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SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL MARIANA BAETA PROVAS Sem consulta P1: 29/03 – princípios, exceções, fato gerador, conceito de tributos, tudo até o dia da prova. P2: 24/05 – decorar a tabela de repartição – 5 questoes BIBLIOGRAFIA Regina Helena Costa – Direito tributário, Constituição Federal, Código Tributário Nacional 08 de fevereiro de 2018 SISTEMA TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL Atividade financeira do Estado é macroeconômica, é um conjunto de formas de obtenção de receita para o cumprimento de despesas e gestão de recursos (Aleomar Baleeiro). Nosso estudo é uma das formas de obtenção de receita pelo Estado, que é a de arrecadação tributaria. O orçamento do Estado é feito mediante lei. Tributos são o objeto da arrecadação tributária. O que é tributo (tem que preencher todos os requisitos)? É uma prestação pecuniária (pagamento em dinheiro) compulsória (obrigatório), em moeda (corrente) ou cujo valor nela se possa exprimir (selos estampilhas1 ou imóveis2), instituída em lei (tudo tem que ser regulamentado por lei em matéria tributária, assim como no direito administrativo), que não seja sanção por atos ilícitos (multa é uma sanção de ato ilícito, por exemplo – a multa tributária também não é um tributo, é uma figura comparada que veremos mais pra frente), cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (Estado não tem voluntariedade na cobrança, o Estado cobra porque um ato ordenado pela lei, extremamente vinculado à lei). Secretaria da Receita Federal > Ministério da Fazenda > Executivo > Temer. Tudo, no Direito Tributário, tem que ser previsto e detalhado em lei. Tributo é um gênero e, como gênero, possui espécies, que se diferenciam pelo fato gerador e pela destinação da arrecadação tributária: • Impostos • Taxas; • Contribuições de melhoria; • Empréstimos compulsórios; e • Contribuições sociais/especiais. 1 Selos do lacre de cerveja ou de cigarro, por exemplo. Mas está em desuso. 2 CTN autoriza dação em pagamento de bens móveis. Alguns entes federativos regularizaram entes imóveis. A dação em pagamento de bens imóveis só pode ocorrer perante entes federativos em que haja regulamentação. Observação: perante a união federal, a lei regulamentadora está suspensa por uma liminar concedida pelo STF em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. IMPOSTOS BRASILEIROS UNIÃO (art. 153) UNIÃO (art. 154) E/DF (art. 155) M/DF (art. 156) II: Imposto sobre Importação Imposto de competência Residual3 ITCMD: Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e/ou Doações IPTU: Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana IE: Imposto sobre Exportação Imposto Extraordinário de guerra ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ITBI: Imposto de Transmissão de Bens Imóveis inter vivos IR: Imposto sobre a Renda (ou proventos de qualquer natureza) IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor ISS: Imposto sobre Serviços de qualquer natureza IPI: Imposto sobre Produção Industrial IOF: Imposto sobre Operações Financeiras (crédito, cambio, seguro, e transações com valores mobiliários) ITR: Imposto Territorial Rural IGF: Imposto sobre Grandes Fortunas4 15 de fevereiro de 2017 Tudo que vamos estudar tem principio na constituição. Embora a regulamentação de tributos possa ser definida em leis complementares, a definição de tributo é apenas a que está na Constituição Federal. Se a CF não falar que é espécie tributaria, então não existirá – tributo só existe se estiver previsto na CF. 3 Bitcoin poderia ser regulamentado pelo Imposto Residual, se não couber no IOF. No Brasil, enquanto não tiver regulamentação, não tem como saber o que o bitcoin de fato é. 4 Ninguém paga o IGF, porque não existe a lei complementar regulamentadora. Art. 145. “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir5 os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.” Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 5 Instituição é a responsabilidade pela criação de lei regulamentadora de determinado tributo (é o poder de tributar, que é igual à competência). I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) O artigo 145 mostra que os tributos poderão ser instituídos pela União, pelos Estados, pelo DF e pelos municípios. Os artigos 148 e 149 mostram que só a União poderá ser responsável pela instituição dos dois últimos tipos de tributos (empréstimo compulsório e contribuições). Compete aos municípios cobrar empréstimos compulsórios? A cobrança é atividade plenamente vinculada à lei – se tiver uma lei falando que pode cobrar, tudo bem; o que nãopode é ter uma lei falando que municípios podem instituir empréstimos compulsórios (porque isso é de competência apenas da União). [PROVA] AS CARACTERÍSTICAS E AS DIFERENÇAS ENTRE COMPETÊNCIA TRIBUTARIA E CAPACIDADE ATIVA TRIBUTARIA: 1. A competência é sempre prevista na Constituição, enquanto a capacidade tem sempre previsão legal. 2. A competência é indelegável, enquanto a capacidade é delegável. 3. É mais fácil alterar lei do que alterar a constituição (posso ter lei por prazo determinável, posso ter uma lei revogável por outra lei, etc.), o que torna a competência muito mais forte do que a capacidade. 4. Quem detém a competência também detém a capacidade. 5. A capacidade é poder de cobrança, responsabilidade pela cobrança e fiscalização; a competência é poder de tributar, é a responsabilidade pela instituição de tributos. 6. A competência é irrenunciável (por estar previsto constitucionalmente, não pode ser renunciável – o ente não se pode negar a ser o ente regulamentador); enquanto a capacidade é renunciável (o ente pode se negar a cobrar algo, é renunciável). 7. A competência é incaducável (ou seja, não tem expiração, não tem prazo de validade); enquanto a capacidade é caducável (pode ter prazo de validade, até porque é feita por lei, que pode ter prazo – se a lei for de prazo indeterminado, ela pode ser revogada por uma lei posterior; ou seja, é caducável anyways). 8. A competência é facultativa (não posso renunciar, mas posso deixar de instituir a lei – como no caso do IGF, que, apesar da previsibilidade, não existe a lei complementar regulamentadora); assim como a capacidade. Observação: não interessa se a renda foi obtida de forma licita ou ilícita, deve ser declarada. AS MODALIDADES DA COMPETÊNCIA6: 1. Privativa ou exclusiva Diferença da competência exclusiva para a privativa na Constituição: a exclusiva não pode ser delegada por lei, enquanto a privativa pode (em matéria constitucional existe competência concorrente, o que não existe em matéria tributária). Só que competência TRIBUTÁRIA não pode ser delegada, então não existe diferença, em matéria tributaria, entre exclusiva e privativa, são sinônimos. Somente um ente federativo poderá instituir tributo, é competência única (pois competirá a um único ente federativo a instituição de um tributo). Exemplos: 149; 153; 154; 155; 156. Quem pode instituir ITBI no país? O Município e só ele. É uma competência única. O IGF só pode ser instituído pela União e só pela União. 2. Comum É a competência de todos os entes federativos. Exemplos: 141, II; 145. Todos (União, Estados, DF e municípios) podem instituir taxas, por exemplo. Competência comum é o que qualquer um pode fazer. Outro exemplo são as contribuições de melhoria, que também são de competência comum. 3. Residual É a prevista no artigo 154, I, que visa instituir novos impostos, diferentes dos já previstos na Constituição Federal. Só se aplica a impostos e só quem possui essa competência é a União. 4. Especial Não são todos os doutrinadores que concordam com essa competência. Os que admitem essa separação em competência especial, falam que ela só trata de empréstimos compulsórios e contribuições (em razão da natureza jurídica desses tributos) e que é uma competência apenas atribuída à União. Em tese, só teriam três espécies tributárias, sendo que por isso que os empréstimos compulsórios e contribuições são considerados de competência especial, por não serem considerados, por muitos, espécies tributárias. 6 Nesse semestre, a COMPETÊNCIA é o nosso objeto de estudo. 5. Extraordinária Quem tem competência extraordinária é a União, que é para instituir o imposto de guerra na sua existência ou eminência (art. 154, II). 6. Híbrida ou mista (ou cumulativa) Essa é a competência do Distrito Federal, porque ele acumula a função de Estado e de Município. Como é um ente federativo distinto, tem uma competência distinta, que também pode ser chamada de cumulativa, porque acumula as funções de Estado e Município. *Estudar competência para a próxima aula. 22 de fevereiro de 2018 A relação tributaria é uma relação triangular: para eu ter uma obrigação tributária, eu preciso ter um fato gerador e uma hipótese de incidência. • Hipótese de incidência: norma em abstrato, pois, apesar de estar em vigor, ela só propaga resultados se tiver fato gerador. • Fato gerador de um tributo: é, por exemplo, ter um carro, que causa a obrigação de pagamento do IPVA. É um ato concreto da vida, que quando ocorre, se tiver previsto anteriormente na incidência, gerará a relação triangular. FATOS GERADORES NOS ARTIGOS 153, 154, 155 E 156 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; Fato gerador do II: importar produtos estrangeiros. II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; Fato gerador do IE: exportar produtos nacionais ou nacionalizados. III - renda e proventos de qualquer natureza; Fato gerador do IR: auferir renda ou provento de qualquer natureza. IV - produtos industrializados; Fato gerador Hipótese de incidência Obrigação tributária Fato gerador do IPI7: produção industrial em grande escala. V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; Fato gerador do IOF: operações de crédito, cambito, seguro ou transações com valores mobiliários8. VI - propriedade territorial rural; Fato gerador ITF: propriedade de imóvel em área territorial rural. VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Fato gerador do IGF: não sabemos, porque não tem a lei falando que são grandes fortunas – não tem a hipótese incidente. Renda, segundo o STJ, é qualquer acréscimo patrimonial oriundo da atividade profissional do contribuinte. Exemplo: se o contribuinte é empregado, é o salário dele; se ele é empresário, é a distribuição de lucros e o pro labore; se ele é uma imobiliária, é a comissão de corretagem. A bolsa auxilio do estagiário é renda também. A aposentadoria é renda também. Proventos, por outro lado, é todo acréscimo patrimonial não compreendido em renda. Exemplo: pensão ou recebimento de aluguel. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; Fato gerador do Imposto Residual: não sabemos, porque não tem a lei. II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Fato gerador do Imposto extraordinário de guerra: é a guerra ou a iminência de guerra – País em estado de alerta ou estado de guerra. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; Fatos geradores do ITCMD: (i) transmissão em razão da morte e/ou (ii) a transmissão graciosa (gratuita). II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 7 Fato interessante: se eu produzir o barril de vinho, não tem imposto – tem imposto quando eu engarrafo o vinho. 8 Venda de ações no mercado financeiro (CVM). comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; Fato gerador do ICMS: (i) circulação de mercadorias; (ii) prestação de serviços de transportes de bens ou de pessoas interestadual; (iii) prestação de transporte de bens ou de pessoasintermunicipal; e (iv) prestação de serviço de comunicação. III - propriedade de veículos automotores. Fato gerador do IPVA: ter um veículo automotor (não é sobre qualquer veiculo automotor: aeronaves, embarcações e tratores não são compreendidos). Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; Fato gerador do IPTU: imóvel (mesmo terreno com área não construída) localizado em território urbano. Quem paga o ITR não paga o IPTU. II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; Fato gerador do ITBI: transmissão onerosa de bens imóveis. Exemplo: Joao e maria vão se separar. O patrimônio total é de 500 mil (sendo duas casas, cada uma de 200, um apartamento de 100 mil, um carro de 50 mil e um carro de 40 mil). Decidem que Maria ficará com 440 mil – ou seja, ela vai ficar com mais da metade (295 mil), então tem que pagar imposto de doação sobre a diferença do valor que ela deveria ter recebido (295) e do valor que ela recebeu (440), de 145 mil. Se o Joao decidir vender parte dos bens pra ela, ela terá que pagar o ITBI (excluindo o valor do carro, porque é bem móvel). III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. Fato gerador do ISS: serviços de qualquer natureza, desde que não sejam os já regulamentados pelo ICMS9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR Competência tributária: é a aptidão de criar tributos, mediante a edição do necessário veiculo legislativo. É o poder de tributar. Não é absoluta, já que é juridicamente limitada pela Constituição (garantias constitucionais que vedam o poder de tributar), por princípios e imunidades. 9 Quem paga ICMS, não paga ISS. Quem paga IPTU, não paga ITR. PRINCÍPIOS • Expressos: aqueles que são positivados de forma clara no texto constitucional. • Implícitos: aqueles que eu consigo compreender através de uma analise conjunta dos dispositivos constitucionais. • Gerais: são os princípios que se aplicam a todos os tributos. • Específicos: são os princípios que se aplicam apenas a alguns tributos. 01 de março de 2018 Principio da legalidade Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Se eu não tenho uma lei anterior, não tenho uma obrigação tributária. Principio da legalidade da tipicidade fechada, ou seja, que não basta apenas haver a previsão legal – a previsão tem que ser no tipo determinado pela Constituição Federal. Se a CF falar que será por lei complementar, será por lei complementar – ou violará o principio da legalidade. Se não falar o tipo de lei, terá que falar lei ordinária – ou violará o principio da legalidade. O principio da legalidade é de aplicação especifica. Exemplo: IOF, que é um imposto que tem como função principal (além da arrecadação) o controle da economia. Exceções: imposto de importação, de exportação, produtos industrializados e operações financeiras. Principio da irretroatividade Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; É um principio expresso e de aplicação geral. Esse principio significa que fatos geradores anteriores à lei não geram obrigações tributárias. Principio da isonomia Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; É um principio expresso e de aplicação geral. Significa que deve haver tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais. Exemplo: portadores de deficiência física tinham desconto na compra de carros e no pagamento do IPVA. Principio da vedação ao confisco Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco; Princípio expresso e de aplicação geral. Confisco é quando o Estado toma para si bens do contribuinte, é um conceito subjetivo (volátil na jurisprudência). Segundo o STJ, a cobrança tributaria não pode ser tão alta que inviabilize a ocorrência do fato gerador (ex.: o IPVA não pode ser tão alto que eu tenha que vender meu carro para pagar). Na dúvida, qualquer excesso de cobrança deve ser alegado como violação ao principio da vedação ao confisco. Principio da vedação ao tráfego de bens ou pessoas Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; Princípio expresso e de aplicação geral. Não posso vedar trafego de pessoas e bens, salvo os pedágios (que é taxa). Principio da uniformidade geográfica Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; Principio expresso e de aplicação especifica (só é aplicável aos tributos de competência da União). Exceções: concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilibro do desenvolvimento sócio-econômico entra as diferentes regiões do País. A indústria só precisa fazer a montagem do seu produto no lugar que tem incentivos fiscais pra receber o beneficio. Principio da vedação a descriminação em razão da origem e destino Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Principio expresso e de aplicação especifica (só de competência estadual, municipal e do distrito federal). Exemplo: vedação a alíquotas diferentes dependendo do estado originário. Principio da capacidade contributiva Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Principio expresso e aplicação geral. A cobrança tem que ser igual (há isonomia), mas a capacidade contributiva não – porque ela é baseada na base de calculo individualizada. Ex.: Há isonomia entre o Neymar e a Mariana – porque a cobrança é igual (27,5%), só a capacidade contributiva usada de base que não. Não fere o principio da isonomia. Principio da progressividade Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; § 2º O imposto previsto no inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; Principio expresso. Significa que poderão existir alíquotas diferentes, em razão da capacidade contributiva, sem ferir o principio da isonomia. Quando vai aumentando a capacidade contributiva, a Lei pode ir fixando patamares de alíquotas. Por exemplo, se a capacidade contributiva é x, a alíquota pode ser y; enquanto se a capacidade for 3x, a alíquota pode ser 2y + w. São faixas de acréscimos patrimoniais e de capacidades contributivas. Não viola a isonomia porque quem ganha mais não é igual a quem ganha menos (tratamento desigual aos desiguais). Exemplo: ITR – leva em consideração a produtividade, localização, área construída, etc. Quanto maior a terra, maior o imposto. Principio da segurança jurídica É um principio implícito. Dele que se desdobra a supremacia do interesse público. É vista como um principio acima dos outros princípios (Mariana acredita que é um sobreprincípio). Além da supremacia do interesse publico atrelado a segurança jurídica, há também o da boa fé objetiva e da confiança jurídica do contribuinte. Segurança jurídica esta prevista no artigo 5, quando fala que deve ser respeitada a coisa julgada, por exemplo. Esse principio tem uma forca axiológica maior que dos outros princípios. Da segurança jurídica, origina-se dois princípios: 1. O principio da boa-fé é em relação aos contribuintes para com o Estado, devendo se presumir a boa-fé dos atos do contribuinte, exigindo-se prova concreta para caracterização da má-fé (ninguém é culpado até que se prove o contrário). O nosso Estado hoje vive numa situação de exceção, porque presume-se a má-fé do contribuinte em todos os casos. No processo tributário, presunção de fraude significa prova de fraude – isso fere a boa-fé. 2. O principio da confiança legítima, por outro lado, parte da relação do Estado para com os contribuintes, pois há de se acreditar que o Estado seguirá os princípios do direito tributário. A supremacia do interesse público significa que, quando os princípios estão em conflito, o interesse publico se sobressai ao interesse privado. Principio da anterioridade Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; É um principio expresso e de aplicação especifica (tem uma lista de exceções). Se a lei for publicada hoje (01 de março de 2018), ela passa a ter eficácia no exercício financeiro subsequente (ou seja, em janeiro do ano que vem), devido ao principio da anterioridade. Principio da anterioridade mínima Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; É um principio expresso. Também é conhecido como principio da noventena ou da anterioridade nonagesimal. Tem vigência na data da publicação, mas só tem eficácia noventa dias depois da publicação. Anterioridade e anterioridade mínima andam juntos. Exemplo: lei publicada em 01 de marco de 2018. Pelo principio da anterioridade, terá eficácia a partir de 01 de janeiro de 2019. Pelo principio da anterioridade mínima, dia x de junho de 2018. Se o dia mais longe for o de janeiro, ele será o dia que ela terá eficácia. Mas, por exemplo, lei publicada em 15 de dezembro de 2018, ela terá eficácia, pelo principio da anterioridade, em 01 de janeiro de 2019 e pela anterioridade mínima no dia x de marco de 2019 – ela terá eficácia, então, só em março. O dia que a lei terá eficácia será o que for o mais longe (considerando os princípios). A noventena e o próximo exercício financeiro devem ser acumulados para que a lei tenha eficácia. Não confundir: diferente do principio da anualidade, que determina que só é possível determinar ou majorar tributos decorrido um ano da data que foi publicada a lei. Esse principio não foi recepcionado pela constituição de 88. 08 de março de 2018 AS EXCEÇÕES AOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE E ANTERIORIDADE MÍNIMA. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. Exceções ao princípio da Anterioridade Artigo 150, §1º II Regra geral: aplica-se o princípio da anterioridade mínima. Caso também seja exceção na anterioridade mínima, aplica- se imediatamente. IE IPI IOF Imposto Extraordinário de Guerra Empréstimos compulsórios em caso de calamidade pública ICMS combustível CIDE combustível Contribuição para a seguridade social Exceções ao principio da Anterioridade mínima Artigo 150, § 1º II Aplicação imediata (dias corridos – pode entrar em vigor em finais de semana e feriados) se for também exceção ao principio da anterioridade. Caso não seja exceção ao da anterioridade, é ele o princípio aplicado. IE IOF Imposto Extraordinário de Guerra Empréstimos compulsórios em caso de calamidade pública IPVA (base de cálculo) IPTU (base de cálculo) IR Exercícios IPI 08.03.18 Exceção ao principio da anterioridade, aplica-se o principio da anterioridade mínima. Será em algum dia de 06/2018. IOF 15.12.18 Exceção ao principio da anterioridade e da principio da anterioridade mínima. Será de aplicação imediata. IPI 15.12.18 Exceção ao principio da anterioridade, aplica-se o principio da anterioridade mínima. Será em algum dia de 03/19. IOF 08.03.18 Exceção ao principio da anterioridade e da principio da anterioridade mínima. Será de aplicação imediata. IR 08.03.18 Exceção ao principio da anterioridade mínima, será aplicado no próximo exercício fiscal. ISS 08.03.18 Não é exceção, será aplicado no próximo exercício fiscal. IR 15.12.18 Exceção ao principio da anterioridade mínima, será aplicado no próximo exercício fiscal. ISS 15.12.18 Não é exceção, será aplicado em 90 dias, em algum dia de 03/19. Para próxima aula – Exercício: escolher duas datas, uma no primeiro e uma no segundo semestre, e fazer a aplicação dos artigos 153, 154, 155 e 156. CONTINUAÇÃO DOS PRINCÍPIOS Principio da vedação ao efeito cascata e o principio da não cumulatividade. Se aplicam só ao ICMS e IPI. O principio da vedação ao efeito cascata (expresso e de aplicação especifica), para evitar esse efeito, determina que haja compensação de tributos a cada operação. Ex.: A incidência do ICMS em todos os momentos da cadeia produtiva, gerando o efeito cascata (de tributo sob tributo). Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviçoscom o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; O principio da não cumulatividade (expresso e de aplicação especifica) significa que o tributo não poderá integrar a base de cálculo em outra etapa da cadeia produtiva Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; § 3º O imposto previsto no inciso IV: II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; Principio da seletividade É um principio expresso. Significa que quanto mais essencial é um produto, menor será a tributação. Se aplica ao ICMS e ao IPI. Artigos de luxo, por exemplo, devem ser mais tributados do que itens da cesta básica. Porém, esse é o principio mais violado do nosso ordenamento jurídico. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; § 3º O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS É a vedação de instituição de determinados produtos em determinadas situações. Imunidade recíproca Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - Instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Ou seja, não são cobrados impostos (não tributos!) sobre a renda, patrimônio ou serviços de um ente sob o outro, nem às autarquias e fundações. [prova] § 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Quando o imóvel for para uso de ente publico, é imune de pagamento de impostos. Imunidade religiosa Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - Instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; Isso significa que qualquer culto religioso, desde que seja considerado religião. O território utilizado para o culto ou os serviços prestados para a propagação da religião, são imunes – a igreja, paroquia, catedral, templo budista, terreiro, sinagogas, mesquitas, etc., são todos imunes. Significa imunidade de impostos. Até os produtos de propagação da fé são imunes, por causa de aplicação extensiva concedida pelo STF (se a renda do estacionamento for direcionada para propagação da fé, por exemplo, é imune). § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Ou seja, se não for um serviço/renda/patrimônio essencial, pagará impostos. Imunidade condicional/condicionada Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - Instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. É uma imunidade não autoaplicável. É condicional porque precisa de uma lei definindo os requisitos para ter essa imunidade. Observação 01: O requisito é que o partido precisa existir há mais de um ano e ter representação no congresso. Observação 02: entidades sindicais dos trabalhadores (se estende à federações e confederações) que gozam de imunidade, não o patronal. Requisito: ter registro sindical (perante o MT, atentando a unicidade); a federação precisa de 5 sindicatos e a confederação precisa de 3 sindicatos. Observação 03: não é qualquer instituição de ensino, tem que ser uma instituição de educação sem fins lucrativos (sem distribuição de lucros) – ex: Mackenzie e PUC têm imunidade, porque não têm distribuição de lucros entre os dirigentes, só paga salário (a distribuição de lucros acarretaria na perda da imunidade). Mackenzie não tem imunidade sob todos os tributos. A mesma coisa para as entidades de assistência social – não são todas que tem imunidade, só as sem fins lucrativos. Requisito da instituição de ensino: não distribuir lucro e pedir pela imunidade. Imunidade objetiva Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - Instituir impostos sobre: d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. É autoaplicável e abrange todos os impostos. STF já estendeu esse entendimento para as placas de impressão das revistas e periódicos. Também se aplica a livros eletrônicos. Há a discussão sobre se aparelhos de leitura de livros devem ser imunes. Imunidade cultural/musical (acrescentada em 2013) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - Instituir impostos sobre: e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Essa é a imunidade do CD e do DVD. EXERCÍCIOS PARA CASA 1. Ler dos artigos 145 ao 156 e procurar outras imunidades. ITR – artigo 153, IV, §4º, II IPTU – não tem outra imunidade ITBI – artigo 156, §2º, I – ou seja, se a pessoa física tiver um bem e quiser o integrar ao patrimônio da empresa, pode fazer sem pagar imposto; desde que o fim dessa empresa não seja de compra e venda. ITCMD – não tem imunidade. 2. Procurar outros tributos e ver se eles têm imunidades. 3. Quais são as atividades feitas por lei complementar e por lei ordinária? Lei complementar: 146, 146-A, 148, 153-II, 154-I, 155-I-§1º-III e 155-II-§2º-XII. Lei ordinária: 149-§4º, 149-A, 150-I // III // §§ 5º e 7º, 153-III-§2º-I // 153-IV-§3º-IV // 153- VI-§4º-II e III A regra, no direito tributário, é que tudo será previsto em lei ordinária – a lei complementar será usada quando houverem exceções. Quem determina o conflito de competência entre União, Estados, DF e Municípios, por exemplo, é uma lei complementar. A obrigação tributaria, uma vez lançada, constitui o crédito. O que as pessoas pagam de IPVA não é a obrigação tributaria, mas o crédito. O lançamento é um ato administrativo que visa responder cinco perguntas: (i) devo pagar? (ii) a quem devo pagar? (iii) quando devo pagar? (iv) quanto devo pagar? (v) como devo pagar? O lançamento tributário, portanto, é a quantificação da obrigação. 22 de março de 2018 PERGUNTAS PARA ESTUDAR 1. O que é tributo? É uma prestação pecuniária compulsória, em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída em lei, que não seja sanção por atos ilícitos, cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 2.Quais as espécies tributárias? Impostos; taxas; contribuições de melhoria; empréstimos compulsórios; e contribuições sociais/especiais. 3. O que é imposto? O artigo 16 do CTN fala que imposto é “o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 4. O que é fato gerador e hipótese de incidência? Hipótese de incidência: norma em abstrato, pois, apesar de estar em vigor, ela só propaga resultados se tiver fato gerador. Fato gerador de um tributo: é, por exemplo, ter um carro, que causa a obrigação de pagamento do IPVA. É um ato concreto da vida, que quando ocorre, se tiver previsto anteriormente na incidência, gerará obrigação tributaria. 5. Em que consiste a atividade financeira do Estado? A atividade financeira do Estado é macroeconômica, é um conjunto de formas de obtenção de receita para o cumprimento de despesas e gestão de recursos (Aleomar Baleeiro). Nosso estudo é uma das formas de obtenção de receita pelo Estado, que é a de arrecadação tributaria. O orçamento do Estado é feito mediante lei. 6. O que é competência tributária? Competência tributária é a aptidão para criar tributos, mediante a edição do necessário veículo legislativo (art. 150, I, CR), indicador de todos os aspectos de sua hipótese de incidência. 7. Quais são as modalidades de competência tributaria existentes? Privativa ou exclusiva; comum; residual; especial; extraordinária; híbrida ou mista. 8. Quais são as características da competência? A competência é sempre prevista na Constituição, é indelegável, é o poder de tributar, é a responsabilidade pela instituição de tributos. A competência é irrenunciável (por estar previsto constitucionalmente, não pode ser renunciável – o ente não se pode negar a ser o ente regulamentador); é incaducável (ou seja, não tem expiração, não tem prazo de validade); e é facultativa (não posso renunciar, mas posso deixar de instituir a lei – como no caso do IGF, que, apesar da previsibilidade, não existe a lei complementar regulamentadora). 9. Diferencie competência e capacidade tributaria ativa. COMPETÊNCIA CAPACIDADE Previsão na Constituição Previsão em lei Indelegável Delegável Tem mais força devido à dificuldade em alterar a CF Menos força (a lei normal pode ser por prazo determinado, pode ser revogável, etc. É poder de tributar, é a responsabilidade pela instituição de tributos É poder de cobrança, responsabilidade pela cobrança e fiscalização. Irrenunciável Renunciável Incaducável Caducável (pode ter prazo de validade, porque é feita por lei) 10. Quem são as pessoas dotadas de competência tributaria? União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 11. Quais são as limitações ao poder de tributar? As limitações definidas pela Constituição (garantias constitucionais que vedam o poder de tributar), são os princípios e imunidades. 12. Qual o subprincípio ao principio da legalidade? Tipicidade fechada. 13. O principio da legalidade é de aplicação geral ou especifica? Explique. O principio da legalidade é de aplicação especifica, visto que não se aplica ao imposto de importação, de exportação, produtos industrializados e operações financeiras. 14. Em que consiste o principio da vedação ao efeito cascata? O principio da vedação ao efeito cascata visa evitar esse efeito, determina que haja compensação de tributos a cada operação. O imposto devido na operação mercantil ou na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação anterior representará um crédito a ser deduzido da quantia de imposto a pagar nas operações mercantis e prestações de serviços subsequentes. Mediante a não cumulatividade, evita-se o chamado “efeito cascata”, ou seja, a incidência de imposto sobre imposto. Na cadeia de produção, vou acumulando a cobrança de produtos – eu não posso acumular essa cobrança para o preço não ficar muito alto, então vou compensando uma etapa na outra (vedação ao efeito cascata). Grandes cadeias de supermercado não compram produtos de pequenos produtores porque eles têm uma compensação de créditos diferente (optante pelo SIMPLES – que dá muito trabalho e pouco resultado). ICMS e IPI têm vedação ao efeito cascata. 15. O que é o principio da progressividade e a quais impostos se aplica? Significa que poderão existir alíquotas diferentes, em razão da capacidade contributiva, sem ferir o principio da isonomia. Quando vai aumentando a capacidade contributiva, a Lei pode ir fixando patamares de alíquotas. Se aplica a: ITR, IR, IPTU. 16. Explique o principio da uniformização geográfica. O principio da uniformização geográfica significa que os tributos devem ser uniformes em todo o território nacional e não podem implicar distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro. 17. Qual o fato gerador do IOF? Operações de crédito, cambito, seguro ou transações com valores mobiliários. 18. Qual o fato gerador do IGF? Não sabemos, porque não tem a lei falando que são grandes fortunas – não tem a hipótese incidente. 19. Quais são os impostos de competência do Distrito Federal? ITCMD: Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e/ou Doações IPTU: Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ITBI: Imposto de Transmissão de Bens Imóveis inter vivos IPVA: Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor ISS: Imposto sobre Serviços de qualquer natureza 20. Explique o principio da segurança jurídica e suas subdivisões. É visto como um principio acima dos outros princípios (um sobreprincípio). A segurança jurídica expressa-se, especialmente, pelas noções de legalidade, formal e material (artigos 5o e 150, I, CR), de isonomia e pelo caráter vinculado da atividade administrativa de cobrança do tributo (artigos 3º e 142, CTN). Segurança jurídica está prevista no artigo 5, quando fala que deve ser respeitada a coisa julgada, por exemplo. Esse principio tem uma forca axiológica maior que dos outros princípios. Da segurança jurídica, origina-se dois princípios: (i) principio da boa-fé é em relação aos contribuintes para com o Estado; e (ii) o principio da confiança legítima. 21. O que é imunidade tributária? É a vedação de instituição de determinados produtos em determinadas situações. Pode ser definida como a “exoneração, fixada constitucionalmente, traduzida em norma expressa impeditiva da atribuição de competência tributária ou extraível, necessariamente, de um ou mais princípios constitucionais, que confere direito público subjetivo a certas pessoas, nos termos por ela delimitados, de não se sujeitarem à tributação”. 22. O ouro goza de imunidade tributaria? Fundamente. O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação (art. 153, §5º). Tem imunidade no IOF, quando for ativo financeiro ou instrumento cambial. 23. Qual a diferencia entre a imunidade religiosa e a condicionada? A imunidade religiosa é autoaplicável e a condicionada não, sendo que ela depende dos requisitos previstos em lei. 24. Com base no entendimento do STF, a imunidade objetiva pode ter aplicação extensiva? Sim, é. A imunidade objetiva é autoaplicável e abrange todos os impostos. STF já estendeu esse entendimento para as placas de impressão das revistas e periódicos. 25. Qual o fato gerador das taxas? Art. 145. O exercício do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicosespecíficos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 26. Qual o fato gerador da contribuição de melhoria? A valorização do imóvel do contribuinte decorrente da obra pública. 27. Qual o fato gerador das contribuições? Contribuições sociais: fato gerador é o financiamento da seguridade social (previdência, assistência e saúde). Contribuições especiais: sobre contribuições de intervenção do domínio econômico (CIDE) e sobre a contribuição para representação de categorias profissionais ou econômicas (contribuição sindical). Tem também a COSIP – contribuição para o custeio do serviço de iluminação publica. 12 de abril de 2018 FONTES DO DIREITO FONTES FORMAIS10 1. Constituição Federal; 2. Emendas Constitucionais; 3. Leis Ordinárias (sua utilização é a regra); Lei ordinária x Lei complementar: a diferença entre elas é o quórum de aprovação (para lei ordinária, é maioria simples [metade dos membros presentes +1]; enquanto que para lei complementar é a maioria absoluta [metade dos membros da casa +1]). Não há hierarquia entre elas, no tributário. Obs.: o STF já decidiu, reiteradas vezes, que, em matérias excepcionadas pela Constituição, para que sejam regulamentadas por lei complementar, eventualmente, podem ser regulamentadas por lei ordinária, desde que a lei ordinária tenha sido aprovada com quórum de lei complementar. Nesse caso, a lei será constitucional. Obs2.: o STF também já definiu que matérias excepcionadas por lei complementar pela CF, podem, eventualmente, ser regulamentadas por lei ordinária, desde que essa lei seja recepcionada pela CF com lei complementar. Ex.: CTN (que é de 1966). 4. Medida Provisória É um texto normativo emanado do poder executivo em caráter provisório ou temporário (com prazo de validade), que será transformado ou não em lei, após esgotado o seu prazo. Seu prazo 10 Procurar para a prova: Impacto tributário em noticias sobre gastos governamentais. é de 120 dias, que pode ser prorrogado por mais 120 dias. Findo esse prazo, deve-se aprovar a medida como lei ou extingui-la. 5. Decretos Ato executivo, emanado do presidente, com força normativa. Via de regra, é interpretativo de outras leis já existentes. 6. Lei Delegada Delegada = competência legislativa transferida. É um texto normativo cuja responsabilidade instituidora foi transferida a outro ente federativo. 7. Decreto Legislativo É um decreto emanado do poder legislativo, com tramite diferente das leis (emanado pelo presidente das casas). 8. Tratados Internacionais Tratados internacionais de direito tributário (e outras matérias sem ser Direitos Humanos): infraconstitucional com aspecto de lei ordinária. Necessariamente precisam ser ratificados e internalizados no ordenamento jurídico brasileiro – uma vez internalizados, possuem aspectos infraconstitucionais equiparados à lei ordinária federal. Discussão: o STF já deu uma decisão falando que os tratados internacionais do DT equiparam- se ao mesmo procedimento dos de Direitos Humanos. Artigo 98, CTN – inconstitucional ou não? Para prova, sempre tratar os tratados internacionais de DT como lei ordinária. 9. Leis Complementares (exceção, prevista no art. 146, CF) Pouquíssimas coisas são por lei complementar. A lei complementar, de fato, tem pouca (pouca quantidade) importância para o direito tributário; já que a regra geral é a lei ordinária. As matérias que necessariamente precisam ser regulamentadas por lei complementar estão previstas no artigo 146 da CF sendo que as exceções estão entre os artigos 145 e 156 (ex.: 153, VII e 154, I). 10. Resoluções do parlamento Alíquotas do IPVA são regulamentadas por resoluções do senado (casa do governo). As resoluções são textos com caráter normativo emanados somente por uma das casas do parlamento. Via de regra, são regulamentadoras de leis já existentes. FONTES COMPLEMENTARES 1. Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (art. 100, I, CTN). Parecer de aplicação geral da AGU; portarias do ministério da faenda, etc. Visam interpretar as fontes formais. 2. As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa. Ex.: resposta de consulta, decisões da câmara superior do conselho administrativo de recursos fiscais (CARF). As decisões administrativas são muito mais técnicas. 3. As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas. Exemplo: MEI não pode distribuir lucros se não fizer a contabilidade estruturada. 4. Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios. Ex.: as alíquotas máximas e mínimas de ICMS são feitas por convenio (CONFAZ aprova os convênios de ICMS) – só que a maioria desses convênios são inconstitucionais, porque a lei determina que tem que ser aprovada pela unanimidade do CONFAZ, e o que se faz é aprovação por maioria. Convenio tem força normativa e, muito embora tenhamos vários em vigor, a grande maioria é inconstitucional, mas são validos porque o judiciário não foi acionado para verificar a constitucionalidade deles. São atos normativos proferidos por um conselho, o CONFAZ, que é a reunião de todos os estados, que tem um representante (secretários da fazenda de cada estado) que acordam as alíquotas máximas e mínimas aplicadas no pais, etc. (esse acordo é o convenio). FONTES SUBSIDIÁRIAS São fontes subsidiarias as sumulas vinculantes do supremo, súmulas dos tribunais pátrios, orientações jurisprudenciais e decisões judiciais reiteradas. VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Artigo 100, CTN: a legislação tributaria é valida no território nacional, exceto nos casos em que seja reconhecida a extraterritorialidade. Ex.: lei regulamenta ICMS de certa mercadoria fora do país por causa de um tratado etc. Artigo 103, CTN: I: Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da publicação. II: As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa entram em vigor 30 dias após a publicação. III: Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o DF e os Municípios entram em vigor de acordo com a data neles prevista. Artigo 104, CNT: entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte aquele que ocorra a sua publicação os dispositivos da lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda. Não é inconstitucional. Ela fala em vigência, e o principio da anterioridade fala em eficácia. 19 de abril de 2018 APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Artigo 105. A legislação tributaria aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Exceções – casos em que a lei pode retroagir: Artigo 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação da penalidade à infração dos dispositivos interpretados. II – Tratando-se de ato não definitivamente julgado. a) quando deixar de defini-lo como infração; b) quando deixe de trata-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo se sua prática. A legislação pode retroagir nos casos de deixar de exigir uma obrigação acessória (obrigação de fazer ou não fazer, não necessariamente de pagar), desde que esse ato obrigacional não tenha sido uma fraude ou implique no não pagamento de tributos. INTERPRETAÇÃODA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Artigo 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributaria utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I – a analogia; II – os princípios gerais do direito tributário; III – os princípios gerais do direito público; IV – a equidade. §1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. §2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA Os entes federativos, via de regra, dependem um do outro para o cumprimento de suas obrigações e pagamento de suas despesas. A arrecadação dos impostos serve para a integralidade do pagamento dos entes estatais. A repartição tributaria sempre vai ocorrer com tributos desvinculados de uma contraprestação estatal. Objetivo: serve para corrigir os desequilíbrios verticais e horizontais existentes em qualquer federação. Desequilíbrios verticais são descompassos entre a capacidade de tributar e as responsabilidades para pagar os gastos públicos por parte do governo. Ou seja, tenho um desequilíbrio vertical quando tenho mais despesa do que receita. Desequilíbrio horizontal é o descompasso que reflete na realidade e diferença inter-regionais de rendas. Ex.: onde tem mais arrecadação de ICMS? SP ou MT? Em SP, porque a circulação de mercadorias é maior. A União ajuda os estados e os municípios. Os estados ajudam os municípios. Os municípios não ajudam ninguém. Dois tipos de transferências: (i) constitucionais e (ii) infraconstitucionais. As constitucionais se subdividem em (a) diretas e (b) indiretas. As constitucionais diretas acontecem quando um ente federativo entrega dinheiro para o outro. As constitucionais indiretas acontecem quando o ente federativo recebe dinheiro via um fundo de participação. As infraconstitucionais acontecem quando um ente federativo decide ajudar o outro, por meio de leis, etc. 26 de abril de 2018 Cai na prova: ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? União Estado e DF 100% Imposto de renda retido na fonte de seus funcionários (157, I) União Município e DF 100% Imposto de renda retido na fonte de seus funcionários (158, I) União Estado e DF 20% Imposto residual (157, II) União Município e DF 50% ITR (158, II primeira parte) União Município e DF 100% Se os municípios toparem fazer a fiscalização, eles recebem da União 100% do ITR (158, II segunda parte) Estado Município 50% IPVA (158, III) – se tem um município com mais veículos, ele ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? receberá mais do que os outros. A distribuição é proporcional. Estado Município 25% ICMS (158, IV) ¾ para os Municípios onde houver ocorridos as operações de circulação de mercadoria (158, IV, p. único, I) ¼ nos termos da lei (158, IV, p. único, II) – tem que ver lei por lei. Via de regra, a lei diz que tem que ter um equilíbrio entre os municípios, sendo que o ¼ tem que ser direcionado para os municípios que pouco comercializaram, para tentar diminuir o desequilíbrio. União Estado e DF 21,5% de 49% Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, a) União Município 22,5% de 49% Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, b) União Municípios das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (regiões economicamente menos desenvolvidas) 3% de 49% Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, c) União Municípios do Nordeste Metade da parte que cabe ao Nordeste (3%) deve ir para a Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, c) ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? Região de clima semiárido União Município 1% de 49% em dezembro (é passado em dezembro e julho porque esse 1% vai para o fomento do pagamento da folha de pagamento: 13º salário – é um reforço de caixa para pagamento de 13º) Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, d). [Prova: o que é o Fundo de Participação dos Municípios? É uma conta reserva do município (ou do estado) que integra o orçamento – depende da lei orçamentária de cada lugar, que fala de onde usarão o dinheiro, se do fundo normal ou de participação – é provido pela União, ou seja, se os municípios/estados não conseguem prover, a União proverá (exemplo dos pais)] União Município 1% de 49% em julho Impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados (159, I, e) União Estado e DF 10% IPI (159, II) Estado Município 25% dos 10% IPI recebido da União (159, §3º) União Estado e DF 29% CIDE - Combustível Contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (159, III) Estado Município 25% dos 29% Da contribuição de intervenção no domínio econômico recebida pela União. (159, §4º) ARTIGOS 157 A 160, CF – CORRIGIDO Quem passa? Para quem passa? Quanto passa? O que passa? União Estado e DF 30% IOF (ouro como ativo financeiro – que é uma receita de investimento, é sempre uma forma de investimento das empresas, não necessariamente vinculada à atividade principal da empresa) (153, §5º, I) União Município 70% IOF (ouro como ativo financeiro – que é uma receita de investimento, é sempre uma forma de investimento das empresas, não necessariamente vinculada à atividade principal da empresa) (153, §5º, II)
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