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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Aula 9 – Instalações Prediais de Águas Pluviais Introdução 5 Efeito da Urbanização no Ciclo Hidrológico A captação das águas pluviais tem por finalidade permitir um melhor escoamento, evitando alagamento, erosão do solo e outros problemas. Introdução 6 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Introdução 7 Ocupação Marginal Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Evolução da ocupação de um leito de um rio Introdução 8 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Evolução da ocupação de um leito de um rio Aumento da ocupação marginal. Construção muros de estabilização. Remoção da zona inundável do rio. Introdução 9 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Evolução da ocupação de um leito de um rio Crescente ocupação das zonas de inundação natural Introdução 10 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Evolução da ocupação de um leito de um rio Despejo de esgoto sanitário in-natura no corpo hídrico Introdução 11 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Aumento da urbanização Revestimento do corpo hídrico Aumento do tráfego Aumento de despejo de esgoto sanitário Aumento da impermeabilização Introdução 12 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Evolução da ocupação de um leito de um rio Degradação completa do corpo hídrico: cheiro ruim, cor, grande quantidade de lixo, banco de sedimentos, etc. Introdução 13 Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente VAMOS ESCONDER O CORPO D’ÁGUA!!! Falta de capacidade do rio canalizado Problemas de manutenção e ampliação Introdução Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Qualidade das águas pluviais O esgoto sanitário lançado nas redes de drenagem pluvial é tratado?? 14 Introdução Impactos do desenvolvimento urbano ao meio ambiente Qualidade das águas pluviais 15 Introdução Águas pluviais A água da chuva causa danos: à durabilidade das construções; à boa aparência das construções. A água de chuva deve ser coletada e transportada à rede pública de drenagem pelo trajeto mais curto e no menor tempo possível. No Brasil utiliza-se o Sistema Separador Absoluto, ou seja, rede de esgoto sanitário separada da rede de águas pluviais, pois as vazões pluviais são bastante superiores às dos esgotos sanitários. ÁGUA DA CHUVA ESGOTO 16 Introdução Águas pluviais Os condutores de águas pluviais não podem ser usados para receber efluentes de esgotos sanitários ou como tubos de ventilação da instalação de esgotos sanitários. Os condutos da instalação predial de esgotos sanitários não podem ser aproveitados para a condução de águas pluviais. As instalações prediais de águas pluviais devem apresentar: estanqüeidade; fácil desobstrução e limpeza; resistência às intempéries; resistência aos esforços. 17 Introdução Águas pluviais 18 Introdução Normas e decretos NBR 10844/89 NBR 15527/07 19 Introdução Normas e decretos A norma brasileira que trata das instalações prediais das águas pluviais é a NBR 10844/1989: aplica-se à drenagem de águas pluviais em coberturas e demais áreas associadas ao edifício (terraços, pátios, quintais e similares). não se aplica a casos onde as vazões de projeto e as características da área exijam a utilização de bocas de lobo e galerias. Fixa: uso de tomada das águas através dos ralos na cobertura e nas áreas; passagem da tubulação em todos os pavimentos (horizontal e/ou vertical); ligação dos condutores verticais de água pluvial às caixas de areia ou pátio; ligação do ramal predial à rede pública de drenagem urbana. 21 Introdução Partes constituintes da arquitetura Cobertura: Parte de uma edificação que tem por finalidade proteger as áreas construídas contra a ação do clima 22 Introdução Partes constituintes da arquitetura Águas da cobertura: É a área do telhado composta por uma superfície plana, que por sua inclinação, conduz para uma mesma direção ás águas das chuvas. 23 Introdução Partes constituintes da arquitetura Água furtada: É o canal entre duas águas do telhado por onde escoam ás águas das chuvas. 24 Introdução Partes constituintes da arquitetura Cumeeira: É a parte do telhado onde as águas do telhado se encontram. 25 Introdução Partes constituintes da arquitetura Platibanda: É uma pequena parede (murada) utilizada com a finalidade de esconder o telhado ou simplesmente embutir as calhas do sistema de águas pluviais. 26 Introdução Componentes do sistema 27 Principais variáveis no dimensionamento Altura pluviométrica (P) volume de água precipitada por unidade de área => 1 mm 1 litro/m2 Duração da precipitação (t) período de tempo entre o início e o final do evento de precipitação. Intensidade de precipitação (I) P/t mm/h Curvas IDF a Trb (t c)d I 28 Principais variáveis no dimensionamento Curvas Intensidade-Duração-Freqüência (IDF) a Trb I (t c)d 29 Principais variáveis no dimensionamento Período de retorno (Tr) número de anos em que, em média, ocorre uma determinada intensidade pluviométrica. Tr 1 F = freqüência de ocorrência 1 F Tr 1 100anos F 0,01 NBR 10844 t 5 min (duração da precipitação) Tr= 1 ano áreas pavimentadas admitindo empoçamento Tr= 5 anos coberturas e terraços Tr= 25 anos áreas onde o empoçamento não é tolerado Área de contribuição (A) Áreas que interceptam a chuva e a conduzem a um mesmo ponto. 19/08/2013 30 Principais variáveis no dimensionamento Tempo de concentração (tc): Intervalo de tempo entre o início da chuva e o momento onde toda a área de contribuição aporta para uma determinada seção. (Q) vazão de referência para o Vazão de projeto dimensionamento de diferentes elementos. É função da intensidade pluviométrica, da área de contribuição e do tipo de uso do solo. Percurso teórico da gota incidente mais distante Condutor vertical 31 Constituintes Calha Canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de destino. Caixa de areia Caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por deposição. Condutor horizontal Canal ou tubulação horizontal que conduz as águas até os locais permitidos. Condutor vertical Tubulação destinada a receber as águas das calhas e conduzi-las aos coletores horizontais. 32 Constituintes Ralo Caixa com grelha destinada a receber as águas pluviais. Ralo plano Ralo hemisférico “abacaxi” 19/08/2013 33 Constituintes 34 Materiais Componentes Material Calhas Plástico rígido (PVC); Alumínio Alvenaria ou Concreto; Aço inoxidável Fibrocimento; Folhas-de-flandres Fibra de Vidro; Chapas de aço galvanizado; Chapas de cobre Condutores verticais Plástico rígido (PVC) ; Alumínio Fibrocimento; Folhas-de-flandres; Fibra Vidro Ferro fundido; Aço inoxidável; Aço galvanizado (chapas); Cobre (chapas) Condutores horizontais Plástico rígido (PVC); Alvenaria Concreto Ferro fundido; Fibrocimento Cerâmica vidrada Aço galvanizado; Cobre Ralos Cobre Bronze; Ferro fundido Plástico rígido (PVC) Grelhas Latão Metal Ferro - fundido Plástico rígido (PVC) 35 Componentes de uma Sistema com saída na sarjeta 36 Componentes de uma 37 Sistema com saída no coletor público Arranjos 38A água pluvial de uma calha não pode ser despejada sobre um telhado diretamente. Arranjos 39 A água pluvial não pode ser liberada na calçada, somente na sarjeta ou na rede pública. Sistemas de Aproveitamento oO sistema de aproveitamento da água da chuva é considerado um sistema descentralizado de suprimento de água, cujo objetivo é de conservar os recursos hídricos, reduzindo o consumo de água potável; oAs técnicas mais comuns para coleta da água da chuva são através da superfície de telhados ou através de superfícies no solo; oComponentes: a área de captação, telas ou filtros para remoção de materiais grosseiros (folhas e galhos), tubulações para a condução da água e o reservatório de armazenamento. Sistemas de Aproveitamento Sistema de fluxo total Sistemas de Aproveitamento Sistema com derivação Sistemas de Aproveitamento Sistema com volume adicional de retenção Sistemas de Aproveitamento Sistema com infiltração no solo Estimativas das variáveis 45 Vazão de projeto Q = vazão de projeto (l/min) Método racional: Q C.I .A 60 A = área de contribuição(m2) I = intensidade pluviométrica (mm/h) C = coeficiente de escoamento (áreas impermeáveis = 1) Estimativas das variáveis 46 Intensidade pluviométrica I = intensidade pluviométrica (mm/h) Baseada em dados pluviométricos locais; Determinada a partir da fixação da duração de precipitação (t=5min) e do período de retorno (Tr). Ou utilizar o tc – quando conhecido com precisão Construção com área de projeção 100 m2 I = 150 mm/h Norma 10844 – Tabela com valores de Intensidade obtidos no estudo de Otto Pfafstetter (1957) Estimativas das variáveis 47 Intensidade pluviométrica (duração 5 min) Intensidade Pluviométrica (mm/h) Local Período de Retorno 1 5 25 Bagé 126 204 234 Belém 138 157 185 Belo Horizonte 132 227 230 Fernando de Noronha 110 120 140 Florianópolis 114 120 144 Fortaleza 120 156 180 Goiânia 120 178 192 João Pessoa 115 140 163 Maceió 102 122 174 Manaus 138 180 198 Niterói 130 183 250 Porto Alegre 118 146 167 Rio de Janeiro (Jardim Botânico) 122 167 227 São Paulo (Santana) 122 172 191 Estimativas das variáveis 48 Intensidade pluviométrica I = intensidade pluviométrica (mm/h) Porto Alegre – Posto Aeroporto 826,8Tr 0,143 I (t 13,3)0,79 I (mm/h) ; Tr (anos); t (min) 1 ano I = 83,2 mm/h 5 anos I = 104,7mm/h 25 anos I = 131,8 mm/h 5 min. 19/08/2013 Estimativas das variáveis 49 Intensidade pluviométrica I = intensidade pluviométrica (mm/h) Vitória - ES 4003,611Tr0,203 I (t 49,997)0,931 I (mm/h) ; Tr (anos); t (min) 1 ano I = 95,98 mm/h 5 anos I = 133,1mm/h 25 anos I = 184,5 mm/h 5 min. Estimativas das variáveis 50 Área de contribuição Cobertura projeção horizontal Incrementos devido à inclinação da cobertura Incremento devido às paredes que interceptam a água da chuva A2A = Ac + A1 + A2 A1 Ac Estimativas das variáveis 51 Área de contribuição Ação dos ventos considerar um ângulo de inclinação da chuva em relação à horizontal a b c a b c tg 2 Estimativas das variáveis Área de contribuição – NBR 10844/89 52 Estimativas das variáveis 53 Área de contribuição – NBR 10844/89 Exercício 54 Exemplo 1: Qual a vazão de contribuição a um conduto vertical de um telhado com 2 águas de 95 m2 cada, em Maceió, para uma chuva com tempo de recorrência de 25 anos? Exercício 55 Intensidade pluviométrica em Maceió, duração=5 min, TR=25 anos 19/08/2013 Intensidade Pluviométrica (mm/h) Local Período de Retorno 1 5 25 Bagé 126 204 234 Belém 138 157 185 Belo Horizonte 132 227 230 Fernando de Noronha 110 120 140 Florianópolis 114 120 144 Fortaleza 120 156 180 Goiânia 120 178 192 João Pessoa 115 140 163 Maceió 102 122 174 Manaus 138 180 198 Niterói 130 183 250 Porto Alegre 118 146 167 Rio de Janeiro (Jardim Botânico) 122 167 227 São Paulo (Santana) 122 172 191 Exercício 56 Exemplo 1: Qual a vazão de contribuição a um conduto vertical de um telhado com 2 águas de 95 m2 cada, em Maceió, para uma chuva com tempo de recorrência de 25 anos? 174mm/h para Tr =25 anos 60 60 I A 174mm / h 95m2 Q Q 275,5 l / min Vazão de contribuição ao conduto vertical das duas águas: Q* = 275,5 L/min x 2 -> Q* = 551,0 L/min Coberturas Horizontais de Laje 57 As superfícies horizontais de lajes devem ter uma declividade mínima de 0,5% de maneira a garantir o escoamento das águas pluviais até os pontos de drenagem previstos. A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não houver risco de obstrução. As coberturas horizontais de laje deverão impedir o empoçamento, exceto durante as tempestades, pois neste caso o mesmo será temporário. Para tanto essas coberturas deverão ser impermeáveis. Quando necessário, a cobertura dever ser subdividida em áreas menores com caimentos de orientações diferentes. Os trechos da linha perimetral da cobertura, e das eventuais aberturas na cobertura (escadas, clarabóias, etc), que possam receber água em virtude do caimento devem ser dotados de platibanda ou calha. Coberturas Horizontais de Laje 58 Calhas 60 A inclinação nos casos de calha tipo beiral ou platibanda deve ter no mínimo 0,5%. No caso decalha tipo água furtada, a inclinação deverá ser definida pelo projeto da cobertura. Calha de Beiral Calha de Platibanda Calha de Água Furtada Calhas 61 Calha de Platibanda Calhas 62 Calha de Platibanda Calhas 63 A Norma ainda nos diz que: Se a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de projeto (calhas de beiral ou platibanda) deve ser correspondente à maior das áreas de contribuição; quando não se pode tolerar transbordamento extravasores; Calhas 64 Calha Grelha hemisférica de ferro fundido Pescoço de chapa galvanizada Buzinote extravasorCalha Toco de tubo Redução excêntrica Vista frontal PlantaVista Lateral Calhas 65 Seções usuais e disposições nas coberturas das calhas Circular V Retangular Quadrada Beiral Platibanda com muro Água Furtada Calhas 66 Dimensionamento de Calhas 67 A seção transversal é calculada utilizando a fórmula de Manning Strickler e a equação de continuidade: ÁreaA Perímetro molhado Rh 2/3 i 1/ 2 hn Q k R Q: Vazão na seção final da calha em l/min ; K = 60.000 = coeficiente de transformação em m3/s para l/min; A: área molhada em m2; Rh: raio hidráulico em m; i: declividade da calha em m/m; n: coeficiente de Manning. Dimensionamento de Calhas 68 8 3 n Q 75595,26 S 1 2 h 8 3 n Q b 65146,02 S 1 2 Dimensionamento de Calhas 69 Capacidade das calhas semicirculares Tabela 3 – PVC, fibrocimento, metais não ferroso e aço NBR-10844/89 Diâmetro Interno (mm) Declividade 0,5% 1,0 % 2,0% Vazão (L/min) 100 130 183 256 125 236 333 466 150 384 541 757 200 829 1167 1634 de continuidade Lâmina de água igual à metade do diâmetro interno Calculado por Manning-Strickler + equação (n=0,011) Dimensionamento de Calhas 70 Calhas de beiral ou platibanda: quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos seguintes coeficientes: Tabela 1 – NBR-10844/89 Saída Saída d d Conexão Condutor Horizontal / Condutor Vertical 71 Conexão Condutor Horizontal/ Condutor Vertical 72 Condutores Verticais 73 Sempre que possível projetá-los em uma única prumada; Desvio deve ser feito com ângulo de 45º ou com curva de 90º de raio longo; No caso de desvios, prever peças de inspeção; O diâmetro interno mínimo dos condutos verticais de seção circular é de 70 mm. Condutores Verticais 74 Saída em arista viva Com funil de saída Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 75 Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 76 Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 77 Exemplo 2: a) Qual o diâmetro do condutor vertical para escoar 1400 L/min em um condutor com 3 metros de comprimento? D= 90 mm 100 mm (comercial) Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 78 b) Qual a altura mínima de água dentro da calha para escoar esta vazão? H 8,5cm Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 79 Exemplo 3: a) Qual o diâmetro do condutor vertical para escoar 1400 L/min em um condutor com 3 metros de comprimento? D= 90 mm 100 mm (comercial) Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Ábacos) 80 b) Qual a altura mínima de água dentro da calha para escoar esta vazão? H 7,6cm Q = vazão de projeto (l/min); H = altura da lâmina de água na calha (mm); L = comprimento do condutor vertical (m); D = diâmetro interno (mm). Dimensionamento de Condutores Verticais (Tabela) 81 Diâmetro de Condutos Verticais de Água Pluviais Diâmetro do conduto (mm) Área Máxima de contribuição (m2) 75 130 100 288 125 501 150 780 200 1616 Verificar com ábacos anteriores Dimensionamento de Condutores Verticais (Tabela) 82 Diâmetro de Condutos Verticais de Água Pluviais de acordo as áreas de projeção horizontal em m2 (Uniform Plumbing Code, 1973) Verificar com ábacos anteriores
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