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Síndromes genéticas (Alterações cromossômicas) DOENÇAS GENÉTICAS ➢DISTÚRBIOS CROMOSSÔMICOS; ➢DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS; ➢DISTÚRBIOS MULTIFATORIAIS; ➢DISTÚRBIOS MITOCONDRIAIS. Cariótipo Feminino Normal (46,XX) Cariótipo Masculino Normal (46,XY) A maioria das síndromes genéticas são causadas por: ANEUPLOIDIAS Alterações no número de cromossomos encontrados em cada célula ( geralmente é aumento ou diminuição de 1 cromossomo de cada par). Demonstração da não disjunção (erro na divisão dos cromossomos) MEIOSE I xx xx MEIOSE I xx MEIOSE II NÃO DISJUNÇÃO NORMAL x xMEIOSE II II II I I II NORMAL NORMAL NORMAL NÃO DISJUNÇÃO Não disjunção da meiose I Não disjunção da meiose II ❖Possuímos 23 pares de cromossomos em cada célula. ❖As aneuploidias podem atingir qualquer um desses 23 pares. ❖Dependendo do par envolvido, teremos o desenvolvimento de uma certa doença. ❖Quanto maior o cromossomo atingido, maiores serão as alterações. Causas das aneuploidias: Vírus, raio x, substâncias químicas (drogas como LSD, maconha, nicotina, cafeína, ciclamatos ...), idade materna, calor, radiações, predisposição genética a não- separação dos cromossomos na divisão celular meiótica. Cariótipo humano normal Fórmula genética: inicialmente coloca-se o número total de cromossomos do indivíduo; separa-se por vírgula; segue o sexo do indivíduo atingido; mais o par cromossômico em que ocorre a alteração. Ex: 47, XX + 21 (lê-se: indivíduo do sexo feminino com Síndrome de Down, com 47 cromossomos, devido à trissomia do 21. Exemplos de síndromes: Síndrome de Down Síndrome de Patau Síndrome de Klinefelter Condição triplo X Condição duplo Y Síndrome de Turner Síndrome de Edwards Trissomia do 21: Fórmula genética (47, XY + 21) ou (47, XX + 21) Síndrome de Down Down Descrita em 1866 por Langdon Down (médico inglês) • Freqüência 1 a 2 indivíduos em cada1000 nascimentos (aumentando com a idade da mãe: 1/350 (35 anos). CARACTERÍSTICAS: Síndrome de Edwards Trissomia do 18: fórmula genética (47, XY + 18) ou (47, XX + 18) Trissomia do 18 = Síndrome de Edwards • Freqüência: 1 em cada 3500 nascimentos (aumentando com a idade materna). • 95% dos fetos são abortados espontaneamente. • Indicador maior e flexionado sobre dedo médio e dedo mínimo flexionado sobre o anular. • Genitais externos anormais. • Anomalias renais. • Mãos fortemente fechadas. • Pés em cadeira de balanço. • Orelhas dismórficas e de baixa implantação. • Retardo mental e de crescimento. Características: Síndrome de Patau Trissomia do 13: fórmula genética (47, XY + 13) ou (47, XY + 13) Trissomia do 13 = Síndrome de Patau • Freqüência: 1 em cada 4000 nascimentos, aumentando com a idade materna. • 45% morrem antes do primeiro mês de vida. • 90% morrem antes dos seis meses. • Mais 5% morrem antes dos 3 anos • Retardo mental e motor. • Microcefalia. • Anoftalmia ou microftalmia. • Nariz achatado. • Lábio e/ou palato fendido. • Orelhas dismórficas e de baixa implantação • Surdez. • Mãos e pés com polidactilia. - Síndrome de Patau - características: Síndrome de Klinefelter Trissomia do par sexual: fórmula genética (47, XXY) • Freqüência: 1 em cada 850 recém- nascidos do sexo masculino (aumenta com a idade materna). C A R A C T E R Í S T I C A S Condição Duplo Y TRISSOMIA DO PAR SEXUAL: (47, XYY) • Freqüência: 1 em cada 800 nascimentos masculinos. CARACTERÍSTICAS • Retardo mental moderado. • Comportamento agressivo. • Anormalidades eletroencefálicas . • Orelhas anormais. • Subfertilidade. • Dedos longos. Condição Triplo X TRISSOMIA DO X: (47, XXX) • Freqüência: 1 em cada 1000 recém- nascidos femininos. • Retardo mental leve (65% dos casos) • Dificuldades verbais e na memória a curto prazo. • Falta de coordenação motora leve. • Desatenção. • Esterilidade em alguns casos. CARACTERÍSTICAS Síndrome de Turner MONOSSOMIA DO X: (45,X) C A R A C T E R Í S T I C A S Outras alterações numéricas: EUPLOIDIAS: • Aumento do número total de cromossomos do indivíduo. • Formam-se trios (ou mais) de cromossomos homólogos. • Por ex: 2n=69 ou mais (letal durante o desenvolvimento fetal ou morte neonatal). INDIVÍDUO POLIPLÓIDE - TRIPLOIDIA Por que estudar doenças genéticas / anomalias congênitas? Declínio da importância dos fatores ambientais (agentes infecciosos) Maior concentração dos óbitos no período perinatal Repercussão importante nas taxas de mortalidade infantil (< 1 ano) • A.C. – 1 em cada 3 principais diagnósticos • 37% das admissões hospitalares pediátricas • Mortalidade hospitalar – 9,8% (dobro das outras causas) • Maior permanência hospitalar – 5,7 dias (M: 4,5) • Maior custo de internação MORBIDADE MORTALIDADE INFANTIL ANO A.C. CAUSA 1980 1990 2000 5% 8% 13% 5ª 4ª 2ª DATASUS Mortalidade infantil atribuída aos defeitos congênitos – 20% DEFEITOS CONGÊNITOS EPIDEMIOLOGIA Causas das anomalias congênitas Anomalias cromossômicas: •6 a 7% dos zigotos; •50% dos abortos; •5% dos natimortos; •0,5 a 0,6% dos nascidos vivos. EPIDEMIOLOGIA DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS • É o estudo da distribuição e determinantes de doença entre populações; • Estudo das manifestações da doença e suas associações. NO BRASIL • Política visando o atendimento às anomalias congênitas é urgente por sua crescente importância. • OMS – modificações nos serviços de saúde necessários ao atendimento da população, desviando o foco de doenças agudas para o manejo dos problemas crônicos. AÇÕES GOVERNAMENTAIS •Programa Nacional de Imunização. •Fortificação das farinhas com ácido fólico. •Campo 34 da DNV – permite que sejam registradas, de forma sistemática, as anomalias congênitas ao nascimento. CAMPO 34 CAMPO 34 QUAL A MAGNITUDE DO PROBLEMA?? Uma vez conseguido isso, o próximo passo será estudar as medidas de prevenção. PREVENÇÃO Primária - pré-concepcional e evita a ocorrência do defeito congênito; Secundária - pré-natal e evita o nascimento de um feto com defeito congênito; Terciária - pós-natal e evita as complicações dos defeitos congênitos melhorando suas possibilidades de sobrevida assim como sua qualidade de vida. OUTRO ENTRAVE: Implantação da Política de Genética Médica no SUS ainda não foi implementado! ▪Determinação do diagnóstico e conseqüente definição do prognóstico; ▪Apoio aos pais e familiares; ▪Estabelecer o prognóstico familial (Aconselhamento Genético). OBJETIVO DE UMA AVALIAÇÃO GENÉTICO-CLÍNICA ACONSELHAMENTO GENÉTICO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA GENÉTICA SUSPEITAR Doença Genética QUANDO SUSPEITAR ? HISTÓRIA FAMILIAR E PRÉ-NATAL ▪Consangüinidade; ▪Outros afetados, por doença genética, na família; ▪Fatores de risco maternos (exposição a teratógenos, patologias crônicas) Doença Genética QUANDO SUSPEITAR ? HISTÓRIA FAMILIAR E PRÉ-NATAL ▪Atividade fetal; ▪Apresentação e tamanho do feto; ▪Alteração no volume do líquido amniótico. DADOS DE NASCIMENTO ▪Condições gerais; ▪Boletim de Apgar; ▪Anormalidades de tamanho; ▪Anormalidades do tônus; ▪Sinais/sintomas neurológicos e/ou metabólicos inexplicados; ▪Presença de anomalias congênitas. QUANDO SUSPEITAR ?EXAME FÍSICO ▪Geral ▪Morfológico (antropometria e descrição detalhada do fenótipo). ANOMALIAS CONGÊNITAS QUANDO SUSPEITAR ? ANOMALIAS CONGÊNITAS ▪ Alterações estruturais ou metabólicas presentes ao nascimento que podem ser geneticamente determinadas ou resultado da influência ambiental durante a vida fetal ou embrionária (Apgar & Stickle, 1986). ▪ 3 - 5% dos recém-nascidos apresentam pelo menos uma anomalia menor presente ao nascimento. ▪MENORES ▪MAIORES ANOMALIAS CONGÊNITAS ANOMALIAS MENORES ▪ São alterações estruturais freqüentes que não produzem alterações significativas na saúde ou comprometimento social. Prega palmar transversal única Clinodactilia ANOMALIAS MENORES Causa desconhecida – 50 a 60% Anomalias menores Presentes em 14% dos recém-nascidos 90% dos recém-nascidos com três ou mais anomalias menores - têm anomalia maior. ANOMALIAS MAIORES ▪ Têm conseqüências médicas e sociais; ▪ Requerem atenção médica; ▪ Geralmente deixam seqüelas. ANOMALIAS MAIORES Fenda labial Hemangioma Atresia de duodeno e esôfago METODOLOGIA ▪ História familiar ▪ Exame genético-clínico ▪ Exame físico geral; ▪ Descrição detalhada do fenótipo; ▪ Exame antropométrico; ▪ Análise dos padrões dermo-papilares; ▪ Documentação fotográfica. ▪ Exames complementares Criança com Dismorfias múltiplas Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM Confirmação laboratorial, quando possível Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM Confirmação laboratorial, quando possível ORIENTAÇÃO, PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? NÃO Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? NÃO Escolher sinais maiores (ganchos) Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? NÃO Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? NÃO Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Reconhece uma síndrome? Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM NÃO Confirmação laboratorial, quando possível Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Reconhece uma síndrome? Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM NÃO Confirmação laboratorial, quando possível ORIENTAÇÃO, PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Reconhece uma síndrome? Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? NÃO Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Reconhece uma síndrome? Criança com Dismorfias múltiplas Obter anamnese Realizar exame morfológico Reconhece uma síndrome? SIM NÃO Confirmação laboratorial, quando possível ORIENTAÇÃO, PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO Escolher sinais maiores (ganchos) Pesquisa na literatura Reconhece uma síndrome? METODOLOGIA PESQUISA NA LITERATURA ▪ Livros ▪ Artigos científicos ▪ Atlas de síndromes ▪ Site: www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=OMIM ▪ Programas: ▪ LDDB (London Dysmorphology Database) ▪ LNDB (London Neurogenetics Database) ▪ POSSUM (Physiological and Operative Severity Score for Enumeration of Mortality and Morbidity) SIMULAÇÃO SIMULAÇÃO Luxação do Cristalino SIMULAÇÃO Luxação do Cristalino Aracnodactilia SIMULAÇÃO Luxação do Cristalino Aracnodactilia Escoliose SIMULAÇÃO Luxação do Cristalino Aracnodactilia Escoliose Dilatação da Aorta LISTA DE SINAIS •Luxação do Cristalino; •Aracnodactilia; •Escoliose; •Dilatação da aorta. PROGRAMA LDDB Exames complementares Métodos de diagnóstico por imagem: ▪Radiografia simples; ▪Tomografia Computadorizada; ▪Ressonância Magnética; ▪Ultra-som. METODOLOGIA Exames complementares Laboratoriais: ▪Hematologia; ▪Bioquímica; ▪Citogenética Clássica e Molecular; ▪Biologia Molecular. METODOLOGIA ANÁLISE CROMOSSÔMICA MATERIAL: •LINFÓCITOS •MEDULA ÓSSEA •FIBROBLASTOS DE PELE •VILOSIDADES CORIÔNICAS •LÍQUIDO AMNIÓTICO •TECIDO TUMORAL •RESTOS OVULARES MÉTODOS DE COLORAÇÃO: •COLORAÇÃO CONVENCIONAL •BANDAS G, Q, R. •FISH C A R I Ó T I P O http://arquivo.ufv.br/dbg/resumos2008b/Resumo%20Andre.htm CROMOSSÔMOS HUMANOS BANDAS ESTUDOS BIOQUÍMICOS •TESTES QUALITATIVOS DE URINA; •CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS; •CROMATOGRAFIA DE OLIGOSSACARÍDEOS; •CROMATOGRAFIA DE MUCOPOLISSACÁRIDES; •DOSAGENS PLASMÁTICAS; •ENSAIOS ENZIMÁTICOS NO PLASMA; •ENSAIOS ENZIMÁTICOS EM LEUCÓCITOS. ESTRATÉGIAS DE ANÁLISE MOLECULAR Estratégia por análise direta: Gene seqüenciado e mutações restritas. Exemplo: Acondroplasia (FGFR3) Estratégia por análise indireta: Gene mapeado e não seqüenciado / gene muito extenso / sem mutações prevalentes. Exemplo: Doença policística renal tipo adulto Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Aplicação: •Análise qualitativa para deteção de DNA/RNA de vírus, bactérias, protozoários; •Detecção de fragmentos cromossômicos (Y); •Detecção de rearranjo gênico (LMC, abl/bcr; 9/22) •Detecção de mutações de ponto (AF - GAG - GTG) •Detecção de deleções (FC - Delta F508) •Determinação de vínculo biológico AVALIAÇÃO EM GENÉTICA CLÍNICA Determinação do diagnóstico e conseqüente definição do prognóstico; Apoio aos pais e familiares; Estabelecer o prognóstico familial (Aconselhamento Genético).
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