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ESCOLA MUNICIPAL DINÁ DE OLIVEIRA PROJETO INSTITUCIONAL TEMA: LEITURA EM TODO LUGAR PÚBLICO-ALVO: ESTUDANTES DO 2º AO 5º ANOS ENVOLVIDOS: GESTÃO ESCOLAR, COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E PROFESSORES. PERÍODO: DE MARCO À DEZEMBRO DE 2017 JUSTIFICATIVA Durante vários anos no Brasil, o analfabetismo e a dificuldade de acesso à educação permearam a vida das pessoas dos meios populares. Essas considerações podem ser visualizadas nos dados do IBGE que se encontram à disposição para que os interessados no tema possam consultar. Segundo Rojo (2009), “o século XX quase todo, até a década de 1990”, a exclusão e o fracasso foram aspectos preponderantes no que se refere à escolas e as camadas populares. Os aspectos apontados acima nos fazem refletir sobre o papel da escola do passado e sua configuração no presente, permitindo-nos a fazer os seguintes questionamentos: Será que a escola pública brasileira continua excludente e promovendo fracasso? Tem conseguido obter êxito na alfabetização das crianças que nela estão inseridas? Quem acompanha o cotidiano desse universo percebe que há um longo caminho a ser percorrido e muitas ações a serem implementadas para que isto ocorra. Todavia, vê-se que algumas iniciativas do Governo Federal, com apoio de alguns municípios, têm contribuído, na perspectiva de alfabetizar as crianças, fornecendo formações aos professores por meio do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa, ampliando acervo das bibliotecas escolares, assim como também distribuindo livros para os estudantes. Os números do IBGE, que envolvem a questão, de 1960 à 2000, sinalizam um decréscimo do analfabetismo entre as populações de 5 à 15 anos. Para Rojo (2009), esse crescimento é insatisfatório, por “é desproporcional ao crescimento da população”. A dificuldade de alfabetizar as crianças na idade certa tem sido um discurso recorrente no interior das escolas e fora dela. Nesse sentido, sendo a escola a principal agência responsável por efetivar e ampliar, dentre outras, a capacidade leitora e escritora dos estudantes, pensou-se em elaborar um projeto de leitura que objetive contribuir com tais competências. Para tal, partimos do pressuposto de que o ensino da leitura envolve o desenvolvimento de ações voltadas à apropriação do SEA associada a um percurso em que estão inseridos os gêneros textuais. No que se refere ao primeiro aspecto, nos pautamos no que afirma Morais (2012) quando nos apropriamos de qualquer sistema notacional, temos que compreender e internalizar suas regras ou propriedades e aprender convenções […] sempre acreditando que os alunos não têm que descobrir tudo sozinhos, entendemos que nós, seus professores, podemos ajudá-los mais se temos clareza sobre quais são as propriedades do sistema de escrita alfabética que eles precisam construir (p. 50) Quanto ao segundo aspecto, nos apoiamos em Marcuschi (2002), quando afirma que “é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um texto (p. 22)”, especificamente por um gênero textual, que segundo o autor, estes, são inúmeros. Com base nesta fundamentação, focamos o projeto no seguinte pilar: a apropriação da escrita na perspectiva de reflexão sobre a língua e no texto, tendo em vista as situações reais e sociais de uso dos mesmos. Para tal realização descreveremos os percursos na metodologia. OBJETIVO GERAL • Articular os vários sujeitos do processo de ensino-aprendizagem: Gestor, coordenador e professores, na elaboração de atividades e ações mobilizadores no sentido de efetivar e ampliar a competência leitora dos estudantes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Verificar o nível de escrita de todos os estudantes no início do Ano Letivo; • Acompanhar a evolução da apropriação da leitura e da escrita dos estudantes do 2º e 3º anos; • Identificar os estudantes do 3º e 4º anos que não se apropriaram do sistema de escrita e encaminhá-los para participação do projeto Mais Educação: oficina de escrita e leitura (1º e 2º semestres – 2017); • Acompanhar os estudantes do 3º ano que continuam com dificuldade de aprendizagem no 2º semestre de 2016, encaminhando a participação de atividades de alfabetização; • Divulgar através da escrita: reuniões, convites, aulas-passeio, campanhas educativas nas agendas ou nos murais da escola; • Promover eventos envolvendo a leitura e a escrita com todos os alunos (2º ao 5º anos); • Estimular o gosto pela leitura a partir de ações sistemáticas com o concurso de leitura, envolvendo todos os alunos (2º ao 5º anos); • Verificar a cada Conselho Pedagógico o processo evolutivo da apropriação da leitura e da escrita dos estudantes dos 2º e 3º anos. METODOLOGIA • Realização de um diagnóstico inicial sobre as hipóteses de escrita dos estudantes; • Expor cartazes nos corredores com textos de gêneros diversos; • Dispor de livros, durante o recreio, para que os alunos manuseiem; • Divulgação dos eventos escolares: reuniões, convite, palestras, aulas-passeio e outros através da escrita; • Acompanhamento, a cada Conselho Pedagógico, do processo evolutivo dos estudantes quanto à leitura e à escrita; • Produção de texto a partir de atividades coletivas. AVALIAÇÃO A avaliação será realizada a partir do acompanhamento do processo de aquisição da leitura e da escrita, a cada Conselho Pedagógico e uma análise comparativa entre a diagnose inicial e final dos estudantes e verificação de Proficiência a partir das avaliações individuais. REFERÊNCIAS MARCHUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. & MACHADO, R., A. BEZERRA, M., A. (Org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. MORAIS, A. G. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramento, 2012. ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.