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Arquetipos segundo Jung

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AULA 5 – ARQUÉTIPOS (Grande Mãe, Herói, Puer-Senex, 
Velho(a) Sábio(a)) – Teoria de C. G. Jung 
Professor: Lincoln Torres Homem Junior 
SLIDE 1 
 
Arquétipo da Grande Mãe 
“O conceito da Grande Mãe provém da História das Religiões e abrange as mais variadas 
manifestações do tipo de uma Deusa-Mãe. (...) O símbolo é obviamente um derivado do 
arquétipo materno; assim sendo, quando tentamos investigar o pano de fundo da imagem da 
Grande Mãe, sob o prisma da psicologia, temos necessariamente de tomar por base de 
nossa reflexão o arquétipo materno de um modo muito mais genérico.” (JUNG, 2008, p.87, 
&148) 
 
SLIDE 2 
 
Aspecto genérico e simbólico da Grande Mãe 
Todas as coisas profundas – abismo, vale, solo, assim como o mar e o fundo do mar, fontes 
lagos e poços, a terra, o mundo interior, a caverna, a casa e a cidade – são partes desse 
arquétipo. Tudo o que é grande e envolvente e que contém, circunda, envolve, protege, 
preserva e nutre qualquer coisa pequena pertence ao reino maternal primordial. 
(NEUMANN, 1995, p. 31). 
 
SLIDE 3 
Erich Neumann diz que o homem vivencia o ego infantil quando “envolto e sustentado pela 
grande Mãe Natureza, embalado nos seus braços, o homem é entregue a ela para o bem ou 
para o mal” (1995, p. 31). 
O autor cita que a mãe devoradora [superprotetora] e malvada e a mãe doadora e bondosa 
são dois aspectos da grande Deusa Mãe urobórica que reina nesse nível psíquico. (1995, p. 
47). 
 
 
SLIDE 4 
 
As duas polaridades da Grande Mãe 
“Como uma imagem, ela [a grande mãe] revela uma plenitude arquetípica, mas também 
uma polaridade positivo-negativa. Um bebê tende a organizar suas experiências de 
vulnerabilidade precoce e dependência de sua mãe em torno dos polos positivos e 
negativos: O polo positivo reúne qualidades tais como “solicitude e simpatia maternais; a 
autoridade mágica da mulher; a sabedoria e exaltação espiritual que transcendem a razão; 
qualquer instinto ou impulso útil; tudo aquilo que é benigno, tudo que acaricia e sustém que 
propicia crescimento e a fertilidade”. Em suma, a mãe boa. O polo negativo sugere a mãe 
má: “tudo que é secreto, oculto, obscuro; o abismo, o mundo dos mortos, tudo que devora, 
seduz e envenena, que é aterrador e inevitável como o destino (JUNG)” (SAMUELS; 
SHORTER; PLAUT, 1998, p.85) 
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SLIDE 5 
 
O Arquétipo Materno 
“Para ir diretamente ao assunto, a minha concepção difere da teoria psicanalítica em 
princípio pelo fato que atribuo à mãe pessoal um significado mais limitado. Isto significa 
que não é apenas da mãe pessoal que provém todas as influências sobre a psique infantil 
descritas na literatura, mas é muito mais o arquétipo projetado na mãe que outorga à mesma 
um caráter mitológico e com isso lhe confere autoridade e até mesmo numinosidade.” 
(JUNG, 2008, p.93, &159) 
 
SLIDE 6 
 
O Complexo Materno 
“(...) parece-me que a mãe sempre está ativamente presente na origem da perturbação, 
particularmente nas neuroses infantis ou naquelas cuja etiologia recua até a primeira 
infância. Em todo caso, é a esfera instintiva da criança que se encontra perturbada, 
constelando assim arquétipos que se interpõem entre a criança e a mãe como elemento 
estranho, muitas vezes causando angústia. Quando os filhos de uma mãe superprotetora, 
por exemplo, sonham com frequência que ela é um animal feroz ou uma bruxa, tal vivência 
produz uma cisão na alma infantil e consequentemente a possibilidade da neurose.” (JUNG, 
2008, p.94, &161) 
 
 
SLIDE 7 
 
O Complexo Materno do Filho 
“Os efeitos do complexo materno diferem segundo ocorrerem no filho ou na filha. Efeitos 
típicos no filho são o homossexualismo, o donjuanismo e eventualmente a impotência. No 
homossexualismo o componente sexual fica preso à figura da mãe de modo inconsciente; 
no donjuanismo, a mãe é procurada inconscientemente “em cada mulher”. (...) o complexo 
materno na filha, ou estimula efetivamente o instinto feminino, ou o inibe na mesma 
proporção;” (JUNG, 2008, p.94-95, &162-163) 
 
Leiam sobre Sinergia e sobre René Spitz - Hospitalismo. 
 
SLIDE 8 
 
O Arquétipo do Herói 
“Um motivo mitológico que corresponde ao Self inconsciente do homem; de acordo com 
Jung, “Um ser quase humano que simboliza as ideias, formas e forças que moldam ou 
dominam a alma”. (...) A imagem do herói incorpora as mais poderosas aspirações e revela 
a maneira pela qual [essas aspirações] são idealmente compreendidas e realizadas.” 
(SAMUELS; SHORTER; PLAUT, 1998, p.88) 
 
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 SLIDE 9 
 
As provações do Herói 
 
“O herói é um ser transitório (...). Numa visão intrapsíquica ele representa a vontade e a 
capacidade de procurar e suportar repetidas transformações em busca da totalidade ou 
significado. Portanto às vezes parece ser o Ego; outras vezes, o Self. É o eixo Ego-Self 
personificado. 
A totalidade de um herói implica não somente a capacidade de resistir, mas também a de 
sustentar conscientemente a tremenda tensão dos opostos.” (SAMUELS; SHORTER; 
PLAUT, 1998, p.88) 
 
 
SLIDE 10 
 
De acordo com Fernandes (2009) a figura do herói está presente em quase todas as 
mitologias dos povos até hoje estudados. Apesar de cada herói ser diferente um do outro, e 
apesar de cada cultura possuir tipos distintos de heróis, diversos autores sobre mitologia 
concordam com a ideia de que todos os heróis se parecem muito, tanto em suas 
características básicas como no que concerne às aventuras que enfrentam. 
 
SLIDE 11 
 
 
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SLIDE 12 
 
O herói e a Hýbris 
 
Na Mitologia, esse gesto de transgressão dos próprios limites internos do homem, que 
resulta em ofensa aos deuses, chama-se hýbris. Mas segundo Junito de Souza Brandão, o 
uso desta palavra na mitologia grega antiga pode designar um ato de violência física ou 
moral realizado pelo herói, relacionado ao orgulho excessivo e à índole insolente de um 
homem dotado de poderes extraordinários. Literalmente significa injúria, insulto, 
blasfêmia, ofensa (Dicionário Grego-Português, 1977, p.749). 
 
Aspecto positivo da Hýbris: 
A hýbris consiste numa falha humana que se manifesta ora como descomedimento 
destrutivo, ora audácia e coragem criativas. Alguns heróis, quando possuídos pela hýbris, 
são capazes de romper velhos tabus e preconceitos, renovando assim uma tradição cultural 
esclerosada. (FERNANDES, 2009, p.2) 
 
 
SLIDE 13 
 
Arquétipo do Herói e o adolescente 
 
Da mesma maneira o adolescente encontra-se, neste momento de sua vida, diante deste 
desafio de romper com tabus e preconceitos e renovar uma tradição cultural que lhe é 
imposta. Por isso o arquétipo do herói lhe cai tão bem nesse processo de evolução / 
individuação. 
 
Mas a hýbris, apesar de suas consequências nefastas, também leva ao autoconhecimento e à 
consciência de seus próprios limites. 
 
 
SLIDE 14 
 
Arquétipo do Puer-Senex 
 
Puer Aeternus é o nome de um deus da antiguidade, um deus-criança, advindo da obra 
Metarmophoses, de Ovídio. No mito, puer é “o deus da vida, da morte e da ressurreição – o 
deusda juventude divina”. Senex é, muitas vezes, ilustrado por Cronos/Saturno o velho rei, 
o deus da agricultura, da colheita guardada e da semeadura. 
 
 
 
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SLIDE 15 
 
Puer Aeternus 
 
Jung via o puer aeternus como se referindo ao arquétipo da criança e especulava que sua 
fascinação recorrente origina-se da projeção, pelo homem, de sua incapacidade de se 
renovar. A capacidade de correr o risco de um desligamento das origens, de estar em 
evolução perpétua, de se redimir pela inocência, de visualizar novos começos são atributos 
desse salvador emergente. 
 
Já Von Franz (1971) usava o termo puer para descrever os homens que tinham dificuldade 
de se estabelecer, eram impacientes, não-relacionados, idealistas, sempre começando de 
novo, aparentemente intocados pela idade, parecendo ser sem malícia, dados a vôos da 
imaginação, ou seja, características que são notadas também nos adolescentes. 
 
SLIDE 16 
 
Aspecto positivo do Puer 
 
Hillman (2008) via no puer uma visão de “nossas naturezas primeiras, nossa sombra 
dourada primordial… nossa essência angelical, mensageira do divino”. Do puer conclui ele, 
recebemos nosso senso de destino e significado. 
 
SLIDE 17 
 
Aspecto negativo do Puer 
 
A unilateralidade do arquétipo, em que se destaca o “ficar” ou a “ética do provisório” 
destacando a existência de: 
 
Relações calcadas em sexo sem compromisso, supervalorização do corpo e do desempenho 
e quase total inconsciência dos processos psíquicos responsáveis pela ausência de 
envolvimentos afetivos verdadeiros. (GRAUBART apud MONTEIRO, 2008, p.90) 
 
Isto denota individualismo social, atitude arrogante, medo de se comprometer, imediatismo, 
pressa, megalomania, atração pelo perigo e que a única situação que esse tipo de homem 
teme é a de se ligar a qualquer coisa. 
 
 
 
 
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SLIDE 18 
O Equilíbrio necessário entre Puer-Senex 
Se de um lado há ordem e disciplina, responsabilidade e limites, por outro, há abertura para 
o novo, para a criatividade, a flexibilidade e, principalmente, para o afeto, em uma 
perspectiva em que puer e senex possam dialogar e se integrar. 
 
Ao percorrer as peculiaridades arquetípicas de senex e puer é importante metaforizar o 
tempo e levar em conta as estações da alma. O tempo de plantio e o tempo de colheita, o 
tempo de florescer e o tempo de amadurecer, o tempo de viver para fora e o tempo de viver 
para dentro. Nenhum tempo sobrepuja o outro, mas complementa equilibrando. Esses 
tempos são os pulsos da alma em movimento, buscando a profundidade adquirida no viver 
a experiência de ser humano. (MONTEIRO, 2008, p.98) 
 
SLIDE 19 
O Arquétipo do (a) velho (a) sábio (a) 
Este arquétipo teria como efeito fornecer ao indivíduo um sentimento de direção para uma 
imaginável ou realizável ampliação da consciência. 
De acordo com Samuels, Shorter e Plaut (1998, p.88) sua integração advém quando o ego é 
capaz de arrebatar esse poder das imagens arquetípicas e reivindicá-lo em favor do 
indivíduo e de seus próprios objetivos. 
 
SLIDE 27 
Referência Bibliográfica: 
FERNANDES, Isabela. O Herói: uma jornada através dos tempos. Texto apresentado pela 
autora no curso de pós-graduação em psicologia na PUC. Rio de Janeiro, Agosto de 2009. 
 
HILLMAN, J. O Livro do Puer: Ensaios sobre o Arquétipo do Puer Aeternus. São Paulo: 
Paulus, 2008. 
 
JUNG, Carl Gustav. Chaves-resumo das obras completas Jung/ Carl Gustav Jung; 
[coordenação editorial Carrie Lee Rothgeb, National Clearinghouse for Mental, Health 
Information; tradução Arlene Ferreira Caetano ]. – São Paulo: Editora Atheneu, 1998. 
 
____ Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 2008. 
 
MONTEIRO, Dulcinea da Mata Ribeiro. PUER-SENEX: Dinâmicas Relacionais. 
Petrópolis: Vozes, 2008. 
 
NEUMANN, E. História da origem da consciência. São Paulo: Cultrix, 1995. 
 
_____. A Grande Mãe: um estudo fenomenológico da constituição feminina do 
inconsciente. São Paulo: Cultrix, 1974. 
 
SAMUELS, Andrew. SHORTER, Bani. PLAUT, Fred. Dicionário Crítico de Análise 
Junguiana. Rio de janeiro: Imago, 1988. 
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