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Arquitetura Romana 1.1 – Quem eram? 1.2 – Onde viviam? 1.3 – Quando viveram? 1.4 – Como viviam? Entre os primitivos habitantes da península Itálica encontravam-se, ao norte, os ligures e ao sul, os sículos (ou sicilianos). A partir de 2000 a.C., povos indo europeus, aparentados com os arianos gregos, deslocaram-se para o centro e para o sul da península. Esses povos conhecidos como italiotas ou itálicos, formavam vários núcleos de povoação: latinos, samnitas, úmbrios, volscos e sabinos. Os latinos fixaram-se na planície do Lácio, às margens do rio Tibre, onde praticavam a agricultura e o pastoreio. Viviam em comunidades primitivas, tendo como chefe o mais velho do grupo: o pater-família. Na época da colonização pelos latinos, Roma era nada mais que um forte militar, construído para evitar a invasão de povos vizinhos. Nesses primeiros tempos, os romanos levavam uma vida simples, trabalhando no campo e alimtando-se de sua própria produção. A modéstia e a disciplina eram consideradas virtudes essenciais. A família era uma instituição sagrada e seu chefe - o pater famílias - tinha poder e direitos ilimitados sobre a mulher, os filhos, os escravos e os bens. O velhos eram respeitados e serviam de exemplo, à comunidade. 2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA, INFRAESTRUTURA E CONSTRUÇÕES A região é localizada na Península Itálica, no continente europeu. É banhada por três mares (Adriático, Tirreno e Mediterrâneo), e protegida ao norte pelos Alpes, 80% de seu território é constituído de planícies e 20% é montanhoso. O território possuia inúmeras terras férteis, clima quente, chuvas regulares, que favoreciam a prática da agricultura. Clima: Mediterrânico , com invernos suaves e úmidos e verõesquentes e secos. Sua temperatura média anual está em cerca de 20 °C durante o dia e 10 °C durante a noite. Em janeiro, o mês mais frio, a temperatura média é de 12 °C durante o dia e de 3 °C à noite. Nos meses mais quentes, julho e agosto, a temperatura média é de 30 °C durante o dia e 18 °C à noite. A temperatura média anual é de cerca de 15 °C. Capital: Roma; Área: 301,3 mil km²; População: 60,7 milhões de habitantes (2013); Densidade Demográfica: 199,3 hab./km²; PIB: 2,1 trilhões; Idioma: Italiano. Clima: Mediterraneo Relevo : predominantemente montanhoso, tendo no monte Branco, com 4810 metros de altura, seu ponto culminante. 2.4- ARQUITETURA, SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS EMPREGADOS Na Arquitetura Romana foi valorização do espaço como meio ativo de expressão arquitetônica; a base de organização dos edifícios era axial (eixo); utilização das ordens gregas não como imitação, mas como um novo sistema que propõe uma hierarquia de ordens. Materiais e sistemas construtivos: – Tijolo; pedras; madeira; argamassa (cal + areia + pozolana). – Trílito; arco pleno; arcadas; abóbada de berço e de aresta. Era bastante utilizada a concreção: concreto simples, sem ferros, feito de argamassa misturada com pequenas pedras. Os escoramentos eram paredes de tijolos ou pedras e/ou formas de madeira. Ordens romanas: desaparece praticamente a dórica, substituída pela toscana, segue-se a jônica, enriquece-se a tipologia da coríntia e, da fusão da jônica com a coríntia surge a ordem compósita. Tipos de construções: – Templos: compostos por cela, pórtico, escadaria e pódio. – Teatros: igual aos gregos (só não eram construídos nas encostas). – Panteon: templo de todos os deuses. – Basílica: construções administrativas e judiciais. – Coliseu: Anfiteatro Flávius, possui forma oval, utilizado para lutas de gladiadores. – Aqueduto: sistema de distribuição de água. – Circus Máximus: local onde realizavam atividades esportivas, como corridas de cavalos e lutas de gladiadores. – Mercado de Trajano: local com várias lojas. – Cloaca máxima: esgoto. Ínsula: habitação coletiva de caráter urbano; uso misto comercial e residencial; possui pátio interno; construída em alvenaria de tijolos. – Hipocausto (calefação): no exterior do edifício construía-se um forno e o ar quente era levado por canalizações situadas abaixo do solo. – Residência (domus): habitação unifamiliar; espaço introvertido; possui pátio interno (átrio); pode ter lojas na frente;decoração com pinturas; A cidade romana: apresenta traçado irregular com a inserção dos espaços geométricos dos foros. Roma era colônia dos etruscos e teve que passar por uma adaptação, enquanto que suas colônias começavam a ser construídas do zero, a partir de pontos cardiais: cardo (norte-sul) e decumanos (leste-oeste). A arte romana classificada em Arte da Roma Republicana (antes de 27 a.C.) e Arte da Roma Imperial (do ano 27 a.C. em diante), recebeu grande influência dos etruscos, povos que habitavam a região antiga denominada Etrúria. A sociedade etrusca floresceu na península itálica durante os 1 200 a.C. e 700 a.C.. Eles possuíam um alfabeto, arte e religião próprias, as quais foram sendo modificadas sobretudo, após a vitória dos romanos no século III a.C. De tal modo, além da influência grega, a arte romana apresenta muitas caraterísticas que foram sendo incorporadas graças aos povos etruscos. A escultura romana, realizada nos edifícios públicos e privados, retratava sobretudo, pessoas e figuras importantes como os Imperadores Romanos. Ela está intimamente relacionada com a arquitetura posto que enriqueciam os grandes templos, palácios, igrejas, aquedutos, através dos relevos escultóricos ou das esculturas propriamente. A pintura romana foi muito diversa tanto na temática quanto nos materiais utilizados (pó de madeira, seivas de árvores, metais em pó, vidros pulverizados, dentre outros). Os artistas romanos exploravam uma gama de temas: acontecimentos cotidianos e históricos; temas lendários e mitológicos, natureza-morta. Na pintura romana, merecem destaque os afrescos e a arte musiva (dos mosaicos). 3- CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO 3.1 – Social A estrutura social que se erigiu nessa civilização teve como base principal os patrícios e os plebeus. Além desses, havia ainda os clientes, os escravos e os proletários. Os patrícios formavam a elite social e política romana. Os principais cargos políticos de destaque, durante muito tempo, só podiam ser ocupados por patrícios. Esse grupo da sociedade era herdeiro dos primeiros clãs de pastores que se estabeleceram no Lácio e fundaram a cidade romana. Esses clãs eram de povos latinos e organizavam-se sob o modelo de páter-famílias, chefe de família patriarcal, daí vem a denominação “patrício”. Sendo assim, os patrícios, por tradição, eram os grandes proprietários de terras da antiga Roma. Possuíam, portanto, o controle político e econômico. Os plebeus, ou a plebe, como também eram conhecidos, constituíam a camada da população que não tinha ascendência patrícia. A maioria dos plebeus era constituída de pequenos proprietários de terras, artesãos e comerciantes. Boa parte das crises sociais da Roma Antiga, bem como das tentativas de reforma, como a dos irmãos Graco, derivou da insatisfação dos plebeus. Os clientes. Estes eram agregados dos patrícios e deles recebiam estadia e proteção. Em troca, ofereciam todo tipo de serviço, daí vem a expressão moderna da análise política “clientelismo”, que expressa a relação de subordinação de um grupo social a outro em troca de pequenos benefícios. Os proletários, isto é, os proletarii, recebiam essa denominação porque sua única expressividade social consistia em gerar prole (filhos) – daí a origem do termo proletário. Eles compunham a parte da sociedade que ficava sob o jugo do Estadoe que, quase sempre, servia para engrossar as fileiras mais frágeis do exército romano. Os escravos considerados bens de posse daqueles que os compravam ou os capturavam, além de serem desprovidos de qualquer representatividade política ou direitos em meio à sociedade romana. Os escravos podiam ser tanto escravos por dívidas quanto povos capturados e conquistados nas campanhas militares romanas. 3.2 – Cultura 3.3 – Religião A cultura romana foi, um tanto, a continuação da cultura grega, pelo menos até o período do império, quando se distanciou o helenismo. Também como na Grécia, o brilho da cultura romana só foi possível graças ao trabalho escravo, que deixava aos cidadãos tempo livre para criação cultura. Nos primórdios está a cultura está ligada aos etruscos. A língua tornou-se escrita sob a dominação dos etruscos, e a arte romana tinha, até o período das conquistas, fortes características etruscas. Depois da guerra de conquista, a sociedade romana passou a ter verdadeiro fascínio pela cultura grega. Foram feitas traduções de obras de Homero para o latim, e o teatro tornou-se um dos maiores divertimentos dos romanos, sendo muito apreciadas as obras de Plauto. A história romana recebeu um tratamento mais sistemático com o grego Políbio. Na pintura, os murais receberam forte influência grega. Os romanos adotaram muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Ao longo de sua história, a arte romana sofreu três grandes influências: a etrusca (na técnica), agrega (na decoração) e a oriental (na monumentalidade). É comum se dizer que Roma conquistara a Grécia militarmente, fora por ela conquistada culturalmente. A partir da instauração do império de Otávio Augusto, a cultura foi abandonando suas características helenísticas e adquirindo um caráter mais romantizado. Nesse período, houve um verdadeiro surto de construções arquitetônicas e de embelezamento urbano, que tomou conta de quase todas as províncias. Foi nessa época que os romanos introduziram o arco como elemento arquitetônico. Alguns exemplos desse tipo de construção são o Coliseu, os aquedutos romanos, os famosos arcos do triunfo e o esplendido Panteon. A cultura romana relata os efeitos dos generais e imperadores. Os romanos seguiram uma religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica. Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica. Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, porém com outros nomes. Uma prática religiosa muito comum na Roma Antiga era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família (deuses lares e penates). Templos para o culto público aos deuses também foram erguidos em diversas províncias romanas. Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. 3.4 – HERANÇA DEIXADA PELOS ROMANOS Legado Romano para a humanidade Direito Para administrar o gigante império e ainda criar ordem dentro das cidades, os romanos desenvolveram leis, que deram origem posteriormente aos Códigos Jurídicos. Surgiu assim o Direito Romano que foi usado como base para as futuras sociedades do ocidente, chegando até os dias atuais com, evidentemente, diversas modificações e adaptações. Havia basicamente três categorias do Direito Romano: Direito Privado (leis voltadas para as famílias); Direito Estrangeiro (leis para os estrangeiros) e Direito Público (leis para os cidadãos romanos). Deste último, surgiu o Código Civil, muito presente nos países ocidentais da atualidade. Muitas expressões jurídicas usadas atualmente na legislação ocidental (entre elas a brasileira) tem origem no Direito Romano e, por isso, são escritas em latim (língua oficial do Império Romano). Entre elas, podemos citar: habeas corpus, habeas data, ad hoc, stricto sensu, vacatio legis e juris tantum. Línguas A língua falada e escrita em Roma Antiga era o latim. Após a queda do Império Romano e a invasão dos germânicos na Europa, várias línguas se originaram do latim. Estas línguas existem até os dias atuais, sendo as principais: Português, Francês, Italiano, Espanhol e Romeno. Alfabeto e números romanos O alfabeto romano é utilizado até hoje na maioria dos países do mundo. Até mesmo línguas que não são de origem latina (alemão, por exemplo), utilizam o alfabeto romano. Os números (algarismos) romanos, criados e utilizados em Roma Antiga, também chegaram até nós. Porém, utilizamos atualmente eles mais para fazer referência aos séculos. O sistema de numeração romana é composto por sete letras, representadas em maiúsculas, do alfabeto latino: I, V, X, L, C, D e M. Arquitetura e Engenharia Os romanos desenvolveram várias técnicas arquitetônicas para construir grandes templos, palácios, estádios, aquedutos, anfiteatros e prédios públicos. A eficiência construtiva foi tão grande, que muitos destas construções chegaram até os dias atuais. Os romanos também se destacaram na construção de estradas, ligando Roma a diversas províncias sob seu controle. Estas técnicas de arquitetura e engenharia civil foram muito utilizadas pelas sociedades seguintes, sendo que muitas delas estão presentes até hoje nas construções de prédios, casas, igrejas e etc. Artes Plásticas Os romanos foram fortemente influenciados pelas Artes Plásticas da Grécia Antiga. Entre as principais características artísticas dos gregos, que chegaram aos romanos, foi a busca pela reprodução do corpo humano e dos elementos da natureza de forma real. O realismo nas esculturas e pinturas, embora tenha sido deixado de lado na Idade Média, foi resgatado na época do Renascimento e preservado por várias correntes e escolas artísticas posteriores, chegando até os dias de hoje. 4.0 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ( Comércio, Serviços, política. Etc) A história política de Roma está dividida em três períodos: Monarquia ou Realeza (753-509 a.C.), República (509-27 a.C.) e Império (27 a.C.-476 d.C.). Cada período da história romana possui características próprias, que demonstram a evolução socioeconômica e política dessa sociedade. Monarquia Romana (753?-510 a.C.) Embora se creia que os nomes pertençam à ficção, existem provas sólidas da existência de uma antiga monarquia, do crescimento de Roma e suas lutas contra os povos vizinhos, do estabelecimento de uma dinastia de príncipes etruscos e de sua derrubada e abolição da monarquia. Também é provável a existência de certa organização social, como a divisão dos habitantes em duas classes: patrícios e plebe. República Romana (510 a.C. - 27 a.C.) Em lugar do rei, o conjunto da cidadania elegia anualmente dois cônsules. Apenas os patrícios podiam ocupar as magistraturas, porém o descontentamento da plebe originou uma violenta luta e a progressiva aparição da discriminação social e política. Império Romano (27 a.C. - 476 d. C.) O Império sucedeu à República de Roma. Augusto reorganizou o território, acabando com a corrupção e extorsão que haviam caracterizado a administração do período anterior. Esse período representa o auge da idade de ouro da literatura latina, em que se destacam as obras poéticas de Virgílio, Horácio e Ovídio e a obra em prosa de Tito Lívio. A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos.Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões. Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo. Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África. O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império. A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários. Moeda romana em ouro representando as duas faces de Janus - 225-212 a.C. Moeda romana. 5.0 – CURIOSIDADES 1. Os romanos bebiam o sangue dos gladiadores 2. Os romanos não morriam jovens 3. A medição do tempo era relativa 4. A cor púrpura era somente para os ricos 5. A monocelha era sinal de grande inteligência 6. A odontologia era popular 7. Os romanos não gostavam dos filósofos 8. Os generais romanos não lutavam 9. Bebiam pequenas doses de veneno 10. As romanas tingiam o cabelo 11. Os cavalos participavam da política 12. Não usavam sabonete. Clima: Mediterraneo Relevo : predominantemente montanhoso, tendo no monte Branco, com 4810 metros de altura, seu ponto culminante. 1. Os romanos bebiam o sangue dos gladiadores 2. Os romanos não morriam jovens 3. A medição do tempo era relativa 4. A cor púrpura era somente para os ricos 5. A monocelha era sinal de grande inteligência 6. A odontologia era popular 7. Os romanos não gostavam dos filósofos 8. Os generais romanos não lutavam 9. Bebiam pequenas doses de veneno 10. As romanas tingiam o cabelo 11. Os cavalos participavam da política 12. Não usavam sabonete.
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