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RESUMO PENSADORES

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Texto 7 A Filosofia do Direito Moderna - II
Os principais pensadores no pensamento jusfilosófico no movimento que se deu do Absolutismo ao Iluminismo são: Hobbes, Locke e Rousseau; embora todos sejam defensores da ideia de contrato social, ocorres que cada um deles desenha o contrato social de um modo específico para proveitos políticos específicos.
Thomas Hobbes (1588-1679) “o homem é lobo do homem”
Principais obras: Do cidadão (1642) e o Leviatã – ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil (1651).
 O contrato social: contra Aristóteles, Hobbes dirá que não é natural que cada homem tenha por fim a associação com os outros homens. Se assim o é, a vida social se revela aos homens artificialmente. Somente um contrato, um pacto, enseja que os homens, que vivem em função de seus interesses pessoais passem a viver em conjunto. 
O estado de natureza é um estado bélico, pois, vivendo para a satisfação de suas vontades e para o resguardo de seus medos, os homens estariam em conflito. Porque o estado de natureza é uma guerra de todos contra todos, a associação entre os homens se apresenta como um meio de resguardar a vida e os direitos de cada um.
É preciso transferir as vontades subjetivas ao Estado, que, como vontade única, age em todos os casos como se seus atos fossem os atos dos indivíduos. O soberano, como vontade única acima da sociedade, é o representante mais cristalizado do regime absolutista vigente no seu tempo, contudo a origem do poder absoluto não é divina. O poder absoluto é extraído de um contrato social.
 O direito natural hobbesiano: O direito do homem à sua preservação resulta da razão, mas, além disso, é uma condição humana concreta. Por direito natural, os homens podem se defender, mas mesmo que não fosse permitido, fariam-na do mesmo modo. Por isso, alei fundamental da natureza, que manda buscar e seguir a paz é imediatamente acompanhada por um direito natural fundamental.
É um preceito ou regra geral da razão: Que todo homem deve se esforçar pela paz, na medida em que tenha esperança de a conseguir, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra. A primeira parte desta regra encerra a primeira e fundamental lei de natureza, isto é, procurar a paz, e seguí-la. A segunda encerra a súmula do direito de natureza, isto é, por todos os meios que pudermos defendermos a nós mesmos.
Dessa forma, as leis naturais para Hobbes, obrigam in foro interno, isto é, para a própria pessoa, sua vontade e consciência, mas não in foro externo, ou seja, na convivência concreta dos homens em sociedade.
John Locke (1632 -1704) “tábula rasa”
Principais obras: Dois tratados sobre o governo: o Primeiro e o Segundo tratado sobre o governo civil; Carta sobre a tolerância e o Ensaio sobre o entendimento humano.
Para o autor o conhecimento não parte de ideia já dadas, inatas; é a experiência sensível que leva ao conhecimento. Nessa mesma vertente não há poder inato, que venha de Deus. O poder é uma construção humana. Locke articula, assim, uma teoria do contrato social como um vigoroso pensamento contra o Absolutismo, que se sustentava justamente na fundamentação divina do poder.
O contrato social em Locke: é a base do poder político. A sociedade civil se levanta a partir de um pacto entre os indivíduos, que, antes de tal acordo, viviam sob a situação de natureza. O fundamento da vida em sociedade civil é, portanto, o consentimento dos próprios cidadãos.
O estado de natureza: Os homens em estado natural são iguais e desfrutam da liberdade. Sendo livres e iguais, não são, no entanto, necessariamente irrefreáveis no uso dessa liberdade. A liberdade é possível em natureza por conta da lei natural, é apenas uma possibilidade do estado de natureza, não sua constante apresentação.
A finalidade precípua do contrato social é, para o pensamento de Locke, a garantia da propriedade privada: “O fim maior e principal para os homens unirem-se em sociedades políticas e submeterem-se a um governo é, portanto, a conservação de sua propriedade; isso dá origem a um corpo político que legisla, julga e sustenta, por meio da força, a comunidade”.
Locke também estabelece uma distinção entre os poderes na sociedade política, destacando três: o legislativo, o executivo e o federativo – este um poder encarregado das relações exteriores. O poder legislativo tem poder supremo em relação aos demais: “ Em todos os casos, enquanto subsistir o governo, o legislativo é o poder supremo. Pois o que pode legislar par outrem por força ser-lhe superior.
O direito natural em Locke: O direito natural que se levanta já no estado de natureza é o direito de propriedade. O eixo da filosofia do direito de Locke é a afirmação do direito natural como direito de garantia da propriedade individual – passo principal decisivo em direção ao liberalismo burguês. A desigualdade da propriedade da terra e dos bens se justifica porque, com o surgimento do dinheiro, a proporção da terra para o uso do trabalhador se altera
Sendo assim, essa teoria do direito natural a propriedade, mascara a propriedade e o acúmulo de capitais com argumentos de fundamento no trabalho, é uma visão liberal diretamente ligada ao interesse burguês.
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) “o bom selvagem”
Assim sendo o homem natural para Rousseau é muito mais um bom selvagem do que propriamente o lobo do próprio homem, como afirmava Hobbes. A ignorância leva o homem à calma das paixões. Quanto ao sentido de evolução do homem, saindo do estado de natureza para a vida social, revela- se pessimista. No estado natural, o homem vivia em calma com suas paixões. Na vida social, está em busca de poder e reputação, explora e é explorado, apropria-se de bens e sofre para preservá-los de outrem. O contrato que os ricos fazem os pobres concordarem é para garantir a ordem jurídica e política da própria exploração.
O contrato social: “O homem nasceu livre e por toda parte ele está agrilhoado”. Aquele que se crê senhor dos outros não deixa de ser mais escravo que eles. Como se deu essa mudança? Ignoro-o. O que pode legitimá-la? Creio poder resolver esta questão. Vendo- se os homens em condições sociais prejudiciais à sua própria conservação, só lhes resta uma associação de forças, a fim de que possam, conjuntamente, erigir uma instituição que se direcione ao bem comum.
A forma de resolução do problema da associação entre os homens e da manutenção da liberdade de cada indivíduo mesmo quando da associação é, no pensamento de Rousseau, muito original e, ao mesmo tempo, muito exigente. O contrato social permitirá que todos os homens constituam um corpo no qual sua força individual passa a ser a força dessa coletividade.
A essência do contrato social esta na seguinte afirmação: “cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da vontade geral; e recebemos, coletivamente, cada membro como parte indivisível do todo".
Essa vontade geral é uma vontade soberana orientada para um bem comum, ainda que nos indivíduos, isoladamente, assim não pensem ou não percebam.As leis para o autor devem ser impessoais, gerais e universais, pois, o primeiro e maior interesse público é sempre a justiça.
Teoria da liberdade: livre, na verdade, é aquele que segue a lei por ele mesmo determinada.
Na política Rousseau faz a importantes considerações quanto ao governo; seja um, sejam poucos ou muitos, os que governam são sempre subordinados ao povo. Toda vez que o governo, em qualquer de suas formas, se eleva como poder soberano acima do povo, ele degenera.
O direito natural em Rousseau: o que o autor chama de direito natural são os fundamentos naturais (ou lógicos) de toda convenção, a saber, a liberdade e a independência em composição com os sentimentos naturais de autoconservação (amor-de-si) e de sofrimento e existência do outro (piedade natural).

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