 
e pelos municípios. Os artigos 148 e 149 mostram que só a União poderá ser responsável pela 
instituição dos dois últimos tipos de tributos (empréstimo compulsório e contribuições). 
Compete aos municípios cobrar empréstimos compulsórios? A cobrança é atividade 
plenamente vinculada à lei – se tiver uma lei falando que pode cobrar, tudo bem; o que nãopode é ter uma lei falando que municípios podem instituir empréstimos compulsórios (porque 
isso é de competência apenas da União). 
[PROVA] AS CARACTERÍSTICAS E AS DIFERENÇAS ENTRE COMPETÊNCIA 
TRIBUTARIA E CAPACIDADE ATIVA TRIBUTARIA: 
1. A competência é sempre prevista na Constituição, enquanto a capacidade tem sempre 
previsão legal. 
2. A competência é indelegável, enquanto a capacidade é delegável. 
3. É mais fácil alterar lei do que alterar a constituição (posso ter lei por prazo 
determinável, posso ter uma lei revogável por outra lei, etc.), o que torna a competência 
muito mais forte do que a capacidade. 
4. Quem detém a competência também detém a capacidade. 
5. A capacidade é poder de cobrança, responsabilidade pela cobrança e fiscalização; a 
competência é poder de tributar, é a responsabilidade pela instituição de tributos. 
6. A competência é irrenunciável (por estar previsto constitucionalmente, não pode ser 
renunciável – o ente não se pode negar a ser o ente regulamentador); enquanto a 
capacidade é renunciável (o ente pode se negar a cobrar algo, é renunciável). 
7. A competência é incaducável (ou seja, não tem expiração, não tem prazo de validade); 
enquanto a capacidade é caducável (pode ter prazo de validade, até porque é feita por 
lei, que pode ter prazo – se a lei for de prazo indeterminado, ela pode ser revogada por 
uma lei posterior; ou seja, é caducável anyways). 
8. A competência é facultativa (não posso renunciar, mas posso deixar de instituir a lei – 
como no caso do IGF, que, apesar da previsibilidade, não existe a lei complementar 
regulamentadora); assim como a capacidade. 
Observação: não interessa se a renda foi obtida de forma licita ou ilícita, deve ser declarada. 
AS MODALIDADES DA COMPETÊNCIA6: 
1. Privativa ou exclusiva 
Diferença da competência exclusiva para a privativa na Constituição: a exclusiva não pode ser 
delegada por lei, enquanto a privativa pode (em matéria constitucional existe competência 
concorrente, o que não existe em matéria tributária). Só que competência TRIBUTÁRIA não 
pode ser delegada, então não existe diferença, em matéria tributaria, entre exclusiva e 
privativa, são sinônimos. Somente um ente federativo poderá instituir tributo, é competência 
única (pois competirá a um único ente federativo a instituição de um tributo). 
Exemplos: 149; 153; 154; 155; 156. Quem pode instituir ITBI no país? O Município e só ele. 
É uma competência única. O IGF só pode ser instituído pela União e só pela União. 
2. Comum 
É a competência de todos os entes federativos. Exemplos: 141, II; 145. Todos (União, Estados, 
DF e municípios) podem instituir taxas, por exemplo. Competência comum é o que qualquer 
um pode fazer. Outro exemplo são as contribuições de melhoria, que também são de 
competência comum. 
3. Residual 
É a prevista no artigo 154, I, que visa instituir novos impostos, diferentes dos já previstos na 
Constituição Federal. Só se aplica a impostos e só quem possui essa competência é a União. 
4. Especial 
Não são todos os doutrinadores que concordam com essa competência. Os que admitem essa 
separação em competência especial, falam que ela só trata de empréstimos compulsórios e 
contribuições (em razão da natureza jurídica desses tributos) e que é uma competência apenas 
atribuída à União. Em tese, só teriam três espécies tributárias, sendo que por isso que os 
empréstimos compulsórios e contribuições são considerados de competência especial, por não 
serem considerados, por muitos, espécies tributárias. 
 
6 Nesse semestre, a COMPETÊNCIA é o nosso objeto de estudo. 
5. Extraordinária 
Quem tem competência extraordinária é a União, que é para instituir o imposto de guerra na 
sua existência ou eminência (art. 154, II). 
6. Híbrida ou mista (ou cumulativa) 
Essa é a competência do Distrito Federal, porque ele acumula a função de Estado e de 
Município. Como é um ente federativo distinto, tem uma competência distinta, que também 
pode ser chamada de cumulativa, porque acumula as funções de Estado e Município. 
*Estudar competência para a próxima aula. 
22 de fevereiro de 2018 
A relação tributaria é uma relação triangular: para eu ter uma obrigação tributária, eu preciso 
ter um fato gerador e uma hipótese de incidência. 
 
• Hipótese de incidência: norma em abstrato, pois, apesar de estar em vigor, ela só 
propaga resultados se tiver fato gerador. 
• Fato gerador de um tributo: é, por exemplo, ter um carro, que causa a obrigação de 
pagamento do IPVA. É um ato concreto da vida, que quando ocorre, se tiver previsto 
anteriormente na incidência, gerará a relação triangular. 
FATOS GERADORES NOS ARTIGOS 153, 154, 155 E 156 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
Fato gerador do II: importar produtos estrangeiros. 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
Fato gerador do IE: exportar produtos nacionais ou nacionalizados. 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
Fato gerador do IR: auferir renda ou provento de qualquer natureza. 
IV - produtos industrializados; 
Fato gerador Hipótese de incidência 
Obrigação tributária 
Fato gerador do IPI7: produção industrial em grande escala. 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; 
Fato gerador do IOF: operações de crédito, cambito, seguro ou 
transações com valores mobiliários8. 
VI - propriedade territorial rural; 
Fato gerador ITF: propriedade de imóvel em área territorial rural. 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Fato gerador do IGF: não sabemos, porque não tem a lei falando que são 
grandes fortunas – não tem a hipótese incidente. 
Renda, segundo o STJ, é qualquer acréscimo patrimonial oriundo da atividade profissional do 
contribuinte. Exemplo: se o contribuinte é empregado, é o salário dele; se ele é empresário, é 
a distribuição de lucros e o pro labore; se ele é uma imobiliária, é a comissão de corretagem. 
A bolsa auxilio do estagiário é renda também. A aposentadoria é renda também. Proventos, por 
outro lado, é todo acréscimo patrimonial não compreendido em renda. Exemplo: pensão ou 
recebimento de aluguel. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo 
anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador 
ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
Fato gerador do Imposto Residual: não sabemos, porque não tem a lei. 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, 
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação. 
Fato gerador do Imposto extraordinário de guerra: é a guerra ou a 
iminência de guerra – País em estado de alerta ou estado de guerra. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
Fatos geradores do ITCMD: (i) transmissão em razão da morte e/ou (ii) 
a transmissão graciosa (gratuita). 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
 
7 Fato interessante: se eu produzir o barril de vinho, não tem imposto – tem imposto quando eu engarrafo o vinho. 
8 Venda de ações no mercado financeiro (CVM). 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; 
Fato gerador do ICMS: (i) circulação de mercadorias; (ii) prestação de 
serviços de transportes de bens ou de pessoas interestadual; (iii) 
prestação de transporte de bens ou de pessoasintermunicipal; e (iv) 
prestação de serviço de comunicação. 
III - propriedade de veículos automotores. 
Fato gerador do IPVA: ter um veículo automotor (não é sobre qualquer 
veiculo automotor: aeronaves, embarcações e tratores não são 
compreendidos). 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
Fato gerador do IPTU: imóvel (mesmo terreno com área não construída) 
localizado em território urbano. Quem paga o ITR não paga o IPTU. 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
Fato gerador do ITBI: transmissão onerosa de bens imóveis. 
Exemplo: Joao e maria vão se separar. O patrimônio total é de 500 mil 
(sendo duas casas, cada uma de 200, um apartamento de 100 mil, um 
carro de 50 mil e um carro de 40 mil). Decidem que Maria ficará com 
440 mil – ou seja, ela vai ficar com mais da metade (295 mil), então tem 
que pagar imposto de doação sobre a diferença do valor que ela deveria 
ter recebido (295) e do valor que ela recebeu (440), de 145 mil. Se o 
Joao decidir vender parte dos bens pra ela, ela terá que pagar o ITBI 
(excluindo o valor do carro, porque é bem móvel). 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar. 
Fato gerador do ISS: serviços de qualquer natureza, desde que não sejam 
os já regulamentados pelo ICMS9. 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR 
Competência tributária: é a aptidão de criar tributos, mediante a edição do necessário veiculo 
legislativo. É o poder de tributar. Não é absoluta, já que é juridicamente limitada pela 
Constituição (garantias constitucionais que vedam o poder de tributar), por princípios e 
imunidades. 
 
9 Quem paga ICMS, não paga ISS. Quem paga IPTU, não paga ITR. 
PRINCÍPIOS 
• Expressos: aqueles que são positivados de forma clara no texto constitucional. 
• Implícitos: aqueles que eu consigo compreender através de uma analise conjunta dos 
dispositivos constitucionais. 
• Gerais: são os princípios que se aplicam a todos os tributos. 
• Específicos: são os princípios que se aplicam apenas a alguns tributos. 
01 de março de 2018 
Principio da legalidade 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
Se eu não tenho uma lei anterior, não tenho uma obrigação tributária. Principio da legalidade 
da tipicidade fechada, ou seja, que não basta apenas haver a previsão legal – a previsão tem 
que ser no tipo determinado pela Constituição Federal. Se a CF falar que será por lei 
complementar, será por lei complementar – ou violará o principio da legalidade. Se não falar 
o tipo de lei, terá que falar lei ordinária – ou violará o principio da legalidade. O principio da 
legalidade é de aplicação especifica. Exemplo: IOF, que é um imposto que tem como função 
principal (além da arrecadação) o controle da economia. 
Exceções: imposto de importação, de exportação, produtos industrializados e operações 
financeiras. 
Principio da irretroatividade 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
É um principio expresso e de aplicação geral. Esse principio significa que fatos geradores 
anteriores à lei não geram obrigações tributárias. 
Principio da isonomia 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
É um principio expresso e de aplicação geral. Significa que deve haver tratamento igual aos 
iguais e desigual aos desiguais. Exemplo: portadores de deficiência física tinham desconto na 
compra de carros e no pagamento do IPVA. 
Principio da vedação ao confisco 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
Princípio expresso e de aplicação geral. Confisco é quando o Estado toma para si bens do 
contribuinte, é um conceito subjetivo (volátil na jurisprudência). Segundo o STJ, a cobrança 
tributaria não pode ser tão alta que inviabilize a ocorrência do fato gerador (ex.: o IPVA não 
pode ser tão alto que eu tenha que vender meu carro para pagar). Na dúvida, qualquer excesso 
de cobrança deve ser alegado como violação ao principio da vedação ao confisco. 
Principio da vedação ao tráfego de bens ou pessoas 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
Princípio expresso e de aplicação geral. Não posso vedar trafego de pessoas e bens, salvo os 
pedágios (que é taxa). 
Principio da uniformidade geográfica 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional 
ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; 
Principio expresso e de aplicação especifica (só é aplicável aos tributos de competência da 
União). Exceções: concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilibro do 
desenvolvimento sócio-econômico entra as diferentes regiões do País. A indústria só precisa 
fazer a montagem do seu produto no lugar que tem incentivos fiscais pra receber o beneficio. 
Principio da vedação a descriminação em razão da origem e destino 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em 
razão de sua procedência ou destino. 
Principio expresso e de aplicação especifica (só de competência estadual, municipal e do 
distrito federal). Exemplo: vedação a alíquotas diferentes dependendo do estado originário. 
Principio da capacidade contributiva 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, 
os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
Principio expresso e aplicação geral. A cobrança tem que ser igual (há isonomia), mas a 
capacidade contributiva não – porque ela é baseada na base de calculo individualizada. 
Ex.: Há isonomia entre o Neymar e a Mariana – porque a cobrança é igual (27,5%), só a 
capacidade contributiva usada de base que não. Não fere o principio da isonomia. 
Principio da progressividade 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e 
da progressividade, na forma da lei; 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a 
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; 
Principio expresso. Significa que poderão existir alíquotas diferentes, em razão da capacidade 
contributiva, sem ferir o principio da isonomia. 
Quando vai aumentando a capacidade contributiva, a Lei pode ir fixando patamares de 
alíquotas. Por exemplo, se a capacidade contributiva é x, a alíquota pode ser y; enquanto se a 
capacidade for 3x, a alíquota pode ser 2y + w. São faixas de acréscimos patrimoniais e de 
capacidades contributivas. Não viola a isonomia porque quem ganha mais não é igual a quem 
ganha menos (tratamento desigual aos desiguais). 
Exemplo: ITR – leva em consideração a produtividade, localização, área construída, etc. 
Quanto maior a terra, maior o imposto. 
Principio da segurança jurídica 
É um principio implícito. Dele que se desdobra a supremacia do interesse público. É vista como 
um principio acima dos outros princípios (Mariana acredita que é um sobreprincípio). Além da 
supremacia do interesse publico atrelado a segurança jurídica, há também o da boa fé objetiva 
e da confiança jurídica do contribuinte. 
Segurança jurídica esta prevista no artigo 5, quando fala que deve ser respeitada a coisa julgada, 
por exemplo. Esse principio tem uma forca axiológica maior que dos outros princípios. Da 
segurança jurídica, origina-se dois princípios: 
1. O principio da boa-fé é em relação aos contribuintes para com o Estado, devendo se 
presumir a boa-fé dos atos do contribuinte, exigindo-se prova concreta para 
caracterização da má-fé (ninguém é culpado até que se prove o contrário). O nosso 
Estado hoje vive numa situação de exceção, porque presume-se a má-fé do contribuinte 
em todos os casos. No processo tributário, presunção de fraude significa prova de fraude 
– isso fere a boa-fé. 
2. O principio da confiança legítima, por outro lado, parte da relação do Estado para com 
os contribuintes, pois há de se acreditar que o Estado seguirá os princípios do direito 
tributário. 
A supremacia do interesse público significa que, quando os princípios estão em conflito, o 
interesse publico se sobressai ao interesse privado. 
Principio da anterioridade 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou; 
É um principio expresso e de aplicação especifica (tem uma lista de exceções). Se a lei for 
publicada hoje (01 de março de 2018), ela passa a ter eficácia no exercício financeiro 
subsequente (ou seja, em janeiro do ano que vem), devido ao principio da anterioridade. 
Principio da anterioridade mínima 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o 
disposto na alínea b; 
É um principio expresso. Também é conhecido como principio da noventena ou da 
anterioridade nonagesimal. Tem vigência na data da publicação, mas só tem eficácia noventa 
dias depois da publicação. Anterioridade e anterioridade mínima andam juntos. 
Exemplo: lei publicada em 01 de marco de 2018. Pelo principio da anterioridade, terá eficácia 
a partir de 01 de janeiro de 2019. Pelo principio da anterioridade mínima, dia x de junho de 
2018. Se o dia mais longe for o de janeiro, ele será o dia que ela terá eficácia. Mas, por exemplo, 
lei publicada em 15 de dezembro de 2018, ela terá eficácia, pelo principio da anterioridade, em 
01 de janeiro de 2019 e pela anterioridade mínima no dia x de marco de 2019 – ela terá eficácia, 
então, só em março. O dia que a lei terá eficácia será o que for o mais longe (considerando 
os princípios). 
A noventena e o próximo exercício financeiro devem ser acumulados para que a lei tenha 
eficácia. 
Não confundir: diferente do principio da anualidade, que determina que só é possível 
determinar ou majorar tributos decorrido um ano da data que foi publicada a lei. Esse principio 
não foi recepcionado pela constituição de 88. 
08 de março de 2018 
AS EXCEÇÕES AOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE E ANTERIORIDADE MÍNIMA. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 
153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo 
dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
Exceções ao princípio da Anterioridade 
Artigo 150, §1º 
II 
Regra geral: aplica-se o princípio da 
anterioridade mínima. Caso também seja 
exceção na anterioridade mínima, aplica-
se imediatamente. 
IE 
IPI 
IOF 
Imposto Extraordinário de Guerra 
Empréstimos compulsórios em caso de 
calamidade pública 
ICMS combustível 
CIDE combustível 
Contribuição para a seguridade social 
 
Exceções ao principio da Anterioridade mínima 
Artigo 150, § 1º 
II 
Aplicação imediata (dias corridos – pode 
entrar em vigor em finais de semana e 
feriados) se for também exceção ao 
principio da anterioridade. Caso não seja 
exceção ao da anterioridade, é ele o 
princípio aplicado. 
IE 
IOF 
Imposto Extraordinário de Guerra 
Empréstimos compulsórios em caso de 
calamidade pública 
IPVA (base de cálculo) 
IPTU (base de cálculo) 
IR 
 
Exercícios 
IPI 08.03.18 
Exceção ao principio da anterioridade, 
aplica-se o principio da anterioridade 
mínima. Será em algum dia de 06/2018. 
IOF 15.12.18 
Exceção ao principio da anterioridade e da 
principio da anterioridade mínima. Será de 
aplicação imediata. 
IPI 15.12.18 
Exceção ao principio da anterioridade, 
aplica-se o principio da anterioridade 
mínima. Será em algum dia de 03/19. 
IOF 08.03.18 
Exceção ao principio da anterioridade e da 
principio da anterioridade mínima. Será de 
aplicação imediata. 
IR 08.03.18 
Exceção ao principio da anterioridade 
mínima, será aplicado no próximo exercício 
fiscal. 
ISS 08.03.18 
Não é exceção, será aplicado no próximo 
exercício fiscal. 
IR 15.12.18 
Exceção ao principio da anterioridade 
mínima, será aplicado no próximo exercício 
fiscal. 
ISS 15.12.18 
Não é exceção, será aplicado em 90 dias, em 
algum dia de 03/19. 
Para próxima aula – Exercício: escolher duas datas, uma no primeiro e uma no segundo 
semestre, e fazer a aplicação dos artigos 153, 154, 155 e 156. 
CONTINUAÇÃO DOS PRINCÍPIOS 
Principio da vedação ao efeito cascata e o principio da não cumulatividade. 
Se aplicam só ao ICMS e IPI. 
O principio da vedação ao efeito cascata (expresso e de aplicação especifica), para evitar esse 
efeito, determina que haja compensação de tributos a cada operação. Ex.: A incidência do 
ICMS em todos os momentos da cadeia produtiva, gerando o efeito cascata (de tributo sob 
tributo). 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviçoscom o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou 
pelo Distrito Federal; 
O principio da não cumulatividade (expresso e de aplicação especifica) significa que o tributo 
não poderá integrar a base de cálculo em outra etapa da cadeia produtiva 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
IV - produtos industrializados; 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores; 
Principio da seletividade 
É um principio expresso. Significa que quanto mais essencial é um produto, menor será a 
tributação. Se aplica ao ICMS e ao IPI. Artigos de luxo, por exemplo, devem ser mais 
tributados do que itens da cesta básica. Porém, esse é o principio mais violado do nosso 
ordenamento jurídico. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
IV - produtos industrializados; 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
É a vedação de instituição de determinados produtos em determinadas situações. 
Imunidade recíproca 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - Instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
Ou seja, não são cobrados impostos (não tributos!) sobre a renda, patrimônio ou serviços de 
um ente sob o outro, nem às autarquias e fundações. [prova] 
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao 
patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou 
em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, 
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto 
relativamente ao bem imóvel. 
Quando o imóvel for para uso de ente publico, é imune de pagamento de impostos. 
Imunidade religiosa 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - Instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto; 
Isso significa que qualquer culto religioso, desde que seja considerado religião. O território 
utilizado para o culto ou os serviços prestados para a propagação da religião, são imunes – a 
igreja, paroquia, catedral, templo budista, terreiro, sinagogas, mesquitas, etc., são todos 
imunes. Significa imunidade de impostos. Até os produtos de propagação da fé são imunes, 
por causa de aplicação extensiva concedida pelo STF (se a renda do estacionamento for 
direcionada para propagação da fé, por exemplo, é imune). 
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem 
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
Ou seja, se não for um serviço/renda/patrimônio essencial, pagará impostos. 
Imunidade condicional/condicionada 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - Instituir impostos sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive 
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem 
somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
É uma imunidade não autoaplicável. É condicional porque precisa de uma lei definindo os 
requisitos para ter essa imunidade. 
Observação 01: O requisito é que o partido precisa existir há mais de um ano e ter representação 
no congresso. 
Observação 02: entidades sindicais dos trabalhadores (se estende à federações e confederações) 
que gozam de imunidade, não o patronal. Requisito: ter registro sindical (perante o MT, 
atentando a unicidade); a federação precisa de 5 sindicatos e a confederação precisa de 3 
sindicatos. 
Observação 03: não é qualquer instituição de ensino, tem que ser uma instituição de educação 
sem fins lucrativos (sem distribuição de lucros) – ex: Mackenzie e PUC têm imunidade, porque 
não têm distribuição de lucros entre os dirigentes, só paga salário (a distribuição de lucros 
acarretaria na perda da imunidade). Mackenzie não tem imunidade sob todos os tributos. A 
mesma coisa para as entidades de assistência social – não são todas que tem imunidade, só as 
sem fins lucrativos. Requisito da instituição de ensino: não distribuir lucro e pedir pela 
imunidade. 
Imunidade objetiva 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - Instituir impostos sobre: 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua 
impressão. 
É autoaplicável e abrange todos os impostos. STF já estendeu esse entendimento para as placas 
de impressão das revistas e periódicos. Também se aplica a livros eletrônicos. Há a discussão 
sobre se aparelhos de leitura de livros devem ser imunes. 
Imunidade cultural/musical (acrescentada em 2013) 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - Instituir impostos sobre: 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas 
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais 
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. 
Essa é a imunidade do CD e do DVD. 
EXERCÍCIOS PARA CASA 
1. Ler dos artigos 145 ao 156 e procurar outras imunidades. 
ITR – artigo 153, IV, §4º, II 
IPTU – não tem outra imunidade 
ITBI – artigo 156, §2º, I – ou seja, se a pessoa física tiver um bem e quiser o integrar ao 
patrimônio da empresa, pode fazer sem pagar imposto; desde que o fim dessa empresa não seja 
de compra e venda. 
ITCMD – não tem imunidade. 
2. Procurar outros tributos e ver se eles têm imunidades. 
3. Quais são as atividades feitas por lei complementar e por lei ordinária? 
Lei complementar: 146, 146-A, 148, 153-II, 154-I, 155-I-§1º-III e 155-II-§2º-XII. 
Lei ordinária: 149-§4º, 149-A, 150-I // III // §§ 5º e 7º, 153-III-§2º-I // 153-IV-§3º-IV // 153-
VI-§4º-II e III 
A regra, no direito tributário, é que tudo será previsto em lei ordinária – a lei complementar 
será usada quando houverem exceções. Quem determina o conflito de competência entre 
União, Estados, DF e Municípios, por exemplo, é uma lei complementar. 
A obrigação tributaria, uma vez lançada, constitui o crédito. O que as pessoas pagam de IPVA 
não é a obrigação tributaria, mas o crédito. O lançamento é um ato administrativo que visa 
responder cinco perguntas: (i) devo pagar? (ii) a quem devo pagar? (iii) quando devo pagar? 
(iv) quanto devo pagar? (v) como devo pagar? 
O lançamento tributário, portanto, é a quantificação da obrigação. 
22 de março de 2018 
PERGUNTAS PARA ESTUDAR 
1. O que é tributo? 
É uma prestação pecuniária compulsória, em moeda corrente ou cujo valor nela se possa 
exprimir, instituída em lei, que não seja sanção por atos ilícitos, cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
2.Quais as espécies tributárias? 
Impostos; taxas; contribuições de melhoria; empréstimos compulsórios; e contribuições 
sociais/especiais. 
3. O que é imposto? 
O artigo 16 do CTN fala que imposto é “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 
4. O que é fato gerador e hipótese de incidência? 
Hipótese de incidência: norma em abstrato, pois, apesar de estar em vigor, ela só propaga 
resultados se tiver fato gerador. 
Fato gerador de um tributo: é, por exemplo, ter um carro, que causa a obrigação de pagamento 
do IPVA. É um ato concreto da vida, que quando ocorre, se tiver previsto anteriormente na 
incidência, gerará obrigação tributaria. 
5. Em que consiste a atividade financeira do Estado? 
A atividade financeira do Estado é macroeconômica, é um conjunto de formas de obtenção de 
receita para o cumprimento de despesas e gestão de recursos (Aleomar Baleeiro). Nosso estudo 
é uma das formas de obtenção de receita pelo Estado, que é a de arrecadação tributaria. O 
orçamento do Estado é feito mediante lei. 
6. O que é competência tributária? 
Competência tributária é a aptidão para criar tributos, mediante a edição do necessário veículo 
legislativo (art. 150, I, CR), indicador de todos os aspectos de sua hipótese de incidência. 
7. Quais são as modalidades de competência tributaria existentes? 
Privativa ou exclusiva; comum; residual; especial; extraordinária; híbrida ou mista. 
8. Quais são as características da competência? 
A competência é sempre prevista na Constituição, é indelegável, é o poder de tributar, é a 
responsabilidade pela instituição de tributos. A competência é irrenunciável (por estar previsto 
constitucionalmente, não pode ser renunciável – o ente não se pode negar a ser o ente 
regulamentador); é incaducável (ou seja, não tem expiração, não tem prazo de validade); e é 
facultativa (não posso renunciar, mas posso deixar de instituir a lei – como no caso do IGF, 
que, apesar da previsibilidade, não existe a lei complementar regulamentadora). 
9. Diferencie competência e capacidade tributaria ativa. 
COMPETÊNCIA CAPACIDADE 
Previsão na Constituição Previsão em lei 
Indelegável Delegável 
Tem mais força devido à dificuldade em 
alterar a CF 
Menos força (a lei normal pode ser por 
prazo determinado, pode ser revogável, etc. 
É poder de tributar, é a responsabilidade 
pela instituição de tributos 
É poder de cobrança, responsabilidade pela 
cobrança e fiscalização. 
Irrenunciável Renunciável 
Incaducável Caducável (pode ter prazo de validade, 
porque é feita por lei) 
10. Quem são as pessoas dotadas de competência tributaria? 
União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 
11. Quais são as limitações ao poder de tributar? 
As limitações definidas pela Constituição (garantias constitucionais que vedam o poder de 
tributar), são os princípios e imunidades. 
12. Qual o subprincípio ao principio da legalidade? 
Tipicidade fechada. 
13. O principio da legalidade é de aplicação geral ou especifica? Explique. 
O principio da legalidade é de aplicação especifica, visto que não se aplica ao imposto de 
importação, de exportação, produtos industrializados e operações financeiras. 
14. Em que consiste o principio da vedação ao efeito cascata? 
O principio da vedação ao efeito cascata visa evitar esse efeito, determina que haja 
compensação de tributos a cada operação. 
O imposto devido na operação mercantil ou na prestação de serviço de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação anterior representará um crédito a ser deduzido da quantia 
de imposto a pagar nas operações mercantis e prestações de serviços subsequentes. Mediante 
a não cumulatividade, evita-se o chamado “efeito cascata”, ou seja, a incidência de imposto 
sobre imposto. 
Na cadeia de produção, vou acumulando a cobrança de produtos – eu não posso acumular essa 
cobrança para o preço não ficar muito alto, então vou compensando uma etapa na outra 
(vedação ao efeito cascata). 
Grandes cadeias de supermercado não compram produtos de pequenos produtores porque eles 
têm uma compensação de créditos diferente (optante pelo SIMPLES – que dá muito trabalho e 
pouco resultado). 
ICMS e IPI têm vedação ao efeito cascata. 
15. O que é o principio da progressividade e a quais impostos se aplica? 
Significa que poderão existir alíquotas diferentes, em razão da capacidade contributiva, sem 
ferir o principio da isonomia. Quando vai aumentando a capacidade contributiva, a Lei pode ir 
fixando patamares de alíquotas. Se aplica a: ITR, IR, IPTU. 
16. Explique o principio da uniformização geográfica. 
O principio da uniformização geográfica significa que os tributos devem ser uniformes em todo 
o território nacional e não podem implicar distinção ou preferência em relação a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro. 
17. Qual o fato gerador do IOF? 
Operações de crédito, cambito, seguro ou transações com valores mobiliários. 
18. Qual o fato gerador do IGF? 
Não sabemos, porque não tem a lei falando que são grandes fortunas – não tem a hipótese 
incidente. 
19. Quais são os impostos de competência do Distrito Federal? 
ITCMD: Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e/ou Doações 
IPTU: Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana 
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
ITBI: Imposto de Transmissão de Bens Imóveis inter vivos 
IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor 
ISS: Imposto sobre Serviços de qualquer natureza 
20. Explique o principio da segurança jurídica e suas subdivisões. 
É visto como um principio acima dos outros princípios (um sobreprincípio). A segurança 
jurídica expressa-se, especialmente, pelas noções de legalidade, formal e material (artigos 5o 
e 150, I, CR), de isonomia e pelo caráter vinculado da atividade administrativa de cobrança do 
tributo (artigos 3º e 142, CTN). 
Segurança jurídica está prevista no artigo 5, quando fala que deve ser respeitada a coisa julgada, 
por exemplo. Esse principio tem uma forca axiológica maior que dos outros princípios. Da 
segurança jurídica, origina-se dois princípios: (i) principio da boa-fé é em relação aos 
contribuintes para com o Estado; e (ii) o principio da confiança legítima. 
21. O que é imunidade tributária? 
É a vedação de instituição de determinados produtos em determinadas situações. Pode ser 
definida como a “exoneração, fixada constitucionalmente, traduzida em norma expressa 
impeditiva da atribuição de competência tributária ou extraível, necessariamente, de um ou 
mais princípios constitucionais, que confere direito público subjetivo a certas pessoas, nos 
termos por ela delimitados, de não se sujeitarem à tributação”. 
22. O ouro goza de imunidade tributaria? Fundamente. 
O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se 
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido 
na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do 
montante da arrecadação (art. 153, §5º). Tem imunidade no IOF, quando for ativo financeiro 
ou instrumento cambial. 
23. Qual a diferencia entre a imunidade religiosa e a condicionada? 
A imunidade religiosa é autoaplicável e a condicionada não, sendo que ela depende dos 
requisitos previstos em lei. 
24. Com base no entendimento do STF, a imunidade objetiva pode ter aplicação 
extensiva? 
Sim, é. A imunidade objetiva é autoaplicável e abrange todos os impostos. STF já estendeu 
esse entendimento para as placas de impressão das revistas e periódicos. 
25. Qual o fato gerador das taxas? 
Art. 145. O exercício do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicosespecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 
26. Qual o fato gerador da contribuição de melhoria? 
A valorização do imóvel do contribuinte decorrente da obra pública. 
27. Qual o fato gerador das contribuições? 
Contribuições sociais: fato gerador é o financiamento da seguridade social (previdência, 
assistência e saúde). 
Contribuições especiais: sobre contribuições de intervenção do domínio econômico (CIDE) e 
sobre a contribuição para representação de categorias profissionais ou econômicas 
(contribuição sindical). Tem também a COSIP – contribuição para o custeio do serviço de 
iluminação publica. 
12 de abril de 2018 
FONTES DO DIREITO 
FONTES FORMAIS10 
1. Constituição Federal; 
2. Emendas Constitucionais; 
3. Leis Ordinárias (sua utilização é a regra); 
Lei ordinária x Lei complementar: a diferença entre elas é o quórum de aprovação (para lei 
ordinária, é maioria simples [metade dos membros presentes +1]; enquanto que para lei 
complementar é a maioria absoluta [metade dos membros da casa +1]). Não há hierarquia entre 
elas, no tributário. 
Obs.: o STF já decidiu, reiteradas vezes, que, em matérias excepcionadas pela Constituição, 
para que sejam regulamentadas por lei complementar, eventualmente, podem ser 
regulamentadas por lei ordinária, desde que a lei ordinária tenha sido aprovada com quórum 
de lei complementar. Nesse caso, a lei será constitucional. 
Obs2.: o STF também já definiu que matérias excepcionadas por lei complementar pela CF, 
podem, eventualmente, ser regulamentadas por lei ordinária, desde que essa lei seja 
recepcionada pela CF com lei complementar. Ex.: CTN (que é de 1966). 
4. Medida Provisória 
É um texto normativo emanado do poder executivo em caráter provisório ou temporário (com 
prazo de validade), que será transformado ou não em lei, após esgotado o seu prazo. Seu prazo 
 
10 Procurar para a prova: Impacto tributário em noticias sobre gastos governamentais. 
é de 120 dias, que pode ser prorrogado por mais 120 dias. Findo esse prazo, deve-se aprovar a 
medida como lei ou extingui-la. 
5. Decretos 
Ato executivo, emanado do presidente, com força normativa. Via de regra, é interpretativo de 
outras leis já existentes. 
6. Lei Delegada 
Delegada = competência legislativa transferida. É um texto normativo cuja responsabilidade 
instituidora foi transferida a outro ente federativo. 
7. Decreto Legislativo 
É um decreto emanado do poder legislativo, com tramite diferente das leis (emanado pelo 
presidente das casas). 
8. Tratados Internacionais 
Tratados internacionais de direito tributário (e outras matérias sem ser Direitos Humanos): 
infraconstitucional com aspecto de lei ordinária. Necessariamente precisam ser ratificados e 
internalizados no ordenamento jurídico brasileiro – uma vez internalizados, possuem aspectos 
infraconstitucionais equiparados à lei ordinária federal. 
Discussão: o STF já deu uma decisão falando que os tratados internacionais do DT equiparam-
se ao mesmo procedimento dos de Direitos Humanos. Artigo 98, CTN – inconstitucional ou 
não? 
Para prova, sempre tratar os tratados internacionais de DT como lei ordinária. 
9. Leis Complementares (exceção, prevista no art. 146, CF) 
Pouquíssimas coisas são por lei complementar. A lei complementar, de fato, tem pouca (pouca 
quantidade) importância para o direito tributário; já que a regra geral é a lei ordinária. As 
matérias que necessariamente precisam ser regulamentadas por lei complementar estão 
previstas no artigo 146 da CF sendo que as exceções estão entre os artigos 145 e 156 (ex.: 153, 
VII e 154, I). 
10. Resoluções do parlamento 
Alíquotas do IPVA são regulamentadas por resoluções do senado (casa do governo). 
As resoluções são textos com caráter normativo emanados somente por uma das casas do 
parlamento. Via de regra, são regulamentadoras de leis já existentes. 
FONTES COMPLEMENTARES 
1. Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (art. 100, I, CTN). 
Parecer de aplicação geral da AGU; portarias do ministério da faenda, etc. 
Visam interpretar as fontes formais. 
2. As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei 
atribua eficácia normativa. 
Ex.: resposta de consulta, decisões da câmara superior do conselho administrativo de recursos 
fiscais (CARF). 
As decisões administrativas são muito mais técnicas. 
3. As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. 
Exemplo: MEI não pode distribuir lucros se não fizer a contabilidade estruturada. 
4. Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios. 
Ex.: as alíquotas máximas e mínimas de ICMS são feitas por convenio (CONFAZ aprova os 
convênios de ICMS) – só que a maioria desses convênios são inconstitucionais, porque a lei 
determina que tem que ser aprovada pela unanimidade do CONFAZ, e o que se faz é aprovação 
por maioria. 
Convenio tem força normativa e, muito embora tenhamos vários em vigor, a grande maioria é 
inconstitucional, mas são validos porque o judiciário não foi acionado para verificar a 
constitucionalidade deles. São atos normativos proferidos por um conselho, o CONFAZ, que 
é a reunião de todos os estados, que tem um representante (secretários da fazenda de cada 
estado) que acordam as alíquotas máximas e mínimas aplicadas no pais, etc. (esse acordo é o 
convenio). 
FONTES SUBSIDIÁRIAS 
São fontes subsidiarias as sumulas vinculantes do supremo, súmulas dos tribunais pátrios, 
orientações jurisprudenciais e decisões judiciais reiteradas. 
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Artigo 100, CTN: a legislação tributaria é valida no território nacional, exceto nos casos em 
que seja reconhecida a extraterritorialidade. Ex.: lei regulamenta ICMS de certa mercadoria 
fora do país por causa de um tratado etc. 
Artigo 103, CTN: 
I: Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da 
publicação. 
II: As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei 
atribua eficácia normativa entram em vigor 30 dias após a publicação. 
III: Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios entram em 
vigor de acordo com a data neles prevista. 
Artigo 104, CNT: entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte aquele que ocorra a 
sua publicação os dispositivos da lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda. Não 
é inconstitucional. Ela fala em vigência, e o principio da anterioridade fala em eficácia. 
 
 
 
19 de abril de 2018 
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Artigo 105. A legislação tributaria aplica-se imediatamente aos fatos 
geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência 
tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. 
Exceções – casos em que a lei pode retroagir: 
Artigo 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 
excluída a aplicação da penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados. 
II – Tratando-se de ato não definitivamente julgado. 
a) quando deixar de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de trata-lo como contrário a qualquer exigência 
de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 
tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista 
na lei vigente ao tempo se sua prática. 
A legislação pode retroagir nos casos de deixar de exigir uma obrigação acessória (obrigação 
de fazer ou não fazer, não necessariamente de pagar), desde que esse ato obrigacional não tenha 
sido uma fraude ou implique no não pagamento de tributos. 
INTERPRETAÇÃODA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Artigo 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para 
aplicar a legislação tributaria utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
I – a analogia; 
II – os princípios gerais do direito tributário; 
III – os princípios gerais do direito público; 
IV – a equidade. 
§1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não 
previsto em lei. 
§2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA 
Os entes federativos, via de regra, dependem um do outro para o cumprimento de suas 
obrigações e pagamento de suas despesas. 
A arrecadação dos impostos serve para a integralidade do pagamento dos entes estatais. 
A repartição tributaria sempre vai ocorrer com tributos desvinculados de uma contraprestação 
estatal. 
Objetivo: serve para corrigir os desequilíbrios verticais e horizontais existentes em qualquer 
federação. 
Desequilíbrios verticais são descompassos entre a capacidade de tributar e as responsabilidades 
para pagar os gastos públicos por parte do governo. Ou seja, tenho um desequilíbrio vertical 
quando tenho mais despesa do que receita. 
Desequilíbrio horizontal é o descompasso que reflete na realidade e diferença inter-regionais 
de rendas. Ex.: onde tem mais arrecadação de ICMS? SP ou MT? Em SP, porque a circulação 
de mercadorias é maior. 
A União ajuda os estados e os municípios. Os estados ajudam os municípios. Os municípios 
não ajudam ninguém. 
Dois tipos de transferências: (i) constitucionais e (ii) infraconstitucionais. As constitucionais 
se subdividem em (a) diretas e (b) indiretas. As constitucionais diretas acontecem quando um 
ente federativo entrega dinheiro para o outro. As constitucionais indiretas acontecem quando o 
ente federativo recebe dinheiro via um fundo de participação. As infraconstitucionais 
acontecem quando um ente federativo decide ajudar o outro, por meio de leis, etc. 
26 de abril de 2018 
Cai na prova: 
ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO 
Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? 
União Estado e DF 100% 
Imposto de renda retido na fonte de 
seus funcionários (157, I) 
União Município e DF 100% 
Imposto de renda retido na fonte de 
seus funcionários (158, I) 
União Estado e DF 20% Imposto residual (157, II) 
União Município e DF 50% ITR (158, II primeira parte) 
União Município e DF 100% 
Se os municípios toparem fazer a 
fiscalização, eles recebem da União 
100% do ITR (158, II segunda 
parte) 
Estado Município 50% IPVA (158, III) – se tem um 
município com mais veículos, ele 
ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO 
Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? 
receberá mais do que os outros. A 
distribuição é proporcional. 
Estado Município 25% 
ICMS (158, IV) 
¾ para os Municípios onde houver 
ocorridos as operações de 
circulação de mercadoria (158, IV, 
p. único, I) 
¼ nos termos da lei (158, IV, p. 
único, II) – tem que ver lei por lei. 
Via de regra, a lei diz que tem que 
ter um equilíbrio entre os 
municípios, sendo que o ¼ tem que 
ser direcionado para os municípios 
que pouco comercializaram, para 
tentar diminuir o desequilíbrio. 
União Estado e DF 21,5% de 49% 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, a) 
União Município 22,5% de 49% 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, b) 
União 
Municípios das 
Regiões Norte, 
Nordeste e 
Centro-Oeste 
(regiões 
economicamente 
menos 
desenvolvidas) 
3% de 49% 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, c) 
União 
Municípios do 
Nordeste 
Metade da parte 
que cabe ao 
Nordeste (3%) 
deve ir para a 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, c) 
ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO 
Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? 
Região de clima 
semiárido 
União Município 
1% de 49% em 
dezembro (é 
passado em 
dezembro e 
julho porque 
esse 1% vai para 
o fomento do 
pagamento da 
folha de 
pagamento: 13º 
salário – é um 
reforço de caixa 
para pagamento 
de 13º) 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, 
d). [Prova: o que é o Fundo de 
Participação dos Municípios? É 
uma conta reserva do município (ou 
do estado) que integra o orçamento 
– depende da lei orçamentária de 
cada lugar, que fala de onde usarão 
o dinheiro, se do fundo normal ou 
de participação – é provido pela 
União, ou seja, se os 
municípios/estados não conseguem 
prover, a União proverá (exemplo 
dos pais)] 
União Município 
1% de 49% em 
julho 
Impostos sobre renda e proventos 
de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados (159, I, e) 
União Estado e DF 10% IPI (159, II) 
Estado Município 25% dos 10% IPI recebido da União (159, §3º) 
União Estado e DF 29% 
CIDE - Combustível 
Contribuição de intervenção no 
domínio econômico relativa às 
atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus 
derivados, gás natural e seus 
derivados e álcool combustível 
(159, III) 
Estado Município 25% dos 29% 
Da contribuição de intervenção no 
domínio econômico recebida pela 
União. (159, §4º) 
ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO 
Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? 
União Estado e DF 30% 
IOF (ouro como ativo financeiro – 
que é uma receita de investimento, 
é sempre uma forma de 
investimento das empresas, não 
necessariamente vinculada à 
atividade principal da empresa) 
(153, §5º, I) 
União Município 70% 
IOF (ouro como ativo financeiro – 
que é uma receita de investimento, 
é sempre uma forma de 
investimento das empresas, não 
necessariamente vinculada à 
atividade principal da empresa) 
(153, §5º, II)

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