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INDICADORES DE SAÚDE Prof. Dra. Mariana Giaretta Mathias INDICADORES É uma tentativa de estabelecer medidas por meio de relações, portanto de expressões numéricas como forma de aproximação da realidade de um dado fenômeno, fato, evento ou condição INDICADORES DE SAÚDE Indicadores são medidas- síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde INDICADORES DE SAÚDE TEMPO ESPAÇO INDICADORES DE SAÚDE TEMPO ESPAÇO QUEM? QUANDO? ONDE? INDICADORES DE SAÚDE • NÚMEROS ABSOLUTOS • RAZÕES • PROPORÇÕES • TAXAS/COEFICIENTES • ÍNDICES INDICADORES DE SAÚDE • INTEGRIDADE → dados completos para todos os eventos • CONSISTÊNCIA INTERNA → valores coerentes e não contraditórios • MENSURABILIDADE → basear-se em dados disponíveis • RELEVÂNCIA → responder a prioridades de saúde • CUSTO-EFETIVIDADE → resultados justificam o investimento ATRIBUTOS INDICADORES DE SAÚDE • VALIDADE → capacidade de medir o que se pretende medir • CONFIABILIDADE → reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares • SENSIBILIDADE → capacidade de detectar o fenômeno analisado • ESPECIFICIDADE → capacidade de detectar SOMENTE o fenômeno analisado GRAU DE EXCELÊNCIA OBJETIVOS • Prover dados ao planejamento e avaliação dos serviços • Identificar os fatores determinantes das doenças (prevenção) • Avaliar os métodos usados no controle de doenças • Descrever as histórias das doenças e classificá-las • Colocar à disposição o conhecimento melhorando a promoção a saúde (com medidas de alcance coletivo) CRITÉRIOS PARA AVALIAR INDICADORES Indicadores válidos e confiáveis (cobertura de eventos e subnotificação) Definições e procedimentos (simples e de fácil interpretação; internacionalmente padronizados) Ser sensível às mudanças de fatores ambientais, sociais e a políticas públicas INDICADORES DE SAÚDE • Números absolutos de casos de doenças ou mortes: não levam em conta o tamanho da população • Indicadores são construídos por meio de razões (frequências absolutas e relativas), em forma de proporções ou coeficientes. COEFICIENTES / TAXAS Representam o “risco” de determinado evento ocorrer na população (que pode ser a população do país, estado, município, população de nascidos vivos, de mulheres,etc.). COEFICIENTES / TAXAS • No numerador (casos) – doença, incapacidade, óbito, indivíduos com determinada característica etc. (é um subconjunto do denominador); • No Denominador – população sob risco (de adoecer, de se tornar incapacitado, de morrer etc); Coeficientes: ______nº de casos__X 1.000 População sob risco RAZÃO • O numerador e o denominador são elementos de mesma natureza e mesma dimensão, mas são de grupos excludentes, ou seja, o numerador não está incluído no denominador. A razão mede relação entre eventos. • Ex: razão entre duas doenças, razão masculino/feminino. • Razão entre o número de casos de Aids no sexo masculino e o número de casos de Aids no sexo feminino • Ex = 250/150 = 1,66 → 1,66:1 RAZÃO PROPORÇÃO • As proporções representam a “fatia da pizza” do total de casos ou mortes, indicando a importância desses casos ou mortes no conjunto total. • A proporção não expressa risco. • Exemplo: número de óbitos por doenças cardiovasculares em relação ao número de óbitos em geral. • Ex: 400 x 100 = 16% • 2500 PROPORÇÃO ÍNDICE • Pode ser multidimensional – escore/ pontuação ou, razão entre duas quantias que expressem dimensões de natureza diferentes. Exemplos: índice de massa corporal – peso e altura (Quetelet); Glaslow (coma), Apgar, de autonomia etc. TIPOS DE INDICADORES Indicadores Globais Indicadores Específicos Indicadores Sintéticos INDICADORES GLOBAIS • Dados relativos ao total da população • Emprega no seu cálculo toda a população, independente de estrutura etária • Exemplo: taxa geral de mortalidade, taxa bruta de natalidade COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL • Este indicador expressa a intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada população. • É obtido pelo número de óbitos de determinada localidade e ano divididos pela população desta mesma localidade e ano, expresso por mil habitantes. COEFICIENTE DE NATALIDADE GERAL • Número de nascidos vivos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral, em determinado período • Expressa a intensidade de ocorrência anual de nascidos vivos em determinada população • Influenciada pela estrutura da população, por sexo e idade, por sua vez, condicionada por fatores socioeconômicos INDICADORES ESPECÍFICOS • Emprega na sua construção dados sobre um grupo etário específico ou grupo de causas de morte • Apresentam boa sensibilidade e permitem apreender diferenças temporais, espaciais ou de grupos da população • Exemplo: taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade por doenças infecciosas COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA • Estima a frequência de óbitos femininos atribuídos a complicações da gravidez, parto e puerpério. • Reflete a qualidade da assistência à saúde da mulher • É obtido pelo número de óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) devido a complicações da gravidez, parto e puerpério de um determinado local e ano, divididos pelo número de nascidos vivos desta mesma localidade e ano, expresso por mil nascidos vivos. COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA TMM = N° de óbitos por causas ligadas à gravidez, parto e puerpério, no período ____________________________________________________ X 1.000 Número de nascidos vivos, no período Causas Diretas Causas Indiretas+ COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL • Refere -se aos óbitos ocorridos ao longo do 1º ano de vida antes de completar a idade de 1 ano • Estima o risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida. • É obtido pelo número de óbitos de menores de um ano de idade, em determinado período e local divididos pelo número de nascidos vivos desta mesma localidade e ano, expresso por mil nascidos vivos. • Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos níveis de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida. COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL TMI = N° de óbitos de crianças < de 1 ano , no período _________________________________________ x 1000 N° de nascidos vivos, em determinado local e período COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL TMIN = N° de mortes de 0 – 27 dias ___________________________________ X 1000 Número de nascidos vivos, no período Precoce (0 - 6 dias) Tardio ( 7 - 27 dias) Morte neonatal é influenciada pelas Condições de gestação e parto, cobertura e qualidade de assistência Esses fatores são de grande importância na determinação da Mortalidade Infantil Neonatal COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL TMI = n° de mortes de 28 dias – 1 ano ___________________________________ X 1000 N° de nascidos vivos, no período • Influenciam os fatores ambientais, Condições nutricionais, Agentes infecciosos, PROPORÇÃO DE ÓBITOS DE CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO PMI = n° óbitos < 1 ano X 100 _____________ n° óbitos totais • Correlaciona com as condições sanitárias de uma região. • Região com menor nível de saúde, maior proporção de óbitos • Vantagem: utiliza somente a informação sobre óbitos, não necessita população MORTALIDADE PROPORCIONAL POR GRUPOS DE CAUSAS • Expressa o percentual de óbitos por grandesgrupos de causas em relação ao total de óbitos. • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de saúde; reduzir o número de óbitos. • É obtido pelo número de óbitos por determinado grupo de causas (CA, AVE, TRAUMAS), dividido pelo número total de óbitos, num determinado período e local, multiplicado por 100. INDICADORES SINTÉTICOS • Medidas de Resumo • Diferentes composições (saúde, educação, ambiente, dentre outros) em um único indicador • Exemplos: Esperança de vida, esperança de vida ao nascer ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER • Número aproximado de anos que um grupo de indivíduos nascidos no mesmo ano irá viver, se mantidas as mesmas condições desde o seu nascimento • Indicador de qualidade de vida de um país, região ou localidade • Estratificação: classe de renda, acesso a serviços de saúde, saneamento, educação, cultura e lazer, bem como os índices de violência, criminalidade e poluição do local onde vive a população INDICADORES QUE PERMITEM MONITORAR A SAÚDE Indicadores Socioeconômicos Indicadores de mortalidade Indicadores de morbidade Indicadores de fatores de risco Indicadores de recursos Indicadores de cobertura CID CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À SAÚDE O QUE É? • Compilação padronizada e catalogada de todas a doenças do planeta • Estabelecer uma ordem a codificação de doenças • Publicação oficial da Organização Mundial de Saúde Permite que programas e sistemas possam referenciar, de forma padronizada, as classificações, auxiliando a busca de informação diagnóstica para finalidades gerais CID • Objetivo da CID não é oferecer um quadro explicativo da relação entre os agravos, mas apenas para listá-las, de forma coerente com as lesões • Início em 1893; Atualmente na 10ª revisão: CID-10; 22 capítulos (publicada em 1992) • Sua tabela possui mais de 12 mil códigos padronizados pela Organização Mundial de Saúde CID • Objetivo da CID não é oferecer um quadro explicativo da relação entre os agravos, mas apenas para listá-las, de forma coerente com as lesões • Atualmente na 10ª revisão: CID-10; 22 capítulos • Sua tabela possui mais de 12 mil códigos padronizados pela Organização Mundial de Saúde CID 3 volumes: • Volume I: TABULAR • Volume 2: MANUAL DE INSTRUÇÕES • Volume 3: ALFABÉTICO VOLUME I - TABULAR • Classificação propriamente dita • Formada por categorias, isto é, códigos de três caracteres (uma letra e dois algarismos) e subcategorias (nesse caso, quando a uma categoria é atribuído um outro número, tem- se, portanto, as subdivisões de três caracteres iniciais acrescidos de um ponto e de outro número VOLUME II - MANUAL DE INSTRUÇÃO • Volume que apresenta as orientações, guias, regras etc para os usuários da CID-10 VOLUME III - ALFABÉTICO • Seção I - Índice Alfabético de Doenças e Natureza da Lesão • Seção II - Índice Alfabético de Causas Externas da Lesão Seção III - Tabela de Drogas e Compostos Químicos FIM!!!
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