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economia circular parte 3

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A evolução do pensamento: as origens da Economia Circular
Vamos conhecer as escolas de pensamento que deram origem à Economia Circular e os debates macroeconômicos sobre desenvolvimento sustentável.
Para começar
Agora que você já sabe o que é a Economia Circular e porque ela é tão importante, vamos pensar na origem do conceito.
De onde veio a Economia Circular? Alguém simplesmente a concebeu? Ou ela é fruto da evolução do pensamento sobre o desenvolvimento sustentável, reflexo da sociedade moderna?
A busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e ambiental não é de hoje. Entender a sua evolução vai te ajudar a saber como, onde e porque fazer a transição circular. Assim como fazer a relação deste processo com os antigos debates de sustentabilidade nos negócios.
Na aula anterior, você aprendeu sobre os fundamentos da Economia Circular, conheceu os ciclos dos materiais, a pirâmide de valor e os novos modelos de negócio.
Nesta aula você compreenderá melhor como o conceito foi evoluindo ao longo do tempo por meio das inquietudes da sociedade moderna, as Escolas de Pensamento e a evolução do debate sobre modelos macroeconômicos de desenvolvimento.
Prepare-se para vivenciar todo este pensamento evolutivo e chegar no que se entende hoje por Economia Circular.
Escolas de pensamento
Ao longo dos anos, acompanhamos a crescente necessidade de reduzir a exploração dos recursos naturais, minimizando os reflexos negativos da economia no meio ambiente e na saúde humana. Pense, em 2050, seremos 10 bilhões de pessoas. Precisamos mudar a lógica de produção e consumo e suprirmos nossas necessidades sem geração de resíduos.
A Economia Circular é o tema mais pulsante nas rodas de conversa empresariais da atualidade e traz vários conceitos que formam as bases para a compreensão do tema. Ela provoca debates que vão além das questões de materiais, resíduos e reciclagem.
Como vimos, a Economia Circular propõe novos modelos de produtividade e novos indicadores financeiros que implica em novas relações comerciais e precisam ser estabelecidas para o desenvolvimento dos negócios circulares.
A seguir, conheça as escolas de pensamento que têm feito o conceito de Economia Circular ser desenvolvido e aperfeiçoado ao longo do tempo.
Pensamento em ciclos e/ou economia de performance
O arquiteto suíço Walter R. Stahel é um dos pesquisadores pioneiros que, ao final dos anos 70, cria uma das bases mais fortes da Economia Circular: o conceito Cradle to Cradle (do berço ao berço).
Em seu trabalho, critica o uso intensivo de material para gerar riqueza e desenvolve um modelo de pensamento em ciclos que tem como foco a performance de produtos. Este contribui para:
· A redução de recursos
· A prevenção de desperdícios
· A competitividade econômica
· A criação de empregos através da desmaterialização de produtos
Também pode ser reconhecida como produto, serviço e/ou economia da funcionalidade.
Adapatado de: Beast Magazine, 2017.
Dica 
O mais fascinante da Economia Circular é que é um tema tão novo que é ainda possível conversar diretamente com os pensadores que vêm moldando a discussão. Stahel acabou de lançar um novo livro (The Circular Economy – A User’s Guide) junto com a Ellen MacArthur Foundation, que destaca seus 30 anos de trabalho e expertise.
Ecologia Industrial
Ecologia Industrial é o estudo do fluxo de energia e materiais através dos sistemas industriais.
format_quoteBaseia-se na metáfora que advém de retirar da análise do funcionamento dos ecossistemas naturais lições úteis para gerir melhor os sistemas industriais.format_quote
(FERRÃO, 2009)
Com isso, o conceito traz outra forte base que é aplicada diretamente pela Economia Circular que é a divisão de dois ciclos de materiais: o ciclo natural e o industrial, utilizados com o intuito de demonstrar o fechamento dos ciclos dos materiais.
Além disso, da ecologia industrial, tem-se o desdobramento do conceito de simbiose industrial que visa aplicar o olhar de fluxo de materiais e energias para identificar possibilidades de sinergias entre diferentes indústrias de um mesmo polo industrial. Como exemplo, podemos citar uma rede integrada de empresas na qual o resíduo de uma pode ser utilizado por outra.
Enfim, neste conceito observam-se inúmeras possibilidades de cooperação e uso conjunto de recursos gerando benefícios ambientais e econômicos.
Saiba mais 
O clássico exemplo de Kalundborg
O exemplo clássico e mais conhecido da Ecologia Industrial é o caso de Kalundborg, município da Dinamarca. Neste processo simbiótico, as empresas compõem uma rede integrada, que utiliza resíduos uma das outras como fonte de energia e de matéria-prima.
Adaptado de: Inovação e sustentabilidade na gestão de resíduos sólidos: perspectivas da aplicação da política nacional de resíduos sólidos na Região Metropolitana do Recife, 2015. Disponível em: Researchgate
Design Regenerativo
John T. Lyle (1994) propôs o design regenerativo como um modelo no qual intencionalmente se busca reincorporar os materiais aos ciclos produtivos ou biológicos, visando a sua renovabilidade.
O design regenerativo traz vários princípios que são diretamente aplicados à Economia Circular, fazendo com que ela seja também definida como uma economia regenerativa.
O potencial regenerativo de um sistema é reconhecido desde que todos os sistemas renovem e regenerem sua própria fonte de energia e os materiais que são nele consumidos, mantendo o equilíbrio.
Clique em cada ícone dos princípios abaixo para conhecê-los:
Adaptado de: Capital Institute
Cradle to Cradle – Berço ao Berço
Em 2002, o químico Michael Braungart e o arquiteto William McDonough, estudando os modelos de economia de performance e/ou economia de ciclos de Stahel, aplicaram a abordagem cradle to cradle (berço ao berço) ao desenvolvimento de modelos de negócios com foco no design pré-produção.
O modelo analisa todo o ciclo de vida do produto e de seus materiais e considera que:
format_quotenutrientes técnicos não devem ter componentes que agridam o meio ambiente e devem ser concebidos para a posterior desmontagem, e os nutrientes biológicos devem ser biodegradáveis.format_quote
(MBDC; 2011)
O modelo proposto por McDonough e Braungart deu origem ao programa Cradle to Cradle Certified™, certificação internacionalmente reconhecida para materiais sustentáveis, concedida pelo Cradle to Cradle Products Innovation Institute (C2CPII) nos EUA. Atualmente, são 540 certificações ativas, para 8000 produtos (C2CPII, 2017).
Saiba mais 
Se quiser saber mais sobre o certificado Cradle to Cradle, clique aqui (material em inglês).
Em 2017, a C&A foi a primeira varejista do mundo a lançar camisetas com Certificação Cradle to CradleTM nível Gold. Se quiser saber mais, clique aqui.
Biomimética
Desenvolvida pela bióloga Janine Benyus (2002), é uma abordagem tecnicista inspirada na natureza. O conceito de Biomimética envolve analisar sistemas naturais e reproduzir seu funcionamento no desenvolvimento de tecnologias, buscando contribuições relevantes no processo de criação de formas análogas, funções análogas ou ainda comportamentos análogos.
Reúne biologia, engenharia, design e planejamento de negócios. Aplicada à processos industriais, busca uma mimetização dos ciclos biogeoquímicos na gestão do fluxo de energia e materiais.
Saiba mais 
O case clássico do velcro como produto inspirado na natureza
Um exemplo muito antigo e conhecido de aplicação da biomimética é o velcro, criado por George de Mestral, após estudar como os carrapichos ficavam grudados no pelo do seu cachorro. Ao ver a semente pelo microscópio, o engenheiro notou que ela era dotada de filamentos entrelaçados e com pequenos ganchos nas pontas, e desenvolveu um processo que funcionava do mesmo modo.
Se quiser saber mais, clique aqui.
Blue Economy
Economia azul, em tradução literal, é uma filosofia econômica que baseia seu conhecimento na forma com que sistemas oceânicos formam, produzem e consomem, na busca de processos inovadores que possam substituir os processos industriais tradicionais.O conceito tem suas origens no movimento ambientalista mais amplo e no desenvolvimento de uma consciência crescente dos pesados danos causados aos ecossistemas oceânicos pela atividade humana, como a sobrepesca, a destruição do habitat, a poluição e o impacto das mudanças climáticas. Uma economia oceânica sustentável surge quando a atividade econômica está em equilíbrio com a capacidade de longo prazo dos ecossistemas oceânicos de suportar esta atividade e permanecerem resilientes e saudáveis.
Saiba mais 
Se quiser saber mais sobre Economia azul, clique aqui (material em inglês).
Evolução da economia
As escolas de pensamento são compostas por grupos de pesquisadores, profissionais e instituições que criaram e ainda estão criando e propagando ideias para se definir o que chamamos hoje de Economia Circular. Somado a esses movimentos, é importante conhecer a evolução da economia que acontece em paralelo.
Até meados do século XX, o pensamento econômico moderno não considerava quaisquer conexões entre o sistema ecológico e as atividades de produzir e consumir. A visão macroeconômica predominante imaginava a economia como sistema isolado, onde o fluxo monetário ocorre infinitamente sem mudanças qualitativas e sem algo que o constranja. Os recursos naturais eram insumos a serem alocados com eficiência e os impactos ambientais eram tratados como fenômenos externos ao sistema econômico.
Em 1962, Rachel Carson lança o livro Primavera Silenciosa (Silent Spring), que marca o início dos movimentos ambientalistas que questionam o modelo econômico predatório.
Importante 
O livro de Rachel Carson documentou os efeitos deletérios dos pesticidas no ambiente, particularmente em aves, e isso levou ao banimento do pesticida DDT na Suíça em 1969 e nos Estados Unidos em 1972.
Dez anos depois, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), sob encomenda do Clube de Roma, publicou o livro Os Limites do Crescimento (The Limits to Growth) sobre o efeito do desenvolvimento mundial na perspectiva da sustentabilidade. O estudo indicou que, se o ritmo do crescimento econômico continuasse inalterado, um colapso global aconteceria em algum momento do século XXI, mas que medidas adequadas, aplicadas no momento correto, seriam capazes de reverter a tendência prevista.
A partir deste ponto, diversos foram os economistas e pensadores que buscaram encontrar teorias para uma relação mais equilibrada entre desenvolvimento econômico, uso dos recursos naturais e preservação ambiental. A percepção crítica do modelo econômico era de que considerar o processo econômico como um subsistema no interior do meio ambiente constituía uma necessidade imperiosa.
Conheça abaixo os três grandes marcos de transformação econômica.
Economia Ecológica
Um dos primeiros teóricos a se debruçar sobre os fundamentos do pensamento linear foi o matemático e economista romeno Nicholas Georgescu-Roegen. Segundo ele, os fundadores da ciência econômica tinham uma única aspiração: enquadrá-la nos parâmetros da mecânica.
A mecânica conhece apenas locomoção que, além de reversível, não contempla mudança de qualidade. Na economia, o importante era o fato de que o dinheiro passasse de mão em mão continuamente, sem sofrer mudança qualitativa.
Ocorria, porém, uma revolução nos alicerces da ciência econômica.
Georgescu-Roegen adotou o paradigma da termodinâmica. Ele observou que, assim como o calor se move em uma única direção (do corpo mais quente para o mais frio, caracterizando uma condição de irreversibilidade), a atividade econômica linear consiste em produzir, consumir e descartar. Ou seja, transformar recursos brutos em artefatos e, depois, em lixo, de maneira irreversível. Tal percepção revolucionou o pensamento econômico moderno.
Pela primeira vez foi reconhecida a interdependência da economia e dos ecossistemas naturais ao longo do espaço e do tempo, dando início à chamada Economia Ecológica.
Importante 
A principal obra de Georgescu-Roegen é “A Lei da Entropia e o Processo Econômico” (em inglês, The Entropy Law and the Economic Process) de 1971. Nesse livro, com base na segunda lei da termodinâmica, ele aponta para a inevitável degradação dos recursos naturais em decorrência das atividades humanas, alicerçando a emergência do paradigma circular.
Hoje, a Economia Ecológica é um campo de estudo transdisciplinar que preconiza o processo econômico como sendo também um processo físico. Ela busca a integração entre as disciplinas da economia, da ecologia, e demais disciplinas correlacionadas, para uma análise integrada dos sistemas econômico e ambiental.
Saiba mais 
Entre as décadas de 60 e 70, o movimento ambientalista e a questão ambiental trouxeram à tona muitas críticas ao modelo econômico vigente, apontando para um conflito - ou até uma incompatibilidade - entre crescimento econômico e preservação do meio ambiente. O debate passa a ser polarizado entre o "crescimento zero" e o "direito de crescer”. Como terceira opção surge o Ecodesenvolvimento, que mais tarde, passou a ser chamado de Desenvolvimento Sustentável e, depois, de Economia Ecológica. Se quiser saber mais sobre Economia Ecológica, clique aqui.
Economia de Baixo Carbono
O desenvolvimento tecnológico essencial para combater o aquecimento global
A economia de baixo carbono surge para reforçar a necessidade de combater as mudanças climáticas, oriunda de emissões atmosféricas, através da implementação de práticas econômicas que reduzam ou eliminem o uso de fontes de energias de origem fóssil (carvão mineral e petróleo, por exemplo). Mundialmente estas fontes de energia são as principais causadoras do efeito estufa e são grandes geradoras, principalmente, do dióxido de carbono e, portanto, na economia de baixo carbono são substituídas por fontes de energias limpas e renováveis. No Brasil, é importante considerar também que o desmatamento e a pecuária são grandes causadores da emissão de gases na atmosfera.
A primeira vez que as Nações Unidas agiram proativamente para implementar ações práticas para redução global das emissões foi através da criação do Protocolo de Quioto. Este acordo mundial gerou políticas, metas e mecanismos de mercado para permitir a redução das emissões.
O mercado de carbono, mecanismo utilizado, tinha como base a atribuição de um valor econômico para cada carbono emitido ou evitado. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponderia a um crédito de carbono, que poderia ser negociado no mercado internacional. O objetivo era fazer com que as emissões fossem reduzidas através do investimento em novas tecnologias mais eficientes e renováveis. Projetos poderiam ser implementados em países em desenvolvimento, financiados pelos países desenvolvidos, que assim geravam créditos para compensar as suas emissões.
A Economia de Baixo Carbono, portanto, se tornou um mercado rico em oportunidades para o desenvolvimento tecnológico e o foco em produção mais limpa e uso eficiente de recursos.
Saiba mais 
A primeira vez que as Nações Unidas agiram proativamente para implementar ações práticas para redução global das emissões foi através da criação do Protocolo de Quioto. Este acordo mundial gerou políticas, metas e mecanismos de mercado para permitir a redução das emissões. Se quiser saber mais sobre o Protocolo de Quioto, clique aqui.
Clique aqui para conhecer o estudo da Fiesp em relação a Mudança do Clima, o material faz uma avaliação dos reflexos das metas de redução de emissões sobre a economia da indústria brasileira.
Economia Verde
Em 2008, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançou a Iniciativa Economia Verde (IEV, ou GEI - Green Economy Initiative, em inglês). A expressão Economia Verde foi aceita pela comunidade internacional como sendo um modelo econômico que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica (UNEP, 2011).
O termo substituiu o conceito de “ecodesenvolvimento”, usado pelo primeiro diretor-executivo do PNUMA e secretário-geralda Conferência de Estocolmo (1972) e da Rio-92, Maurice Strong (UNEP, 2011).
A economia verde envolve três dimensões fundamentais: o uso de renováveis, desenvolvimento de cadeias produtivas dos materiais da biodiversidade local e o desenvolvimento tecnológico para conter as mudanças climáticas, conforme mostra o esquema a seguir:
1. Uso de renováveis
Uso de fontes renováveis de energia em larga escala, em substituição às fontes oriundas de exploração de recursos fósseis.
2. Biodiversidade local
Aproveitamento de produtos e serviços oferecidos pela biodiversidade, com criação de cadeias de valor ligadas aos serviços ecossistêmicos.
3. Desenvolvimento tecnológico
Desenvolvimento de tecnologias para bens e serviços que se apoiam em técnicas capazes de reduzir as emissões de poluentes, reaproveitamento de rejeitos e redução do uso de materiais e energia.
Economia Circular: a única forma de combater a emergência climática e reduzir o gap do aumento de temperatura global
A Economia Circular nasce da consciência de que a velocidade da produção e exploração dos recursos naturais está mais rápida que a capacidade da terra de se regenerar e, portanto, precisamos conter o aumento de temperatura não somente através de tecnologias eficientes e o uso de energia renovável, mas através de uma mudança radical do processo de desenvolvimento que traz novos modelos de negócio.
O que torna a Economia Circular diferente e madura para uma adoção generalizada é o desenvolvimento não somente de tecnologias disruptivas, que permitem que a mudança ocorra de maneira rápida e maciça, mas a consciência de que este modelo de crescimento regenerativo e em equilíbrio com o meio ambiente faz sentido econômico e vai garantir a sobrevivência dos negócios.
Conclusão da aula
A evolução do pensamento: as origens da Economia Circular
Diante de toda a tendência mundial de busca e implementação de práticas de desenvolvimento econômico sustentável e de interações socioambientais responsáveis entre indústria, governo e sociedade, consolida-se no cenário internacional um novo modelo de crescimento que reúne várias escolas de pensamento, mecanismos e estratégias para a superação dos desafios encontrados na busca por um desenvolvimento econômico sustentável.
É um olhar mais abrangente que desenvolve novas cadeias de valor e novas relações comerciais gerando novos mercados e empregos que trazem benefícios para a sociedade como um todo. Isto porque o crescimento acontece ao mesmo tempo que previne a extração insustentável de recursos naturais e, portanto, a redução do impacto ao meio ambiente é uma consequência positiva deste novo modelo econômico.
Além disso, é importante destacar que quando falamos em Economia Circular, estamos falando não somente de inovação tecnológica, produção mais limpa ou uso eficiente de recursos, pois estas práticas irão apenas retardar o processo de desgaste ambiental. Estamos falando de novas práticas de negócio que provocam um repensar do modelo produtivo que influencia o design e desenvolvimento de produtos, promovendo também uma revisão de valores e atitudes na sociedade e um repensar no modo como consumimos.
Na próxima aula você verá o papel do design nesta transição e como podemos produzir e consumir de forma diferente, pois todos nós fazemos parte da mudança.
Você está preparado?
 
local_library REFERÊNCIAS
Exercícios
1. Associe as afirmações abaixo com seus modelos e escolas de pensamento correlatas:
1. Primeiro modelo econômico a reconhecer a interdependência da economia e dos ecossistemas naturais ao longo do espaço e do tempo.
Alternativa corretaSelecione:BiomiméticaEconomia de Baixo CarbonoEconomia de Performance e Economia de CiclosEconomia EcológicaBlue Economy (Economia Azul)
2. Modelos complementares que promovem soluções para um desenvolvimento na era do capitalismo eco-responsável, apresentados em relatório à ONU por Walter Stahel.
Alternativa corretaSelecione:BiomiméticaEconomia de Baixo CarbonoEconomia de Performance e Economia de CiclosEconomia EcológicaBlue Economy (Economia Azul)
3. Escola de pensamento que busca inspiração na natureza para desenvolvimento de produtos, criada por Janine Benyus e que tem como grande exemplo de aplicação a criação do velcro.
Alternativa corretaSelecione:BiomiméticaEconomia de Baixo CarbonoEconomia de Performance e Economia de CiclosEconomia EcológicaBlue Economy (Economia Azul)
4. Escola de pensamento que baseia seu conhecimento na forma com que sistemas oceânicos formam, produzem e consomem, buscando soluções que busquem o mesmo equilíbrio dinâmico na economia.
Alternativa corretaSelecione:BiomiméticaEconomia de Baixo CarbonoEconomia de Performance e Economia de CiclosEconomia EcológicaBlue Economy (Economia Azul)
5. Modelo que surge para reforçar a necessidade de combater as mudanças climáticas oriundas de emissões atmosféricas através do direcionamento de esforços para implementação de práticas econômicas que reduzam ou eliminem o uso de fontes de energias de origem fóssil (carvão mineral e petróleo, por exemplo).
Alternativa corretaSelecione:BiomiméticaEconomia de Baixo CarbonoEconomia de Performance e Economia de CiclosEconomia EcológicaBlue Economy (Economia Azul)
VERIFICAR RESPOSTA
2. A empresa responsável pelo sistema de transporte japonês vivenciou um problema no projeto do trem-bala. Este, toda vez que saía de um túnel, produzia uma explosão sonora pela compressão do ar trazendo problemas para as áreas residenciais próximas. O engenheiro Eiji Nakatsu, ávido observador de pássaros, encontrou uma solução inspirada no voo do martim-pescador. Nakatsu também corrigiu outros aspectos do projeto com base nas penas de uma coruja e no abdômen de um pinguim. Na sua opinião, este caso reflete princípios de qual escola de pensamento?
A. Blue Economy
B. Design Regenerativo
C. Biomimética
D. Cradle to Cradle
E. Ecologia Industrial
VERIFICAR RESPOSTA
3. Analise as afirmações abaixo e selecione a única opção INCORRETA.
A. A economia verde envolve três dimensões fundamentais: 1) o uso de fontes renováveis de energia em larga escala, em substituição às fontes oriundas de exploração de recursos fósseis; 2) o aproveitamento de produtos e serviços oferecidos pela biodiversidade; 3) desenvolvimento de tecnologias para bens e serviços que se apoiam em técnicas capazes de reduzir as emissões de poluentes.
B. A ecologia industrial baseia-se na metáfora que advém de retirar da análise do funcionamento dos ecossistemas naturais lições úteis para gerir melhor os sistemas industriais.
C. Adapatada por McDonough e Braungart, o cradle to cradle (berço ao berço) virou certificação de modelos de negócios, onde o foco é no design pré-produção, com análise de todo ciclo de vida do produto e de seus materiais.
D. O modelo de simbiose industrial prevê uma fusão de empresas para controle de todos os resíduos, sendo prejudicial à economicidade dos projetos.
E. A economia regenerativa é uma economia na qual intencionalmente se busca reincorporar os materiais aos ciclos produtivos ou biológicos, visando à sua renovabilidade, guiada por 8 princípios.
VERIFICAR RESPOSTA
4. Imagine o caso de siderúrgicas que consomem uma grande quantidade de carvão retirado da floresta por ano para a produção de ferro-gusa. Além disso, a produção de matérias-primas básicas para a nossa indústria, como o aço, está baseada na extração, transformação e na dispersão de grandes quantidades de material e energia com a geração de resíduos. Atualmente já é possível fazer o reaproveitamento de alguns materiais ao conhecermos suas composições, porém, grandes volumes ainda são estocados em barragens correndo o risco de rompimentos e acidentes. Uma análise do metabolismo desse sistema industrial mostra que:
A. O conhecimento dos fluxos e composição dos resíduos gerados permite analisar as possibilidades de reutilização e valorização dos materiais.
B. Com base no conhecimento das entradas e saídas de material das indústrias é possível identificar oportunidades de reaproveitamento dos materiais entre as empresas,reduzindo o custo e o impacto aos parques industriais.
C. A opção de colocarmos materiais residuais em barragens contribui para a regeneração do meio ambiente local.
D. A Economia Circular cresce desconectada da exploração dos recursos naturais e provoca um repensar dos modelos de negócios das indústrias de base para a sobrevivência do negócio.
E. O desmatamento inadequado e a exploração em uma taxa mais alta que a Terra é capaz de se regenerar contribui para a perda da biodiversidade e impacto ambiental.
VERIFICAR RESPOSTA
5. A partir do conteúdo desta aula, avalie as afirmações abaixo e indique se são falsas ou verdadeiras.
A. O conceito de Economia Circular é totalmente novo, assim como a preocupação com o meio ambiente
FalsoVerdadeiro
B. O diferencial da Economia Circular é o desenvolvimento de tecnologias disruptivas, que permitem que a mudança ocorra de maneira rápida e maciça.
FalsoVerdadeiro
C. A transição acontece através da consciência de que uma economia regenerativa, que cresce em equilíbrio com o meio ambiente, faz sentido econômico e garante a sobrevivência do negócio.
FalsoVerdadeiro
D. Economia Circular pode ser aplicada como sinônimo de atividades de gestão de resíduos e reciclagem por considerar o fluxo de materiais e o fechamento dos ciclos.
FalsoVerdadeiro
E. Assim como as escolas de pensamento anteriores, a Economia Circular também suporta a ideia de atendimento à demanda de produtos e serviços associado à redução da geração de resíduos, do uso reduzido de recursos e minimização da toxicidade dos materiais, contribuindo para o ciclo fechado de materiais e energia.
FalsoVerdadeiro
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