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MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA

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“ Rotinas Trabalhistas ”
Carla Renata Gonçalves Zaize Tozzi – RA 208821912442 – TGRH / 3ºA
Carolina Lima Ferreira Melo Tavares – RA 207198312442 – TGRH / 3ºA
Érica Eva da Silva Santos – RA 208202212442 – TGRH / 3ºA
Paula Cristina de Souza – RA 207186412442 – TGRH / 3ºA
Tamiris Martins Nishimoto de Camargo – RA 208189212442 – TGRH / 3ºA
Prof. Kleber Abel – Orientador da Disciplina Rotinas trabalhistas e Departamento Pessoal.
Contribuição Sindical
A Contribuição Sindical é um dos encargos obrigatórios que fazem parte das taxas devidas pelos trabalhadores. Ela foi estabelecida no Brasil em 1937, mantendo-se até hoje como a principal forma de arrecadação dos sindicatos e categorias de classe do país.
Atualmente, ela é prevista na própria Constituição Federal, sendo manifestada obrigatoriamente em quase todas as classes.
Á princípio, antes da reforma trabalhista os empregadores eram obrigados a descontar o imposto sindical de seus empregados autônomos e profissionais liberais em folha de pagamento mesmo que o trabalhador não fosse filiado a nenhum sindicato. A redução feita era correspondente a um dia de trabalho, uma vez ao ano, sendo efetuada no mês de março e recolhido até o último dia do mês de abril.
Após a reforma trabalhista, de acordo com o artigo 579, integro da Lei 13.467/2017, que altera a CLT, diz que:
“Art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressados que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. ” (NR) 
Dessa forma, a partir de 2018 a contribuição sindical dos trabalhadores, só será descontada em folha de pagamento no mês de março apenas para aqueles que quiserem dar a contribuição, ou seja, não se trata mais de uma colaboração compulsiva, mais sim opcional, cabe aos empregados permitir o desconto ou não, e cabe ao empregador recolher o subsídio apenas se desejar.
Contrato de Trabalho
De acordo com estudos e definição dada pela CLT, artigo 442, o contrato de trabalho nada mais é do que um acordo que pode ser feito de maneira verbal ou tácito, escrito ou expresso, tendo embasamento no vínculo empregatício, entre o empregado e empregador. Perante ao tempo e duração, os contratos são distinguidos por tempo determinando e indeterminando, tendo como pioneiros no grupo o contrato de experiência, contrato de aprendizagem e o contrato por prazo determinado que atendem a predeterminação do prazo á fim de suprir as atividades empresariais.
 Posteriormente, com a nova lei foi criada a figura do contrato de trabalho intermitente que por sua vez é destinada ao trabalhador que alterna períodos de inatividade e atividade, isto é, o empregado apenas recebe pelo período trabalhado, recebendo pelas horas e diária. Ele terá direito a FGTS, férias, previdência e 13º salário.
Dessa maneira, no contrato deverá estar estabelecido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função. O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes e se acaso o contrato não for cumprido por uma das partes, quem descumpriu deverá pagar 50% do valor de remuneração combinada para o período contratual.
Com envasamento no contrato de trabalho, a reforma trabalhista também regularizou o teletrabalho (home office) que é o serviço executado preponderantemente fora do estabelecimento, por meio de informática ou telemática.
A nova regra diz que tudo que o trabalhador usar fora do estabelecimento propriamente dito, terá que ser formalizado ao empregador via contrato, a fim de dizer os custos com equipamentos, produtividade e principais pontos inerentes ao tratado.
O home office poderá ser convertido como trabalho presencial por determinação do empregador, onde terá prazo de transição de 15 dias oficializado em contrato.
Férias
Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo".  As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo".
Primeiramente, antes da reforma trabalhista, no Brasil todo trabalhador tem direito a trinta dias corridos ao título de férias, sendo gozadas unicamente. Em caso excepcional eram divididas em duas partes para trabalhadores com idade de 18 e 45 anos. Quando fracionada nenhuma das partes poderia ser inferior a 10 dias.
Após a nova reforma, mediante a Lei 13.467/17 diz que o gozo das férias poderá ser fracionado em até 3 partes, desde que haja um acordo entre o empregado e empregador e que um dos períodos seja maior que 14 dias e ou outros 2 tenham 5 dias cada um.
Com tudo, o parágrafo 2º do artigo 134 da CLT que tratava da exclusão de profissionais com menos de 18 e 45 anos com relação à divisão do período de gozo das férias, foi revogado, ou seja, esta regra é aplicável a qualquer trabalhador.
Processo de Demissão
O processo de demissão é o rompimento do vínculo empregatício, entre o empregado e o empregador. Este processo em sua maioria, é bem simples, entretanto as empresas devem tomar o devido cuidado para conduzir esse procedimento.
A realização desse rompimento por ser ocorrido de diversas maneiras, como o término do contrato por tempo determinando, pedido de demissão, morte do empregador, rescisão indireta, dentre outras.
Dentre estudos, na antiga lei antes das mudanças na CLT, o processo de demissão dos funcionários era diferente, á saber:
- Em caso de pedidos de demissão, o trabalhador não podia movimentar o saldo do FGTS, não ganharia indenização, era descontado as verbas rescisórias caso não cumprisse o aviso prévio corretamente e não poderia pedir o seguro desemprego.
- Em caso de demissão sem justa causa, o trabalhador teria direito as verbas rescisórias, com multa dos 40% sobre o FGTS, além do seguro desemprego.
Para coibir as práticas adotadas antigamente, hoje, na nova lei, foi criada a modalidade da demissão “de um comum acordo” entre o empregado e empregador.
No novo modelo, referente a demissão consensual o trabalhador pode sacar 80% do seu FGTS, acrescido da multa e receber a metade do aviso prévio se for indenizado, entretanto não haverá direito ao seguro desemprego.
Ademais, na demissão coletiva, não será mais necessário a autorização prévia da entidade sindical, de convenção ou de acordo coletivo para as empresas realizem o rompimento de vínculo dos seus funcionários.
Rescisão contratual
A rescisão de contrato é o cancelamento do contrato por algum motivo especifico. A rescisão ocorre geralmente quando há o descumprimento de alguma cláusula pelas partes envolvidas.
Preliminarmente, antes das mudanças da nova lei trabalhista, a rescisão determinava que o recibo de quitação das verbas rescisórias para os trabalhadores com mais de 1 ano de serviço na mesma entidade, somente era válido com assistência do sindicato ou da autoridade do ministério do trabalho, portanto era feito da seguinte maneira:
- Trabalhadores com menos de um ano de serviço na mesma empresa, era dispensada a homologação junto aos órgãos competentes, e já os trabalhadores com mais de um ano de serviço, obrigatoriamente a homologação era feita juntamente aos órgãos destinados.
Com as mudanças regidas pela CLT, foi formalizado que não terá mais precisão de fazer as homologações juntamente ao ministério do trabalho ou mediante a algum sindicato, foi revogado que a formalização do desligamento pode ocorrer propriamente na empresa, tendo em vista que o empregador poderá ser acompanhadopor um advogado no ato da rescisão contratual.
Os pagamentos das verbas rescisórias devem ser pagos em até dez dias a partir do término do contrato seja em qualquer situação.

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