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Princípios processuais inseridos na consolidação na CF.

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• Principio do Juiz Natural
De acordo com o art. 5, inc. LIII da Constituição Federal de 88, “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;”. Este inciso estabelece a necessidade de regras de competência jurisdicional, para haver garantia do órgão julgador. Juiz Natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoas previstas na Constituição Federal. No inciso XXXVII, do art. 5° da Constituição Federal, é dito que “não haverá juízo ou tribunal de exceção;”, portanto não pode haver possibilidade de criação de tribunais extraordinários após a ocorrência de um determinado fato objeto de julgamento. Tribunal de Exceção ocorre quando criado por deliberação legislativa ou não, para julgar determinado caso, tenha ele já ocorrido ou não. Portanto, o princípio do juiz natural protege a coletividade, vedando a constituição de juízes para julgar casos específicos, sendo que o indivíduo será julgado somente por órgão preexistente e por membros investidos de jurisdição.
• Princípio do Devido Processo Legal
Ainda falando sobre o art. 5, inc. LIV – “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;”, o Princípio do Devido Processo Legal garante a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei, com uma sentença justa, dotada de todas as garantias constitucionais, inclusive de duração razoável. O Princípio do Devido Processo Legal é considerado o mais importante dos princípios constitucionais, além de estar presente na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Convenção Americana Sobre os Direitos Humanos, também faz parte da constituição de muitos outros países.
• Princípio da Isonomia
É o princípio segundo o qual todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (art.5° caput e inciso I). Em termos processuais, o principio da isonomia garante às partes tratamento igualitário (art. 125, I, do CPC). Entretanto para resolução de alguns casos, há necessidade de uma discriminação formal legal, pois apesar de sermos todos iguais perante a lei (igualdade formal), somos diferentes na igualdade material (etnia, sexo...).
Isonomia não é apenas garantir a igualdade formal, perante a lei, mas “tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades”. Para isso, o juiz deve conduzir o processo de maneira tal que garanta a igualdade das partes, dando-lhes as mesmas oportunidades de manifestação, para enfim ter uma sentença justa. Afinal, igualdade não significa justiça.
•Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
É assegurado pelo art. 5°, LV da Constituição Federal “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”. 
Abrange todos os tipos de processos ou procedimentos, garantindo a qualquer parte que possa ser afetada por uma decisão de órgão superior, o direito de ampla defesa, produzindo todas as provas necessárias para a formação do convencimento do juiz. Existe para dar ciência ao réu da existência do processo, e às partes, dos atos que nele não praticados. Assim, o réu e as partes tem amplo direito de defesa, podendo: ser ouvido; produzir provas; obter cópias de documentos necessários à defesa, ter oportunidade, no momento adequado, de contrapor-se às acusações que lhe são imputadas; utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação; adotar outras medidas necessárias ao esclarecimento dos fatos; e ser informado de decisão que fundamente, de forma objetiva e direta, o eventual não acolhimento de alegações formuladas ou de provas apresentadas. 
O Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa ainda garante ao réu, se este não possuir advogado, que o Estado deverá nomear defensor público.
• Princípio da Motivação das Decisões Judiciais.
Está previsto no artigo 93, inciso IX da Constituição que o Poder Judiciario deve apresentar as razões que o levaram a tomar uma decisão. Todas as decisões devem ser fundamentadas. O magistrado deve revelar quais os argumentos articulados pelo autor que o convenceram a tomar tal decisão. A falta de motivação na sentença abre a possibilidade de ocorrência de desvio ou abuso de poder.
• Principio da Publicidade dos Atos Processuais
Encontra-se presente no art. 5º, inciso LX: “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”.
Art. 5º, inc. LIV, da Constituição Federal, que dispõe: "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal"; 
Art. 37, caput, da CF, verbis: "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:"
Art. 93, inc. IX, da Carta Federal: "Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;
A publicidade dos atos processuais só poderá sofrer restrições em casos de exigência das partes, tornando- se segredo de justiça. O principio da publicidade dos atos processuais visa proporcionar o conhecimento do processo a todos os interessados, e é de extrema necessidade para que a sociedade possa fiscalizar os atos executados pelos magistrados, promotores públicos e advogados. 
• Princípio da Razoável Duração do Processo
A Emenda Constitucional nº 45/2004 inseriu ao art. 5º da Constituição Federal de 1988, o inciso LXXVIII : “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Este princípio é voltado pra os legisladores, que devem editar as leis, impondo regras que acelerem a duração dos processos; aos administradores, que devem zelar pela manutenção dos órgãos judiciários; e, por fim, aos juízes, que devem encontrar uma solução rápida para os processos. 
Referências Bibliográficas
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil, volume 1. 7ª edição. Editora Saraiva.
<http://www.policiamilitar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=621> Acesso em 21 de Abril de 2014.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm > Acesso em 21 de Abril de 2014.

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