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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO (2)

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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
O sistema urinário é formado a partir do mesoderma intermediário, que se estende e conecta o mesoderma paraxial (somitos) com o mesoderma lateral. Logo após esse dobramento, o mesoderma intermediário forma uma projeção na região ventral formando a crista urogenital. Essa cristal urogenital formará o cordão nefrogênico que dá origem ao sistema urinário. Parte da cristal urogenital forma, também, a crista genital que dará origem ao sistema genital. 
Desse cordão nefrogênico originam-se pronefro, mesonefro e metanefro. 
PRONEFRO: 
São estruturas bilaterais transitórias, não funcionais, que surgem na parte cefálica do cordão nefrogênico e estão localizados na região dorsal do embrião. 
No início da quarta semana, surge um grupo de quatro a seis células na região cervical que formam unidades secretoras chamadas de nefrótomos. Esses nefrótomos se conectam com um par de ductos néfricos primários que crescem em direção à cloaca; Os ductos néfricos primários, por sua vez, estimulam a mesoderme a formar um conjunto de túbulos segmentares adicionais (os túbulos pronéfricos) que serão utilizados pelo mesonefro, próximo conjunto de rins. O pronefro logo se degenera mas os túbulos/ductos pronéfricos permanecem. 
MESONEFRO: 
São órgãos excretores grandes, funcionais e alongados que aparecem no fim da quarta semana caudalmente ao pronefro. Funcionam como rins provisórios por aproximadamente quatro semanas até que os rins permanentes se desenvolvam e comecem a funcionar. São formados por glomérulos e túbulos. Os túbulos mesonéfricos se abrem nos ductos mesonéfricos ou ductos de Wolff originados dos ductos pronéfricos. O mesonefro se degenera no final do primeiro trimestre e seus túbulos formam os ductos efrentes dos testículos e o epidídimo. 
METANEFRO 
É o primórdio dos rins permanentes e começam a se desenvolver na quinta semana, se tornando funcional cerca de quatro a seis semanas mais tarde. A formação da urina continuo ao longo de toda vida fetal e é excretada na cavidade amniótica, misturando-se com o líquido amniótico. Os rins metanéfricos ou permanentes se desenvolvem a partir de duas fontes: 
1. Divertículo metanéfrico ou broto uretérico 
Este é uma evaginação do ducto mesonéfrico (De wolff) perto da cloaca; E dá origem ao ureter, pelve renal, cálices renais e túbulos coletores. 
2. Blastema metanefrogênico ou massa metanéfrica 
Este se forma na parte caudal do cordão nefrogênico e se forma a partir das células do mesoderma intermediário que se condensam ao redor do divertículo metanéfrico. Essa estrutura dá origem aos néfrons. 
A medida que o divertículo metanéfrico se alonga, ele penetra na massa metanéfrica. Um pedículo do divertículo metanéfrico se torna o ureter e sua extremidade cranial sofre eventos repetitivos de ramificações e formam os túbulos coletores do metanefro. As quatro primeiras gerações de túbulos aumentam e formam os cálices; E as quatro gerações seguintes formam os cálices menores. 
POSIÇÃO DOS RINS: Inicialmente se encontram na pelve, próximos um do outro. A medida que o abdome e a pelve crescem, os rins gradualmente se posicional no abdome e se afastam um do outro. Em torno da nona semana eles estão na posição adulta. 
DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA
Na quinta semana, a cloaca (que é uma expansão do intestino posterior em forma de câmara e local onde desembocam os sistemas urinário e digestório), começa a sofrer uma divisão, através do septo urorretal, formando o reto (dorsal) e o seio urogenital (ventral), que dará origem a bexiga e uretra no sistema urinário. 
O seio urogenital divide-se em três regiões 
Parte vesical (cefálica): Forma a bexiga urinária
 Parte pélvica (média): Forma toda a uretra feminina e parte prostática da masculina. 
Parte fálica: Forma primórdio do pênis e clitóris 
A bexiga é derivada da região cefálica do seio urogenital. Inicialmente a bexiga é contínua com o alantoide, a partir da quinta semana começa a sofrer uma constrição e se transforma no úraco que após o nascimento se torna o ligamento umbilical mediano que vai do ápice da bexiga ao umbigo.

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