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Caderno: TSP II - Psicanálise Criada em: 27/04/2018 21:23 Atualizada em: 29/04/2018 20:06 Autor: Gleici URL: https://www.passeidireto.com/arquivo/42299083/as-cinco-licoes-de-psicanalise-resenha 5 Lições de psicanálise Primeira Lição HISTERIA E HIPNOSE HISTÉRICOS E NEURÓTICOS - não só recordam acontecimentos dolorosos que aconteceram a muito tempo, como ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. Os sintomas tinham uma origem bastante particular, vindos em sua maioria de resíduos resultantes de experiências com cargas emotivas muito fortes. Os traumas psíquicos, desse modo, eram originados de situações conflitantes. É importante entender que a instalação de quadros de histeria eram consequência da soma de vários traumas psíquicos. HISTÉRICOS E NEURÓTICOS - não só recordam acontecimentos dolorosos que aconteceram a muito tempo, como ainda se prendem a eles emocionalmente; não se desembaraçam do passado e alheiam-se por isso da realidade e do presente. MECANISMO DA MOLÉSTIA - subjugação de uma poderosa emoção, evitando ou recusando uma descarga dessas emoções experimentadas e jogadas para dentro, sem uma exteriorização correta e saudável. A essência da moléstia consistia de um represamento, isto é, o conceito de emoções enlatadas. CONVERSÃO HISTÉRICA - através de uma mecanismo psicossomático, havia o aparecimento de sintomas físicos no doente. ABSENCE – (ausência) confusão e alteração da personalidade. Segunda Lição REPRESSÃO E RESISTÊNCIA Recalque (repressão) - força de resistência que tenta proteger o estado mórbido do paciente. processo de retirar da consciência os acidentes patogênicos A hipnose encobre a resistência, ela libera o acesso a determinado setor psíquico , criando ,contudo, novas resistências/barreiras intransponíveis (intransitável, insuperável, não se pode ir além) para o resto. Ou seja, a hipnose libera o acesso ao inconsciente mas cria uma barreira ao consciente, o paciente se torna passivo. Resistência é o conjunto de reações cujas manifestações criam obstáculos ao desenrolar da análise. § A teoria da repressão é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise. É uma resistência que se opõe ao trabalho da análise e , a fim de frustrá-lo, alega falha de memória. -> O uso da hipnose ocultava essa resistência Ou seja, a psicanálise propriamente dita só começa com a nova técnica que dispensa a hipnose, já que o uso da hipnose além de liberar o acesso apenas ao inconsciente encobre também a resistência. Substituto do reprimido - é uma manifestação da ideia reprimida (sintoma) , de forma irreconhecível, meio que disfarçada, que religa a consciência a experiências patogênicas e desse modo faz ressuscitar os desprazeres sentidos antes da repressão e que foram aparentemente eliminados por eles. A teoria da psicanálise é uma tentativa de explicar dois fatos que se observam sempre que se tenta remontar os sintomas de um neurótico a suas fontes no passado: a transferência e a resistência. -> Freud diz que qualquer linha de investigação que reconheça esses dois fatos e os tome como ponto de partida de seu trabalho tem o direito de chamar-se psicanálise, mas, por outro lado quem evitar essas duas hipóteses, estará se apropriando improcedentemente, se insistir em chamar-se a si próprio de psicanalista. (extraído do livro A história do movimento psicanalítico) § -> Já que é impossível realizar um processo analítico sem transferência, ou seja, sem o apelo a um outro que encarne as figuras essenciais de sua história. (extraído do livro A interpretação dos sonhos) Terceira Lição INTERPRETAÇÃO DE SONHOS E ATOS FALHOS “A interpretação de sonhos é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente .” (S .Freud, 1909, Interpretation of Dreams, p .608) § O sonho não é um fenômeno acessório ou aleatório, mas um importante e complexo trabalho psíquico. O ato de verbalizar o sonho demanda uma vasta escolha de palavras e acaba sendo diferente dos pensamentos latentes do sonho (que é parte constituinte do inconsciente), a verbalização deve ser diferenciada dos pensamentos latentes dos sonhos que se tem que admitir como existentes no inconsciente. § O sonho e a associação livre A interpretação desfaz os disfarces e traz à tona a ligação entre o que aparece como absurdo ou alheio ao sonhador e a vida psíquica deste, fazendo surgirem sentidos em um sonho. O método freudiano consiste em simplesmente fazer com que o sonhador fale sobre o sonho, ou seja, se aplica ao sonho a associação livre de ideias. Em vez de um falatório sem nexo, essas associações revelam-se nada livres, mas firmemente ligadas a um encadeamento inconsciente, que a interpretação tenta reconstruir. (extraído do livro A interpretação dos sonhos) -> Ou seja, esse "falatório sem nexo" é um modo de agir da resistência, que quando acordada cumpre seu papel de impedir a passagem daquilo que foi reprimido e está no inconsciente, agindo fortemente nos sonhos e aplicando a distorção que torna a atividade onírica ininteligível. (post-it) ASSOCIAÇÕES LIVRES - descobrir ou desvendar um complexo reprimido, depende do exercício da associação livre que tem início de uma recordação recente e adentra um caminho de inúmeras estradas e passagens, atalhos, trilhas e rotas que tem como destino a primeira experiência patogênica do doente. “elaboração onírica”: um processo, cujos pensamentos do inconsciente do sonho se disfarçam no conteúdo manifesto. (processo que envolve tanto o inconsciente quanto o consciente. Os pesadelos podem ser interpretados como a manifestação da ansiedade para realizar o desejo reprimido. "atos falhos": lapsos de memória, pequenos enganos que passam despercebidos. Eles testemunham a repressão (recalque) e a substituição inclusive em pessoas sãs. Exprimem impulsos e intenções que devem ficar ocultos a própria consciência ou emanam justamente dos desejos reprimidos e complexos que são criadores dos sintomas e formadores dos sonhos. O papel da psicanálise, é tratar dos sintomas psicopatológicos, trazendo para a consciência, os conteúdos que estão recalcados no inconsciente . -> a interpretação dos sonhos é um dos métodos para realizar esse papel, já que traz a consciência os conteúdos recalcados no inconsciente que são manifestos através do sonho. Quarta Lição SEXUALIDADE INFANTIL, PERVERSÃO E COMPLEXO DE ÉDIPO. Sexualidade Infantil O auto-erotismo infantil passa ser compreendido e não julgado, e ele se dá pelas “brincadeiras” com as suas áreas sensoriais. Bons exemplos são a sucção e a vontade de chupar o dedo. Auto-erotismo – designa um comportamento sexual de tipo infantil, em virtude do qual o sujeito encontra prazer unicamente com seu próprio corpo, sem recorrer a qualquer objeto externo. Perversão Complexo de Édipo O primeiro amor é a mulher que alimenta e o homem que protege. A criança vê seus pais (um deles), como objeto de seus desejos eróticos. Em geral o incitamento vem dos próprios genitores (os pais colocam o filho em uma dinâmica familiar). Ou seja, a dinâmica não é somente da criança para os pais, e sim também dos pais para com essa criança, por exemplo, muitas vezes a mãe começa a "rejeitar" o marido e a atenção é somente voltada ao filho. (!) “O pai tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da filha. Os sentimentos nascidos destas relações entre pais e filhos e entre um irmão e outros, não são somente de natureza positiva, de ternura, mas também negativos, de hostilidade”. E então a filha demonstraria um apego muito maior a mãe do que ao pai, e o menino, o contrário. -> A criança se dá conta de que a mãe deseja para além dela (o pai), e esse pai vira então, o seu rival. Em um outro momento a criança desiste dessa rivalidadee tem a experiencia de perda, renuncia. Nas meninas, a situação é ainda mais complexa, depois da renúncia ela migra para o pai (acha a completude nele). Quando o édipo acaba, surge o sujeito. A dissolução começa por volta dos 6 anos. Quinta Lição TRANSFERÊNCIA -> Para Freud esse fenômeno é um processo natural e espontâneo que ocorre inclusive nas relações humanas. A experiência mais importante que confirma a suposição a cerca das forças instintivas sexuais da neurose, foi no tratamento psicanalítico de um paciente neurótico, quando surgiu nele o fenômeno da “transferência”, em que o doente consagrou ao médico sentimentos de afeto mesclados por hostilidade, que não são justificados e que devem provir de antigas fantasias tornadas inconscientes. O médico desempenha o papel de atrair para si a energia afetiva aos poucos liberada durante o processo, é ela em geral, o verdadeiro veículo da ação terapêutica. A psicanálise não a cria, apenas a desvenda à consciência e dela se apossa a fim de encaminhá-la ao termo desejado. os indivíduos adoecem quando, por obstáculos exteriores ou ausência de adaptação interna, lhes falta satisfação de necessidades sexuais e refugiam-se então na doença, para que com seu auxílio encontre uma satisfação substitutiva. A resistência oposta pelos pacientes à cura é composta de vários elementos. Não somente o ego do paciente se recusa a desfazer a repressão por meio da qual se esquivou de suas disposições originárias, como pode o instinto sexual não renunciar à satisfação que este lhe proporciona, enquanto houver dúvida de que a realidade lhe ofereça algo melhor. -> Esta satisfação proporcionada pela doença se dá pela regressão ás primeiras fases da vida sexual a que na época não faltou satisfação. Esta regressão se mostra sob dois aspectos: temporal, devido à libido em sua necessidade erótica fixa-se aos mais remotos estados evolutivos; formal porque emprega os meios psíquicos originários e primitivos para manifestação da mesma necessidade. Em ambos os aspectos a regressão orienta-se para a infância, restabelecendo um estado infantil da vida sexual.
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