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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ FACULDADE DE GEOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MOVIMENTO PARABÓLICO ALIFFE DOS SANTOS CRISTIANE DOS SANTOS DHYOGO SANTIS IASMINE ALÉXIA MELO MARCO ANTÔNIO ALMEIDA RUBERVAL DOS SANTOS Marabá/PA Outubro/2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ ALIFFE DOS SANTOS CRISTIANE DOS SANTOS DHYOGO SANTIS IASMINE ALÉXIA MELO MARCO ANTÔNIO ALMEIDA RUBERVAL DOS SANTOS MOVIMENTO PARABÓLICO Relatório da prática experimental “Movimento Parabólico”, realizada em outubro de 2014, da disciplina Física Geral I, turma T01, ministrada pelo Prof. Dr. José Elisandro de Andrade, na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Marabá/PA Outubro/2014 SUMÁRIO 1. Introdução............................................................................................................ .04 2. Objetivos................................................................................................................07 3. Materiais e métodos..............................................................................................08 4. Resultados e discussões.......................................................................................09 5. Conclusão..............................................................................................................12 6. Referências........................................................................................................... 13 1. INTRODUÇÃO Uma partícula que se move em um plano vertical com velocidade inicial ov e com uma aceleração constante g , igual à aceleração de queda livre, dirigida para baixo é chamada de projetil (o que significa que é projetada ou lançada), e seu movimento é denominado Movimento Balístico. Esse tipo de trajetória permite decompor um problema que envolve um movimento bidimensional em dois problemas unidimensionais independentes, um para o movimento horizontal (com aceleração nula) e outro para o movimento vertical (com aceleração constante e para baixo). 𝑣𝑦 = 0 Figura 1: Lançamento de projétil. FONTE: os autores. O movimento horizontal ocorre no eixo x, tem aceleração nula e velocidade inicial igual à velocidade final ( xox vv ), em qualquer instante t o deslocamento horizontal do projetil em relação à posição inicial, 𝑥 − 𝑥0 é dada por 𝑥 − 𝑥𝑜 = 𝑣𝑜𝑥𝑡 𝑥 − 𝑥𝑜 = (𝑣𝑜 cos 𝜃𝑜)𝑡 Em que 𝑥: posição final (𝑚); 𝑥0: posição inicial (𝑚); (2) 𝑋0 𝑣 𝑣0 𝜃0 𝜃 𝑋 g 𝑦0 𝑦 R (1) (3) 𝑣0: velocidade inicial (𝑚/𝑠); 𝑔: aceleração da gravidade (9,8 𝑚/𝑠2); 𝜃: ângulo de lançamento; 𝑡: tempo (𝑠). O movimento vertical ocorre no eixo y, tem aceleração constante e sua velocidade varia em cada ponto da trajetória, assim, as equações utilizadas em Queda Livre podem ser usadas desde que a seja substituído por – g. 𝑦 − 𝑦𝑜 = 𝑣𝑜𝑦𝑡 − 1 2 𝑔𝑡2 𝑦 − 𝑦0 = (𝑣𝑜 sin 𝜃𝑜)𝑡 − 1 2 𝑔𝑡2 𝑣𝑦 = 𝑣0𝑠𝑒𝑛 𝜃0 − 𝑔𝑡 𝑣2𝑦 = (𝑣0𝑠𝑒𝑛 𝜃0)𝑡 − 2𝑔(𝑦 − 𝑦0) Em que 𝑦: posição final (𝑚); 𝑦0: posição inicial (𝑚); 𝑣0: velocidade inicial (𝑚/𝑠); 𝑔: aceleração da gravidade (9,8 𝑚/𝑠2); 𝜃: ângulo de lançamento; 𝑡: tempo (𝑠). O alcance horizontal R de um projetil é a distância horizontal percorrida pelo projetil até voltar à altura inicial (altura de lançamento), sendo determinado da seguinte forma 𝑅 = 2𝑣0 2 𝑔 𝑠𝑒𝑛 2𝜃0 Em que 𝑅: alcance horizontal (𝑚); 𝑣0: velocidade inicial (𝑚/𝑠); 𝑔: aceleração da gravidade (9,78 𝑚/𝑠2); 𝜃: ângulo de lançamento; Entretanto, para fim de cálculo utiliza-se também a relação entre a Energia potencial gravitacional (𝐸𝑝𝑔) e Energia Cinética (𝐸𝑐), a qual é explicada pelo princípio (4) (5) (6) (7) (9) de conservação de energia mecânica. A partir desta interação é possível obter a velocidade inicial do movimento. A relação existente é demonstrada abaixo 𝑚𝑔ℎ = 1 2 𝑚𝑣0 2 ⇒ 𝑔ℎ = 1 2 𝑣0 2 ⇒ 𝑣0 = √2𝑔ℎ A aceleração g é frequentemente conhecida como aceleração gravitacional, variando seu valor de ponto a ponto na superfície da Terra, dependendo da altitude e da latitude. A sua direção é vertical em cada ponto e seu sentido é "para baixo". O seu valor médio, ao nível do mar, é 9,8 𝑚/𝑠2. (8) 2. OBJETIVOS Estudar o movimento parabólico; Determinar a velocidade Inicial ( 0v ) de lançamento da esfera; Determinar experimentalmente o alcance (𝐴) da esfera lançada horizontalmente; Determinar teoricamente o alcance (𝐴) da esfera lançada horizontalmente; Comparar o alcance teórico com o experimental e calcular o erro relativo 𝜀. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais utilizados Para a realização deste experimento são necessários: esfera (1); folha de carbono (2); folha A4 (3); fita adesiva (4); régua e trena (5); lançador horizontal (CIDEPE) (6). Figura 2: Esquema de Lançamento. FONTE: os autores. 3.2. Procedimento Experimental Inicialmente, foi necessário o ajuste da posição do lançador Horizontal em relação ao papel carbono (preso a superfície da mesa com fita adesiva) e a medição da altura referente a superfície ao ponto em que a esfera deixa a rampa (H) para que em seguida fosse iniciado o processe experimental. A esfera foi posicionada na extremidade mais alta do Lançador e posteriormente liberada pela rampa, permanecendo no ar por um instante t e alcançando a superfície do papel alguns segundos depois, cada vez que a esfera chegava a superfície, deixava uma marca no papel carbono, esta marca era numerada para que se tivesse uma ordem cronológica de pontos. Este procedimento foi realizado 10 vezes com o intuito de garantir maior precisão nos resultados, logo após, os resultados experimentais foram validados com a trena e a régua. Os dados obtidos foram organizados em uma tabela, em que se tem o número de lançamentos, os valores dos alcances encontrados experimentalmente, a média de valores e o erro percentual. Alguns cálculos foram realizados para comparação de resultados, o cálculo da velocidade inicial (𝑣0 = √2𝑔ℎ) que a bola deixa rampa e o seu alcance teórico (𝐴 = 𝑣0. √ 2𝐻 𝑔 ). 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com os dados obtidos no procedimento experimental, construímos a tabela 1 que nos fornece o alcance obtido em lançamento da bola. Medida Alcance A (m) Medida 1 0,303 Medida 2 0,303 Medida 3 0,306 Medida 4 0,296 Medida 5 0,305 Medida 6 0,311 Medida 7 0,313 Medida 8 0,305 h : ( m ) Medida 9 0,300 Medida 10 0,307 Média 0,3049 Desvio padrão 4,93176505 x 310 a 1,559558342 x 310 b 0,005Alcancec 5,172469859 x 310 A Alcance (0,3049 5,172469859 x 310 ) m Tabela 1: Dados de alcance A obtidos experimentalmente. FONTE: os autores. Com os resultados da tabela 1, foi calculado a velocidade inicial da esfera e o alcance teórico de acordo com o número de lançamento, utilizando as 10 amostras. Logo em seguida, o desvio padrão originado da média e o erro percentual. 𝑣0 = √2𝑔ℎ ⇒ 𝑣0 = 2 (9,8 𝑚 𝑠2 ) (0,10 𝑚) ⇒ 𝑣0 = 1,4 𝑚/𝑠 𝐴𝑡 = 𝑣0√ 2𝐻 𝑔 ⇒ 𝐴𝑡 = (1,4 𝑚 𝑠 ) √ 2(0,495 𝑚) (9,8 𝑚 𝑠2 ) ⇒ 𝐴𝑡 = (1,4 𝑚 𝑠 ) (0,31) ⇒ 𝐴𝑡 = (1,4 𝑚 𝑠 ) (0,31) ⇒ 𝐴𝑡 = 0,4452 𝑚 𝜀 = 𝐴𝑡 − 𝐴𝑒 𝐴𝑡 . 100% ⇒ 𝜀 = 0,4452 − 0,3049 0,4452 . 100% ⇒ 𝜀 = (0,1403)(100) (0,4452) ⇒ 𝜀 = 31,5% Diferente do esperado, os valores obtidos experimentalmente divergiram dos valores obtidos teoricamente, como demonstra a tabela abaixo Alcance A (m) Valor Teórico Valor Experimental 0,4452 0,3049 Tabela 2: Alcance experimental e teórico. FONTE: os autores. Isso ocasionou um erro percentual de 31,5%, o que gerou uma certa incerteza quanto a veracidade dos dados obtidos no experimento. Este fato induziu o cálculo das incertezas 𝜎 (a, b, c e A± 𝜎𝑐). 𝜎𝑎 = 𝜎 (𝑑𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜) √𝑛 (𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠) ⇒ 4,93176505 .10−3 √10 ⇒ 1,559558342 x 10−3 𝜎𝑏 = 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑎 2 ⇒ 𝜎 = (0,01 𝑚) 2 = 0,005 𝜎𝑐 = √𝜎𝑎2 + 𝜎𝑏2 ⇒ 𝜎𝑐 = √(1,559558342 𝑥 10−3)2 + (0,005)2 ⇒ 5,1724699859 𝑥 10 −3 𝐴 ± 𝜎𝑐 = (0,305 ± 0,005)𝑚 Os resultados são bastante precisos mostrando assim a eficácia do experimento realizado. Porém, não foi possível obter valores semelhantes entre o experimento e as conclusões teóricas. 5. CONCLUSÃO Diante da experiência de Lançamento parabólico realizada foi permissível comprovar que através de cálculos físicos é possível determinar a trajetória, a velocidade (inicial e final), angulação e o tempo gasto no percurso de um corpo em um movimento bidimensional. O Movimento Balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos, logo que se uma partícula apresenta um movimento composto, tem suas componentes realizando-se individualmente em um mesmo intervalo de tempo, sendo isto, a comprovação do princípio da simultaneidade. Apesar da simplicidade do experimento, o qual foi realizado utilizando objetos do dia a dia, como por exemplo, a bola de gude, a trena, papel carbono, entre outros, o uso de dados para o estudo de lançamento de projeteis foi esclarecer e bastante valido para fixação do conhecimento, já que esse assunto não costuma ter grande relevância em sala de aula. Através do experimento, pudemos encontrar a velocidade inicial da esfera (1,4 m/s²), sua trajetória tanto teórica (0,4452 m) como também sua trajetória experimental (0,3049). Apesar das diferenças consideráveis entre os dois valores é possível entender o porquê dessa divergência. O modelo teórico previa um sistema conservativo, o que na prática não aconteceu pois houve dissipação de energia mecânica devido ao atrito entre a rampa de lançamento e a esfera, também pode-se considerar como causador a resistência do ar, que em questões teóricas, é desconsiderado. Os resultados mesmo não sendo os esperados, foram satisfatórios. 6. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Mecânica. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. SALVIANO, Robson; Lançamento balístico, disponível em: <http://mundovirtualdafisica.blogspot.com.br/p/exercicio.html> Acessado em 21 de Outubro de 2014. LIMA, M. R.; BUSS, M. B.; Movimento parabólico, disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7hgAL/relatorio-movimento-parabolico> Acessado em 21 de Outubro de 2014. ANDRADE, J.E.; Física Geral, disponível em: <http://elisandroandrade.wix.com/elisandroandrade#!fisicagerali/cjg9> Acessado em 13 de Outubro de 2014. PEREIRA, M. S.; ANJOS, R. A. Lei de Hooke, marabá, p.1-13, 2014.
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