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ECONOMIA ECOLÓGICA
Alane Ramos Marins
Jean Salviano Ferreira da Silva
	
	Segundo o autor do artigo J. Martinez-Alier, a Economia Ecológica é uma corrente de pensamento econômico com importantes influências teóricas em nossos dias. De acordo com o autor a principal característica é sua natureza transdisciplinar, derivada da necessidade de estudar a relação entre ecossistemas naturais e o sistema econômico, o que demanda a participação não só de economistas, mas também de cientistas naturais e outras disciplinas. 
	Assim, o autor afirma em seu artigo que a teoria econômica, ao contrário da Neoclássica, ou a sua expressão no que é conhecida como economia ambiental, parte de seus próprios instrumentos econômicos para analisar os problemas ambientais antrópicos. A teoria econômica-ecológica destina-se a "abrir" para incorporar outras disciplinas, o que corresponderia mais de perto com a natureza multidisciplinar das questões ambientais que ela exige.
	A teoria da economia ecológica foi consolidada ao final dos anos oitenta, e em resposta a dois problemas. Por um lado, visa ser uma resposta teórica para um problema real: a crise ambiental que desde os anos sessenta começou a ser vista como grave, e resultante das atividades humanas. Por outro lado, procura construir um quadro teórico mais amplo do que a economia ambiental neoclássica hegemônica.
	Neste último sentido, a economia ecológica é construída como uma crítica
Keynesiana à economia ambiental neoclássica. Como na história de qualquer ciência, também a economia ecológica tem antecedentes importantes que, de acordo com seu compilador, J. Martínez Alier, que remonta à segunda metade do século XIX, quando surgiu, de alguns autores, a necessidade de incorporar as leis da termodinâmica para a análise do processo econômico. 
	A fisiocracia argumentou que o único trabalho produtivo é o derivado da agricultura, porque o trabalho humano adicionado ao processo natural de reprodução e crescimento das plantas. Assim, a natureza passou a ser uma fonte de valor com o trabalho humano. O fato de a natureza ter valor é um dos fundamentos atuais da economia ecológica. 
	É que a lógica da economia neoclássica-keynesiana está atrelada, uma vez que as matérias retiradas da natureza, ou energia solar, ou de resíduos, não têm preço de mercado e, portanto, são consideradas fora do sistema econômico.
	Para o autor os economistas ecológicos enxergam a economia como um sistema aberto. Na termodinâmica, os sistemas são classificados como "abertos" à entrada e saída de energia e materiais, "fechados" ao ingresso e egresso de materiais, enquanto abertos à entrada e saída de energia, como o da terra, e sistemas "isolados" (sem o ingresso e egresso de energia e materiais). A disponibilidade de energia livre e a reciclagem de materiais permitem às formas vivas se tornarem cada vez mais organizadas e complexas; o mesmo se aplica à economia. Produzem-se energia e resíduos nesse processo. Os ciclos naturais não podem produzir os recursos de forma sustentável nem absorver ou assimilar os resíduos – tais como metais pesados ou dióxido de carbono – se a escala da economia for muito grande e sua velocidade for rápida demais. 
	A maioria das escolas de pensamento econômico reconhece, hoje em dia, a existência de uma crise ambiental, embora haja discrepância no grau de profundidade e nas medidas corretivas. A economia neoclássica-keynesiana recorre ao conceito de externalidade e nas medidas de política econômica para “internalizar” as ditas externalidades. Desta maneira pretende incorporar aquilo que está fora do mercado ao circuito mercadológico. Por sua parte, a economia ecológica tem recorrido a leis da física para melhor entender a forma de atuar sobre a realidade. Em outro caso se trata de incorporar elementos que estariam fora da teoria econômica. 
	Segundo o autor a economia ecológica não questiona o capitalismo em si mesmo, apenas no que tem que ver com sua tendência ao crescimento ilimitado e à utilização indistinta de recursos finitos ou renováveis. Como o sistema capitalista se autorregula mediante o mercado, só reconhece como elementos que o afetam àquelas mercadorias com preço. Daí que, em termos de política econômica, as propostas da economia ecológica terminam forçosamente na conversão de certos recursos naturais sem preço, ou de efluentes contaminantes no mercado com preço, igual ao que propõe a economia neoclássica-keynesiana ambiental.
	Ou ainda na proposta de mecanismos políticos de controle de normas legais que proíbam ou limitem o uso de certos recursos ou determinados níveis de contaminação. Mas, estas últimas medidas também são reconhecidas como necessárias pelos ambientais, de maneira que sem a teoria, as distâncias entre uma escola de pensamento econômico e outra são aparentemente grandes, na prática se reduzem até confundirem-se em uma mesma proposta.
	Para a economia neoclássica-keynesiana, os preços dos produtos são um resultado da oferta e da procura. Assim, se há aumento de preços é porque a oferta é menor do que a demanda, os preços caem quando é a oferta maior que a demanda. Assim, o mercado por meio de preço é um indicador da quantidade de um determinado tipo de commodity. Aplicado aos recursos naturais semelhantes.
	A base teórica da economia ecológica é a concepção da economia como um processo aberto dentro de um sistema maior, o ecossistema Terra. Isso significa que a economia não deve ser analisada em si, mas nos seus ciclos interrelacionais com biogeoquímicos. Se adotarmos essa perspectiva, os ecosistemas não serão apenas uma fonte de recursos para a atividade econômica, mas também um chamamento a uma ampla gama de funções para o ser humano como atividades biológicas que a sociedade poderá desempenhar.
	Para economia ecológica é necessária que as atividades humanas levem em conta os efeitos em todas essas suas possíveis funções. Esta declaração tem a ver com a natureza não renovável de vários recursos naturais do ecossistema. A economia ecológica sustenta que o ecossistema da Terra é fechado em materiais, mas aberto à energia solar. Isto significa que a economia não pode crescer sem limite, cuja economia neoclássica propõe. 
REFERÊNCIAS
MARTINEZ-ALIER J. ECONOMIA ECOLÓGICA. International Encyclopedia of the Social and Behavioral Sciences, (ICTA, Universitat Autònoma de Barcelona / FLACSO, Quito, Ecuador), s/d.

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