AulaFarmu00E1ciaNuclear 2014 alunos-1

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FARMÁCIA NUCLEAR
Prof. Valbert Nascimento Cardoso
Profa. Simone Odília A. Fernandes 
/
A Farmácia Nuclear\Radiofarmácia é o ramo da
ciência que estuda os aspectos da química,
farmacologia, bioquímica e fisiologia de compostos
radioativos denominados Radiofármacos que são
utilizados em Medicina Nuclear, para fins de
diagnóstico e tratamento de diversas doenças.
Diagnóstico
Imagens 
Cintilográficas
Radiofármacos
Medicina 
Nuclear
Terapêutica
95% procedimentos
A Medicina Nuclear é uma especialidade
médica que se utiliza de métodos
cintilográficos para o diagnóstico de
diversas doenças, sendo aplicada em todas
as modalidades clínicas.
Estudos estáticos e dinâmicos permitem
avaliar a anatomia, fisiologia funcional e
bioquímica dos diferentes órgãos, sistemas
e patologias.
Medicina Nuclear
Alta sensibilidade
Os mecanismos que promovem a ligação do
radiofármaco ao sítio alvo podem ser
diversos, envolvendo desde uma simples
perfusão sanguínea do composto pelos
órgãos de interesse, até a ligação a
receptores celulares específicos ou
participação em uma via metabólica ou
processo bioquímico.
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Esta particularidade dos radiofármacos
distingue a técnica diagnóstica da Medicina
Nuclear de outras técnicas como a
Ressonância Magnética ou Tomografia
convencional que se limitam, na maioria das
vezes, a obter imagens da estrutura anatômica,
sem uma correlação funcional.
Os radiofármacos são utilizados em
quantidades traços (traçadores
radioativos) com a finalidade de
diagnosticar patologias e disfunções
do organismo.
Não possuem ação farmacológica
Preparações + ISÓTOPO = RADIOFÁRMACO
Farmacêuticas RADIOATIVO
FUNDAMENTO:
Agente redutor
XIX - radiofármacos: são preparações farmacêuticas com finalidade
diagnóstica ou terapêutica que, quando prontas para o uso, contêm um ou
mais radionuclídeos. Compreendem também os componentes não-
radioativos para marcação e os radionuclídeos, incluindo os componentes
extraídos dos geradores de radionuclídeos; e
Resolução RDC nº 64, de 18 de dezembro de 2009
Definições
Art. 3º Para efeito desta resolução são adotadas as seguintes definições:
RADIOFÁRMACO
ENGENHARIA
QUÍMICA
FÍSICA
ENFERMAGEM MEDICINA
BIOLOGIA
MATEMÁTICA
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Classificação dos medicamentos 
radiofármacos:
I - radiofármacos prontos para o uso;
II - componentes não-radioativos para marcação com um
componente radioativo;
III - radionuclídeos, incluindo eluatos de geradores de radionuclídeos.
Unidade de radiofarmácia industrial
Unidade de radiofarmácia centralizada
Unidade de radiofarmácia hospitalar
Processos de Fabricação
RDC 38, 4 DE JUNHO DE 2008 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Intravenosa;
Inalação;
Oral;
Intradérmica.
Radiofármacos
Multidoses Monodoses
� RESOLUÇÃO-RDC nº 63, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2009
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos.
LEGISLAÇÃO
� Boas Práticas de Fabricação (RESOLUÇÃO RDC N.º 17, DE 16 DE
ABRIL DE 2010
� RESOLUÇÃO RDC nº 64, de 18 de dezembro de 2009
Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos
mínimos para o Registro de radiofármacos no país visando garantir a
qualidade, segurança e eficácia destes medicamentos.
** RESOLUÇÃO RDC nº 38, de 4 de junho de 2008
Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina 
Nuclear "in vivo“.
Geradores de radioisótopos
•Brookhaven National Lab (1960) 132Te/ 132I
•Coluna de vidro
•Material adsorção (resina troca iônica)
•Sílica Si2O3;Alumina Al2O3 e outros
•Radionuclídeo Pai adsorvido na coluna
•Gerador deverá ser estéril e livre de pirogênio
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Gerador de Tecnécio-99m
Esquema de decaimento do 99Mo
DIAGRAMA DO DECAIMENTO DO 
99Mo a 99mTc/99Tc
Decaimento do 99Mo/99mTc
Controle de qualidade do 99mTc-eluato
Conteúdo de 99Tc (emissor ββββ-); t1/2 2,5 x 105 a
Formado pela desintegração do 99Mo (13%) e do 99mTc
99Tc compete com o 99mTc pelos sítios de ligação
Reduz a eficiência de marcação dos radiofármacos,
quando possui pequenas concentrações de íons de
estanho (Sn +2)
Gerador sem eluir no final de semana, situação crítica 2a
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Controle de qualidade do 99mTc-eluato
Contaminação com 99Mo
US Pharmacopeia e Nuclear Regulatory Commission
(NRC) Limite: 0,15 µµµµCi 99Mo/mCi de 99mTc
administrado
1) Contaminação é medida por detecção dos fótons
de 99Mo (740 kev e 780 keV) em um calibrador de dose
Frasco contendo o eluato é blindado com chumbo
(6 mm espessura) para barrar os fótons de 140 kev
2) Reação colorimétrica (99Mo-phenylhydrazine complexo)
Controle de qualidade do 99mTc-eluato
Outros contaminantes como: 103Ru, 132Te, 131I, 134 Cs, 90Sr etc
Contaminação com alumina (Al2O3)
Presença de Al2O3 interfere com:
- a preparação de 99mTc-sulfeto coloidal (pp tampão fosfato)
- marcação de hemácias com 99mTc →→→→ aglutinação
Limite: US Pharmacopeia: 10 µµµµg Al/mL99mTc
Método colorimétrico: Kits →→→→ fitas contendo ag.complexante
metilorange (cor). Duas fitas 1) eluato 99mTc; 2) Padrão: 10 µµµµg Al
Comparar a intensidade de cor das fitas
MÉTODO SEMI-QUANTITATIVO PARA 
DETERMINAÇÃO DE ALUMÍNIO
• 5 ppm
• 10 ppm
• 20 ppm
Marques F.L.N. 2003
Aluminon
Marcação com 99mTc
85 % dos radiofármacos são marcados com 99mTc
Alta disponibilidade
Tempo de meia-vida (6horas)
Fóton de 140 keV
Baixa dose de exposição para o paciente
Metal deficiente em elétrons reage com vários
grupos
Grupo VII B da tab. periódica (Z= 43)
Tecnécio – Número de coordenação
NC= 4
NC= 5
NC= 6
NC= 7 NC= 9
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� Nome de Origem: Teknetos
� Número Atômico: 43
�Massa Atômica: (99)
�Raio Atômico: 1,35
�Potencial de Ionização: 167,8Kcal.mol-1
� Eletronegatividade: 1,9
� Densidade: 11,5 g.cm-3
� Estado Físico: Sólido
� Ponto de Fusão: 2200º C
Propriedades
Estrutura eletrônica
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d10, 4s2, 4p6, 4d5, 5s2
Vários estados de oxidação: -1 a +7
Estabilidade +7 e +4 (99mTcO4 - e 99mTcO2)
+1, +2 e +3 estabiliza por complexação c/ligantes
ex: Tc 1+ complexado com a isonitrila (sestamibi)
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 3d10
4s2 4p6 4d10 4f14
5s2 5p6 5d10 5f14
6s2 6p6 6d10
7s2
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d5
4d5
5s2
Redução de 99mTcO4-
A forma proveniente do gerador é o pertecnetato de sódio 
99mTcO4- , que possui Nox +7. No coordenação=4
Configuração tetraédrica-piramidal - 99mTc+7 no centro e 4 
átomos de oxigênio dispostos no vértice.
Quimicamente a espécie 99mTcO4- é não reativa, sendo necessário 
a redução do metal.
Redução do 99mTcO4-
99mTcO4- não é reativo (+7)
Necessita da redução para estados mais baixos
Agentes redutores (SnCl2. 2H2O; NaBH4; ditionito; citrato
de estanho, etc)
Reação química:
3Sn 2+ ⇔⇔⇔⇔ 3Sn 4++ 6e -
299mTcO4-+16H++ 3Sn 2+ ⇔⇔⇔⇔ 299mTc+4+ 3Sn+4 + 8H2O
REAÇÃO DE HIDRÓLISE
Sn2+(aq) + 2Cl2
-
(aq) + H2O(l)
→→→→ Sn(OH)Cl(s)
Sn(OH)Cl(s) + OH
-
(aq)
→→→→ Sn(OH)2(s)
REAÇÃO DE OXI-REDUÇÃO
Sn2+ + oxigênio →→→→ SnO2(s)
PROPRIEDADES QUÍMICAS 
ESTANHO
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Marcação com 99mTc reduzido
99mTc reduzido é quimicamente reativo
Reage com uma grande variedade de agentes quelantes
Grupos químicos como: -COO-, -OH-, -NH2, -SH
DTPA, Glucoheptato e várias proteínas
Esquema de reação:
99mTc reduzido + ag. quelante ⇔⇔⇔⇔ 99mTc-quelato
Pertecnetato livre em radiofármacos
• 99mTcO4- em radiofármacos (5%)
• Presença de oxigênio (02) no frasco →→→→ Sn+2 a Sn+4→→→→ ↓↓↓↓
Sn+2
•Marcação do fármaco → → → → ↑ ↑ ↑ ↑ 99mTcO4- livre
• É comum a prática de atmosfera de N2 gásnos frascos
• Cromatografia em camada delgada sílica gel 60
• Solvente usado acetona, salina etc.
Tecnécio reduzido hidrolisado (99mTcO2)
299mTcO4-+16H++ 3Sn 2+ ⇔⇔⇔⇔ 299mTc+4 + 3Sn+4 + 8H2O
299mTc+4 + H20 →→→→ 99mTcO2
299mTc+4 + Fármaco →→→→ Radiofármaco
Baixo rendimento de marcação
•Cromatografia em camada delgada sílica gel 60
• Solvente usado acetona, salina etc
•Presença de 99mTcO2 interfere na qualidade das imagens
Estruturas Químicas:
HMPAO-99mTc
/
MDP-99mTc 
ECD-99mTc
CONTROLE DE QUALIDADE
/
Controles Físico-Químicos
Inspeção Visual 
Tamanho e número de Partículas
Pureza Química 
pH 
Controles Biológicos
Esterilidade 
Apirogenicidade 
Biodistribuição 
Controles Radioquímicos
Pureza Radionuclídica
Pureza Radioquímica
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A marcação dos radiofármacos
Qualidade de Imagem
Clínicas de Medicina Nuclear
Controles Radioquímicos
Pureza Radionuclídica
Pureza Radioquímica
Avaliar a presença de outros nuclídeos no eluato, mais especificamente o 
molibdênio-99 (99Mo).
Resolução RDC nº 64, de 18 de dezembro de 2009
Objetivo
Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos para
o registro de radiofármacos no país visando garantir a qualidade, segurança e
eficácia destes medicamentos.
Definições
Art. 3º Para efeito desta resolução são adotadas as seguintes definições:
XVI - pureza radionuclídica: é a razão, expressa em porcentagem, da
radioatividade do radionuclídeo em relação à radioatividade total do
radiofármaco. As impurezas radionuclídicas relevantes estão listadas, com seus
limites, nas monografias individuais;
XVII - pureza radioquímica: é a razão expressa em porcentagem de
radioatividade do radionuclídeo de interesse no seu estado químico indicado,
em relação à radioatividade total da preparação radiofarmacêutica. As
impurezas radioquímicas relevantes estão listadas, com seus limites, nas
monografias individuais;
Origem na decomposição dos radiofármacos, devido à
ação do solvente, temperatura, pH, luz, presença de
agentes oxidantes ou redutores, radiólise.
Impurezas Radioquímicas
Cuba
Solvente
CCD SG60
cpm (superior) 1
cpm (Inferior) 2
Controle de Pureza Radioquímica (cromatografia)
% PR = cpm 2
cpm 1 + cpm 2
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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA PUREZA 
RADIOQUÍMICA
Extração por solventes
Marques F.L.N. 2003
Acetato de 
etila
Solução 
fisiológica
São determinadas por métodos analíticos, tais como
cromatografia em papel, camada delgada, gel, troca
iônica, electroforese ou extração com solventes e
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).
Impurezas Radioquímicas
Distribuição Biológica
ANIMAIS DE LABORATÓRIO
MÉTODO INVASIVO
- Administração do radiofármaco
- Eutanasia do animal
- Retirada de sangue e órgãos de interesse
- Determinação da % dose/órgão
Geral:
3 animais (ratos ou camundongos)
Marcação do RF
IV – veia da cauda
Caixas separadas
Após o tempo específico
Eutanásia método apropriado e dissecados
Órgãos são pesados
Determinação da radioatividade
% radioatividade em cada órgão 
Distribuição Biológica
Distribuição Biológica
ANIMAIS DE LABORATÓRIO