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NATAÇÃO E ATIVIDADES AQUÁTICAS Prof. Dr. Helio Furtado Prof. Helio Furtado Propriedades físicas da água: adaptação do corpo no meio líquido, desde a sua iniciação até os nados utilitários. Técnica dos nados: Crawl, Costas, Peito e Borboleta. Saídas e viradas. Organização de competições de natação. DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Proporcionar aos futuros profissionais de Educação Física, recursos para atuarem na área de natação de maneira consciente, coerente e eficaz, através da abordagem do conteúdo teórico e vivências práticas da modalidade em questão. De acordo com a Resolução CNE N.7/2004 de 31 de março de 2004, que no Art. 3º descreva “A Educação Física é uma área de conhecimento e de intervenção acadêmico-profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação o movimento humano, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da dança, nas perspectivas da prevenção de problemas de agravo da saúde, promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural, da educação e da reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer, da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas, além de outros campos que oportunizem ou venham a oportunizar a prática de atividades físicas, recreativas e esportivas”. Também relata no At. 4º Inciso § 1º O graduado em Educação Física deverá estar qualificado para analisar criticamente a realidade social, para nela intervir acadêmica e profissionalmente por meio das diferentes manifestações e expressões do movimento humano, visando a formação, a ampliação e o enriquecimento cultural das pessoas, para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável.. JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Ao final da disciplina, o aluno deverá ser capaz de: • Planejar e executar atividades recreativas e de iniciação aos nados com crianças e adolescente no meio líquido; • Analisar e elaborar os processos de planejamento de aulas de natação para o público infantil e juvenil; • Aplicar a prática de segurança nas aulas de natação no meio líquido; e • Identificar os principais fundamentos de cada estilo de nado, mostrando a competência básica que permita desenvolver seus programas de aprendizado, aperfeiçoamento e treinamento. OBJETIVOS GERAIS DE APRENDIZAGEM DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Unidade 1 – Habilidades Aquáticas 1.1Adaptação ao meio líquido 1.2Flutuação 1.3Respiração 1.4Deslize 1.5Palmateio 1.6Nados Utilitários: na posição ventral, dorsal, Lateral e merguho ESTRUTURA DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Unidade 2 – Nados Crawl e Costas 2.1Posição do corpo 2.2Trabalho de braços 2.3Trabalho de pernas 2.4Respiração 2.5Coordenação 2.6Saídas, chegadas e viradas ESTRUTURA DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Unidade 3 – Nados de Peito e Borboleta 3.1Posição do corpo 3.2Trabalho de braços 3.3Trabalho de pernas 3.4Respiração 3.5Coordenação 3.6Saídas, chegadas e viradas ESTRUTURA DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado Unidade 4 - Regras oficiais e organização de competições de natação 4.1Atribuições dos profissionais envolvidos 4.2Regras da FINA ESTRUTURA DA DISCIPLINA Prof. Helio Furtado CALENDÁRIO DA AVALIAÇÕES Segunda A1: 30/4 – Teórica A2: 18/6 e 25/6– Prática A3: 02/7 – Teórica Quinta A1: 26/4 – Teórica A2: 14/6 e 21/6 – Prática A3: 28/6 – Teórica Prof. Helio Furtado UNIDADE I ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado Fatores que influenciam na flutuação A primeira fase para uma adaptação ao meio líquido é dominar a flutuação, com o domínio dessa habilidade os indivíduos poderão se deslocar na agua em qualquer direção. A Flutuação é a base de toda adaptação ao meio líquido, somente 3% da população tem uma massa muscular tão pesada e uma capacidade respiratória limitada que impeça o indivíduo de flutuar na água. São três elementos que podem auxiliar no controle da respiração: Controle da respiração (volume respiratório) Posição do corpo (equilíbrio) Relaxamento ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado Gravidade X Empuxo O Princípio de Arquimedes (287?–212 a.C.) afirma que “quando um corpo está completa ou parcialmente imerso em um líquido em repouso, ele sofre um empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado” Desta maneira, entende-se que, para haver a flutuação de um corpo no meio líquido, é necessário que haja um equilíbrio entre a força de flutuação (empuxo) atuando para cima e a força de gravidade (ou centro de massa), segundo Koury (2000), atuando para baixo. O exato ponto de encontro destas duas forças é denominado metacentro. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado O centro de flutuação é o centro de flutuação de todos os momentos de força, sendo que, para Koury (2000), ele é o ponto ao redor do qual a flutuabilidade do corpo é igualmente distribuída. O centro humano de flutuação no meio líquido está no meio do tórax, mais acima que o centro de gravidade. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado Densidade A água, como toda substância composta por matéria, apresenta uma determinada densidade, ou seja, pode ser caracterizada pela relação entre a sua massa e seu volume. A gravidade específica, por sua vez, remete à relação entre a densidade de uma substância ou objeto com a densidade da água. Deste modo, sabendo-se que a gravidade específica da água é 1, todo objeto ou corpo que for colocado no ambiente aquático, e apresentar uma densidade menor do que a da água, flutuará. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado Densidade Relativa Caso a sua densidade seja maior do que a da água, o corpo afundará. A densidade relativa do corpo humano é de aproximadamente 0,97, fato este que determina a característica de flutuação do corpo1. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO A densidade relativa do corpo humano pode variar de acordo com alguns fatores, como a idade e os segmentos corpóreos (a diferença entre a flutuação dos membros superiores e dos membros inferiores é um exemplo). Dessa forma a constituição corpórea do indivíduo que determina e interfere no binômio densidade relativa/flutuabilidade, por exemplo, a estrutura óssea, o tecido adiposo, a condição muscular relaxada ou tensa Além disso o sexo também pode influenciar na gravidade específica diferenciada, este último também está relacionado a composição e estrutura corporal diferenciada. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Pressorcepção e propriocepção No meio líquido, as percepções de equilíbrio, de orientação do corpo, de movimento dos membros em relação ao tronco são diferenciadas. Estas informações perceptivas permitem orientar e tomar consciência da posição do próprio corpo e por conseguinte das atitudes motoras. Propriocepção é o termo utilizado para nomear a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Este tipo específico de percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas. Resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno. A propriocepção exerce um papel fundamental no controle motor, especialmente nas atividades de natação, através dela, o indivíduo está permanentemente sendo informado sobre a situação de seus segmentos, a natureza dos deslocamentos, direção e velocidade (Leiria, 1995). ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO Prof. Helio Furtado HABILIDADES AQUÁTICASProf. Helio Furtado Adaptação Durante décadas os modelos de ensino-aprendizagem da adaptação ao meio aquático propostos caracterizavam-se por estilos de ensino mais rígidos e formais (Catteau e Garoff, 1988). Onde a essência do programa estava na habilidade que tinha de ser realizada. Com efeito, a prática analítica das habilidades era também uma constante. Hoje em dia, os estilos de ensino na adaptação ao meio aquático acompanham a tendência de outras atividades aquáticas (Barbosa et al. 2011)e inclusive paradigmas de ensino alicerçados na componente lúdica e no jogo. Um estilo de ensino mais diretivo alicerça-se no pressuposto que a cada estímulo existe uma resposta. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Um estilo de ensino mais lúdico fundamenta-se na proposta de uma tarefa com um determinado objetivo onde podem existir múltiplas soluções corretas. Ora dada a faixa etária a que se destinam a maioria dos programas de adaptação ao meio aquático, um estilo de ensino menos formatado, que dê uma maior liberdade criativa ao aluno será uma mais-valia para o desenvolvimento de todo o seu vocabulário motor. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Uma outra vantagem deste estilo de ensino decorre do fato de estes programas serem o primeiro contato da criança com o meio aquático o que se pode revelar como assustador e constrangedor. A opção por situações lúdicas na primeira etapa do programa também serve de algum modo para facilitar a criação de empatia entre o professor e o aluno, assim como, motivar o aluno a participar nas tarefas propostas e dessa forma se libertar de algum receio que tenha. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado A adaptação ao meio aquático é um processo de ensino-aprendizagem pelo qual o aluno se apropria de um conjunto de habilidades motoras aquáticas básicas, as quais são determinantes para a posterior abordagem das habilidades motoras aquáticas específicas. A adaptação dos conceitos de Gallahue (1982) para habilidades do meio aquático foi enfatizada por Langendorfer e Bruya (1995), numa obra síntese de trabalhos anteriores desenvolvidos por esses mesmos autores. Estes propuseram, com sucesso, uma adaptação do modelo inter- habilidades realizadas no meio aquático. Essa adaptação fez tal sucesso que vários outros autores disseminaram o conceito (p.e., Moreno e Sanmartín, 1998; Barbosa e Queirós, 2004). HABILIDADES AQUÁTICAS Adaptação do modelo de desenvolvimento das habilidades motoras de Gallahue (1982), de acordo com Langendorfer e Bruya (1995) HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Neste modelo, o processo tradicionalmente designado de “adaptação ao meio aquático” encontra-se no estado de desenvolvimento das habilidades motoras aquáticas básicas. Este sucede-se ao estado de habilidades reflexas e antecede o da aquisição rudimentar das habilidades motoras aquáticas específicas. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Devemos ressalvar que nem sempre o aluno que se inicia à etapa de adaptação ao meio aquático participou de forma organizada, planejada e sistematizada num programa com vista ao desenvolvimento do estado de habilidades reflexas (também denominado por atividades aquáticas na primeira infância ou de natação para bebés). Dessa forma a participação precoce em programas de atividades aquáticas irá facilitar e inclusive potenciar aquisição das habilidades motoras aquáticas básicas. Contudo, este é o tipo de opinião recorrente entre técnicos de natação mais com base no senso comum do que com efetivas evidências cientificas sobre a matéria. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Exercícios de Adaptação 1. Batida de pernas 2. Entra e Sai 3. Passeio aquático 4. Trenzinho 5. Revezamento 6. Briga de Galo 7. Corrida de Barco 8. Derruba o Pirata 9. Cavalo de Guerra 10.Polo Aquático HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Flutuação Esta componente representa a conquista de uma nova posição hidrodinâmica, ou seja, uma reaprendizagem postural, a qual necessita de uma reorganização interna do indivíduo o qual perderá o apoio plantar dos pés no chão para se manter sustentado apenas pela água. Implica em uma progressão das posições equilibratórias chegando à capacidade de manter- se sobre a água horizontalmente. É uma conseqüência das aquisições equilibratórias das duas componentes anteriores. Este equilíbrio será conquistado tanto na posição ventral como dorsal. É importante considerar também que a criança trocará sua posição vertical, na qual estão estruturadas as referências e coordenadas corporais, para uma posição horizontal, perdendo assim seus referenciais de orientação. O acima e abaixo que tinham como correspondência a cabeça e os pés, na nova posição correspondem às costas e abdome HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado À posição dorsal deve ser dada uma especial atenção na graduação das atividades por ser um posição de muita insegurança para a grande maioria das pessoas devido à forte estimulação do sistema proprioceptivo labiríntico e pela possibilidade de submegir-se ao desconhecido, em um plano que está fora de seu controle visual, perdendo em maior grau as referências de orientação. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado As formas clássicas para o desenvolvimento desta habilidade são: • Atividades de deitar em colchões ou tapetes de diversas espessuras e flutuabilidade, partindo dos mais para os menos flutuantes até sua total retirada; • Atividades que incluem a ultrapassagem de obstáculos superiores e inferiores em que o corpo perde o contato parcial ou total dos pés com o chão; • Progressão do trabalho com implementos flutuadores até o apoio nas mãos, com posterior retirada gradativa destes; • Experimentações das posições de flutuação com auxílio corporal e retirada destes gradativamente; • Atividades de deitar e deslizar até algum elemento deixando o corpo em suspensão, em distância gradativas; HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Exercícios 1. Formar um circulo de mãos dadas e flutuar em DD e DV 2. Em duplas, flutuar em DD e DV com apoio no tronco e nas pernas 3. Em duplas, flutuar em DD e DV com apoio apenas nos pés 4. Em duplas, flutuar em DD e DV com apoio apenas nos ombros 5. Em duplas, flutuar em DV e DD com apoio do canudo no tronco 6. Em duplas, flutuar em DV e DD com apoio do canudo nos pés 7. Em duplas, flutuar em DV e DD com apoio da prancha no tronco 8. Em duplas, flutuar em DV e DD com apoio da prancha entre as pernas 9. Flutuar em DD e DV com apoio dos pés na barra 10.Flutuar em DD e DV com apoio dos pés da borda e depois retirar o apoio 11.Flutuar grupado 12.Flutuar em DD sem apoio 13.Flutuar em DV sem apoio 14.Flutuar em DD e virar para DV sem apioo 15.Flutuar em DD, virar para DV e depois flutuar grupado HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Respiração DETERMINANTES FISIOLÓGICAS E MECÂNICAS Fato este que decorre de um aumento do ar inspirado, o qual tende a diminuir a densidade corporal, portanto, afetando a sua flutuabilidade Ou seja, ao aumentar-se o volume de ar nos pulmões e ficando em apneia inspiratória aumenta-se o volume corporal imerso, bem como, o volume de água deslocado e, consequentemente, a Força de Impulsão Hidrostática. Assim sendo, altera-se uma das forças de que depende o equilíbrio no meio aquático. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS Outro aspecto relaciona-se com as características físicas desse mesmo meio, nomeadamente o fato de ser mais denso que o ar. O ato expiratório terá de ser voluntário e ativo para poder vencer a maior pressão existente na água do que na cavidade bocal e no nariz. Caso contrário, a tendência será para a entrada de água por essas vias e não a expulsão do ar. Assim sendo, o trabalho de aperfeiçoamento da respiraçãopressupõe a criação de um automatismo respiratório necessariamente diferente do automatismo inato. Este passará pelo aumento voluntário das trocas gasosas, conseguidas pela opção da cavidade bocal em detrimento da nasal para inspirar e da boca e do nariz para expirar HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Uma das principais limitações impostas pela passagem à posição horizontal, mais concretamente ao decúbito ventral, relaciona-se com a necessidade de imersão da face, a qual se constitui como uma limitação da função ventilatória . Dessa forma, o mecanismo respiratório sofre algumas alterações quando o sujeito se encontra no meio aquático, devido à face se encontrar temporariamente imersa. Isto porque a manutenção da face emersa em decúbito ventral terá fortes repercussões negativas na posição corporal. Nessa posição, a elevação da cabeça terá como reação o afundamento dos membros inferiores e, inevitavelmente, o aumento da força de arrasto hidrodinâmico HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Comparação das alterações de comportamentos no meio terrestre e no meio aquático, em termos de respiração. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado SEQUÊNCIA METODOLÓGICA Neste sentido a sequência metodológica para a abordagem da habilidade motora aquática básica "respiração" compõe-se das seguintes fases: Molhar a Face - O aluno deverá desde cedo não sentir reticências em manter a face molhada. Para tal deve-se solicitar que ele molhe a cara. Por exemplo, no caso das crianças pode-se pedir que elas "lavem a cara dentro da piscina como fazem no lavatório". Imergir e Abrir os Olhos - O passo seguinte será promover a imersão da cabeça, mantendo os olhos abertos dentro de água, impedindo os reflexos óculo-faciais já descritos que levam geralmente ao fecho dos olhos. Pode-se dividir esta etapa em duas fases. Numa primeira fase, realizar-se-ão imersões de curta duração (1-5 segundos). Numa fase subsequente, promove-se a execução de imersões acrescidas. Isto é, propõe-se um prolongamento do tempo da imersão, consequência de um maior à vontade do aluno na execução das tarefas. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado SEQUÊNCIA METODOLÓGICA Expiração na Água - O aluno deverá compreender que para expirar ele terá de efetuar expirações ativas, caso contrário o ar não consegue vencer a pressão exercida pela água. Pedir ao aluno que expire para a água ou que empurre uma bola de ténis de mesa com o sopro, são exemplos de tarefas que poderão ser apresentadas com este objetivo. A duração da expiração deverá ser gradualmente aumentada até ser possível a expiração completa. Em alunos que ainda se encontram nesta fase, este tipo de expiração é conseguida primordialmente através de um aumento da duração. Expiração Ritmada - A ideia subjacente consiste na criação de um ritmo respiratório, onde a fase inspiratória será realizada em intervalos temporais constantes. Por exemplo, inspirar a um tempo e expirar a quatro tempos será uma sugestão para se promover a realização de expirações ritmadas. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado SEQUÊNCIA METODOLÓGICA Expiração Ritmada Associada ao Batimento Alternado de Pernas - Por forma a associar e sincronizar a função respiratória com a função propulsiva, deve-se apresentar tarefas que solicitem a sincronização entre o acto inspiratório e a ação dos membros inferiores. Por exemplo, pedir ao aluno para inspirar em cada dois, quatro ou seis batimentos dos membros inferiores. Este último padrão de sincronização será dos mais oportunos, dado que é análogo ao adoptado nas técnicas alternadas. Ritmo Respiratório - Mais não é do que sincronizar a respiração com a ação dos membros superiores, da mesma forma que anteriormente se procurou sincronizar a respiração com a ação dos membros inferiores. Isto porque é a ação dos membros superiores que, em qualquer técnica de nado formal, irá determinar o momento de inspiração, ou seja, o ritmo respiratório. . HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado SEQUÊNCIA METODOLÓGICA Controle Respiratório - O controle respiratório pode ser efetuado frontalmente, através da extensão da cabeça ou lateralmente, através de uma rotação lateral da mesma. As inspirações laterais são do tipo unilateral, ou seja, através da rotação da cabeça sempre para um dos lados. Uma outra alternativa é a inspiração bilateral, isto é, a rotação alternada para cada lado, em ciclos inspiratórios consecutivos. Este tipo de inspiração lateral terá particular interesse na medida em que poderá ser um transferência motora positiva para a técnica inspiratória realizada na técnica de Crawl. . HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Exercícios 1. Soprar a água 2. Imergir a face (apnéia) 3. Expirar na água 4. Caminhar 3 passos fazendo a respiração 5. Fazer a gangorra com um amigo 6. Apresentar-se ao colega 7. Gritar embaixo da água 8. Acertar o numero de dedos que o colega mostra embaixo da água 9. Passar por baixo da perna do amigo 10.Passar por baixo da perna de 3 amigos 11.Passar por baixo da perna de 5 amigos 12.Passar no arco submerso 13.Realizar o deslocamento submerso 14.Realizar a respiração frontal com propulsão de pernas e apoio da prancha 15.Realizar a respiração frontal com propulsão de pernas sem apoio 16.Realizar a respiração com o movimentos de braços e pernas HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Palmateio Definição de Palmateio Palmateio é usado como o mesmo princípio básico da hélice do avião. A lâmina é como a mão, se move através da linha do percurso ou suporte. Ambas pegam sua pressão do ângulo da força. O resultado é um aumento da pressão abaixo da mão e uma diminuição acima, desse modo criará efeito de sustentação. Desde que a mão não possa mover-se em movimentos circulares, ela deverá mudar o ângulo no final de cada varredura, então a força estará sempre na mesma direção (alguma coisa como o limpador de para brisa dos carros). HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado O movimento de cada mão e antebraço pode ser usado para estabilizar, suportar, sustentar e propelir o corpo na água. A força ou pressão da mão deverá ser aplicada na direção oposta do movimento desejado, (ação e reação - Lei de Newton). O Palmateio é usado como o mesmo princípio básico da hélice do avião. A lâmina é como a mão, se move através da linha do percurso ou suporte. Ambas pegam sua pressão do ângulo da força. O resultado é um aumento da pressão abaixo da mão e uma diminuição acima, desse modo criará efeito de sustentação. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Exercícios 1. Realizar o palmateio com os pés no chão 2. Realizar o palmateio na vertical, sustentando o corpo por 10 seg 3. Realizar o palmateio na vertical, sustentando o corpo por 20 seg 4. Realizar o palmateio na vertical, sustentando o corpo por 30 seg 5. Deslocar com o palmateio na vertical e apoio do canudo 6. Deslocar com o palmateio na vertical e apoio da prancha 7. Deslocar com o palmateio na horizontal em D.V. com apoio do canudo 8. Deslocar com o palmateio na horizontal em D.D. com apoio do canudo 9. Deslocar com o palmateio na horizontal em D.V. com apoio da prancha 10.Deslocar com o palmateio na horizontal em D.D. com apoio da prancha 11.Deslocar com o palmateio na horizontal em D.V. sem apoio 12.Deslocar com o palmateio na horizontal em D.D. sem apoio 13.Deslocar com o palmateio na vertical sem apoio 14.Deslocar com o palmateio em diferentes planos sem apoio HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Deslize O deslize após as partidas e as viradas é considerado um fator importante para o rendimento em nado propriamente dito, mais que a técnica de partida utilizada pelo nadador, é a sua postura na fase subaquática que vai determinar grandemente o sucesso da partida. Posição corporal adotada e possíveis alterações posturaisDurante o percurso subaquático o nadador deverá adotar uma posição o mais hidrodinâmica possível, de forma a minimizar o arrasto hidrodinâmico (; Hay, 1988 e Goya et al., 2002). Neste sentido, o seu corpo deve estar totalmente em extensão, com a cabeça entre os membros superiores (MS) e o olhar dirigido para baixo. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Posição corporal adotada e possíveis alterações posturais Os membros superiores devem estar juntos e em extensão, procurando colocar uma mão sobre a outra (Maglischo, 1993). Os membros inferiores (MI) deverão permanecer juntos e em extensão, com os pés em flexão plantar e, se possível, sobrepostos (Grote, 1999). Segundo estes autores, esta posição permite diminuir a turbulência gerada perto dos pontos de pressão (ombros, quadril, joelhos e tornozelos) onde ocorre a maior parte das alterações da forma corporal. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Profundidade adequada para o deslize O arrasto decresce com a profundidade de imersão, sendo o coeficiente de arrasto tanto menor quanto mais elevada for a razão profundidade/comprimento corporal. Os autores referem-se, inclusivamente, que o deslize deve ser realizado a profundidades superiores a 50 cm, sugerindo Lyttle et al. (1999) o valor de 40 cm. Destacamos fato de que uma profundidade ótima de deslize reduz o arrasto que atua sobre os nadadores (nomeadamente o arrasto de onda), diminuindo o tempo de viragem e as perdas desnecessárias de energia. HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Extensão do Deslize Maglischo (1993) refere que o deslize deve ser executado até os nadadores atingirem a sua velocidade de nado. Se o deslize for demasiado longo, os nadadores irão perder velocidade e despender energia para voltar a acelerar o corpo até à velocidade de nado. Nesse sentido, o deslize deve ser mais curto nas provas mais rápidas e um pouco mais longo nas provas com maior duração HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Exercícios 1. Deitado na horizontal em DV, o amigo apoiar o seu corpo e percorrer um percurso de 10m 2. Deitado na horizontal em DD, o amigo apoiar o seu corpo e percorrer um percurso de 10m 3. Deslizar com auxílio da prancha em DV 4. Deslizar com auxílio da prancha em DD 5. Deslizar em DV com os braços abertos 6. Deslizar em DD com os braços abertos 7. Deslizar em DV com os braços junto ao corpo 8. Deslizar em DD com os braços junto ao corpo 9. Deslizar em DV, braços estendidos, cabeça entre os braços buscando menor atrito (posição ideal) 10. Deslizar em DD, braços estendidos, cabeça entre os braços buscando menor atrito (posição ideal) 11. Deslizar em DV e passar no arco próximo a linha da água 12. Deslizar em DD e passar no arco próximo a linha da água 13. Deslizar em DV e passar no arco colocado no fundo da piscina 14. Deslizar em DD e passar no arco colocado no fundo da piscina 15. Saltar na piscina e deslizar 12 m sem utilizar propulsão 16. Saltar na piscina e passar no arco colocado no fundo da piscina HABILIDADES AQUÁTICAS Prof. Helio Furtado Unidade II NADO CRAWL Prof. Helio Furtado DESCRIÇÃO TÉCNICA A técnica de crawl ou livre é a técnica mais rápida das quatro técnicas de nado existentes em competição. Um ciclo consiste numa braçada com o membro superior esquerdo e outra braçada com o membro superior direito e um número variável de pernadas. PROVAS Com relação as provas nadadas nesse estilo temos as distâncias de 50m, 100m, 200m, 400m, 800m (feminino) e 1.500m (masculino). NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Posicionamento do corpo Permanece na horizontal em decubito ventral, realizando movimentos de rolamentos laterais, em seu eixo longitudinal. Posicionamento da cabeça O rosto fica em contato com a água, mantendo o nível da água na parte superior da testa. Para facilitar o ajuste da posição da cabeça. Os olhos e direção da visão devem dirigir-se para frente e ligeiramente para abaixo. Uns 45º graus com respeito à vertical e voltada para o fundo da piscina. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Respiração Durante o tempo em que o rosto permanece na água o nadador deverá realizar a expiração, através da boca, nariz ou boca/nariz. É sempre bom reforçar a expiração pelo nariz, evitando a entrada de água pelo mesmo. O momento de inspiração deve ser feito, logo após a expiração, através do rolamento lateral do tronco e de um pequeno movimento de cabeça, se necessário. A inspiração deve ser feita pela boca, mantendo-a o mais próximo o possível da água e no momento em que um dos braços estiver realizando o apoio e o outro a finalização da braçada. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Respiração Deve-se observar que ao invés de se elevar a cabeça, deve-se gira-la para respirar, a elevação da cabeça aumenta as forças de resistência corporal e causa um distúrbio no ritmo do nado. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Respiração A respiração pode ser classificada de acordo com o numero de braçadas realizadas para cada inspiração, ou seja: • Respiração na segunda braçada, para o lado direito ou esquerdo- 2X1 (dois por um ) – Lateral • Respiração na terceira braçada, para o lado direito ou esquerdo- 3X1 (três por um ) – Bilateral • Respiração na quarta braçada, para o lado direito ou esquerdo- 4X1 (quatro por um ) – Lateral E assim sucessivamente. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da pernada É importante, durante a aprendizagem, enfatizarmos a propulsão das pernas, pois a pernada representa não somente a propulsão, mas equilíbrio e sustentação para o nado Os movimentos de pernas do nado crawl são realizados alternadamente, com trajetórias descendentes, ascendentes e laterais, de acordo com o rolamento do tronco. A trajetória descendente inicia-se com o calcanhar de um dos pés alinhando com a superfície da água, momento em que ocorrerá uma ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa. Os pés deverão estar em flexão plantar e em inversão, procurando aproveitar bem a pressão realizada pelo dorso do pé e pela perna. No movimento ascendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar, realizando a pressão sobre a água com a planta do mesmo. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da braçada A Entrada Deve ser feita à frente da cabeça. O braço deve estar ligeiramente flexionado, com o cotovelo acima da mão, de modo em que as pontas dos dedos sejam a primeira parte do braço a entrar na água. Ela deve deslizar para dentro da água, à frente, de lado, com a palma da mão ligeiramente voltada para fora. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da braçada O Apoio Consiste em uma puxada para baixo, em direção ao fundo, com o braço estendido, não deixando haver uma abertura significativa. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da braçada A Tração É o momento onde começará existir uma maior eficiência da braçada, onde poderemos observar uma flexão de antebraço em relação ao braço, fase em que a mão, cotovelos e ombro deverão estar alinhados com o corpo. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da braçada O Empurrão Da passagem de tração para o empurrão final, haverá uma aproximação do braço e do cotovelo ao tronco, com a extensão do ante braço, retirando-se a mão da água próximo ao quadril. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Técnica da braçada A recuperação Deverá ser feita através da elevação do cotovelo, flexionando o antebraço e projetando a mão para frente. Os braços deverão estar o mais relaxados possível, durante esta fase, até a entrada, para iniciar-se um novo ciclo. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Coordenação Braços /Pernas A coordenação braços /pernas, no nado crawl deve ser realizada de forma que o ponto máximo descendente da pernada coincida com o empurrão final da finalização da braçadano mesmo lado. Existem alguns tipos de classificação, em relação a esta coordenação: Crawl dois tempos – para cada ciclo de braçada, correspondem dois movimentos de pernas Crawl quatro tempos – para cada ciclo de braçada, correspondem quatro movimentos de pernas Crawl seis tempos – para cada ciclo de braçada, correspondem seis movimentos de pernas NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Pernada 1- Em decúbito ventral, com auxilio da prancha em pegada alta, realizar a pernada com rosto fora da água; 2- Em decúbito ventral, com auxilio da prancha em pegada baixa, realizar a pernada com rosto dentro da água e realizar a respiração frontal; 3- Em decúbito ventral, sem auxilio da prancha, realizar a pernada com rosto dentro da água, mãos sobrepostas a frente da cabeça e realizar a respiração frontal. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Rolamento 1- O aluno irá executar a pernada lateral e a cada 3 ciclos de pernada irá trocar o lado; 2- O aluno irá executar a pernada com os braços ao lado do corpo e a cada 5 ciclos de pernada executará uma respiração lateral, alternando os lados da respiração a cada ciclo. 3- O aluno irá estender um braço ao lado do corpo e executar a braçada com o outro, executando a respiração pro lado que o braço esta parado ao lado do corpo. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Respiração Lateral 1- Em decúbito lateral, com auxilio da prancha em pegada baixa, vai segura-la apenas com o braço direito, o braço esquerdo vai ficar colado ao corpo realizar a pernada com rosto fora da água, a cada volta troca o braço; 2- Em decúbito lateral, com auxilio da prancha em pegada baixa, vai segura-la apenas com o braço direito, o braço esquerdo vai ficar colado ao corpo realizar a pernada com rosto dentro da água, a cada volta troca o braço; 3- Em decúbito lateral, sem auxilio da prancha, vai estender o braço direito a frente da cabeça, o braço esquerdo vai ficar colado ao corpo realizar a pernada com rosto dentro da água, e a cada 5 ciclos de pernada trocar o braço consequentemente trocando de lado. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Entrada 1- Em decúbito ventral, com auxilio da prancha em pegada baixa, irá segura-la apenas com uma mão, realizará a braçada com o outro braço e no momento da entrada, entrará com a mão sob a prancha, alternar o braço a cada volta. 2- Em decúbito ventral, segurando o canudo a frente da cabeça, irá segura-lo apenas com uma mão, realizará a braçada com o outro braço e no momento da entrada, entrará com a mão sob a o mesmo, alternar o braço a cada volta. 3- Em decúbito ventral, com auxilio da prancha em pegada baixa, irá segura-la apenas com uma mão, realizará a braçada com o outro braço com os punhos cerrados e no momento da entrada, entrará com a mão sob a prancha evitando bater na água, alternar o braço a cada volta. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Apoio 1- Em decúbito ventral, com auxilio do polibóia entre as pernas, braços estendidos a frente da cabeça, realizar o palmateio com deslocamento para frente; 2- Em decúbito ventral, com auxilio do polibóia entre as pernas, braços estendidos a frente da cabeça, realizar o palmateio com deslocamento para tras; 3- Em decúbito ventral, com auxilio do polibóia entre as pernas, braços estendidos ao lado do corpo, realizar o palmateio. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Tração 1- Em decúbito ventral, com auxilio da prancha em pegada baixa, irá segura-la apenas com uma mão, realizara a braçada com o outro braço observando na hora da tração se esta executando a puxada em "S"; 2- Em decúbito ventral, irá realizar a braçada, observando na hora da tração a puxada em "S"; 3- Em decúbito ventral, irá realizar a braçada, fazendo a recuperação por dentro da água mesmo, observando na hora da tração a puxada em "S". NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Empurrão 1- Em decúbito ventral, com os cotovelos colado ao corpo, realizará apenas a fase da finalização alternando os braços; 2- Em decúbito ventral, com os cotovelos colados ao corpo, realizará apenas a fase da finalização com os dois braços juntos; 3- Com auxilio da prancha entre as pernas, o aluno irá executar a braçada e ao final da finalização da mesma realizará da um toque na prancha para depois fazer a recuperação NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Educativos do Nado Crawl Recuperação 1- O aluno fará a braçada e no momento da recuperação tocará com o polegar na cabeça; 2- O aluno fará a braçada e no momento da recuperação voltará arrastando o polegar junto ao corpo; 3- O aluno fará a braçada, a recuperação e quando chegar na fase da entrada voltará com o braço por fora da água para o inicio da fase da recuperação. Depois executará a recuperação novamente, para só depois da segunda recuperação trocar o braço. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Saídas do Nado Crawl Posição preparatória As regras relativas ao mergulho de saída estabelecem que, ao sinal de saída, o atleta de estar um passo atrás do bloco e se colocar sobre ele, um pouco antes da extremidade. De pé nesta posição o atleta se concentra para a largada. Aproximação e posição de saída Ao comando “as suas marcas”, o nadador deve dar um passo a frente e se posicionar para a saída colocando os pés bem fixos na extremidade para um bom apoio, os joelhos levemente flexionados e a cabeça voltada para a frente. A partir deste momento permanecerá imóvel até a largada. Partida O impulso deve ser explosivo. Assim que o nadador ouvir o sinal o centro de gravidade se desloca para a frente e impulsiona o bloco. Ao mesmo tempo os braços oscilam a frente e para cima. A cabeça começa a baixar se posicionando entre os braços. Vôo O vôo deve ser direcionado para a frente o mais longe o possível. O corpo deve estar totalmente estendido. A trajetória terá a forma de parábola rasa, de forma que ao final o nadador esteja no final do vôo numa forma levemente inclinada para baixo, com as mãos estendidas se tocando. NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Saídas do Nado Crawl Entrada A entrada deve acontecer primeiro com os dedos, com o corpo levemente inclinado em relação a superfície da água. O nadador deve manter o corpo completamente estendido facilitando a aerodinâmica. No nado crawl deve se buscar uma entrada rasa para iniciar rapidamente o nado. Deslizamento Uma vez estando na água ocorre o deslizamento, neste momento a velocidade do deslizamento é maior do que a do nado devido ao impulso gerado, deve-se usar esta potencia em benefício do nadador. Qualquer tentativa de começar o nado antes do deslizamento, tornará o nadador mais lento. Movimentos iniciais As atividades do nado devem começar o mais cedo o possível, deve iniciar as pernadas buscando levar o nadador a superfície onde a técnica do nado terá início NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Saídas do Nado Crawl Variações Clássica ou convencional Nesta saída há um aproveitamento muito grande do impulso, devido ao movimento de rotação dos braços para traz. Com isto, o nadador demora mais a entrar na água, a velocidade será então somente na horizontal. Agarre É a mais usada, pois ganha mais tempo, cerca de um quarto de segundos sobre a outra. Desequilibro pela flexão dos braços e lançamento;desequilíbrio/vôo/queda/deslize;entrada rasa. O início das atividades dentro da água dependerá do estilo a ser executado e da regra específica, no crawl começa mais cedo que os demais estilos. O deslize deve ser com mais ou menos 60cm de profundidade, posição totalmente estendida; a velocidade do deslize é maior que a velocidade do nado, devido ao impulso gerado na saída; NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Viradas do Nado CrawlDurante as provas de natação em que a distancia é longa o nadador precisa executar uma virada a fim de completar a distancia determinada. Os nadadores capazes de virar rápida e eficazmente no final de cada etapa podem aumentar consideravelmente seu empenho global. Uma boa virada depende de várias habilidades que são as seguintes: Uma rápida aproximação da parede Um toque ou ponto de rotação bem calculado Uma transição veloz do movimento linear para o rotatório Um impulso e deslizamento equilibrado, bem direcionado e hidrodinâmico O início harmonizado dos movimentos iniciais Uma técnica de retomada do nado correta NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Viradas do Nado Crawl Com o propósito de análise, a técnica global da virada foi dividida nas seguinte fases: 1- Aproximação: veloz em direção a parede;velocidade linear transformada em velocidade rotatória (virada olímpica) ; avaliação completa do momento da virada. 2- Toque: no crawl não é necessário o toque das mãos e sim qualquer parte do corpo ; no crawl é beneficiada (cambalhota da virada olímpica) 3- Rotação: deve ser rápida; corpo contraído;ação das mãos e braços para baixo;ângulo completo de 180 graus deve ser atingido antes do impulso;cabeça baixa entre os braços. 4- Impulso: um impulso firma e potente é essencial em todos os casos, pode-se tirar vantagem de um impulso submerso, evitando assim qualquer resistência causada por turbulência. 5- Deslize: corpo estendido facilitando a hidrodinâmica ; profundidade mais ou menos 45 cm 6- Movimentos Iniciais do nado: não devem acontecer muito rápido; ocorre na velocidade máxima do deslize. Só deve ser executado quando a velocidade do nadador começar a diminuir NADO CRAWL Prof. Helio Furtado Viradas do Nado Crawl Variações Simples (grampo) Uma mão toca a parede e a outra permanece atrás; Girar o corpo colocando os pés na parede;pernas flexionadas; Lançar o braço da parede para cima da cabeça; Dar o impulso com os braços a frente e estendidos. Olímpica O nadador aproxima-se da borda faz um mergulho em direção oposta Girando o tronco para que fique com o tronco voltado para baixo Impulsiona as pernas na na parede e desliza em direção a outra borda com os braços estendidos a frente. NADO CRAWL NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Posicionamento do corpo Permanece na horizontal em decúbito dorsal, realizando movimentos de rolamentos laterais, em seu eixo longitudinal. Posicionamento da cabeça A cabeça permanecerá apoiada na água, com sua parte posterior, e com o nível da água passando junto à parte posterior ou mediana das orelhas. Respiração A respiração do nado costas devera ser feita pela boca, no momento em que um dos braços estiver iniciando a recuperação e outro o apoio. A expiração deverá ser feita de preferência pelo nariz, evitando assim, o desconforto de possíveis entradas de água pelo mesmo. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Técnica da pernada Os movimentos de pernas do nado costas são realizados alternadamente, com trajetórias descendentes, ascendentes e laterais, de acordo com o rolamento do tronco. A trajetória descendente inicia-se com o dorso de um dos pés alinhando com a superfície da água, com a perna estendida, posição esta que permanecerá até o final da fase descendente. Ao final da fase descendente ocorrerá uma ligeira flexão de coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa, fazendo com que haja uma pequena flexão de joelho, seguido por uma extensão vigorosa de perna. Os pés deverão estar com flexão plantar e inversão, procurando aproveitar bem a pressão realizada pelo dorso do pé e pela perna (fase ascendente). No movimento descendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar, realizando a pressão sobre a água com a planta dos pés. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Técnica da braçada A Entrada Deve ser feita à frente da cabeça, na direção do ombro. O braço deve estar estendido, com a palma da mão voltada para fora, de modo que a ponta do dedo mínimo seja a primeira parte do braço a entrar na água. Ela deve deslizar para dentro da água, à frente, de lado, com a palma da mão ligeiramente voltada para fora. O Apoio Consiste em uma puxada para baixo e ligeiramente para o lado, em direção ao fundo da piscina, com o braço estendido. A Tração É o momento onde começará existir uma maior eficiência da braçada, onde poderemos observar uma flexão de antebraço em relação ao braço ( em torno de 90º a 100º ) fase em que a mão, cotovelo e ombro deverão estar alinhados com o braço, perpendicular ao corpo e cotovelo apontando para o fundo. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Técnica da braçada Empurrão Final Da passagem da tração para o empurrão final, haverá uma aproximação do braço e do cotovelo ao tronco, com a extensão do antebraço, projetando a mão em direção ao fundo, fazendo com que haja um rolamento do corpo para o lado posto a este braço, e uma conseqüente saída do ombro do mesmo lado. Braçada submersa: 1ª varredura para baixo: o braço afunda para puxar a água abaixo da superfície da água 1ª varredura para cima: movimento semicircular com flexão de cotovelo 2ª varredura para baixo: puxada com o braço quase na posição horizontal 2ª varredura para cima: aproximação da superfície da água para finalizar a braçada NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Técnica da braçada Coordenação Braços /Pernas A coordenação braços /pernas, no nado costas deve ser realizada de forma que o ponto máximo ascendente da pernada coincida com o empurrão final,da finalização da braçada no mesmo lado. Para cada ciclo de braçada são realizados seis movimentos de pernas. A recuperação Deverá ser feita através da elevação estendido da água, de preferência com o polegar saindo primeiro. Os braços deverão estar o mais relaxados possível, durante esta fase, até a entrada, para iniciar-se um novo ciclo. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Técnica do Nado Costas Educativos do Nado Costas Executar a pernada de costas , com auxilio de uma prancha ou de outro flutuador, apoiando atrás da cabeça. Objetivo: Facilitar a visualização, pelo aluno, da posição elevada do quadril e do movimento de pernas, sem que saiam os joelhos e os pés da água. Executar a pernada de costas, com os braços estendidos atrás da cabeça, mãos juntas e sobrepostas. Objetivo: aprimorar o trabalho de pernas e a posição do tronco, evitando: a) quadril e pernas baixos; b) cabeça profunda. Executar a pernada de costas com os braços estendidos ao lado do corpo, realizando o rolamento de tronco, sem mexer a cabeça. Objetivo: iniciar o aprendizado do rolamento de tronco do nado costas. Executar a pernada de costas, com um dos braços estendidos atrás da cabeça e o outro ao longo do corpo, realizando uma contagem de seis movimentos de pernas ou contagem mental, e logo a seguir, trocar simultaneamente os braços de posição. Objetivo: desenvolver a alternância das braçadas, evitando que um braço encontre o outro o que ocorre normalmente junto a perna. Executar o nado de costas, somente com um dos braços, em uma determinada distancia, e voltar com o outro braço, mantendo o braço que estiver parado junto ao corpo. Objetivo: aprimorar a braçada e o rolamento de tronco. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Saídas do Nado Costas Posição preparatória As regras relativas a saída de costas acontecem com o nadador dentro da água segurando a barra de saída e os pés na parede, onde o atleta se concentra para a largada. Aproximação e posição de saída Ao comando “as suas marcas”, o nadador se posiciona em condição de impulsão com os pés paralelos e joelhosflexionados.. Partida Assim que o nadador ouvir o som de partida ele lança o corpo para cima e para trás, com os braços passando pela lateral do corpo, indo juntar-se atrás da cabeça. Vôo Durante o vôo o corpo toma uma posição arqueada, quadril elevado, em virtude da elevação do corpo e da extensão dos braços para trás. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Saídas do Nado Costas Entrada e Deslizamento Nesta posição, ele entra na água, primeiramente com as mãos, iniciando um deslize, que percebendo o impulso diminuído, dá lugar a movimentos rápidos de golfinhadas até o limite de 15 metros. Movimentos iniciais Ao se aproximar da superfície o nadador inicia movimentos rápidos da pernada de costas, puxada de um dos braços, depois do outro, iniciando o nado completo NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade II Saídas do Nado Costas A saída de costas pode então ser dividia em: • Tomada de posição • Lançamento do corpo para o alto e para trás • Lançamento dos braços paralelos para trás • Entrada na água • Deslize com golfinhada submersa de costas ( max. 15m) • Batimento de pernas • Puxada de um dos braços e chegada a superfície • Início do nado completo NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade I Viradas do Nado Costas Variações Simples : Aproximando-se da parede o nadador coloca uma das mão e executa em torno do eixo de propulsão, tendo o corpo voltado para o mesmo lado que encostou na parede e a outra permanece atrás. Neste momento ele gira o corpo colocando os pés na parede com as pernas flexionadas e lança os braços paralelos para trás da cabeça, executando o impulso com os braços a e estendidos. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade I Viradas do Nado Costas Variações Olímpica: Ao cruzar as bandeiras que servem para orientar o nadador em sua vidada, este saberá o numero de braçadas até aborda. Ao iniciar o ultimo ciclo de braçadas, é permitido ao nadador virar para decúbito ventral, sem efetuar pernadas e braçadas de crawl. Neste momento realiza a cambalhota, terminando a na posição de costas. Após tocar na borda com os pés, executa o impulso e realiza as golfinhadas até a distancia máxima de 15 metros. Ao se aproximar da superfície o nadador inicia movimentos rápidos da pernada de costas, puxada de um dos braços, depois do outro, iniciando o nado completo NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado NADO PEITO NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Técnica da pernada 1. A pernada de peito requer uma boa flexibilidade, Já que, para um bom posicionamento dos pés, no momento da flexão máxima das pernas e no decorrer da extensão, é necessário realizar uma dorsiflexão com eversão, para que os mesmos realizem um eficiente apoio na água com a planta dos pés. 2. A flexão da coxa sobre o tronco deve ser o suficiente para que os pés não saiam fora da água, pois se houver um rebaixamento grande das mesmas, aumentará a resistência frontal ao deslocamento, prejudicando a propulsão. 3. A Flexão da perna sobre a coxa deve ser a máxima possível, aproximando os pés dos glúteos, obtendo assim maior amplitude de movimento. 4. Na posição máxima de flexão, os joelhos devem apontar para o fundo da piscina, e não para os lados, ou seja, deverá haver uma rotação medial das coxas para evitar um grande afastamento dos joelhos. 5. Na finalização da pernada, quando as pernas se estenderem, os pés se unirão, com as plantas voltadas uma para outra, através da flexão plantar e inversão dos pés. 6. O movimento de flexão dos pernas (recuperação) deverá ser um movimento mais descontraído (com menor gasto energético), e a extensão, onde se realiza o apoio necessário para o deslocamento, deverá ser executada com vigor e potencia. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Técnica da braçada 1. A braçada do nado peito, caracteriza-se por possuir ênfase na lateralidade dos movimentos. 2. Partindo com os braços estendidos à frente da cabeça, mãos juntas, o início da braçada é realizado com pressão para os lados e ligeiramente para o fundo (fase de apoio da braçada), sem grande abertura, para que no momento da tração (movimento de aproximação dos braços), as mãos não ultrapassem a linha dos ombros. 3. Após o apoio da braçada, teremos a tração, que é o movimento de pressão do antebraço, inicialmente para dentro e para o fundo e após para dentro e para cima. Neste momento existirá uma flexão do antebraço sobre o braço e uma adução do braço junto ao corpo, com união das mãos. Na conclusão deste movimento, as mãos deverão estar juntas `a frente do corpo. Esta é a fase mais potente da braçada. 4. Após a tração, começa a ultima fase do ciclo da braçada, a recuperação que é a fase de direcionamento das mãos a frente, próximas a superfície, quando ao final desta, ocorrerá o deslize, e após inicia-se um novo ciclo de braçadas. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Fases da Braçada 1 - Deslizamento 2 - Agarre 3 - Tração 4 - Recuperação 5 - Lançamento NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito A Respiração Durante a pressão inicial da braçada (apoio), o nadador deverá realizar a expiração. Quando o nadador estivar realizando a tração, ele estará elevando o tronco e conseqüentemente retirando o rosto da água, realizando a inspiração. No momento do lançamento dos braços à frente, na recuperação, ele retornará o rosto na água. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Coordenação- Braços e Pernas A coordenação do nado peito, de braços e pernas caracteriza-se por movimentos alternados: Apoio da braçada – as pernas permanecem estendidas Tração da braçada - as pernas permanecem estendidas Início da recuperação da braçada – recuperação das pernas Segunda metade da recuperação da braçada – inicio da ação e pressão das pernas Final da recuperação da braçada - final da ação e pressão das pernas (extensão) NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Educativos de Pernada • Em pé dentro d'água, de costas para borda e encostado nela, flexionar uma das pernas, virar a ponta do pé para fora, empurrar a água para baixo descrevendo uma meia lua (repetir com a outra perna). • Caso a borda seja baixa em relação ao nível da água, segurar a borda e flexionar as duas pernas sobre as coxas, virar a ponta dos pés para fora e empurrar a água com a sola dos pés para trás e para baixo até uni-las (no caso de borda alta, trabalhar com um colega segurando as suas mãos). • Executar a pernada de peito em D.D. com a prancha apoiada na cabeça, visualizando o movimento de forma que não haja flexão da coxa sobre o tronco e sim flexão da perna sobre o tronco. • Executar a pernada de peito em D.V. com o auxílio da prancha, atento a pressão realizada pela planta dos pés, durante a extensão, respirando a cada três pernadas. • Deslizar em decúbito ventral, braços esticados à frente, uma das mãos sobre a outra, rosto dentro d'água, executar a pernada (aproveitar o deslize antes de iniciar novo ciclo de pernada). • Braços ao longo do corpo, em decúbito ventral, flexionar as pernas e tentar tocar os calcanhares nas mãos, empurrar a água fazendo força para trás e para dentro. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Educativos de Pernada • Segurando a prancha com as duas mãos, rosto dentro d'água, executar a pernada e aproveitar o deslize. • Sem prancha, em decúbito dorsal, executar a pernada nessa posição sem tirar os joelhos da água. • Com a prancha, em decúbito dorsal, segurando a prancha sobre as pernas com os braços esticados, executar a pernada. • Na parte mais funda da piscina, de pé abraçado a duas pranchas, flexionaras pernas sobre as coxas, virar a ponta dos pés para forae empurrar a água para baixo. • Em decúbito dorsal, segurando a prancha com as duas mãos, braços esticados para trás, executar a pernada. • Com a prancha em DV, realizar a respiração frontal a cada 2 pernadas NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Educativos de Braçada • Executar o movimento de braçada de peito, em D.V., na borda da piscina ( o aluno deverá visualizar detalhadamente o movimento). • Realizar a pernada de crawl, deixando o braço estendido à frente e o outro ao longo do corpo. Palma da mão voltada para fora, tracionar o braço até a linha do ombro, movimentar a mão realizando a tração para baixo e depois para dentro, flexão do cotovelo até a linha do ombro, lançar o braço estendido à frente (repetir com o outro braço). • Na mesma posição do exercício anterior, trabalhar os dois braços ao mesmo tempo. Tracionar os braços até a linha dos ombros levando as mãos para o fundo e depois para dentro com a flexão dos cotovelos, unir as mãos e lançar os braços para frente. • Com um macarrão apoiado nas axilas, executando a pernada de Crawl, realizar o movimento de braçada de peito, mantendo o rosto fora da água, para visualizar o movimento. Objetivo: Utilizar o macarrão como referência, buscando a amplitude correta da execução da braçada. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Saídas Esta saída é denominada Filipina Todo o processo inicial da saída, em uma prova de peito, é semelhante ao desenvolvido nas provas de crawl, as diferenças estão a partir do deslize realizado logo após a entrada na água. São eles: 1.Após a entrada na água, o nadador deverá permanecer com o corpo bem alinhado, com os braços estendidos `a frente e com as mãos juntas e sobrepostas. 2.No momento em que sentir que a sua velocidade de deslocamento está começando a diminuir, ele deverá realizar a primeira braçada, semelhante ao movimento da fase aquática ao movimento da fase aquática de golfinho, permanecendo com os braços colados ao corpo, até o momento em que sua velocidade de deslocamento submerso é significativa. 3.A seguir o nadador, ainda submerso, fará a recuperação dos braços, sob o corpo, mantendo mãos, antebraços e cotovelos o mais próximo o possível do corpo, minimizando a resistência frontal, criada por essa movimentação. 4.A partir do momento que as mãos estiverem passando sobre o rosto, as pernas iniciarão a recuperação. Assim que os braços estenderem na frente do corpo, o nadador deverá realizar a pernada, deslizando em direção a superfície e iniciando o nado de peito. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade III Técnica do Nado Peito Viradas 1.O nadador ao se aproximar da borda para realizar a virada, deverá ajustar o ritmo das braçadas, de forma que toque na mesma com as duas mãos, simultaneamente e com os braços estendidos. 2. Após o toque `a borda, o nadador deverá retirar um dos braços, numa ação semelhante a uma cotovelada, por dentro da água e junto ao corpo, direcionando o braço em direção a borda oposta.Durante este movimento, simultaneamente, as pernas estarão flexionando e se dirigindo a borda, juntamente com o quadril. 3.O outro braço, que não havia saído da borda, deverá realizar uma ligeira pressão à borda, auxiliando a sua recuperação, flexionado por sobre a cabeça. Neste momento o nadador para logo a seguir, em decúbito lateral submerso,unir as mãos para realizar o impulso na borda. No momento em que as mãos juntam-se à frente do corpo, os pés estarão tocando na borda, na mesma profundidade do quadril, com as pernas em ângulo de 90º. 4.A partir daí, o nadador realizará a Filipina como na saída do nado peito. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta Posicionamento do corpo O corpo permanece na horizontal em decubito ventral, e caracteriza-se por ações simultâneas de braços e pernas. Posicionamento da cabeça O rosto fica em contato com a água, mantendo-se o nível da água na parte superior da cabeça, ou seja haverá uma maior aproximação do queixo em direção ao pescoço e um conseqüente abaixamento da cabeça. Respiração Durante o momento em que o rosto permanece dentro da água, o nadador realizará a expiração, através da boca, nariz ou boca/nariz. A inspiração deve ser feita, logo a pós a expiração, através de uma ligeira elevação da cabeça, mantendo o queixo na linha da água(respiração frontal). Alguns nadadores optam pela respiração lateral. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta A respiração pode ser classificada de acordo com o numero de braçadas realizadas para cada inspiração, ou seja: Respiração na primeira braçada - 1X1 (um por um ) – não recomendada para o aluno iniciante Respiração na segunda braçada - 2X1 (dois por um ) Respiração na terceira braçada - 3X1 (três por um ) E assim sucessivamente. Técnica da pernada Os movimentos de pernas do nado golfinho são realizados, simultaneamente, com trajetórias descendentes e ascendentes.A trajetória descendente inicia-se com o calcanhar de um dos pés alinhando com a superfície da água, momento em que ocorrerá uma ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a coxa fazendo com que haja um pequeno abaixamento dos joelhos, para uma posterior extensão vigorosa da perna. Os pés deverão estar em flexão plantar e em inversão, procurando aproveitar bem a pressão realizada pelo dorso do pé e pela perna. No movimento ascendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar, realizando a pressão sobre a água com a planta do mesmo. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta Técnica da braçada A Entrada Deve ser feita à frente da cabeça, com as mãos em direção da linha dos ombros.O braço deve estar ligeiramente flexionado, com o cotovelo um pouco acima das mãos, de modo em que as pontas dos dedos sejam a primeira parte do braço a entrar na água. As mãos devem deslizar para dentro da água, à frente, de lado, com a palma da mão ligeiramente voltada para fora. O Apoio Consiste em uma puxada para os lados,com os braços estendidos, não deixando haver uma abertura exagerada. A Tração Após o apoio inicia-se a flexão dos antebraços em relação aos braços, mantendo-se os cotovelos altos e com uma trajetória das mãos em direção a linha mediana do corpo, e para o fundo. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta Técnica da braçada O Empurrão É o momento onde começará a existir uma maior eficiência da braçada, quando poderemos observar uma flexão de antebraço em relação ao braço, fase em que as mãos, cotovelos e ombros, deverão estar alinhados sob o corpo. A partir daí, haverá uma aproximação dos braços e cotovelos ao tronco, passando a existir uma maior pressão de movimento, em relação aos anteriores. A recuperação Deverá ser feita através da elevação dos cotovelos, flexionando os antebraços em relação aos braços e projetando as mãos à frente, com os braços passando lateralmente ao corpo, paralelos a superfície da água. Os braços deverão estar o mais relaxados possível, durante esta fase, até a entrada, para iniciar-se um novo ciclo. Finalização No empurrão final, haverá uma extensão do antebraço vigorosa, retirando-se logo a seguir as mãos da água, próximas ao quadril. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta Coordenação Braços /Pernas Educativos do Nado Golfinho Executar a pernada de golfinho , segurando a prancha na horizontal e no nível da água (pequena e grande pegada). Respirando a cada 4 pernadas, procurando não perder o ritmo do movimento da pernada. Objetivo: desenvolver a técnica da pernada, com o ritmo semelhante ao da execução do nado Executar a pernada de golfinho, cabeça bem encaixada (queixo próximo ao pescoço), junto coma braçada de crawl ( somenteum dos braços, alternando a ida direito a volta esquerdo), respirando sempre na segunda braçada. Objetivo: desenvolver a coordenação braços e pernas. A coordenação braços /pernas, no nado golfinho deverá ser realizada de forma que para cada ciclo de braçada, realizem-se dois movimentos de pernas e para que o ponto máximo descendente destas pernadas coincida com: 1º com o início do apoio 2ºcom o empurrão final,da finalização da braçada. NATAÇÃO II Prof. Helio Furtado Unidade IV Técnica do Nado Borboleta Executar a pernada de golfinho, com os braços estendidos ao lado do corpo, sem diexar os pés sairem fora da água, executando a respiração frontal, a cada quatro pernadas. Objetivo:aperfeiçoar a pernada
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