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HIDRÁULICA GERAL BOMBAS (Parte 7) Prof. Luiz Henrique Poley Conceito São equipamentos mecânicos destinados à transferência de líquidos de um ponto para outro com auxílio de tubulações, fornecendo-lhe um acréscimo de energia. Essa transferência ocorre em função da bomba fornecer ao líquido aumento de energia de pressão e velocidade Aplicações: Usos Domiciliares Indústria Química, Petroquímica e Petrolífera Serviço de abastecimento d' água e Esgoto Sistema de drenagem 2 TIPOS DE BOMBAS Bombas de Deslocamento Positivo –São usadas para bombeamento contra altas pressões e quando requerem vazões de saída quase constantes. As bombas de deslocamento positivo se dividem em dois tipos: Alternativas (pistão) Rotativa Bombas Centrífugas - Caracterizam-se por operarem com altas vazões, pressões moderadas e fluxo contínuo. Bomba Diafragma –São usadas para suspensões abrasivas e líquidos muito viscosos. Bomba A Jato – Usam o movimento de uma corrente de fluido a alta velocidade para imprimir movimento a outra corrente, misturando as duas. Bomba Eletromagnética – Princípio igual ao motor de indução usada com líquidos de alta condutividade elétrica não tem partes mecânicas móveis. 3 TIPOS DE BOMBAS CENTRÍFUGAS ROTATIVAS ALTERNATIVAS 4 BOMBAS CENTRÍFUGAS Nas bombas centrífugas, a movimentação do líquido é produzida por forças desenvolvidas na massa líquida pela rotação de um rotor 5 BOMBAS CENTRÍFUGAS Os principais requisitos para que uma bomba centrífuga tenha um desempenho satisfatório: Instalação correta, Operação com os devidos cuidados e, Manutenção adequada Condições de perda de fluxo, : Problemas de vedação Problemas relacionados a partes da bomba ou do motor: • Perda de lubrificação • Refrigeração • Contaminação por óleo Vazamentos na carcaça da bomba Níveis de ruído e vibração muito altos Problemas relacionados ao mecanismo motriz (turbina ou motor) 6 BOMBAS CENTRÍFUGAS um propulsor rotativo (rotor) que gira com grande velocidade dentro de uma caixa de metal, de forma espiral ou cilíndrica, denominada “corpo da bomba”. 7 BOMBAS CENTRÍFUGAS Todo o funcionamento da bomba se baseia na criação de um diferencial de pressão no seu interior 8 BOMBAS CENTRÍFUGAS 9 BOMBAS CENTRÍFUGAS 10 BOMBAS CENTRÍFUGAS 11 CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto ao movimento do líquido: – Admissão simples – Dupla sucção (Rotor de dupla admissão) Quanto a admissão da água (fluido) Radial; Diagonal (Francis); Helicoidal; 12 CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto ao tipo de rotor: fechado aberto semi-fechado à prova de entupimento; 13 CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto ao número de estágios: estágio simples; múltiplos estágios; 14 Bomba centrífuga de duplo estágio CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto a pressão Baixa pressão (Hm ≤ 15m); Média pressão (15 < Hm < 50m); Alta pressão (Hm ≥ 50 m); 15 CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS 16 BOMBAS CENTRÍFUGAS Os parâmetros chaves de desempenho de bombas centrífugas são: Capacidade Carga NPSH BHP (potência de freio) BEP (ponto de melhor eficiência) Velocidade específica Leis de Afinidade 17 BOMBAS CENTRÍFUGAS As curvas de bomba provêem a janela operacional dentro da qual estes parâmetros podem ser variados para operação satisfatória da bomba. 18 BOMBAS CENTRÍFUGAS Capacidade = vazão volumétrica. A capacidade depende de vários fatores como: Características do líquido de processo, isto é, densidade, viscosidade, etc. Tamanho da bomba e de suas seções de entrada e de saída Tamanho do impulsor Velocidade de rotação do impulsor RPM Tamanho e forma das cavidades entre as palhetas Condições de temperatura e pressão da sucção e descarga 19 BOMBAS CENTRÍFUGAS ➔ Altura de sucção (HS): Distância vertical do nível do reservatório de sucção ao eixo da bomba somada às perdas de carga do trecho. HS = hS + hfS ➔ Altura de recalque (Hr): Distância vertical do eixo da bomba ao ponto de descarga do recalque ou nível do reservatório, se o recalque for afogado somado às perdas de carga do trecho. Hr = hr + hfd 20 BOMBAS CENTRÍFUGAS Altura geométrica (Hg) da bomba: Hg = hr + hs Altura manométrica (Hm) da bomba: Hm = Hr + Hs 21 NPSH ● Nas operações de bombeamento, a pressão em qualquer ponto da linha de sucção nunca deve ser menor que a pressão de vapor Pv do líquido bombeado na temperatura de trabalho, caso contrário haveria vaporização do líquido, com conseqüente redução da eficiência de bombeio. 22 NPSH ●Para evitar efeitos negativos (cavitação), a energia disponível para levar o fluido do reservatório até o bocal de sucção da bomba deverá ser a altura estática de sucção hs menos a pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeio. ●Esta energia disponível é chamada Altura de Aspiração Acima da Pressão de Vapor (em inglês, Net Positive Suction Head - NPSH). 23 NPSH ● NPSH disponível (NPSHd): é característica do sistema no qual a bomba opera ● NPSH requerido (NPSHr): é função da bomba em si, representando a energia mínima que deve existir entre a carga de sucção e a pressão de vapor do líquido para que a bomba possa operar satisfatoriamente. Fornecido pelo fabricante. 24 NPSH 25 NPSH A fórmula para calcular a NPSHd é dada abaixo: NPSHd = (p0- pv)/γ - hs - hfs onde: p0 = pressão atmosférica local, hS = altura de sucção pv = pressão de vapor da água hfS = perdas de carga na sucção, A bomba opera satisfatoriamente se: NPSHd > NPSHr 26 POTÊNCIA E EFICIÊNCIA ● Potência de Entrada da Bomba ou potência de freio (BHP) é a potência real entregue ao eixo da bomba. ● Produção da Bomba, ou Potência Hidráulica, ou Potência de água (WHP) é a potência do líquido entregue pela bomba. 27 POTÊNCIA E EFICIÊNCIA ● O B.E.P. (ponto de melhor eficiência) é a área na curva onde a conversão de energia de velocidade em energia de pressão a uma determinada vazão, é ótima; em essência, é o ponto onde a bomba é mais eficiente. ● No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas para uma determinada aplicação, a eficiência da bomba é levada em conta no projeto. ● A eficiência de bombas centrífugas é tomada como uma porcentagem e representa uma unidade de medida que descreve a conversão da força centrífuga em energia de pressão. 28 POTÊNCIA E EFICIÊNCIA 29 LEIS DA AFINIDADE ➔ As Leis de Afinidade são expressões matemáticas que definem mudanças na capacidade da bomba, carga, e BHP quando ocorrem mudanças na velocidade da bomba (n), no diâmetro do impulsor (D), ou ambos. Q1 = Q2 (n1/n2) H1 = H2 (n1/n2) 2 Pot1 = Pot2 (n1/n2) 3 30 VELOCIDADE ESPECÍFICA ➔ Cada bomba tem uma faixa ótima de operação conforme sua velocidade específica (Ns) dada por: NS = 3,65 n Q 1/2/H3/4 n = rotações do rotor (rpm), Q = vazão e H = altura manométrica 31 CURVAS CARACTERÍSTICAS A capacidade e a pressão necessária de qualquer sistema, podem ser definidas com a ajuda de um gráfico chamado Curva do Sistema. Semelhantemente o gráfico de variação da capacidade com a pressão para uma bomba particular, define a curva característica de desempenho da bomba. 32 CURVAS CARACTERÍSTICAS ● A curva de resistência do sistema ou curva de carga do sistema, é a variação no fluxo relacionada a carga do sistema. ● Ela deve ser desenvolvida pelo usuário com base nas condições de serviço. ● Estas condições incluem o lay-out físico, as condições de processo, e as características do fluido. 33 CURVASCARACTERÍSTICAS ● Uma curva de desempenho típica de uma bomba é um gráfico da Carga Total versus Vazão volumétrica, para um diâmetro específico de impulsor. O gráfico começa com fluxo zero. ● A carga corresponde neste momento ao ponto de carga da bomba desligada. ● A curva então decresce até um ponto onde o fluxo é máximo e a carga mínima. Este ponto às vezes é chamado de ponto de esgotamento. ● A curva da bomba é relativamente plana e a carga diminui gradualmente conforme o fluxo aumenta. ● A faixa de operação da bomba é do ponto de carga desligado ao ponto de esgotamento. A tentativa de operar uma bomba além do limite direito da curva resultará em cavitação e eventual destruição da bomba. 34 ESCORVA Para bombas que não operam afogadas (nível da sucção acima do eixo da bomba) é necessário a escorva da sucção, ou seja seu preenchimento com água da canalização de sucção). 35 CATÁLOGOS 36 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS Razões técnicas : quando um desnível elevado acarretar um rotor de grande diâmetro e alta rotação, e com isso altas acelerações centrífugas e dificuldades na especificação de materiais. Razões econômicas : quando o custo de duas bombas menores é inferior ao de uma bomba de maiores dimensões para fazer o mesmo serviço. 37 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS As bombas são associadas em série e paralelo. A associação de bombas em série é uma opção quando, para dada vazão desejada, a altura manométrica do sistema é muito elevada, acima dos limites alcançados por uma única bomba. Htotal = H1 + H2 38 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS Na associação de bombas em série, a saída de uma bomba está ligada à entrada da outra, elas transportam a mesma vazão, então a curva da associação é obtida da soma das pressões, para uma mesma vazão. ➔ ·A curva característica de uma associação em série é obtida das curvas originais de cada bomba pelas soma das pressões unitárias para uma mesma vazão. 39 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS Já a associação em paralelo é fundamentalmente utilizada quando a vazão desejada excede os limites de capacidade das bombas adaptáveis a um determinado sistema. Qtotal = Q1 + Q2 40 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS Na Associação em paralelo todas as bombas hidráulicas succionam líquido do mesmo reservatório e o entregam no mesmo ponto, o barrilete. 41 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS A curva característica de uma associação em paralelo é obtida das curvas originais de cada bomba pela soma das vazões unitárias para uma mesma pressão. 42 TUBULAÇÕES DE RECALQUE 43 TUBULAÇÕES DE RECALQUE 44 45 46 47 ACESSÓRIOS DE BOMBEAMENTO: VÁLVULAS Dispositivos utilizados para estabelecer, controlar e interromper a passagem de fluidos em tubulações; 46 PARTES DAS VÁLVULAS O invólucro externo das válvulas apresenta duas partes principais: corpo e castelo, unidos entre si por diferentes meios (roscas, parafusos); 47 OPERAÇÃO As válvulas podem ser : Manuais (através de volantes, alavancas, engrenagens); Motorizadas (pneumática, hidráulica, elétrica); Automáticas (operadas pelo proprio fluido através da diferença de pressão em molas ou contrapesos) 48 OPERAÇÃO Acionamento por volante 49 OPERAÇÃO Acionamento hidráulico 50 OPERAÇÃO Acionamento pneumático ATUADOR 51 Tipos mais comuns de válvulas 52 Válvulas de bloqueio Função principal estabelecer/interromper o fluxo; Somente devem operar totalmente fechadas ou abertas; As mais comuns são: Gaveta; Macho (fechamento por rotação de peça em ¼ de volta); Esfera (o “macho” é uma esfera); Fecho rápido 53 Válvulas de regulagem de fluxo Função principal controlar o fluxo. Podem trabalhar em qualquer posição; As mais comuns são: Globo; Agulha; Borboleta; Diafragma (o elemento de vedação é um diafragma); 54 Válvulas de fluxo Único Permitem o fluxo em apenas uma direção; As mais comuns são: Válvula de retenção de portinhola; Válvula de retenção de esfera; Válvula tipo plug 55 Válvulas redutoras Controlam a pressão a jusante; 56 Válvulas gaveta Uso generalizado; O fechamento se dá por uma peça chamada gaveta; Válvulas de fecho lento 57 Válvulas gaveta 58 Válvulas macho 59 Válvulas esfera 60 Válvulas de Fecho Rápido Variante da gaveta; Um movimento único da alavanca externa provoca o fechamento da válvula; 61 Válvulas Globo O fechamento se dá por um tampão que se move contra o orifício da válvula; Melhor estanqueidade em relação à gaveta; 62 Válvulas Globo 63 Válvulas Borboleta O fechamento se dá por peça circular que gira em torno do eixo perpendicular ao sentido do escoamento; Utilizada em tubulações de grande diâmetro; 64 Válvulas Borboleta 65 Válvulas Diafragma 66 Válvulas Agulha 67 Golpe de aríete Ondas de alta pressão formadas na tubulação pelo fechamento brusco de uma válvula; Material Deformado pelo golpe de aríete 68 Golpe de aríete Existem dispositivos instalados junto às válvulas para controle do golpe de aríete; Câmara de ar para controle do golpe de aríete 69 BOA NOITE A TODOS !!!
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