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VA Avaliacao e Curriculo Aula 1 Tema 1

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Avaliação e Currículo
Currículo: Conceito, 
Teorias e Historicidade
Aula 1
Prof.ª Ma. Ausdy
Nazareth Castro 
dos Santos
Educação – função socializadora.
Currículo – seleção e organização.
Capacidade de acompanhar as mudanças do 
mundo.
Importância de entender currículo
https://pixabay.com/pt/seta-mudan%C3%A7a-silhueta-
pessoa-homem-945256/ Acesso em: 04 dez. de 2015
Mercado de trabalho – sucesso profissional.
Educação – efetivação da construção social do 
cidadão.
Democratização e estado de direito: função 
distributiva e distribuição de renda.
Igualdade e liberdade = 
aprendizagem significativa.
Comportamento crítico-
reflexivo = participação 
menos passiva.
Por quê discutir currículo?
No caso da formação dos educadores, trabalhar 
os âmbitos da concepção de currículo faz parte 
de uma das atividades importantes para se 
inserir de forma competente nas significativas 
e tensas discussões sobre as políticas, práticas 
e opções curriculares-
formativas discutidas 
na sociedade 
contemporânea.” 
Currículo no segmento educacional
(SANTOS, E. Currículos: teorias e 
práticas. Rio de Janeiro: LTC, 2012)
Como futuro professor, o que você considera ser 
importante na formação de seus alunos? 
O que levou você às escolhas dos itens da 
pergunta anterior? 
Que importância você considera que as suas 
escolhas têm para a vida 
das outras pessoas?
É importante perceber
que o que é importante
para você, pode não ser
para os outros.
Quer discutir currículo?
Negociações e conquistas coletivas.
Perspectivas de futuro – individuais e coletivas.
‘‘Ninguém educa ninguém’’
https://pixabay.com/pt/professores-reuni%C3%A3o-livros-leitura-
23820/ . Acesso em: 30 set. de 2015.
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si 
mesmo, os homens se educam entre si, 
mediatizados pelo mundo“ (Paulo Freire, 1987)
No ambiente familiar – conceitos seculares.
Na sociedade – aleatoriamente.
Na escola – de forma organizada.
Assimilação – acomodação – Piaget.
Aprendemos de várias formas
http://pt.slideshare.net/jbarbo00/piaget-desenvolvimento-cognitivo-1
Acesso em: 30 set. de 2015.
Base comum (ensino regular) até os 20 anos.
Educação infantil - dos 3 aos 5 anos (jogos, 
cantos e fábulas).
Aprendizagem das Letras - entre os 6 e 10 anos, 
até os 16 anos (leitura e escrita; introdução à 
aritmética e à geografia; 
acrescido da poesia e 
da música).
Currículo educativo, segundo Platão
A dança e a ginástica a partir dos 20 anos -
educação do corpo: exercícios militares e artes 
marciais. 
Formação geral - matemática centrada na 
aritmética, na geometria do plano e do espac ̧o, 
na astronomia e na 
harmonia.
(PINHAC ̧OS DE BIANCHI, 2001, 
p. 146-147, apud GALLO, 2004, p. 39)
Ainda sobre - Platão
Currículo: Conceito, Teorias 
e Historicidade
Continuando
Trivium– composta de três grandes áreas, que 
consistiam na aprendizagem em gramática, retórica
e lógica/dialética, uma forma de encorajar o 
desenvolvimento do espírito e a expressão da 
linguagem.
Era medieval – Marciano Capella
https://pixabay.com/pt/grupo-equipe-bal%C3%B5es-nuvens-239251/
Acesso em: 30 set. de 2015.
Quadrivium – composta de quatro grandes áreas, que 
consistiam na aprendizagem de aritmética, 
geometria, astronomia e música, também chamadas 
de ‘disciplinas superiores’, que tinham por objetivo 
principal proporcionar aos homens meios e métodos 
para o estudo e a compreensão da matéria.
Era medieval – Marciano Capella
Currículo, segundo Descartes
http://pt.slideshare.net/zechumbim/cap-13-o-grande-racionalismo
Acesso em: 30 set. de 2015.
Esse livro escrito em Latim, em 1644.
Representa a filosofia a partir do aprendizado do que 
é ‘útil à vida’. 
A noção das coisas deve se dar a partir da 
aprendizagem prática e não especulativa, de forma a 
transformar e emancipar o 
sujeito que aprende.
“Princípios da Filosofia” - Descartes
Segundo Roberto Sidnei Macedo (2008, p. 34), será a 
principal opção na organização dos currículos da 
modernidade.
Currículo na escola - ordenação ou organização das 
disciplinas, competências, habilidades e áreas 
(obrigatórias ou diversificadas).
Compõem o rol do 
aprendizado que se 
espera e propõe para 
determinado ciclo escolar.
Hiperdisciplinarização
Envolvimento que se observa no ambiente das 
comunidades educativas e que, impulsionado por 
docentes, discentes e demais frequentadores desse 
tipo de comunidade (pais, funcionários e cidadãos 
envolvidos no processo educativo), vai atualizando e 
aperfeiçoando comumente toda a composição e 
tessitura desse tipo de 
documento educacional, 
sua concepção e prática.
Atos de currículo
John Franklin Bobbitt - século XX.
Teorias técnicas:aquisição de habilidades intelectuais 
pela associação de teorias e práticas mecânicas -
processo de memorização. 
Princípios tayloristas e cientificistas.
Modelo organizacional das 
empresas, divisão de 
tarefas, produção em 
massa, repetição.
Teorias do currículo – tradicionais
Professor - transmissor dos conhecimentos.
Dinamizador do trabalho, totalmente desprovido de 
perspectivas inovadoras e críticas.
Alunos - repetidores das fórmulas prontas 
aprovadas pela sociedade.
Educação - atividade 
burocrática necessária 
para a produção e ascensão 
social.
Concentração na figura do professor
Escola de Frankfurt - Max Horkheimer, Theodor 
Adorno, Pierre Bourdieu e Louis Althusser.
Não há neutralidade no ambiente escolar.
A escola é legitimadora da desigualdade social.
A escola reproduz o modelo societário baseado nas 
relações de poder.
Currículo – mudança = 
espaço cultural e social de 
luta pela liberdade de 
pensamento. 
Teorias do currículo - críticas
Década de 70 - fenomenologia e pós-estruturalismo.
Crítica ao desvalor dado a temas como raça, gênero, 
sexualidade e demais estigmas culturais de diferenças 
entre as pessoas. 
Reprovavam o tradicionalismo preconceituoso e 
exigiam a ‘voz do outro’, a 
busca das diferenças, a 
adequação à sociedade 
que representa. 
Teorias do currículo – pós-críticas
Currículo: Conceito, Teorias 
e Historicidade
Agora é a sua vez
Leia o trecho do livro ‘Partículas de Deus’, de Scott 
Adams, e vamos refletir juntos:
Por que razão as pessoas têm diferentes religiões? Parece que a 
melhor acabaria por vencer, finalmente, e iríamos acreditar na 
mesma coisa.
Imagine que um grupo de abelhas curiosas pousasse do lado de fora 
da janela de uma igreja. Cada 
abelha está vendo o interior 
através de um pedaço diferente 
do vitral. Para uma delas, o interior 
da igreja é todo vermelho. Para 
outra, ele é todo amarelo, e assim 
por diante. 
http://www.orelhadelivro.com.br/livros/122746/particulas-de-deus/. 
Acesso em: 30 out. de 2015.
Onde repousa a verdade?
As abelhas não podem vivenciar diretamente o interior da igreja; elas 
só podem vê-lo. Não podem jamais tocar o interior, nem cheirá-lo, nem 
interagir com ele de forma alguma. Se as abelhas pudessem falar, 
talvez discutissem sobre a cor do interior. Cada abelha se agarraria à 
sua versão, incapaz de entender que as outras estiveram olhando 
através de trechos diferentes do vitral. 
Nem irão entender a finalidade da igreja, nem como ela surgiu ali, nem 
coisa alguma sobre ela. 
O cérebro de uma abelha não é capaz 
de tais coisas. 
Mas essas abelhas são curiosas. 
Quando não entendem uma coisa 
sentem-se inquietas e infelizes. 
Partículas de Deus
A longo prazo, as abelhas teriam de escolher entre a permanente 
curiosidade, um estado mental incômodo, e a ilusão. As abelhas não 
gostam dessas opções. De preferência, elas conheceriam a verdadeira 
cor do recinto da igreja e a finalidade desta; contudo,cérebros de 
abelhas não foram projetados para esse nível de compreensão. Elas 
têm de escolher uma das duas coisas possíveis: ou o desconforto ou a 
auto-ilusão. As abelhas que optarem pelo desconforto serão uma 
companhia desagradável e acabarão 
no ostracismo. 
Partículas de Deus
As abelhas que optarem pela auto-ilusão formarão um grupo 
no intuito de reforçar sua visão de um recinto avermelhado, ou 
de um recinto amarelado e assim por diante.
- Então você está dizendo que nós somos como abelhas 
estúpidas?
- Pior. Nós somos curiosos.
Partículas de Deus
https://pixabay.com/pt/vitrais-vitral-janela-
decora%C3%A7%C3%A3o-254502/
Acesso em: 30 set. de 2015.
Quem está errado? 
Como enxergamos o que existe à nossa volta?
A incapacidade intelectual de cada um também 
afeta a maneira de compreender o que vê?
‘‘Você tem medo de quê?’’
https://pixabay.com/pt/m%C3%A3os-oferta-resposta-consultoria-460872/
Acesso em: 30 set. de 2015.
O escritor Scott Adams utilizou-se nesse texto de 
uma alegoria (modo de observar as coisas de 
outras formas) para refletir que, em razão das 
limitações do ser humano, ninguém pode se 
arrogar como sendo o legítimo concessionário da 
verdade. 
A razão no conhecimento
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=YR5ApYxkU-U. 
Acesso em 30 set. 2015.
Vídeo
Clipe da música The Wall, de Pink Floyd
Tempo – 7:39’
Currículo: Conceito, Teorias 
e Historicidade
Finalizando
A escola e as relações de poder: observar de perto 
as relações de imposição e domínio em desfavor da 
resistência e da oposição. 
Questionar a natureza dos conhecimentos que 
compõem o Currículo é permitir a compreensão e o 
modo como as relações 
entre saber e poder se dão.
Um currículo para cada tempo
É necessário que o futuro professor saiba 
reconhecer e identificar os legados das vertentes 
teóricas que ainda se apresentam em maior ou 
menor número, reveladas nas reflexões sobre o 
tema Currículo. 
Esse exercício nunca acaba.
A verdade se constrói a 
cada minuto. 
Reflexões para a docência
Selecionar conteúdos de um Currículo implica em 
compreender interesses e valores sociais que 
nortearam essa seleção.
Implica em saber distinguir e discutir as formas 
utilizadas para a escolha de categorias 
pedagógicas e avaliativas.
Selecionar componentes do currículo
Comporta conhecer detalhadamente a noção das 
culturas: popular, acadêmica, de massa, para, 
enfim, compreender de que modo esse contexto 
pedagógico todo pode estar (ou não) impregnado 
de dogmatismo ou liberdade.
Conhecer a fundo cada ambiente
https://pixabay.com/pt/c%C3%A9rebro-ligue-educa%C3%A7%C3%A3o-
leitura-770044/ Acesso em: 30 set. de 2015.
É necessário que todos aprendam juntos, numa 
parceria afetiva e democrática entre professores 
e alunos, o que garantirá a noção freiriana de que 
‘o sujeito da criação cultural não é individual, mas 
coletivo’. 
Paulo Freire – para conhecer
https://pixabay.com/pt/menino-menina-professora-escola-159061/
Acesso em: 30 set. de 2015.
Paulo Freire sempre se preocupou em manter e 
consolidar o elo entre os contextos existencial e 
social para a vida acadêmica dos alunos, ou seja, 
compreender e ajudar a compreender o sucesso 
e o fracasso escolares a partir de uma visão 
abrangente das 
determinantes 
desses resultados.
Alcançando o sucesso
Que tipo de escola eu pretendo ter nessa 
sociedade que quero construir?
Até a próxima aula!
Para terminar pensando:
https://pixabay.com/pt/educa%C3%A7%C3%A3o-uma-boa-
id%C3%A9ia-uma-matriz-de-548105/ Acesso em: 30 set. de 2015.
	Avaliação e Currículo
	Prof.ª Ma. Ausdy Nazareth Castro dos Santos
	Importância de entender currículo
	Por quê discutir currículo?
	Currículo no segmento educacional
	Quer discutir currículo?
	‘‘Ninguém educa ninguém’’
	Aprendemos de várias formas
	Currículo educativo, segundo Platão
	Ainda sobre - Platão
	Continuando
	Era medieval – Marciano Capella
	Era medieval – Marciano Capella
	Currículo, segundo Descartes
	“Princípios da Filosofia” - Descartes
	Hiperdisciplinarização
	Atos de currículo
	Teorias do currículo – tradicionais
	Concentração na figura do professor
	Teorias do currículo - críticas
	Teorias do currículo – pós-críticas
	Agora é a sua vez
	Onde repousa a verdade?
	Partículas de Deus
	Partículas de Deus
	Partículas de Deus
	‘‘Você tem medo de quê?’’
	A razão no conhecimento
	Vídeo
	Finalizando
	Um currículo para cada tempo
	Reflexões para a docência
	Selecionar componentes do currículo
	Conhecer a fundo cada ambiente
	Paulo Freire – para conhecer
	Alcançando o sucesso
	Para terminar pensando:

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