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Trabalho de Direito Previdenciario Pensão por Morte

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UniOPET – CENTRO UNIVERSITÁRIO OPET 
CURSO DE DIREITO 
 
KAYRE CRISTINY CARVALHO MAGALHÃES 
MÁRCIA REGINA RIBEIRO 
THALITA COSTA BARRETO 
SIMOME APARECIDA DA SILVA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSÃO POR MORTE 
LEI 8.213/91 e LEI 13135/2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2018 
 
 
KAYRE CRISTINY CARVALHO MAGALHÃES 
MÁRCIA REGINA RIBEIRO 
THALITA COSTA BARRETO 
SIMOME APARECIDA DA SILVA BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENSÃO POR MORTE 
Lei 8.213/91 E LEI 13135/2015 
 
 
Trabalho de pesquisa, apresentado à disciplina de 
Direito Previdenciário, da UniOPET – CENTRO 
UNIVERSITÁRIO OPET, para a obtenção da nota 
total do 2º Bimestre do 8º Período de 2018; sob a 
orientação da professora Carmen Francisca 
Woitowicz da Silveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2018 
 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 
 
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA PENSÃO POR MORTE NO BRASIL ............. 5 
 
2. PENSÃO POR MORTE (Lei 8.213/91 e LEI 1315/2015) ................................. 6 
 
3. DA QUALIDADE DO SEGURADO .................................................................. 7 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS SEGURADOS: OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS ......... 7 
3.2. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA PENSÃO POR MORTE ........................ 8 
3.3. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO ............................................ 8 
3.4. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO ..................................................... 10 
3.5. DOS DEPENDENTES DE QUEM TÊM DIREITO E PROVAS ............................. 11 
3.6. DATA DO INICIO DO BENEFICIO ................................................................ 15 
3.7. VALOR BENEFÍCIO E RATEIO DO VALOR ENTRE OS DEPENDENTES ............ 16 
3.8. VALOR DO “SALÁRIO BENEFÍCIO” ............................................................. 17 
3.8.1. VALOR DO BENEFÍCIO – PENSÃO POR MORTE ....................................... 18 
3.9. DURAÇÃO/CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO ....................................................... 19 
 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 21
 
INTRODUÇÃO 
 
A Seguridade Social foi criada com o intuito de assegurar a todos os cidadãos 
um conjunto integrado de ações destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social. Sendo está disposta na Constituição Federal de 
1988. 
Dentre os dispositivos constitucionais do sistema previdenciário está o caráter 
contributivo da Previdência Social e dentre os variados tipos de fatores aos quais 
oferece proteção está o evento morte, o qual é protegido constitucionalmente pelo 
benefício de Pensão por Morte. 
Diante do óbito do Segurado, ou seja, na falta do responsável pelo alento da 
família, somando-se as adversidades a que a família inevitavelmente é submetida e 
diante da ausência deste, a Previdência Social, com o intuito de proteger direitos e 
garantir o bem-estar de seus dependentes, criou o benefício Pensão Por Morte. 
Para a concessão da Pensão por Morte, o sistema de Regime Geral da 
Previdência Social exige uma série de requisitos, em especial a questão da 
dependência econômica. Desta forma, será feito um estudo do panorama legislativo 
do Regime Previdenciário. 
Este trabalho foi realizado, mais ou menos como um curso intensivo, uma vez 
que foram feitas algumas pesquisas e consultadas algumas referências 
bibliográficas. A análise é breve e possui intuito de trazer mais esclarecimentos e 
estudo sobre o tema, que é de grande relevância para o direito previdenciário. 
Para a melhor compreensão do tema este tratará no primeiro capítulo sobre a 
os aspectos históricos da pensão por morte no Brasil, no segundo abordaremos o 
conceito de pensão por morte para a legislação brasileira, e por fim no terceiro 
capítulo traremos à baila diversos conceitos como: segurados do regime geral da 
previdência social, quais os requisitos, quem são os dependentes e formas de 
provas, quais as formas de concessão da pensão por morte, valores da pensão 
conforme a categoria do beneficiário sob a luz da lei 13135/2015, e sua atualização 
pela Lei 13.135/2015, entre outros. 
 5 
Este está organizado sistematicamente para oferecer ao leitor máxima 
assimilação do conteúdo. A abordagem está em uma linguagem de fácil 
entendimento. 
A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho foi a análise da 
legislação especifica Lei 8.213/91 e suas alterações trazidas pela Lei 13135/2015, 
bem como de Doutrinas e Jurisprudências. 
 
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA PENSÃO POR MORTE NO BRASIL 
 
O benefício previdenciário Pensão por Morte, que hoje conhecemos passou por 
várias transformações ao longo do tempo. 
O benefício surgiu na Constituição de 1946, em seu art. 157, XVI, estabelecia 
previdência contra as consequências da morte. 
Depois a Lei 3.807/60, em seus artigos. 36 a 42 abordavam sobre a pensão. O 
artigo 36 da referida Lei, colocou que a pensão fosse garantida aos dependentes do 
segurado, aposentado ou não, que falecesse após haver realizado 12 contribuições 
mensais. Já a concessão da Pensão por Morte aos dependentes de trabalhador 
rural, passou a ser devido, somente após a promulgação da Lei nº 4.214, de 
02/03/1963. 
A Constituição de 1967 usou a expressão “previdência social nos casos de 
morte”, conforme art. 158, XVI, da referida Lei. E, a Emenda Constitucional nº 1, de 
1969, dizendo: “previdência social em casos de morte” (art. 165, XVI). 
Em outubro de 1988, a Constituição Federal em seu Título VIII, tratou 
especificamente da Ordem Social, destinando um capítulo especificamente para a 
Seguridade Social. Este é um gênero, da qual são espécies a saúde, a assistência 
social e a previdência. 
A Constituição cidadã estabeleceu também que os planos de previdência social 
atenderão, mediante contribuições, à cobertura dos eventos de morte (art. 201, I). O 
inciso V do mesmo artigo estabelece pensão por morte ao segurado, homem ou 
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado que nenhum 
benefício poderá ter valor inferior a um salário mínimo. 
 6 
A Lei 8.213/91, em seus artigos. 74 a 79 falam sobre a pensão por morte, 
reformados atualmente pela lei 13135/2015. 
Em sentido amplo, pensão é uma renda paga a certa pessoa durante toda a 
sua vida. 
Na definição de Pedro Orlando (1959), 
 “Pensão é uma “renda vitalícia ou temporária” que o Estado ou o particular 
se obriga a pagar, mensal ou anualmente, a determinada pessoa em 
decorrência de serviços prestados. Vê-se que nesta afirmação também já a 
previsão do pagamento de pensão, não só pelo Estado, mas também pelo 
particular. Mostra-se que o vocábulo “pensão” é muito amplo, ou seja, é o 
gênero do qual são espécies a pensão alimentícia do Direito Civil e a 
pensão por morte do Direito Previdenciário”.
1
 
 
O Decreto nº 89.312 (CLPS) falava apenas em pensão, no art. 47. Hoje, a Lei 
nº 8.213 (arts. 74 a 79) usa a expressão “pensão por morte”, mais adequada, que 
vem bem a indicar o benefício previdenciário. 
O Decreto nº 89.312 (CLPS) dispunha que, para o pagamento da pensão por 
morte, havia necessidade de período de carência de 12 meses. O qual havia sido 
revogado pelo inciso I do art. 26 da Lei 8.213/91 em que dizia de que a pensão por 
morte independe de período de carência. E finalmente, as novas regras com o 
implemento da lei 13135/201.2. PENSÃO POR MORTE (artigos 74 a 76 da Lei 8.213/91) 
 
A pensão por morte atualmente está disciplinada pela Lei 8.213/91, nos 
arts. 74 a 79; pelo Decreto 3.048/99, nos arts. 105 a 115; e pela IN 77/2015, nos 
arts. 364 a 380, e finalmente pela MP 664/2014 que se transformou na Lei 
13.135/2015. 
A legislação da pensão por morte foi alterada diversas vezes desde a sua 
criação, ou mesmo desde a edição da Lei 8.213/91. E esta dispõe que a pensão 
por morte é o benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado em 
decorrência de seu óbito. 
 
1
 MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à Lei 8213/91 Benefícios da Previdência Social. São 
Paulo: Atlas, 2013. 
 
 7 
Na definição de MARTINEZ, 1998: “A pensão por morte é uma prestação 
assistencial proporcionada pela Previdência Social com vistas a manter a 
subsistência das pessoas necessitadas as quais dependiam do segurado.” 
Para a concessão do benefício da pensão por morte se aplica o 
princípio tempus regit actum nas relações previdenciárias, ou seja, aplica-se as 
regras vigentes ao tempo em que foram preenchidos os requisitos necessários à 
concessão do benefício. 
Ou seja, deve ser analisada a data do óbito para verificar quais regras 
aplicam-se à pensão por morte no caso concreto. 
3. QUALIDADE DE SEGURADO DO INSS 
 
Qualidade de segurado é a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS 
que possua uma inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência 
Social. São, portanto, pessoas físicas que contribuem para o Regime Geral de 
Previdência Social e, por isso, têm direito a prestações - benefícios ou serviços – de 
natureza previdenciária. Paralelamente aos “segurados”, a lei reconhece como 
beneficiários dependentes daqueles, como as esposas, os filhos, eventuais 
parentes, que com elas convivam etc. (art. 10 da Lei 8.213/91). Segurado (porque 
tem caráter contributivo se assemelhando a um seguro) é sempre pessoa física, o 
trabalhador. 
É considerado segurado do INSS todos aqueles na condição de empregado, 
trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual, segurado especial 
e facultativo. 
 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SEGURADOS: OBRIGATÓRIOS E 
FACULTATIVOS 
 
Os segurados obrigatórios estão enumerados no art. 12 da Lei 8.212/91 e no 
art. 11 da Lei 8.213/91). São todos aqueles que exercem atividade remunerada, de 
natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo empregatício. 
 8 
Empregado, trabalhador temporário (alínea h do art. 12 da Lei 6.019). Com a 
Lei 13.429/17, empregado doméstico (art. 12, II, da Lei 8.212/91), contribuinte 
individual, trabalhador avulso e segurado especial. 
Já os segurados facultativos são as pessoas físicas que não tem obrigação legal 
de se inscrever no sistema de recolher a contribuição previdenciária, mas o faz para 
poder contar tempo de contribuição, bem como para poder obter o benefício da 
pensão por morte, e o faz mediante inscrição. 
3.2 REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA PENSÃO POR MORTE 
 
São requisitos para a concessão da pensão por morte: 
a) o óbito; 
b) a qualidade de segurado daquele que faleceu; 
c) qualidade de dependente 
Em relação ao segurado falecido. Para conceder esse benefício não se exige 
carência, mas é preciso que a morte tenha ocorrido enquanto presente a qualidade 
de segurado, exceto no caso de o falecido ter em vida adquirido o direito a uma das 
aposentadorias. 
A morte do segurado instituidor é comprovada através da apresentação da 
Certidão de Óbito, sendo indispensável para a implantação do benefício o registro 
dos dados do documento. No caso de morte presumida, o artigo 78 da Lei n° 
8.213/1991 reconhece o direito ao benefício após 6 (seis) meses da ausência, 
declarada pela autoridade judicial competente, ou mediante prova do 
desaparecimento em se tratando de acidente, desastre ou catástrofe (artigo 78, §1°). 
 
3.3 MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
Todos os filiados ao INSS em uma das categorias listadas acima e, enquanto 
estiverem efetuando recolhimentos mensais a título de previdência, 
 9 
automaticamente estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição 
de “segurado” do INSS. 
Entretanto, a legislação determina que, mesmo em algumas condições sem 
recolhimento, esses filiados ainda irão manter esta qualidade, o que é denominado 
“período de graça”, vejamos: 
1- sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício 
previdenciário, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, bem como 
auxílio-acidente ou auxílio-suplementar; 
2- até 12 (doze) meses após o término de benefício por incapacidade (por 
exemplo auxílio-doença), salário maternidade ou do último recolhimento realizado 
para o INSS quando deixar de exercer atividade remunerada (empregado, 
trabalhador avulso, etc) ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 
3- até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos 
acometidos de doença de segregação compulsória; 
4- até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou 
preso; 
5- até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às 
forças armadas para prestar serviço militar; 
6- até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso 
dos cidadãos que pagam na condição de “facultativo”. 
Os prazos que foram listados acima começam a ser contados no mês seguinte 
à data do último recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso. 
 Os prazos ainda poderão ser prorrogados conforme situações específicas: 
1- mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no item 2 da lista anterior tiver 
mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas, mas sem a perda da 
qualidade de segurado. Caso haja a perda da qualidade, o cidadão deverá 
novamente contar com 120 contribuições para ter direito a esta prorrogação; 
 10 
2- mais 12 (doze) meses caso tenha registro no Sistema Nacional de Emprego 
– SINE ou tenha recebido seguro-desemprego, ambos dentro do período que 
mantenha a sua qualidade de segurado; 
3- mais 06 (seis) meses no caso do cidadão citado no item 6 da lista anterior e 
que tenha por último recebido salário-maternidade ou benefício por incapacidade. 
Todo e qualquer cidadão em “período de graça” que fizer sua filiação ao RGPS 
como contribuinte “facultativo” e, depois disso, deixar de contribuir nessa condição 
poderá optar pelo prazo de manutenção da qualidade de segurado da condição 
anterior caso aquela seja mais vantajosa. 
 
3.4 PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
Depois de transcorrido todo o prazo a que o cidadão tinha direito para manter a 
condição de segurado do INSS, mesmo sem efetuar recolhimentos, haverá a 
chamada “perda da qualidade de segurado”. 
Nesse caso, ele deixa de estar coberto pelo seguro social (INSS) e não terá 
direito a benefícios previdenciários caso o fato gerador do direito ao benefício se dê 
a partir da data em que perdeu esta condição de “segurado”. 
De acordo com a legislação, a data em que será fixada a perda da qualidade 
de segurado será no 16º dia do 2º mês subsequente ao término do prazo em que 
estava no “período de graça”, incluindo-se as prorrogações se for o caso. 
Por exemplo: Cidadão foi demitido da empresa em 10/01/2014, ficou 
desempregado, mas recebeu seguro-desemprego período de graça comum = 12 
meses = 31/01/2015 prorrogação (seguro-desemprego) = + 12 meses = 31/01/2016 
data da perda da qualidade = 16/03/2016 
Como pode ser visto no exemplo, apesar de a data do período de graça em 
termos gerais terminar no dia 31/01/2016 já com a prorrogação pelo fato do cidadão 
terrecebido seguro-desemprego, a data de fixação da perda desta qualidade se 
dará somente em 16/03/2016 (16º dia do 2º mês subsequente ao término do 
“período de graça”). 
 11 
A explicação é pelo fato de que, caso o cidadão (do exemplo acima) queira 
efetuar recolhimento na condição de contribuinte individual ou facultativo referente 
ao mês de fevereiro/2016, a lei lhe garante o prazo para pagamento até o dia 
15/03/2016 e, portanto, os direitos de “segurado” devem ser mantidos até esta data. 
 
3.5 DOS DEPENDENTES DE QUEM TÊM DIREITO E PROVAS 
 
 
O benefício da pensão por morte é pago aos dependentes do segurado do INSS, 
quando este falecer ou no caso de desaparecer e tiver posterior morte presumida declarada 
judicialmente. Assim, o dependente é a pessoa que depende de outro sujeito para sua 
subsistência ou a ele seja subordinado. O dependente possui direito a prestações 
previdenciárias, tais como: pensão por morte; auxílio-reclusão; serviço social; e 
reabilitação profissional (INSS,2018). 
Para Lazzari (et al) 
Dependentes são pessoas que, embora não contribuindo para a 
Seguridade Social, a Lei de Benefícios elenca como possíveis 
beneficiários do Regime Geral de Previdência Social- RGPS, 
fazendo jus as seguintes prestações: pensão por morte, auxílio – 
reclusão, serviço social e reabilitação profissional (2016, p.12).2 
 
O rol de dependentes é taxativo e encontra-se elencado no artigo 16 da Lei, a 
saber: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na 
condição de dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de 
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e 
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
deficiência grave; 
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante 
declaração do segurado e desde que comprovada a dependência 
econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser 
casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de 
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
 
2
 LAZZARI, João Batista. (et al.). Prática processual previdenciária: administrativa e judicial. 7. ed. 
Ver. Rio de Janeiro: Forense, 2016. 
 
 12 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é 
presumida e a das demais deve ser comprovada.
3
 
 
Os dependentes encontram-se classificados por classes, da seguinte forma: 
 1ª Classe: Cônjuge; companheira; companheiro; filho não emancipado 
menor de 21 anos ou inválido; 
 2ª Classe: Pais; 
 3ª Classe: Irmão não emancipado menor de 21 anos ou inválido. 
É importante ressaltar que a existência de dependentes de uma classe exclui 
o direito ao benefício das classes subsequentes, assim, quando existente cônjuge, 
companheiro (a) ou filho, os dependentes da segunda classe (pais) não terão 
direito ao benefício e assim por diante (RAMOS JR.). 
Para os dependentes da primeira classe não é necessário provar a 
dependência econômica com o segurado falecido. Já os demais dependentes da 
segunda e terceira classes, ou seja, pais e irmãos do falecido, só terão direito ao 
benefício na hipótese de não existir dependentes de classes precedentes, assim 
como terão, necessariamente, que provar a dependência econômica que possuíam 
com o falecido (RAMOS JR.). 
Diferentemente do que ocorre com o filho, SILVA (2016) elenca que o enteado 
não possui dependência presumida, necessitando que seja comprava a 
dependência econômica e desde que não possua bens suficientes para o seu 
próprio sustento. O mesmo ocorre com o menor tutelado, este também necessita 
comprovar dependência econômica. 
Na segunda classe, os pais de segurado falecido também devem comprovar a 
dependência econômica em relação ao filho, conforme disposto no § 4º do artigo 
16 da Lei de Benefícios. 
Um ponto bem controvertido encontra-se no fato da nova redação do artigo 
16º, parágrafo 2º da Lei nº 8.213/91 ter tirado do rol de dependentes o menor sob 
guarda, com a justificativa de coibir fraudes. Porém, o artigo 33º, parágrafo 3º do 
Estatuto da Criança e do Adolescente determina que a guarda obrigue a prestação 
 
3
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm, Acessado em 13 de maio de 2018 às 
19h36min. 
 
 
 
 13 
de assistência material, moral e educacional ao menor, conferindo-lhe a condição de 
dependência para todos os fins e efeitos do direito, inclusive previdenciários. Para 
BRITO (2012), há que prevalecer o art. 33, § 3º do ECA sobre a modificação 
legislativa promovida na lei geral da Previdência Social, em homenagem ao princípio 
da proteção integral e preferência da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). 
 
 (...) 1. Caso em que se discute a possibilidade de assegurar benefício de 
pensão por morte a menor sob guarda judicial, em face da prevalência do 
disposto no artigo 33, § 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, 
sobre norma previdenciária de natureza específica. 
2. Os direitos fundamentais da criança e do adolescente têm seu campo de 
incidência amparado pelo status de prioridade absoluta, requerendo, assim, 
uma hermenêutica própria comprometida com as regras protetivas 
estabelecidas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
3. A Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao 
adolescente, verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja vista o 
artigo 227 da Constituição Federal de 1988 dispor que é dever do Estado 
assegurar com absoluta prioridade à criança e ao adolescente o direito à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá- los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica conteúdo que atente 
contra a dignidade da pessoa humana e, consequentemente, contra o 
princípio de proteção integral e preferencial a crianças e adolescentes, já 
que esses postulados são a base do Estado Democrático de Direito e 
devem orientar a interpretação de todo o ordenamento jurídico. 
5. Embora a lei complementar estadual previdenciária do Estado de Mato 
Grosso seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a 
criança e adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente que confere ao menor sob guarda a condição de dependente 
para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, § 3º, Lei n.º 
8.069/90), norma que representa a política de proteção ao menor, 
embasada na Constituição Federal que estabelece o dever do poder público 
e da sociedade na proteção da criança e do adolescente (art. 227, caput, e 
§ 3º, inciso II). (...) 
STJ. 1ª Seção. RMS 36.034/MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 
26/02/2014. 
 
Como mencionado anteriormente, os dependentes que se enquadram na 
classe 1 não precisam comprovar dependência econômica, uma vez que a 
legislação coloca esta condição como presumida. 
Mas, para os demais, bem como o enteado e o menor tutelado, têm a 
obrigatoriedade desta comprovação e poderão fazê-la com a apresentação de no 
mínimo 3 dos seguintes documentos abaixo: 
 
 14 
 Certidão de nascimento de filho havido em comum; 
 Certidão de casamento Religioso; 
 Declaração do imposto de renda do segurado,em que conste o 
interessado como seu dependente; 
 Disposições testamentárias; 
 Declaração especial feita perante tabelião (escritura pública declaratória de 
dependência econômica); 
 Prova de mesmo domicílio; 
 Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou 
comunhão nos atos da vida civil; 
 Procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
 Conta bancária conjunta; 
 Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado 
como dependente do segurado; 
 Anotação constante de ficha ou Livro de Registro de empregados; 
 Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e 
a pessoa interessada como sua beneficiária; 
 Ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o 
segurado como responsável; 
 Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do 
dependente; 
 Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um 
anos; 
 Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato a 
comprovar.
4
 
 
Na impossibilidade de serem apresentados 3 dos documentos listados, mas 
desde que haja pelo menos 1 (um) documento consistente, o requerente do 
benefício poderá solicitar o procedimento de Justificação Administrativa para fins de 
comprovação. O mesmo critério se aplica para a comprovação da união estável, mas 
especificamente, devem se ater aos seguintes documentos: 
 Contas de água, energia, telefone, TV a cabo que estejam no nome do 
dois segurados 
 Certidão de casamento religioso 
 Recibos de pagamentos de contas no nome de outo 
 Conta bancária conjunta 
 Declaração de Imposto de Renda do companheiro como dependente 
 Escritura de imóvel no nome dos dois 
 Financiamento no nome dos dois 
 Comprovante de seguro de vida 
 Plano de saúde conjunto 
 Associação em clubes 
 Certidão de nascimento de filhos 
 
É importante que os documentos apresentados sejam os mais recentes 
possíveis. Vale também a apresentação de duas testemunhas junto para 
comprovação da união estável, caso o pedido seja negado pelo INSS.
5
 
 
 
4
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/ acessado em 13 de maio de 2018, às 21he 
min; 
5
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/ acessado em 13 de maio de 2018, as 23h 
e 33min. 
 15 
3.6 DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO 
 
A Data de Início do Benefício da pensão por morte é definida pelo art. 74 da Lei 
de Benefícios e varia conforme a data do óbito, devido a alterações legislativas. 
Não existe um prazo limite para pedir a pensão por morte. É possível requerer 
este benefício em qualquer momento. Porém, dependendo da data em que é feito o 
requerimento, é alterada a data de início do benefício. No entanto, isso não prejudica 
o direito ao benefício em si, apenas aos valores retroativos. 
Lei de Benefícios da Previdência Social - Lei 8213/91 
 
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes 
do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação 
dada pela Lei nº 9.528, de 1997); 
I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; (Incluído 
pela Lei nº 9.528, de 1997); 
I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste; 
(Redação pela Lei nº 13.183, de 2015); 
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no 
inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997); 
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela 
Lei nº 9.528, de 1997); 
§ 1º Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de 
crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 664, de 2014); 
§ 2º O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao 
benefício da pensão por morte se o casamento ou o início da união estável 
tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do 
benefício, salvo nos casos em que: (Incluído pela Medida Provisória nº 664, 
de 2014) (Vigência); 
I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao 
casamento ou ao início da união estável; ou (Incluído pela Medida 
Provisória nº 664, de 2014) (Vigência); 
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado 
incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade 
remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial 
a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou 
início da união estável e anterior ao óbito. (Incluído pela Medida Provisória 
nº 664, de 2014) (Vigência); 
§ 1o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o 
condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a 
morte do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015); 
§ 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou 
a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no 
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim 
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo 
judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015).
 6 
 
 
6
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-
e-auxilio-reclusao/, acessado em 13 de maio de 2018, às 20h e 58min. 
 16 
3.7 VALOR BENEFÍCIO E RATEIO DO VALOR ENTRE OS DEPENDENTES 
 
O cálculo do valor dos benefícios de pensão por morte é a forma como os 
sistemas do INSS estão programados para cumprir o que está previsto na legislação 
em vigor e definir o valor inicial que vai ser pago mensalmente ao cidadão em 
função do benefício a que teve direito. 
O valor do benefício é obtido a partir das informações constantes no cadastro de 
vínculos e remunerações de cada cidadão armazenados no banco de dados 
denominado CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais. 
Segundo a Legislação atual, A forma de cálculo dos benefícios previdenciários 
está definida na seção III da Lei 8.213/91, que teve nova redação a partir de 
29/11/1999, data da publicação da Lei 9.876/99. 
Desde então, existem duas regras em vigor: 
A primeira é a que ficou expressa na Lei 8.213/91 que se aplica a todos os 
cidadãos que se filiaram ao INSS (RGPS) a partir da alteração do texto da lei 
ocorrida em 29/11/1999; 
 
Art. 29 O salário de benefício consiste: 
I – para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, 
na média aritmética simples dos maiores salários de 
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período 
contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário; 
II – para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 
18, na média aritmética simples dos maiores salários de 
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período 
contributivo.
7
 
 
A segunda é a chamada regra transitória, para todos aqueles que já eram 
filiados do INSS (RGPS) até 28/11/1999, prevista nos artigos 3º a 7º da Lei 9.876/99; 
 
... Art. 3º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à 
data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para 
a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no 
cálculo do salário de benefício, será considerada a média aritmética 
simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no 
mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido 
desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II 
 
7
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-e-auxilio-reclusao/, acessado em 13 de maio de 2018, às 20h e 58min. 
 17 
do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta 
Lei. 
8
 
A diferença básica entre uma regra e outra é quanto ao período em que houve 
contribuições e que será levado em consideração no momento do cálculo, ou seja: 
 para o cidadão que já era filiado até 28/11/1999, o período considerado será a 
partir da competência julho/1994 em diante (prevista na Lei 9.876/99); 
 para o cidadão que se filiou ao INSS (RGPS) a partir de 29/11/1999, data da 
publicação da Lei 9.876/99, será considerado todo o período em que houve 
contribuições a partir daquela data. 
O fato da regra transitória ter estipulado que os recolhimentos a serem 
considerados seriam aqueles a partir da competência julho/1994, é justificado como 
sendo a alteração da moeda Cruzeiro Real (CR$) para Real (R$) a partir de 
01/07/1994. 
Cabe esclarecer ainda que este cálculo é apenas o cálculo inicial, ou seja, após 
o sistema encontrar o valor do “salário de benefício “, ainda poderão ser efetuados 
outros cálculos conforme o benefício, os quais serão demonstrados nos exemplos 
abaixo. 
 
3.8 VALOR DO “SALÁRIO BENEFÍCIO” 
 
Em todos os benefícios previdenciários, o chamado “Salário de Benefício” é o 
primeiro cálculo que o sistema realiza antes de aplicar as demais regras para se 
chegar ao valor da “Renda Mensal Inicial” ou RMI, que será o valor pago 
mensalmente ao cidadão. 
Apesar de estar em vigor tanto a regra geral quanto a regra transitória, o 
cálculo do “Salário de Benefício” para a pensão por morte e auxílio-reclusão será o 
mesmo, conforme exemplos abaixo: 
Na Regra Geral só serão computados recolhimentos efetuados a partir de 
29/11/1999. O sistema verificará qual a quantidade de meses que possui 
recolhimentos (período contributivo) e efetuará a soma da quantidade de meses que 
 
8
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-e-auxilio-
reclusao/, acessado em 13 de maio de 2018 às 23h 33min. 
 18 
representa 80% do período, selecionando, nesse caso, os meses em que houve 
recolhimentos com maior valor. 
Exemplo 1: o cidadão possui 200 meses com recolhimentos desde 29/11/1999 
80% do período contributivo = 160 
O sistema irá somar os 160 maiores salários encontrados e dividirá por 160. 
Já na Regra Transitória só serão computados recolhimentos efetuados a partir 
de 01/07/1994. O sistema verificará qual a quantidade de meses que possui 
recolhimentos (período contributivo) e efetuará a soma da quantidade de meses que 
representa 80% do período, selecionando, nesse caso, os meses em que houveram 
recolhimentos com maior valor. 
Exemplo 1: o cidadão possui 250 meses com recolhimentos desde 01/07/1994 
80% do período contributivo = 200 
O sistema irá somar os 200 maiores salários encontrados e dividirá por 200. 
3.8.1 VALOR DO BENEFÍCIO – PENSÃO POR MORTE 
 
Regra: 100% do valor da aposentadoria que recebia ou a que teria direito se 
fosse aposentado por invalidez. 
Esse cálculo está previsto nos artigos 29 e 75 da Lei 8.213/91. 
 
Exemplo 1: o cidadão que faleceu era aposentado 
Valor da aposentadoria = R$ 2.000,00 
Renda Mensal Inicial = R$ 2.000,00 
 
Exemplo 2: o cidadão que faleceu não era aposentado 
“Salário de Benefício” = R$ 1.500,00 
Renda Mensal Inicial = R$ 1.500,00 
 
Exemplo 3: o cidadão que faleceu não era aposentado 
“Salário de Benefício” = R$ 750,00 
Renda Mensal Inicial = R$ 965,00 
*Nesse exemplo, houve a chamada equiparação ao valor do salário mínimo, 
uma vez que o texto da lei não permite, neste caso, que o valor do benefício 
seja inferior ao valor do salário mínimo vigente que é de R$ 965,00 em 
01/2018.
9 
Quando o instituidor do benefício for segurado especial, o valor da renda 
mensal inicial corresponderá ao valor de um salário mínimo. Caso o segurado 
 
9
 https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/valor-da-pensao-por-morte-e-auxilio-reclusao/, 
acessado em 14 de maio de 2018 às 11h 33min. 
 
 19 
falecido tenha contribuído facultativamente para o regime previdenciário, o valor da 
pensão por morte corresponderá à aposentadoria por invalidez que seria devida ao 
segurado. 
 
3.9 DURAÇÃO / CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO 
 
A pensão por morte tem duração máxima variável, conforme a idade e o tipo do 
beneficiário. Para o cônjuge, o companheiro, o cônjuge divorciado ou separado 
judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia: 
a) Duração de 4 meses a contar da data do óbito: 
Se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha realizado 18 contribuições 
mensais à Previdência; ou se o casamento ou união estável se iniciou em menos de 
2 anos antes do falecimento do segurado; 
b) Duração variável conforme a tabela abaixo: 
Se o óbito ocorrer depois de comprovadas 18 contribuições mensais pelo segurado 
e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável; ou 
Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza, independentemente da 
quantidade de contribuições e tempo de casamento/união estável. 
Idade do dependente na data do Óbito Duração Máxima do Benefício ou Cota 
Menos de 21 anos 3 Anos 
Entre 21 anos e 26 anos 6 anos 
Entre 26 anos e 29 anos 10 anos 
Entre 20 anos e 40 anos 15 anos 
Entre 41 anos e 43 anos 20 anos 
A partir de 44 anos Vitalício 
 
Para o cônjuge inválido ou com deficiência: 
O benefício é devido enquanto durar a deficiência ou invalidez, respeitando-se 
os prazos mínimos descritos na tabela acima; 
 20 
Para os filhos (equiparados) ou irmãos do falecido, desde que comprovem o 
direito: 
O benefício é devido até os 21 anos de idade, salvo em caso de invalidez ou 
deficiência. 
Entretanto, existem situações em que: 
A pensão por morte de companheiro ou cônjuge poderá ser acumulada com 
a pensão por morte de filho; 
Se segurado não deixar dependentes menores ou incapazes, o resíduo de 
valor correspondente entre o início do mês e a data do óbito será pago aos herdeiros 
mediante apresentação de alvará judicial; 
O dependente condenado pela prática de crime doloso que tenha resultado na 
morte do segurado, após o trânsito em julgado, não terá direito ao benefício (Lei nº 
13.135/2015). 
 
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Pelo exposto, conclui-se que a pensão por morte é devida quando comprovada 
a qualidade de segurado, morte e qualidade de dependente, caso o falecido tenha 
perdido a qualidade de segurado, não garantirá pensão por morte a seus 
dependentes, exceto se possuir direito adquirido a algum benefício previdenciário e 
ainda sendo possível conceder pensão por morte provisória em caso de morte 
presumida por ausência ou desaparecimento por catástrofe ou acidente, o rol de 
dependentes previdenciários aqueles elencados estão em ordem de preferência 
conforme legislação atual, excluindo as classes subsequentes. 
Outro ponto a ser observado na divisão da pensão por morte é o seguinte: se 
uma dependente cessar o recebimento da pensão (por morte ou pela idade, por 
exemplo) a sua parte será redistribuída para os demais dependentes, de forma igual 
para todos. Ou seja, a parcela de cada um vai aumentando, na medida em que 
menos dependentes têm direito a receber parte do valor. 
A Previdência Social traz como um de seus objetivos “proteger o trabalhador, 
ou sua família em caso de infortúnios que possam lhes trazer algum prejuízo”, 
ajustando as condições imprescindíveis que garantam uma vida digna. 
 21 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários à Lei 8213/91 Benefícios daPrevidência 
Social. São Paulo: Atlas, 2013. 
 
ORLANDO, Pedro. Novíssimo dicionário jurídico brasileiro. São Paulo: LEP, 
1959. 
 
ALENCAR, Hermes Arrais. Lei de Benefícios Previdenciários Anotada. São 
Paulo: Leud, 2008. 
 
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de direito 
previdenciário. 13 ed. São Paulo: Conceito, 2011. 
 
MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de direito previdenciário. São Paulo: LTr, 
1998. 
 
BRITO, Ivia Gualberto. Guarda para efeitos previdenciários: a proteção integral 
ao menor. Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=7813. 
Acesso em 06 de maio de 2018. 
 
INSS. Pensão por morte. Disponível em: 
https://www.inss.gov.br/beneficios/pensao-por-morte/. Acesso em 06, 07, 10, 13 e 
14 de maio de 2018. 
 
LAZZARI, João Batista. (et al.). Prática processual previdenciária: administrativa 
e judicial. 7. ed. Ver. Rio de Janeiro: Forense, 2016. 
 
RAMOS JUNIOR, Waldemar. Dependentes que possuem direito ao benefício 
de pensão por morte e as novas regras da MP 664. Disponível em: 
https://saberalei.jusbrasil.com.br/artigos/162582524/dependentes-que-possuem-
direito-ao-beneficio-de-pensao-por-morte-e-as-novas-regras-da-mp-664. Acesso 
em 06 de maio de 2018. 
 
SILVA, Joyse Lizandra Cordeiro. Lei 13.135/2015: Restrição de direitos ou 
racionalização das regras de concessão da pensão por morte no RGPS?. 
Disponível em: http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/331/1/MONOG 
RAFIA%20JOYSE%20LIZANDRA...pdf. Acesso em 06 de maio de 2018. 
 
STJ. 1ª Seção. RMS 36.034/MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 
26/02/2014. 
 
HORVATH JUNIOR, Miguel. Direito Previdenciário. 8.ed. São Paulo: Quartier.

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