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Dimensionamento e Tratamento de agua

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Microrganismos Substâncias tóxicas ou nocivas
Excesso de impurezas Compostos orgânicos
Higiênicas
Cor Turbidez
Sabor Odor
Estéticas
Ferro Manganês
Corrosividade Dureza
Econômicas
Características da água
Tratamento de Água para Abastecimento 
Finalidade do Tratamento da Água 
 
Alterar as características da água bruta de jeito a dotá-la das qualidades requeridas para o 
uso que dela se deseja fazer. 
 
No caso particular do abastecimento de populações, o tratamento deve tornar a água 
potável. 
 
A água distribuída numa comunidade deve: 
 
Ser esteticamente agradável, apresentando sabor, odor, cor e turbidez de ordem a não 
causar repulsa no usuário; 
 
Conter determinados elementos e substâncias dentro de certos limites estabelecidos por 
questões sanitárias e econômicas; 
 
Apresentar densidade bacteriológica do grupo coliforme suficientemente baixa para que a 
probabilidade de poluição da água por matéria fecal possa ser considerada desprezível. 
Procedimentos para Elaboração de uma ETA 
Água Bruta 
Coagulação Floculação Decantação 
Filtração Desinfecção Fluoretação Correção de pH 
Água Tratada 
Agente 
oxidante 
Pré Tratamento 
Métodos Gerais de Tratamento 
Tanque 
ETA do Guandu - RJ 
Gradeamento - ETA 
 
As velocidades através da grade deverão ser: 
Vmáx < 1,2 m/s 
Vmín > 0,4 m/s 
 
O espaçamento livre máximo entre barras deve ser: 
Grosseiras – 4 a 10 cm 
Médias – 2 a 4 cm 
Finas – 1 a 2 cm 
 
As barras terão, por dimensões mínimas: 
 
No sentido do escoamento (largura): 
20 mm ou 2,5% do comprimento total da barra, adotando-se o maior dos dois valores. 
 
No sentido transversal ao escoamento (espessura): 
5 mm ou 1% da distância entre as peças horizontais utilizadas para garantir a rigidez da 
grade, mantendo suas barras paralelas, tomando-se o maior valor. 
 
 Ângulo de inclinação α: 
Mecanizadas – 75o à 90o 
Manuais – 30o à 60o 
 
Gradeamento - ETA 
Área Útil da Grade 
  ax
max
 v1 m
u
K
Q
A


Onde: 
Qmax = vazão máxima gradeada (m
3/s) 
vmax = velocidade máxima na grade (m/s) 
K = fração de obstrução da grade (0,10 à 0,25) 
Eficiência da grade 
we
e
E


Onde: 
e = espaçamento entre as barras (m) 
w = espessura das barras (m) 
Área Molhada do Canal ou Abertura 
 
E
A
A uc 
a = ¾” a = 1” a = 1 ¼” a= 1 ½”” 
(20 mm) (25 mm) (30 mm) (40 mm)
¼” (6 mm) 0,75 0,8 0,834 0,857
5/16 (8 mm) 0,706 0,768 0,803 0,826
3/8” (10 mm) 0,677 0,728 0,77 0,8
7/16” (11 mm) 0,632 0,696 0,741 0,774
½” (13 mm) 0,6 0,667 0,715 0,755
Eficiência: valores de “E”
Espessura 
das Barras
Largura do Canal (Lc < 0,6 m adotar 0,6 m) 
Lc = Cc (seção de escoamento quadrada) 
c
.max
A
t
c
Q
L 
Onde: 
t = tempo de escoamento (s) 
Gradeamento - ETA 
cL
c
c
A
H 
Altura Molhada do Canal 
Número de Barras da Grade 
 
ew
eL
n c



Velocidade Máxima na Grade 
 
Velocidade Máxima no Canal 
 
Perda de Carga na Grade 
 
Onde: 
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2) 
u
max
A . K)-(1
Q
Vg 
cc
max
H . L
Q
Vc 
 
g
VV
h
cg
f
 4,1
22 

Comprimento da Grade 
sen 
c
g
H
C 
Exercício: 
 
Dimensionar a unidade de gradeamento de uma ETA cuja vazão (Q) tratada é de 150 L/s. O 
estudo da água bruta indicou o espaçamento entre barras de 1,5 cm, prevendo-se a 
limpeza da grade a cada 2 horas, quando sua obstrução atingirá 20% da sua área útil. 
Gradeamento - ETA 
Peso 
Empuxo Força de arraste EFP a 
  0yF gVgmP olpp ...  gVE ol .. 2
... 2Spa
a
VAC
F


Sedimentação - ETA 
Fenômeno físico no qual, em decorrência da ação da gravidade, as partículas suspensas 
apresentam movimento descendente em meio líquido de menor massa específica. 
Sedimentação - ETA 
Peso 
Empuxo 
EFP a  olpol
Spa
VgVg
VAC
....
2
... 2  
ololp
Spa
VgVg
VAC
....
2
... 2  
Força de arraste 
Sedimentação - ETA 
Peso 
Empuxo Força de arraste 
ololp
Sca VgVg
VAC
....
2
...
2
 
6
. 3d
Vol


a
pp
S
C
dg
V
..3
.)..(4

 

Lei de Newton 
4
.
.
2d
Ac


Sedimentação - ETA 
Onde: 
VS = velocidade de sedimentação (m/s) 
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2) 
s = densidade da partícula (2650 Kg/m
3) 
A = densidade do fluido (1000 Kg/m
3) 
µ = viscosidade cinemática do fluido (m2/s) 
dP = diâmetro efetivo da partícula (m) 
Viscosidade cinemática da água em função da Temperatura 
T (oC) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 
µ(m2/s) . 10-6 1,79 1,52 1,31 1,15 1,01 0,90 0,80 0,73 0,66 
a
pp
S
C
dg
V
..3
.)..(4

 



..
.2424
pe
a
dVR
C 


.18
)..( 2pp
S
dg
V


Lei de Stokes 
Desarenador - ETA 
Desarenador - ETA 
V
Q
BLA
.5,1
. 
Área do Desarenador 
Dimensões do Desarenador (B  0,6m) 
B
A
L 
Velocidade Máxima de Escoamento (0,15 à 0,30 m/s) 
Altura Mínima da Lâmina de Água no Desarenador 
BV
Q
H
.max
min 
Obs: Recalcular a velocidade máxima real de escoamento 
Volume Diário de Sólidos Sedimentados 
(Ts = 7.10
-5 m3 de areia/m3 de água) 
QTV SSD .
Profundidade da Câmara de Sedimentação 
LB
V
h SD
.

Exercício: 
 
Dimensionar um desarenador para reter todas as partículas de areia com até 0,2 mm de 
diâmetro, o qual deverá ser implantado a montante de uma ETA cuja vazão (Q) tratada é de 
150 L/s. O estudo da água bruta indicou que a temperatura média é de 25oC e que a taxa de 
sedimentação é de 7.10-5 m3 de areia/m3 de água. (Projetar no mínimo 2 unidades, uma 
reserva). 
Desarenador - ETA 
Coagulação - ETA 
1 m 10-3 m Partículas 
coloidais Partículas em 
suspensão 
Partículas 
dissolvidas 
 Tratamento convencional e suas variantes 
 Filtração em linha 
 Filtração direta 
 Filtração lenta 
 Processos de membrana 
 Osmose Reversa 
 Nanofiltração 
 O processo de coagulação envolve a aplicação de produtos químicos para a precipitação 
de compostos em solução e desestabilização de suspensões coloidais de partículas sólidas 
que não podem ser removidas por sedimentação, flotação ou filtração. 
 
Turbidez 
Cor aparente 
SST 
Cor real 
SDT 
Compostos dissolvidos 
 
 A coagulação é a alteração físico-química de partículas coloidais de uma água, 
caracterizada principalmente por cor e turbidez, produzindo partículas que possam ser 
removidas em seguida por um processo físico de separação. 
Coagulação - ETA 
- 
- 
- 
- 
- 
Repulsão Eletrostática 
- 
- 
- 
- 
- 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ 
+ 
+ + 
+ + 
+ + 
+ 
Mecanismos de desestabilização: 
 
Compressão da dupla camada 
Adsorção-neutralização 
Varredura 
Ponte interparticular 
Força de Van der Waals 
Coagulante 
Coagulação - ETA 
Colóide é uma dispersão de pequenas partículas de um material com um outro. 
 
Características 
 
 Hidrofóbico: não possui afinidade com a água. 
 Hidrofílico: possui afinidade com a água. 
 Tamanho entre 0,001µm e 1µm. 
 Geralmente possuem carga elétrica negativa. 
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
3 4 5 6 7 8 9 10
Po
te
nc
ia
l Z
et
a (
m
V)
pH
Água Bruta - ETA Guaraú
Variação do Potencial Zeta com o pH
Coagulação - ETA 
 Sulfato de alumínio (5 mg/L a 100 mg/L) OHAl
2
3    HAlOH 2 OHAlOH 2
2 
  HAlOH
2 OHAlOH 22 
   HOHAl
Sólido3
  OHOHAlSólido 23
  HAlOH
4
342
)(SOAl 2
4
3
.3.2
  SOAl
 Cloreto férrico (5 mg/L a 70 mg/L) 
Coagulação - ETA OHFe
2
3    HFeOH 2 OHFeOH 2
2 
  HFeOH
2 OHFeOH 22 
   HOHFe
Sólido3
  OHOHFe
Sólido 23
  HFeOH
4
3
FeCl   ClFe .33 342 )(SOFe
2
4
3
.3.2
  SOFe
Coagulação - ETA 
 Polímeros Sintéticos e Naturais (1 mg/L a 4 mg/L) 
Sintéticos: 
 
Não Iônico: não apresentam sítios ionizáveis 
Catiônico: apresentam sítios ionizáveis positivos 
Aniônico: apresentam sítios ionizáveis negativos 
Anfolítico: apresentam sítios ionizáveis negativos e positivos 
Naturais: 
 
Amido Não Modificado: condensação polimérica da glucose (27% amilose e 72% amilopectina) 
Amido Modificado: processo de derivatização (modificações físicas, químicas e enzimáticas) 
Coagulação - ETA 
Gradiente de Velocidade 
V
P
G
.

2T 00022,0+T 0337,01
000181,0


Onde: 
 = viscosidade absoluta da água (Kgf.s/m2) 
G = gradiente de velocidade (s-1) 
P = potência útil ou turbulência (Kgf.m/s) 
V = volume útil do tanque (m3) 
T = temperatura da água (C) 
Mistura Rápida ou Coagulação 
 Agitação Hidráulica 
Onde: 
P = potência útil (Kgf.m/s) 
 = peso específico do líquido (kgf/m3) 
Q = vazão tratada (m3/s) 
H = perda de carga no sistema (m) 
HQP  ..
L
HV
V
HAV
V
HQ
G
.
..
.
...
.
..





 





T(C)  (Kgf/m3) T(C) (Kgf/m3) 
0 999,87 10 999,73 
2 999,97 20 998,23 
4 1.000,00 30 995,67 
6 999,97 35 994,06 
então, 
Cálculo da altura de água na seção de medição 
H0 = k.Q
n 
 
Onde: 
Q é a vazão medida (m3/s); 
k é o coeficiente do medidor; 
H0 é a lâmina de água na seção de medição (m); 
n é o expoente variável. 
Largura da calha na seção de medição 
D’= 2/3 (D – W) + W 
 
Velocidade na seção de medição 
v0 = Q/(D’.H0) 
 
Vazão específica na garganta 
q = Q/W 
 
Carga hidráulica disponível 
E0 = (v0
2/2g) + H0 + N 
 
Calculo da velocidade antes do ressalto 
v1= 2.(2g . E0/3)
0,5. cos(Ɵ/3) 
cos Ɵ = -g.q /(2/3 g.E0)
1,5 
Ɵ = cos-1(x) 
 
Altura de água antes do ressalto 
H1 = q /v1 
 
Número de Froude 
F1 = v1 / (g.H1 )
0,5 
Altura de ressalto 
H2 = H1 /2 {[1+8(F1)
2]0,5 -1} 
 
Velocidade no ressalto 
v2 = Q /(W.H2) 
 
Altura na seção de saída 
H3 = H2 – (N-K) 
 
Velocidade na saída da calha 
v3 = Q /(C.H3) 
 
Perda de carga no ressalto 
hf = (H2–H1)
3/(4H1.H2) 
 
Tempo de mistura 
T = 2G´/(v2+v3) 
 
Gradiente de velocidade 
G = [(g/μ).(hf/T)]
0,5 
Coagulação - ETA 
Dimensões do Medidor Parshall (cm) e Vazão com escoamento livre (L/s) 
W (pol) W (cm) A B C D E F G K N X Y Q (L/s) k n 
3'' 7,6 46,6 45,7 17,8 25,9 45,7 15,2 30,5 2,5 5,7 2,5 3,8 0,85 - 53,8 3,704 0,646 
6'' 15,2 61 61 39,4 40,3 61 30,5 61 7,6 11,4 5,1 7,6 1,52 - 110,4 1,842 0,636 
9'' 22,9 88 86,4 38 57,5 76,3 30,5 45,7 7,6 11,4 5,1 7,6 2,55 - 251,9 1,486 0,613 
1' 30,5 137,2 134,4 61 84,5 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 3,11 - 455,6 1,276 0,657 
1,5' 45,7 144,9 142 76,2 102,6 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 4,25 - 696,2 0,966 0,65 
2' 61 152,5 149,6 91,5 120,7 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 11,89 - 936,7 0,795 0,645 
3' 91,5 167,7 164,5 122 157,2 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 17,26 - 1426,3 0,608 0,639 
4' 122 183 179,5 152,5 193,8 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 36,79 - 1921,5 0,505 0,634 
5' 152,5 198,3 194,1 183 230,3 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 62,8 - 2422,0 0,436 0,663 
6' 183 213,5 209 213,5 266,7 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 74,4 - 2929,0 0,389 0,627 
8' 244 244 239,2 274,5 349 91,5 61 91,5 7,6 22,9 5,1 7,6 130,7 - 3950,0 0,324 0,623 
Exercício: 
 
Dimensionar o sistema de mistura rápida (coagulação) de uma ETA cuja vazão (Q) tratada é 
de 150 L/s. A dispersão do coagulante será promovida por dispositivo de agitação hidráulica 
(medidor Parshall). 
Coagulação - ETA 
Coagulação - ETA 
 Agitação Mecânica (Tanque de mistura rápida prismático de base quadrada com rotor 
tipo turbina – Tempo de retenção ≤ 5s – Gradiente de velocidade  1000 s-1) 
P
n D

3 5
423
Onde: 
P = potência útil (kgf m/s) 
n = velocidade angular da turbina (rpm) 
D = diâmetro da turbina (m) 
3,1 75,0
9,3 7,2
3,3 7,2



D
h
D
H
D
L
10,0
5
4



D
l
D
b
D
B
Esta expressão é válida quando: 
Onde: 
L = lado do tanque (m) 
D = diâmetro da turbina (m) 
H = profundidade útil do tanque (m) 
h = afastamento da turbina ao fundo do tanque (m) 
B = comprimento das paletas da turbina (m) 
b = altura das paletas da turbina (m) 
l = largura das cortinas anti-vórtice (m) 
Exercício: 
 
Dimensionar o sistema de mistura rápida (coagulação) de uma ETA cuja vazão (Q) tratada é 
de 150 L/s. A dispersão do coagulante será promovida por equipamento mecânico tipo 
turbina radial. Adotar tempo de retenção de 1s e gradiente de velocidade igual a 5000 s-1. 
Coagulação - ETA 
Floculação - ETA 
Floculação pode ser definida como o processo de agregar partículas coaguladas ou 
desestabilizadas para formar massas ou flocos maiores para possibilitar sua separação por 
sedimentação e ou filtração. 
Mecanismos de Transporte: 
 
Floculação Pericinética (Movimento Browniano) 
Floculação Ortocinética (Gradientes de Velocidade) 
Floculação por Sedimentação Diferencial 
 
Partículas Coaguladas Partículas Floculadas 
Floculação - ETA 
Fuxo Helicoidal 
Fuxo Horizontal 
Fuxo Vertical 
Alabama 
Meio Poroso 
Placas Perfuradas 
 Floculadores Hidráulicos 
Fuxo Horizontal 
Fuxo Vertical 
Alabama 
Floculação - ETA 
B 
L 
l 
p 
Dados e Parâmetros de Projeto: 
 
•Tempo de retenção total: Adotar T = 25 min = 1500 s 
•Limites de velocidade nas células: 0,10 m/s  V  0,30 m/s 
•Número de setores: Adotar 4 setores 
 
•Gradientes de velocidade: 
1º setor: G1 = 65 s
-1 
2º setor: G2 = 45 s
-1 
3º setor: G3 = 30 s
-1 
4º setor: G4 = 20 s
-1 
 
•Espessura das chicanas: As chicanas serão de placas de concreto com espessura de 0,05m. 
•Coeficiente de perda de carga: Adotou-se K = 1,5 
•Temperatura da água: = 25º C 
• Densidade:  = 998,23 kg/m3 
• Comprimento total: L = 20,0m 
• Velocidade de escoamento no quarto setor: Adotar V4 = 0,15 m/s 
 
Exercício: 
Dimensionar o sistema de floculação de uma ETA cuja vazão tratada é de 150 L/s. Será 
utilização um floculador hidráulico com chicanas de fluxo horizontal. 
 
Floculação - ETA 
•Tempo de Retenção: 
1º setor: t1 = 4 min = 240 s 
2º setor: t2 = 5 min = 300 s 
3º setor: t3 = 7 min = 420 s 
4º setor: t4 = 9 min = 540 s 
Floculação - ETA 
 Floculadores Mecânicos 
Eixo Vertical 
Eixo Horizontal 
Exercício: 
Dimensionar o sistema de floculação de uma ETA cuja vazão tratada é de 150 L/s. O 
floculador utilizado será mecânico dotado de agitadores tipo paletas. 
 
Dados do Fabricante 
Dimensões do equipamento: 
b = 3,2 m 
B = 4 braços 
Re1 = 1,20 m ; Ri1 = 1,05 m 
Re2 = 0,95 m ; Ri2 = 0,80 m 
Velocidades angulares do equipamento: 
n3 = 2,1 rpm; 
n2 = 3,5 rpm; 
n1 = 4,9 rpm. 
Floculação - ETA 
Decantação - ETA 
A decantação ou sedimentação é um processo físico que separa partículas sólidas em 
suspensão da água. Consiste na utilização de forças gravitacionais para separar partículas 
de densidade superior à da água. 
 
Segundo Di Bernardo (2005), os tanques de sedimentação são divididos em quatro zonas: 
 
 Zona de Entrada: destinada a distribuir uniformemente o afluente na seçãotransversal 
do tanque; 
 Zona de Sedimentação: onde as características hidráulicas do escoamento permitem a 
deposição das partículas; 
 Zona do Lodo: destinada a armazenar temporariamente as partículas removidas do 
afluente; 
 Zona de Saída: tem a finalidade de coletar uniformemente a água decantada. 
Decantação - ETA 
 Tipos de Decantadores 
Decantação - ETA 
 Decantador clássico com base retangular e fluxo horizontal 
Decantação - ETA 
Exercício: 
 
Dimensionar as unidades de decantação de água floculada de uma ETA cuja vazão tratada é 
de 150 L/s. Os decantadores serão clássicos, de base retangular e fluxo horizontal. 
Filtração - ETA 
A filtração consiste na remoção de partículas suspensas e coloidais e de microrganismos 
presentes na água que escoa através de um meio poroso. Após certo tempo de 
funcionamento, há necessidade da lavagem do filtro, geralmente realizada pela introdução 
de água no sentido ascensional com velocidade relativamente alta para promover a 
fluidificação parcial do meio granular com liberação das impurezas. 
 
Os mecanismos responsáveis pela remoção de partículas durante a filtração com ação de 
profundidade são complexos e influenciados principalmente pelas características físicas e 
químicas das partículas, da água e do meio filtrante, da taxa de filtração e do método de 
operação dos filtros. 
 Tamanho dos grãos (Dmax; Dmin); 
 Tamanho efetivo (D10); 
 Coeficiente de Uniformidade (CU); 
 Forma e geometria dos grãos; 
 Porosidade; 
 Massa específica. 
Características dos Materiais Filtrantes 
SISTEMA COM BLOCOS LEOPOLD 
SISTEMA DE FUNDO FALSO COM 
VIGAS “V” INVERTIDAS 
FILTROS RÁPIDOS POR GRAVIDADE DE FLUXO DESCENDENTE – TIPOS DE FUNDOS 
(SISTEMAS DE COLETA DE ÁGUA FILTRADA E DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA PARA LAVAGEM) 
Lavagem por Reservatório Elevado 
Filtração - ETA 
Exercício: 
 
Dimensionar as unidades de filtração rápida por gravidade de fluxo descendente de uma 
ETA cuja vazão tratada é de 150 L/s. Os filtros terão as seguintes características: leito 
filtrante com camada única de areia, taxa nominal de filtração (150 m3/m2.d), sistema de 
coleta de água filtrada com fundo falso, espaçamento entre bocais (e = 0,20 m) e número 
de filtros (n = N = 3), largura das calhas (b = 0,40 m), espessura da calha (e = 0,20 m), 
distância do fundo das calhas a superfície do leito filtrante (DF = 0,50 m), perda de carga na 
tubulação (HA = 2,1 m), perda de carga nos bocais de distribuição (HB = 0,80 m – fabricante), 
margem de segurança (HF = 0,15 m). 
Desinfecção - ETA 
 Tecnologias de tratamento de esgotos apresentam baixa eficiência na inativação de 
coliformes, embora diversos fatores como temperatura, insolação, pH, predação, entre 
outros concorram para o decaimento natural desses microrganismos indicadores. 
 
 A desinfecção constitui-se na etapa do tratamento cuja função precípua consiste na 
inativação dos microrganismos patogênicos, realizada por intermédio de agentes físicos 
e/ou químicos. 
 
 A ação dos desinfetantes sobre os microrganismos pode se dar sob três mecanismos: 
 
 destruição ou danificação da organização estrutural da célula; 
 interferência no nível energético do metabolismo; 
 interferência na biossíntese e crescimento devido à combinação de vários mecanismos 
como a síntese de proteínas, ácidos nucléicos, coenzimas ou células estruturais. 
 
 A capacidade para oxidar moléculas biológicas e a capacidade de difusão através da 
parede celular, são pré-requisitos essenciais para qualquer agente desinfetante. 
Desinfecção - ETA 
Desinfecção - ETA 
Fatores que atuam na eficiência de um sistema de desinfecção: 
 Característica do Desinfetante (tipo); 
 Dose do Desinfetante e Tempo de Contato (porcentagem de inativação); 
 Característica da Água (turbidez, MO, compostos inorgânicos, pH e temperatura); 
 Características dos Microrganismos (espécie, forma e concentração); 
 Homogeneidade da Dispersão do Desinfetante na Massa Líquida (lei de Chick-Watson) 
Lei de Chick-Watson 
Onde: 
 
No , N – número de organismos viáveis no início e no tempo t; 
C – concentração do desinfetante; 
N – coeficiente de diluição, relacionado com a dispersão do desinfetante na massa líquida; 
K – constante de inativação 
Desinfecção - ETA 
Os desinfetantes químicos mais utilizados são: 
 
 Cloro líquido ou gasoso (Cl2); 
 Hipoclorito de sódio ou de cálcio (NaClO ou Ca(ClO)2); 
 Ozônio (O3); 
 Permanganato de potássio (KMnO4); 
 Ozônio/peróxido de hidrogênio (O3/H2O2); 
 Íon ferrato (FeO4
-2) ; 
Ácido peracético (CH3COOOH). 
 
Os desinfetantes físicos mais utilizados: 
 
 Radiação Ultravioleta (UV); 
 Processos Oxidativos Avançados (POA); 
 Fotocatálise Heterogênea; 
 
Desinfetantes/Organismos 
Desinfecção com Cloro 
Entre D1 e D2 as cloroaminas 
decompostas pelo cloro em excesso 
A partir de D2 qualquer adição 
de cloro produzirá um CRL 
proporcional a dose aplicada 
Desinfecção - ETA 
Exercício: 
Calcular o consumo de cloro gasoso (Cl2), para uma ETA cuja vazão tratada é de 150 L/s. O 
teor desejado de cloro na água será de 5 mg/L, peso específico do cloro 0,000057 Kg/m3 e 
porcentagem de impurezas (0%). 
Onde: 
C é o consumo de cloro (mg/s ou Kg/d); 
Q é a vazão de água (m3/s); 
T é o teor de cloro (mg/L); 
PI é a porcentagem de impurezas (%). 
Consumo previsto (kg/d) N° de cilindros (900 Kg) 
Mínima Máxima Serviço Reserva Total 
54 180 1 2 3 
180 360 2 4 6 
360 540 3 6 9 
540 720 4 8 12 
Fonte: Richter, 2009. 
Fluoretação - ETA 
Segundo a Portaria 635/75: 
 
Fluoretação é o teor de concentração do íon fluoreto presente na água destinada ao 
consumo humano, apto a produzir os efeitos desejados à prevenção da cárie dental. 
 
A concentração recomendada de íon fluoreto nas águas de abastecimento público é 
obtida pela seguinte fórmula: 
 
G = 22,2/E 
 
Onde 
E = 10,3 + 0,725 T 
T = média de Temperaturas máximas diárias observadas durante um período mínimo 
de 1 ano (recomendado 5 anos) em graus centígrados. 
Fluoretação - ETA 
Exercício: 
Calcular o consumo de flúor na forma de fluoreto de sódio (NaF), para uma ETA cuja vazão 
tratada é de 150 L/s. O teor desejado de flúor na água será de 1,0 mg/L, peso molecular de 
42 g e porcentagem de impurezas de 3,5%. 
Fluoretação - ETA 
Onde: 
C é o consumo de flúor (mg/s ou Kg/d); 
Q é a vazão de água (m3/s); 
T é o teor de flúor (mg/L); 
PNaF é o peso molecular do fluoreto de sódio (g); 
PI é a porcentagem de impurezas (%); 
PF é o peso molecular do flúor (g).

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