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RESUMO AV1 PSICANÁLISE

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- caso clínico que deu origem à Comunicação Preliminar - Anna O. - paciente de Breuer 
- Frau Emmy - paciente de Freud anos mais tarde - Freud aplicou a técnica de Breuer de investigação pela 
hipnose - ​método catártico pois o que ocorria durante o tratamento era uma descarga do afeto que 
originalmente estava ligado à experiência traumática 
- catarse - “vômito da alma” 
- a função da hipnose era a de, por sugestão, remeter o paciente ao seu passado, de modo que ele próprio 
encontrasse o fato traumático, produzindo-se, em decorrência disso, a “​ab-reação​”, isto é, a liberação da 
carga de afeto 
- “dar palavra ao afeto” 
- as ideias que se tornam patógenas preservam todo o seu frescor e força afetiva porque foi negado a elas o 
desgaste normal pela ab-reação e pela reprodução em estados de associação sem inibição 
- Freud acrescenta uma novidade à técnica de Breuer - emprego da ​sugestão diretamente como meio 
terapêutico - a hipnose era empregada para se chegar aos fatos traumáticos (tal como Breuer). mas, uma 
vez esses fatos tendo sido identificados, Freud fazia uso da sugestão para eliminá-los ou pelo menos 
debilitá-los em sua força patogênica 
- Comunicação Preliminar - noção de ​defesa de Freud (ou, como ele chamará mais tarde, ​recalcamento​) - 
início do afastamento entre os dois - a defesa aparece como uma forma de censura por parte do ego às 
ideias ameaçadoras (de natureza aflitiva, capazes de despertar emoções de vergonha, autocensura e dor 
psíquica), forçando-as a manter fora da consciência; e a resistência era o sinal externo dessa defesa 
- conversão - mecanismo pelo qual a carga de afeto ligado a esta ideia (ou conjunto de ideias) é 
transformado em sintoma somático - modo de defesa específico da histeria 
- com essas descobertas, o objetivo da terapia deixa de ser o de simplesmenter produzir a ab-reação do 
afeto, mas em tornar conscientes as ideias patogênicas possibilitando sua elaboração - passagem do 
método catártico para o ​método psicanalítico 
- catexia​ - carga de afeto ou soma de excitação - investimento 
- não existia inconsciente na Comunicação Preliminar - o inconsciente surgiu no primeiro estudo 
metapsicológico de Freud (interpretação dos sonhos) 
- a Comunicação Preliminar serviu para transmitir os achados de Freud e Breuer no tratamento das 
histéricas - a dissociação psíquica não era primária (não era a causa), mas secundária - ​causalidade 
psíquica (“sintoma histérico seria causado por um desejo interno da pessoa”) - buscar a ​etiologia (origem) 
da histeria 
- duas contribuições muito importantes: a causalidade histérica advinha dos estados hipnóides (Breuer); a 
causalidade era devido a uma defesa psíquica (conversão) (Freud) 
- estados hipnóides - condição na qual determinados conteúdos da mente ficavam impedidos de se 
associarem na cadeia consciente 
- trauma - experiência pela qual o sujeito passou e que gerou uma quantidade de afeto que não era 
simbolizado direito (excesso de afeto) 
- afeto​ - evidência de algo que afetou o sujeito 
- a elaboração da ideia de inconsciente vem da observação de que conteúdos que não estavam presentes 
na consciência (não eram reconhecidos pelo sujeito) gozam de uma grande eficácia e produzem sintomas 
- o ​recalque separa a ideia do afeto; a ideia é recalcada (esquecimento/afastamento da consciência), 
enquanto o afeto é reprimido e deslocado (convertido em algo corporal) 
- sintoma​ - formação de compromisso entre o desejo e a defesa 
- formações do inconsciente - 4 janelas - ​sintomas + ​sonhos (pensamentos em imagens) + ​atos falhos + 
chistes 
- o inconsciente é ​atemporal​; ​não existe negativa​, tudo é afirmação; ​não existe representação de morte​; a 
lógica que preside seu funcionamento é a da ​inclusão​ (não existe “ou” - coexistência) 
- metapsicologia​ - tentativa de Freud tornar transmissível os dados de sua experiência clínica (teorizar) 
- desejo (é o que resta entre a satisfação que foi buscada e a que foi obtida - gap - sinônimo de ​falta porque 
não existe objeto que traga satisfação total) é diferente de vontade (ordem da consciência) 
 
 
O DISCURSO DO DESEJO: A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 
 
- a interpretação dos sonhos é a via real que leva ao conhecimento das atividades inconscientes da mente e 
também o melhor caminho para o estudo das neuroses 
- sonho - via privilegiada de acesso ao inconsciente e o ponto de articulação entre o normal e o patológico 
- Freud escreve no Projeto seis características dos sonhos: 1- sonhos são realizações de desejos (processo 
primário que reproduz o modelo da experiência de satisfação); 2- as ideias oníricas são de caráter 
alucinatório; 3- as conexões são absurdas, contraditórias e loucas (por compulsão associativa e por 
esquecimento de parte das experiências psíquicas do sonhador, o que faz com que o que é recordado seja 
fragmentário e, portanto, desconexo); 4- carecem de descarga motora; 5- tem caráter não lesivo; 6- a 
consciência fornece qualidade tal como na vida desperta 
- os sonhos não são absurdos e possuem um sentido; os sonhos são realizações de desejo 
- o que é interpretado psicanaliticamente não é o sonho, mas o relato do sonhador - p trabalho de 
interpretação é realizado ao nível da linguagem e não ao nível das imagens oníricas recordadas pelo 
paciente 
- o sentido do sonho não é imediatamente acessível nem ao sonhador nem ao intérprete - forma disfarçada 
de realização de desejos - ​deformação onírica (censura) para proteger o sujeito do caráter ameaçador de 
seus desejos 
- conteúdo manifesto (sonho lembrado e contado pela pessoa) e ​pensamentos oníricos latentes (oculto, 
inconsciente, que pretendemos atingir pela interpretação) 
- a questão do sentido do sonho prende-se aos vários elementos oníricos do sonho que funcionam como 
significante e que, uma vez estruturados, fornecerão o sentido do sonho 
- o conteúdo manifesto é a transcrição dos pensamentos latentes cuja sintaxe é dada pelo inconsciente 
- a função da psicanálise é fazer aparecer o desejo que o discurso oculta, e esse desejo é o da nossa 
infância, com toda a carga de interdições a que é submetido 
- elaboração onírica - trabalho que transforma os pensamentos latentes em conteúdo manifesto, 
impondo-lhe uma distorção que os torna inacessíveis ao sonhador - ​elaboração primária (sonho 
propriamente dito - é o próprio sonho) e ​elaboração secundária (ordenação do conteúdo do sonho dentro 
da ordem da consciência) 
- já a ​interpretação é o trabalho inverso, que procura chegar ao conteúdo latente partindo do manifesto que 
visa decifrar a elaboração onírica 
- a elaboração procura impor uma cifra aos pensamentos oníricos, enquanto a elaboração tem por objetivo o 
seu deciframento 
- quatro mecanismos fundamentais do trabalho do sonho: condensação, deslocamento, figuração e 
elaboração secundária (servem para disfarçar conteúdos para que o sujeito continue dormindo e não seja 
tomado por ansiedade) 
- condensação - obra da censura dos sonhos - diz respeito ao fato de o conteúdo manifesto do sonho ser 
menor do que o conteúdo latente - conteúdo manifesto é uma “tradução abreviada” do latente - podeoperar de três maneiras: omitindo determinados elementos do latente, permitindo que apenas um 
fragmento de alguns complexos do latente apareça no manifesto ou combinando vários elementos do 
latente que possuem algo em comum num único elemento do manifesto 
- deslocamento - também é obra da censura dos sonhos - opera de duas maneiras: substituição de um 
elemento latente por um outro mais remoto que funcione em relação ao primeiro como uma simples 
alusão; o acento é mudado de um elemento importante para outros sem importância (forma de 
descentramento da importância) 
- figuração - seleção e transformação dos elementos dos sonhos em imagens - esse mecanismo é um dos 
responsáveis pela distorção resultante da elaboração onírica 
- elaboração secundária - modificação do sonho a fim de que ele apareça sob a forma de uma história 
coerente e compreensível - fazer com que o sonho perca sua aparência de absurdidade, aproximando-o 
do pensamento diurno 
- 1ª tópica freudiana - concepção do aparelho psíquico formado por instâncias ou sistemas: ​inconsciente, 
pré-consciente e consciente - este aparelho é orientado no sentido progressivo-regressivo e é marcado 
pelo conflito entre os sistemas 
- o aparelho psíquico é formado por sistemas cujas posições relativas se mantém constantes de modo a 
permitirem um fluxo orientado num determinado sentido. o conjunto dos sistemas tem um sentido ou 
direção, isto é, nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos ou externos) e termina 
numa descarga motora 
- primeira representação do aparelho psíquico - formado por dois sistemas: um que receberia os estímulos e 
ficaria localizado na extremidade sensória do aparelho (sistema perceptivo - pcpt) e outro que ficaria na 
extremidade motora e daria acesso à atividade motora (sistema motor - m) - esse sistema não dá conta da 
complexidade dos fenômenos 
- percepções deixavam traços de memória na extremidade sensória e estes traços eram considerados como 
modificações permanentes dos elementos do sistema - distinção entre a parte responsável pela recepção 
dos estímulos (pcpt) e a parte responsável pelo armazenamento dos traços (mnem) - nova representação 
do aparelho psíquico, porém ainda insuficiente 
- inconsciente deixa de ser adjetivo para ser substantivo, designando um sistema do aparelho psíquico - 
substituição da noção descritiva de inconsciente pelo conceito de inconsciente sistemático 
- pela posição que ocupa no interior do aparelho, o ics só pode ter acesso à consciência através do sistema 
pcs/cs, sendo que nessa passagem seus conteúdos se submetem às exigências deste último sistema. 
qualquer que seja o conteúdo do ics, ele só poderá ser conhecido se transcrito (modificado e distorcido) 
pela sintaxe do pcs/cs 
- o impulso à formação dos sonhos é localizado no ics - o desejo inconsciente liga-se a pensamentos 
oníricos pertencentes ao pcs/cs e procura uma forma de acesso à consciência graças à diminuição da 
censura durante o sono 
- regressão - enquanto na vigília o processo de excitação percorre normalmente o sentido progressivo, nos 
sonhos e alucinações a excitação percorre o caminho inverso, isto é, caminha no sentido da extremidade 
sensória até atingir o sistema pcpt, produzindo um reinvestimento de imagens mnêmicas (reprodução 
alucinatoriamente da experiência original) 
- visto como um fenômeno regressivo, o sonho é o resultado da atração exercida pelas marcas mnêmicas 
das experiências infantis que lutariam por encontrar uma expressão atual na consciência - substituto de 
uma cena infantil, modificada por ter sido transferida para uma experiência recente 
- três espécies de regressão: tópica, temporal e formal - ​tópico (retorno da excitação através dos sistemas 
que compõem o aparelho psíquico, do pcs/cs para o ics) - ​temporal (retorno do indivíduo a estruturas 
psíquicas mais antigas) - ​formal (passagem a modos de expressão mais primitivos, isto é, menos 
estruturados) 
- característica importante da regressão - extensão do plano individual pro coletivo - no sonho não ocorre 
apenas uma regressão à infância do indivíduo, mas à própria infância da espécie 
- desejo é uma ideia ou pensamento - ele se dá ao nível da representação tendo como correlato os 
fantasmas (fantasias), o que faz com que, contrariamente à pulsão (que tem que ser satisfeita), o desejo 
tenha de ser realizado 
- três origens possíveis do desejo que se realiza nos sonhos: 1- ​restos diurnos não satisfeitos (pertencentes 
ao pcs/cs); 2- ​restos diurnos recalcados (pertencentes ao pcs/cs porém transferidos ao ics); 3- ​desejos que 
nada tem a ver com a vida diurna, mas que pertencem ao ics e emergem durante o sono​; 4- ​impulsos 
decorrentes de estímulos noturnos​ (fome, sede, sexo, etc) 
- os únicos desejos capazes de produzir o sonho são os pertencentes ao ics 
- se a realização de um desejo inconsciente e recalcado produz prazer, produz também ansiedade ao ego 
do sonhador - as exigências do ics não são as mesmas do pcs/cs - o mesmo acontecimento pode provocar 
prazer a nível do sistema inconsciente e ansiedade a nível do sistema pré-consciente

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