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RESULTADOS E DISCUSSÕESRESULTADOS E DISCUSSÕES Parte A.1Parte A.1 – Equilíbrio Hexaaquocobalto (II) Equilíbrio Hexaaquocobalto (II) – Tetraclorocobaltato (II) Tetraclorocobaltato (II) A primeira parte do experimento foi dedicada à análise da influência de fatores externos (temperatura) no equilíbrio acima citado, dado pela reação endotérmica a seguir: ROSA ROSA INCOLOR INCOLOR AZULAZUL Primeiramente, houve uma mistura de 2,5 mL de cloreto de cobalto () com 3,5 mL de ácido clorídrico () e 1,5 mL de água destilada, para que ocorressea reação e houvesse o equilíbrio da reação acima. Ao adicionar o ácido no sal, a coloração da mistura passou de rosa a azul, indicando que havia ocorrido a reação direta. Após agitação, a coloração da mistura passou para lilás. Em seguida, foram divididas três porções aproximadamente iguais em três tubos de ensaio, para aquecimento de um, resfriamento de outro e o terceiro, à temperatura ambiente, serviria de comparativo. - Após aquecimento, a mistura do tubo 1tubo 1 ficou azul. - Após resfriamento, a mistura do tubo 2tubo 2 ficou rosa. Pelo Princípio de Le Chatelier, o aumento da temperatura numa reação reversível favorece o lado endotérmico da mesma, pois com a adição de calor é preciso que o equilíbrio se reestabeleça. Por outro lado, a diminuição da temperatura faz com que o equilíbrio se reestabeleça no lado exotérmico da reação. Como a reação em questão é endotérmica, com o aumento da temperatura, o equilíbrio se deslocou para a formação de produtos (no caso, o tetraclorocobaltato, que é azul), aumentando a concentração dos mesmos. Com a diminuição da temperatura, o equilíbrio se deslocou para a formação de reagentes (hexaaquocobalto, rosa), aumentando a concentração dos mesmos. Parte A.2Parte A.2 – Influência da concentração no equilíbrio Influência da concentração no equilíbrio Neste procedimento, usou-se a mesma mistura do procedimento A.1, também com divisão aproximadamente igual em três tubos de ensaio, à temperatura ambiente. No tubo 1tubo 1, foram adicionados cristais de cloreto de potássio (), com posterior agitação com auxílio de um bastão de vidro até dissolução completa. Ao tubo 2tubo 2 foram adicionadas gotas de solução de nitrato de prata ( ), com posterior agitação com auxílio do bastão de vidro. O tubo 3tubo 3 serviu de comparativo de cor. - Após adição de cristais de cloreto de prata ao tubo 1tubo 1, a mistura ficou azul. - Após adição de nitrato de prata ao tubo 2tubo 2, a mistura ficou rosa. Pelo Princípio de Le Chatelier, quando se aumenta a concentração de uma das substâncias, o equilíbrio se desloca no sentido da reação em que essa substância se transforma. Com a adição de cristais de KCl, houve aumento na concentração de íons cloreto (), fazendo com que o equilíbrio se deslocasse no sentido da reação direta, ou seja, no sentido em que os íons cloreto são consumidos e transformados, por isso a cor azul. Com a adição de nitrato de prata, este se dissociou em solução, formando íons prata ( ) e nitrato (). O íon prata reage facilmente com íon cloreto, formando cloreto de prata, ou seja, o cloreto foi consumido (o que diminuiu sua concentração) e o equilíbrio se deslocou no sentido da reação inversa, ou seja, no sentido em que íons cloreto são formados, por isso a coloração rosa. Parte BParte B – Equilíbrio químico da amônia Equilíbrio químico da amônia () A parte B do experimento consistiu na análise do equilíbrio da amônia, segundo a reação a seguir: A solução de amônia foi dividida em dois tubos de ensaio, com 5 mL da solução em cada tubo. Em seguida, no tubo 1tubo 1, foi colocada uma pequena quantidade de cloreto de amônio () sólido. Ao tubo 2tubo 2, foram adicionadas algumas gotas de ácido clorídrico 0,1 mol/L. Aos dois tubos, adicionou-se uma quantidade de fenolftaleína, um indicador ácido-base que fica rosa em meio básico e incolor em meio, para verificar o caráter alcalino das soluções nos tubos, após adição dos reagentes. Após adição do indicador, a solução de amônia dos dois tubos (anteriormente incolor) ganhou coloração rósea, pela presença de íons . - Ao adicionar no tubo 1tubo 1, a mistura ficou em um tom mais fraco de rosa. - Ao adicionar no tubo 2tubo 2, a mistura ficou em um tom mais forte de rosa. Quando adicionamos cloreto de amônio ao tubo 1tubo 1, isso acarreta em um aumento na concentração de íons devido à dissociação do sal. Os íons participam do equilíbrio de dissociação da amônia (mostrado na reação acima) e um aumento na sua concentração provoca o deslocamento desse equilíbrio no sentido de consumir o excesso de adicionado (efeito do íon comum). Consequentemente, a concentração de também diminui, o que faz com que a coloração seja um rosa mais fraco. A adição de ácido clorídrico na solução de amônia do tubo 2tubo 2 é um exemplo de tampão básico, que é uma solução aquosa de uma base fraca com o seu ácido conjugado na forma de sal. Ele estabiliza soluções no lado básico da neutralidade, ou seja, soluções com pH>7 (ATKINS, JONES, 2006). Quando se adiciona um ácido, os prótons fornecidos ligam-se às moléculas de , formando íons . Um tampão sempre contém duas partes, de modo que ele possa neutralizar tanto um ácido quanto uma base. Desta forma, seguindo o princípio de equilíbrio de Le Chatelier, quando um ácido ou base é adicionado, o equilíbrio é deslocado, fazendo com que a solução permaneça em relativa neutralidade. Com isto, no caso da adição do ácido clorídrico, o equilíbrio se desloca no sentido de neutralizá-lo, ou seja, para a formação de íons , o que aumenta o caráter alcalino da solução, deixando-a com uma coloração de rosa mais forte. Parte CParte C – Equilíbrio dos íons cromato Equilíbrio dos íons cromato e dicromato e dicromato A parte C do experimento foi realizada para se analisar a influência que as substâncias de caráter básico e ácido possuem sobre os íons cromato e dicromato em uma solução. A princípio, com a utilização de um pipeta graduada, colocou-se 5 ml de cromato de potássio em um tubo de ensaio. Em um outro tubo, colocou-se 5 ml de dicromato de potássio . Coloração inicial da solução de: Cromato: Amarelo; Dicromato: Alaranjado; Etapa 2 - Em dois outros tubos de ensaio limpos, respectivamente, colocou- se aproximadamente 0,5 ml (10 gotas) de cada solução, acrescentando em seguida, alternadamente, gota a gota de uma solução de hidróxido de sódio 1 mol/L até que ocorresse mudança de cor em um deles. Após a mistura: A solução de cromato permaneceu amarela; A solução de dicromato mudou de alaranjado para amarelo; Etapa 3 - Após concluída a parte acima, colocou-se outros 5 ml (10 gotas) de cada solução (cromato e dicromato) em dois outros tubos de ensaio limpos, adicionando alternadamente a cada tubo, gota a gota, de uma solução de ácido clorídrico 1 mol/L até que se observasse mudança de cor em uma das soluções. Após a mistura: A solução de cromato mudou de amarelo para alaranjado; A solução de dicromato permaneceu alaranjada; Ao adicionar o à solução de , percebeu-se uma mudança de cor na solução, de amarela para alaranjada. O contrário foi observado quando adicionou-se o à solução de , que mudou de alaranjada para amarela. Isso aconteceu porque os íons e , quando estão em solução, estabelecem um equilíbrio químico. Nesse equilíbrio, o , que é um íon amarelo, se transforma em , assim como o , que é alaranjado, se transforma em . Sabe-se que uma diminuiçãode pH favorece a formação do íon dicromato, e por isso a adição do tornou a solução alaranjada. Houve, então, um deslocamento no equilíbrio no sentido de formação do íon dicromato. Por outro lado, um aumento de pH favorece a formação do íon cromato, e por isso a adição de tornou a solução amarela. Este equilíbrio pode ser representado pelas equações abaixo : Na etapa seguinte, acrescentou-se alternadamente, gota a gota, de 1 mol/L a cada um dos tubos da etapa até que se observa-se mudança de cor em um tubo. Após a mistura: A solução de cromato mudou de alaranjado para amarelo; A solução de dicromato mudou de alaranjado para amarelo; Em seguida, acrescentou-se alternadamente, gota a gota, de 1 mol/L a cada um dos tubos da etapa 2 até que se observa-se mudança de cor em um dos tubos. Após a mistura: A solução de cromato mudou de amarelo para alaranjado; A solução de dicromato mudou de amarelo para alaranjado; Ao adicionar hidróxido de sódio aos tubos da etapa 3 ocorreu mudança de cor em ambos os tubos. Isso aconteceu porque ao adicionar o hidróxido de sódio aos tubos, os íons do hidróxido reagiram com os íons do ácido neutralizando a reação ( o ácido e a base possuíam a mesma concentração molar e aproximadamente o mesmo volume) fazendo com que o pH da solução aumentasse favorecendo a formação de íons cromato. O similar ocorreu ao se adicionar aos tubos da etapa 2, como os íons do ácido e da base possuíam a mesma concentração e aproximadamente o mesmo volume, ocorreu uma reação de neutralização, diminuindo o pH da solução favorecendo, assim, a formação de íons dicromato. As reações de neutralização são dadas abaixo: Parte D - Parte D - Equilíbrio de Cromato de Bário com uma Equilíbrio de Cromato de Bário com uma solução saturadasolução saturada Na última parte do experimento, utilizou-se o Cromato de Bário, , e analisou o descolamento de seu equilíbrio após misturá-lo com outras substâncias. O equilíbrio do sal está descrito abaixo: Nessa primeira etapa, adicionou-se 10 gotas de , 0,10 mol/L, em um tubo de ensaio limpo, e em seguida, acrescentou-se gotas de Cloreto de Bário, , 0,10 mol/L, até notar-se uma mudança na coloração da substância. O Cromato inicialmente apresentava uma coloração amarelada, e após a adição do cloreto, verificou-se a formação de um precipitado, que nesse caso é o . A reação está descrita abaixo: Na segunda etapa, pegou-se outro tubo de ensaio limpo, e adicionou-se 10 gotas de , 0,10 mol/L, e depois mais 2 gotas de e em seguida, 10 gotas de , 0,10 mol/L. Com isso, pode reparar e a solução manteve a sua coloração alaranjada e não formou precipitado, logo foi suposto que não houve reação. Na terceira etapa, foi utilizado o tubo de ensaio da primeira etapa, e assim acrescentou-se gotas de , 1,0 mol/L, até que se fosse possível notar uma alteração. Verificou-se que o amarelo turvo que estava anteriormente, ficou alaranjado e sem precipitado. Nessa quarta etapa, utilizou-se o tubo de ensaio da segunda etapa, e foi adicionado gotas de uma solução de até notar alguma modificação. A princípio, a solução apresentava coloração alaranjada e precipitado, e após o acréscimo da base, notou-se uma coloração amarelada com formação de precipitado. Agora apresentando as análises dos resultados, tem-se que na primeira etapa, houve a formação de precipitado, pois na medida em que adicionava o cloreto de bário, o cátion desse composto se ligava ao cromato, e assim tendiam a formar o precipitado. Na terceira parte, o acréscimo de um ácido forte, , na solução do cromato de potássio, faz com que o equilíbrio entre o cromato e o dicromato, favoreça a formação do dicromato, de acordo com o Princípio de Le Chatelier, pois o aumento na concentração de favorece a formação do ânion e ao mesmo tempo, reduz a concentração de . Abaixo está o equilíbrio em meio ácido: + AMARELOAMARELO ALARANJADAALARANJADA Outro fator marcante nessa terceira etapa é o “desaparecimento” do precipitado. Isso ocorre, pois quando se aumenta a concentração de noequilíbrio, a concentração do ânion tende a diminuir, e assim desfavorece a formação do composto insolúvel . Na quarta parte, após adicionar a base forte, , notou-se que a solução mudou de cor alaranjada para amarelo com precipitado. Isso pode ser esclarecido, analisando a reação do equilíbrio abaixo, em meio básico: ALARANJADA AMARELOALARANJADA AMARELO O aumento na concentração de faz com que a concentração de diminua, e simultaneamente, favoreça a formação de . Assim, o aumento da concentração de , faz com que aumente a formação do precipitado . A partir dessas explicações, pode-se explicar o que aconteceu na segunda parte. Utilizando como base a discussão sobre a etapa 3 em que o acréscimo de ácido, faz a reação tender a formação de , pode-se concluir que, após adicionar ácido em uma solução de , apenas acidificou ainda mais a solução e aumentou a concentração do ânion em questão, e por isso não houve mudança na coloração e nem formação de precipitado. Com bases nas discussões elaboradas, é possível premeditar o que aconteceria caso adicionasse base no tubo da primeira parte. Quando se adicionaum hidróxido em uma solução em equilíbrio com predomínio de , a solução irá aumentar o pH, e também aumentará a concentração desse cromato, logo permanecerá a coloração amarelada e consequentemente, terá uma maior quantidade de precipitado. UNIVERSIDADUNIVERSIDADE FEDERAL DO E FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOESPÍRITO SANTO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICACURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA GUILHERME ALVES LIMA JOÃO VÍCTOR MELO AMARAL THIAGO PAVESI GUIGNONE SANTOS EXPERIMENTO Nº 8;EXPERIMENTO Nº 8; TERMOQUÍMICATERMOQUÍMICA – LEI DE HESS LEI DE HESS SÃO MATEUS FEVEREIRO, 2014 GUILHERME ALVES LIMA JOÃO VÍCTOR MELO AMARAL THIAGO PAVESI GUIGNONE SANTOS EXPERIMENTO Nº 8;EXPERIMENTO Nº 8; TERMOQUÍMICATERMOQUÍMICA – LEI DE HESS LEI DE HESS Relatório experimental apresentado à disciplina de Química Geral Experimental como atividade avaliativa do 2º período do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Espírito Santo. Professor (a): Drª Gilmene Bianco SÃO MATEUS FEVEREIRO, 2014
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