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CÁLCULO DIFERENCIAL 
 E 
INTEGRAL 
 
Notas de aula para o Curso de Tecnologia em Mecatrônica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.
a
 Paula Francis Benevides 
2006 
 
Ministério da Educação 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Campus Curitiba 
Gerência de Ensino e Pesquisa 
Departamento Acadêmico de Matemática 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
AULA 1 ............................................................................................................................. 7 
1 - FUNÇÕES ..................................................................................................................... 7 
1.1 CONCEITO MATEMÁTICO DE FUNÇÃO .................................................................................. 7 
1.2 DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO .................................................................................................... 8 
1.3 NOTAÇÃO DE FUNÇÃO ..................................................................................................... 9 
1.4 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO ..................................................... 10 
1.5 FUNÇÃO COMPOSTA ..................................................................................................... 11 
1.6 FUNÇÃO INVERSA ......................................................................................................... 12 
1.6.1 Determinação da Função Inversa ........................................................................ 12 
AULA 2 ........................................................................................................................... 14 
2. FUNÇÃO POLINOMIAL............................................................................................. 14 
2.1 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU ................................................................................... 14 
2.1.1 Função linear........................................................................................................ 14 
2.1.2 Gráfico de uma função polinomial do 1o grau ..................................................... 15 
2.1.3 Determinação de uma função a partir do gráfico ............................................... 15 
2.1.4 Crescimento e decrescimento de uma função polinomial do 1o grau ................. 16 
2.1.5 Estudo do sinal da função polinomial do 1o grau ................................................ 17 
2.1.5.1 Zero de uma função polinomial do 1o grau .................................................................................................. 17 
2.1.5.2 Quadro de sinais da função polinomial do 1o grau ...................................................................................... 18 
2.2 INEQUAÇÕES DO 1O GRAU .............................................................................................. 18 
2.2.1 Resolução de inequações do 1o grau ................................................................... 19 
2.2.2 Sistemas de inequações do 1o grau ..................................................................... 19 
2.2.3 Inequação-produto e inequação-quociente......................................................... 20 
AULA 3 ........................................................................................................................... 23 
2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2O GRAU ................................................................................... 23 
2.3.1 Gráfico de uma função quadrática ...................................................................... 23 
2.3.2 Concavidade ......................................................................................................... 23 
2.3.3 Zeros de uma função quadrática ......................................................................... 24 
2.3.4 Vértice da parábola ............................................................................................. 24 
2.3.5 Gráfico de uma parábola ..................................................................................... 25 
2.3.6 Estudo do sinal da função quadrática ................................................................. 26 
2.4 INEQUAÇÕES DO 2O GRAU .............................................................................................. 26 
2.4.1 Resolução de inequações do 2o grau ................................................................... 27 
2.4.2 Sistemas de inequações do 2o grau ..................................................................... 28 
2.4.3 Inequação-produto e inequação-quociente......................................................... 29 
AULA 4 ........................................................................................................................... 32 
3. FUNÇÃO EXPONENCIAL ........................................................................................... 32 
3.1 REVISÃO DE POTENCIAÇÃO ............................................................................................. 32 
3.1.1 Potências com expoente natural ......................................................................... 32 
3.1.2 Potências com expoente inteiro ........................................................................... 32 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
3 
 
 
3.1.3 Potências com expoente racional ........................................................................ 32 
3.1.4 Potências com expoente real ............................................................................... 32 
3.1.4.1 Propriedades ................................................................................................................................................. 32 
3.2 EQUAÇÕES EXPONENCIAIS .............................................................................................. 33 
3.2.1 Resolução de equações exponenciais .................................................................. 34 
3.2.2 Resolução de equações exponenciais com o uso de artifícios ............................. 35 
3.3 FUNÇÃO EXPONENCIAL................................................................................................... 35 
3.3.1 Gráfico da função exponencial no plano cartesiano ........................................... 35 
3.3.2 Características da função exponencial ................................................................ 36 
3.4 INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS ............................................................................................ 37 
3.4.1 Resolução de inequações exponenciais ............................................................... 37 
AULA 5 ........................................................................................................................... 39 
4. FUNÇÃO LOGARÍTMICA........................................................................................... 39 
4.1 DEFINIÇÃO DE LOGARITMO ............................................................................................. 39 
4.2 CONSEQÜÊNCIAS DA DEFINIÇÃO ....................................................................................... 39 
4.3 PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS .................................................................................... 40 
4.4 COLOGARITMO ............................................................................................................. 40 
4.5 MUDANÇA DE BASE ....................................................................................................... 40 
4.6 FUNÇÃO LOGARÍTMICA .................................................................................................. 42 
4.6.1 Gráfico da função logarítmica no plano cartesiano ............................................ 42 
4.7 INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS ...........................................................................................43 
AULA 6 ........................................................................................................................... 45 
5. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ................................................................................ 45 
5.1 SENO E COSSENO DE UM ARCO: ....................................................................................... 45 
5.1.1 Conseqüências: .................................................................................................... 45 
5.1.2 Função seno e função cosseno ............................................................................. 45 
5.1.3 Gráfico das funções seno e cosseno..................................................................... 45 
5.1.3.1 Função seno: .................................................................................................................................................. 45 
5.1.3.2 Conclusões ..................................................................................................................................................... 46 
5.1.3.3 Seno é função ímpar ..................................................................................................................................... 46 
5.1.3.4 Função cosseno ............................................................................................................................................. 46 
5.1.3.5 Conclusões ..................................................................................................................................................... 46 
5.1.3.6 Cosseno é função par .................................................................................................................................... 47 
5.2 TANGENTE DE UM ARCO ................................................................................................. 47 
5.2.1 Conseqüências ..................................................................................................... 48 
5.2.2 Função tangente .................................................................................................. 48 
5.2.3 Gráfico da função tangente ................................................................................. 48 
5.2.4 Conclusões ........................................................................................................... 48 
5.2.5 Tangente é uma função ímpar ............................................................................. 49 
5.3 COTANGENTE DE UM ARCO ............................................................................................. 49 
5.3.1 Conseqüências ..................................................................................................... 49 
5.3.2 Função cotangente .............................................................................................. 49 
5.3.3 Gráfico da função cotangente ............................................................................. 50 
5.3.4 Conclusões ........................................................................................................... 50 
5.3.5 Cotangente é uma função ímpar ......................................................................... 50 
5.4 SECANTE E COSSECANTE DE UM ARCO ............................................................................... 50 
5.4.1 Função secante e cossecante ............................................................................... 51 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
4 
 
 
5.4.2 Gráfico da função secante ................................................................................... 51 
5.4.3 Conclusões ........................................................................................................... 51 
5.4.4 Gráfico da função cossecante .............................................................................. 52 
5.4.5 Conclusões ........................................................................................................... 52 
5.5 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ......................................................................................... 52 
5.5.1 Usando o teorema de Pitágoras .......................................................................... 53 
5.5.2 Usando semelhança entre triângulos .................................................................. 53 
5.5.3 Identidades trigonométricas ................................................................................ 54 
5.5.3.1 Processo para demonstrar identidades........................................................................................................ 55 
AULA 7 ........................................................................................................................... 58 
6. LIMITES ................................................................................................................... 58 
6.1 NOÇÃO INTUITIVA:........................................................................................................ 58 
6.1.1 Propriedades: ....................................................................................................... 58 
AULA 8 ........................................................................................................................... 62 
6.2 LIMITES INFINITOS: .................................................................................................. 62 
6.2.1 Igualdades Simbólicas: ......................................................................................... 62 
6.2.1.1 Tipo Soma: ..................................................................................................................................................... 62 
6.2.1.2 Tipo Produto: ................................................................................................................................................. 62 
6.2.1.3 Tipo Quociente: ............................................................................................................................................. 62 
6.2.1.4 Tipo Potência: ................................................................................................................................................ 62 
AULA 9 ........................................................................................................................... 65 
6.3 LIMITES TRIGONOMÉTRICOS: .................................................................................. 65 
AULA 10.......................................................................................................................... 68 
6.4 LIMITES DE FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICAS: ........................................... 68 
AULA 11.......................................................................................................................... 71 
6.5 LIMITES LATERAIS: ................................................................................................... 71 
AULA 12.......................................................................................................................... 73 
7. ASSÍNTOTAS HORIZONTAIS E VERTICAIS ................................................................. 73 
7.1 INTRODUÇÃO: ......................................................................................................... 73 
7.2 ASSÍNTOTA VERTICAL .............................................................................................. 73 
7.3 ASSÍNTOTA HORIZONTAL ........................................................................................ 73 
8. FUNÇÕES CONTÍNUAS ............................................................................................. 74 
8.1 DEFINIÇÃO: ..............................................................................................................74 
AULA 13.......................................................................................................................... 77 
9. DERIVADAS ............................................................................................................. 77 
9.1 INTRODUÇÃO: ......................................................................................................... 77 
9.2 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE ANGULAR DA RETA TANGENTE AO GRÁFICO DE 
UMA FUNÇÃO EM UM DETERMINADO PONTO DESTE GRÁFICO: ................................................... 77 
9.3 DEFINIÇÃO: .............................................................................................................. 79 
9.3.1 Outras notações para a função derivada: ........................................................... 80 
9.4 SIGNIFICADO FÍSICO DA DERIVADA; ........................................................................ 80 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
5 
 
 
9.5 REGRAS DE DERIVAÇÃO: .......................................................................................... 82 
9.5.1 Derivada de função Algébrica: ............................................................................. 83 
AULA 14.......................................................................................................................... 85 
9.5.2 Derivada de Funções Exponenciais e Logarítmicas: ............................................ 85 
AULA 15.......................................................................................................................... 87 
9.5.3 Derivada de Funções Trigonométricas: ............................................................... 87 
AULA 16.......................................................................................................................... 89 
9.6 DERIVADAS SUCESSIVAS .......................................................................................... 89 
9.7 REGRAS DE L’HOSPITAL ........................................................................................... 89 
AULA 17.......................................................................................................................... 92 
9.8 APLICAÇÃO DAS DERIVADAS.................................................................................... 92 
9.8.1 Taxas de Variação Relacionadas ......................................................................... 92 
9.8.2 Máximos e Mínimos ............................................................................................. 93 
9.8.2.1 Introdução: .................................................................................................................................................... 93 
9.8.2.2 Determinação dos Máximos e Mínimos locais: ........................................................................................... 95 
9.8.2.3 Crescimento e Decrescimento de funções: .................................................................................................. 95 
9.8.2.4 Teste da Derivada Primeira: .......................................................................................................................... 96 
9.8.2.5 Concavidade e Teste da Derivada Segunda: ................................................................................................ 97 
AULA 18.......................................................................................................................... 99 
10. INTEGRAIS ........................................................................................................... 99 
10.1 INTRODUÇÃO: ......................................................................................................... 99 
10.1.1 NOTAÇÃO: .......................................................................................................... 99 
10.2 INTEGRAIS IMEDIATAS ............................................................................................. 99 
AULA 19........................................................................................................................ 107 
10.3 INTEGRAIS POR PARTES ......................................................................................... 107 
AULA 20........................................................................................................................ 110 
10.4 INTEGRAÇÃO COM APLICAÇÃO DE IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS ................ 110 
AULA 21........................................................................................................................ 115 
10.5 INTEGRAÇÃO POR FRAÇÕES PARCIAIS ................................................................... 115 
AULA 22........................................................................................................................ 120 
10.6 INTEGRAL DEFINIDA: ............................................................................................. 120 
10.6.1 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA: ...................................................................... 121 
10.6.2 PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS .................................................... 122 
AULA 23........................................................................................................................ 124 
10.6.3 APLICAÇÕES DE INTEGRAL DEFINIDA............................................................... 124 
10.6.3.1 CÁLCULO DE ÁREAS DE UMA REGIÃO PLANA .......................................................................................... 124 
10.6.3.2 ÁREA DA REGIÃO LIMITADA POR DUAS FUNÇÕES: ................................................................................. 127 
AULA 24........................................................................................................................ 130 
10.6.3.3 VOLUME DE UM SÓLIDO DE REVOLUÇÃO: .............................................................................................. 130 
AULA 25........................................................................................................................ 132 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
6 
 
 
11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS................................................................................... 132 
11.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 132 
11.2 DEFINIÇÃO ................................................................................................................ 133 
11.3 CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................................... 133 
11.3.1 Tipo: ................................................................................................................. 133 
11.3.2 Ordem: ............................................................................................................. 133 
11.3.3 Grau: ................................................................................................................ 134 
11.3.4 Linearidade: ..................................................................................................... 134 
11.4 ORIGEM DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: .......................................................................... 135 
AULA 26........................................................................................................................ 138 
11.5 RESOLUÇÃO ............................................................................................................... 138 
11.5.1 Curvas Integrais: ..............................................................................................138 
11.5.2 Solução: ............................................................................................................ 138 
11.5.3 Problema de Valor Inicial (PVI) ........................................................................ 139 
11.5.4 Teorema da Existência de uma única solução ................................................. 140 
11.6 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS AUTÔNOMAS ........................................................................... 141 
11.7 EQUAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM E PRIMEIRO GRAU ........................................... 143 
11.7.1 Equações de variáveis separáveis .................................................................... 143 
11.7.1.1 Resolução: .................................................................................................................................................. 143 
AULA 27........................................................................................................................ 147 
11.8 EQUAÇÕES HOMOGÊNEAS ............................................................................................ 147 
11.8.1 Função Homogênea ......................................................................................... 147 
11.8.2 Equação Homogênas ....................................................................................... 147 
11.8.2.1 Resolução: .................................................................................................................................................. 148 
AULA 28........................................................................................................................ 150 
11.9 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EXATAS .................................................................................. 150 
11.9.1 Fator Integrante ............................................................................................... 152 
AULA 29........................................................................................................................ 155 
11.10 EQUAÇÕES LINEARES: ................................................................................................. 155 
11.10.1 Fator Integrante: ............................................................................................ 155 
11.10.2 Substituição ou de Lagrange: ........................................................................ 157 
AULA 30........................................................................................................................ 160 
11.11 EQUAÇÕES NÃO LINEARES DE PRIMEIRA ORDEM REDUTÍVEIS A LINEARES: .............................. 160 
11.11.1 Equações de Bernoulli: ................................................................................... 160 
AULA 31........................................................................................................................ 163 
11.11.2 Equação de Ricatti ......................................................................................... 163 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
7 
 
 
3210
1
2
3
4
5
6
y
x
7
8
9
10
AULA 1 
1 - FUNÇÕES 
1.1 CONCEITO MATEMÁTICO DE FUNÇÃO 
Definição 1: Domínio da função é o conjunto de todos os valores dados para a variável 
independente. 
Definição 2: Imagem da função é o conjunto de todos os valores correspondentes da 
variável dependente. 
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas, o domínio e a imagem são conjuntos 
numéricos, e podemos definir com mais rigor o que é uma função matemática utilizando a 
linguagem da teoria dos conjuntos. 
Para isso, temos que definir antes o que é um produto cartesiano e uma relação entre dois 
conjuntos. 
Definição 3: Produto cartesiano: Dados dois conjuntos não vazios 
A
 e 
B
, denomina-se 
produto cartesiano (indica-se: 
A

B
) de 
A
 por 
B
 o conjunto formado pelos pares ordenados nos 
quais o primeiro elemento pertence a 
A
 e o segundo pertence a 
B
. 
A

B
{(
x
,
y
)/ 
x

A
 e 
y

B
}. 
Definição 4: Relação: Dados dois conjuntos 
A
 e 
B
, dá-se o nome de relação 
r
 de 
A
 em 
B
 a qualquer subconjunto de 
A

B
. 
r
 é relação de 
A
 em 
B
  
r

A

B
. 
 
Exemplo: 
 Sejam os conjuntos 
A
{0,1,2,3}, 
B
{0,2,4,6,8,10} e a relação 
r
 de 
A
 em 
B
, tal que 
y
2
x
, 
x

A
 e 
y

B
. Escrever os elementos dessa relação 
r
. 
 
Como 
x

A
: 
x
0  
y
0  (0,0)
A

B
; 
x
1  
y
2  (1,2)
A

B
; 
x
2  
y
4  (2,4)
A

B
; 
x
3  
y
6  (3,6)
A

B
. 
Então, 
r
{(0,0), (1,2), (2,4), (3,6)}. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Representação da relação por diagrama. Representação da relação por sistema cartesiano. 
0
0A B
1
2
3
2
4
6
8
10
r
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8 
 
 
0
A B
2
5
0
2
5
10
20
-2
Obs.: Podemos observar que, numa relação 
r
 de 
A
 em 
B
, o conjunto 
r
 é formado pelos 
pares (
x
,
y
) em que o elemento 
x

A
 é associado ao elemento 
y

B
 mediante uma lei de 
associação (no caso, 
y
2
x
). 
 
1.2 DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO 
Definição 5: Sejam 
A
 e 
B
 dois conjuntos não vazios e 
f
 uma relação de 
A
 em 
B
. Essa 
relação 
f
 é uma função de 
A
 em 
B
 quando a cada elemento 
x
 do conjunto 
A
 está associado um 
e apenas um elemento 
y
 do conjunto 
B
. 
Nos exercícios a seguir, verifique se as relações representam função de 
A
 em 
B
. Juntifique 
sua resposta e apresente o diagrama da relação. 
 
Exemplos: 
1) Dados os conjuntos 
A
{0,5,15} e 
B
{0,5,10,15,20,25}, seja a relação de 
A
 em 
B
 
expressa pela fórmula 
y

x
5, com 
x

A
 e 
y

B
. 
 
x
0  
y
5  (0,5)
A

B
; 
x
5  
y
10  (5,10)
A

B
; 
x
15  
y
20  (15,20)
A

B
. 
 Todos os elementos de 
A
 estão associados a elementos de 
B
. 
 A cada elemento de 
A
 está associado um único elemento de 
B
. 
Neste caso, a relação de 
A
 em 
B
 expressa pela fórmula 
y

x
5 é uma função de 
A
 em 
B
. 
 
2) Dados os conjuntos 
A
{2,0,2,5} e 
B
{0,2,5,10,20}, seja a relação de 
A
 em 
B
 
expressa pela fórmula 
y

x
, com 
x

A
 e 
y

B
. 
 
 
 
 
 
 
 
x
0  
y
0  (0,0)
A

B
; 
x
2  
y
2  (2,2)
A

B
; 
x
5  
y
5  (5,5)
A

B
. 
 O elemento 2 de 
A
 não está associado a nenhum elemento de 
B
. 
Neste caso, a relação de 
A
 em 
B
 não é uma função de 
A
 em 
B
. 
 
0
0A B
5
15
5
10
15
20
25
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
9 
 
 
3) Dados os conjuntos A {3,1,1,3} e B {1,3,6,9}, seja a relação de 
A
 em 
B
 expressa 
pela fórmula 
2xy 
, com 
Ax
 e 
By
 
 
x
3  
y
9  (3,9)
A

B
; 
x
1  
y
1  (1,1)
A

B
; 
x
1  
y
1  (1,1)
A

B
; 
x
3  
y
9  (3,9)
A
B
. 
 Todos os elementos de 
A
 estão associados a elementos de 
B
. 
 A cada elemento de 
A
 está associado um único elemento de 
B
. 
Neste caso, a relação de 
A
 em 
B
 expressa pela fórmula 
y

2x
 é uma função de 
A
 em 
B
. 
 
4) Dados os conjuntos A {16,81} e B {2,2,3}, seja a relação de A em B expressa pela 
fórmula 
xy 4
, com 
Ax
 e 
By
. 
 
 
x
16  
y
2 ou 
y
2  (16,2) e (16,2)
A

B
; 
x
81  
y
3  (81,3)
A

B
. 
 Todos os elementos de 
A
 estão associados a elementos de 
B
. 
 O elemento 16 do conjunto 
A
 está associado a dois elementos do conjunto 
B
. 
 Neste caso, a relação de 
A
 em 
B
 não é uma função de 
A
 em 
B
. 
 
1.3 NOTAÇÃO DE FUNÇÃO 
Quando temos uma função de 
A
 em 
B
, podemos representá-la da seguinte forma: 
f
:
A

B
 (lê-se: função de 
A
 em 
B
) 
x 
y
 (lê-se: a cada valor de 
x

A
 associa-se um só valor 
y

B
) 
A letra 
f
, em geral, dá o nome às funções, mas podemos ter também a função 
g
, 
h
, etc. 
Numa função 
g
:
R

R
, dada pela fórmula 
y
 2x 8, podemos também escrever 
g
(
x
) 2x
8. Neste caso, 
g
(
2
) significa o valor de 
y
 quando 
x

2
, ou 
g
(
2
)6. 
A B
1
3
1
3
6
9
-3
-1
A B
81
-2
2
3
16
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
10 
 
 
A B
0
2
0
1
2
3
4
-3
-1
-1
1.4 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO 
 Uma função 
f
 com domínio 
A
 e imagens em 
B
 será denotada por: 
f
:
A

B
 (função que associa valores do conjunto 
A
 a valores do conjunto 
B
) 
x 
y

f
(
x
) (a cada elemento 
x

A
 corresponde um único 
y

B
) 
O conjunto 
A
 é denominado domínio da função, que indicaremos por 
D
. O domínio da 
função também chamado campo de definição ou campo de existência da função, serve para definir 
em que conjunto estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a variável 
x
. 
O conjunto 
B
 é denominado contradomínio da função, que indicaremos por 
CD
. É no 
contradomínio que estão os elementos que podem corresponder aos elementos do domínio. 
Cada elemento 
x
 do domínio tem um correspondente 
y
 no contradomínio. A esse valor de 
y
 damos o nome de imagem de 
x
 pela função 
f
. O conjunto de todos os valores de 
y
 que são 
imagens de valores de 
x
 forma o conjunto imagem da função, que indicaremos por 
Im
. Note que o 
conjunto imagem da função é um subconjunto do contradomínio da mesma. 
f
:
A

B
 
x 
y

f
(
x
) 
D

A
, 
CD

B
, 
Im
{
y

CD
/ 
y
 é correspondente de algum valor de 
x
}. 
 
Exemplos: 
 
1) Dados os conjuntos 
A
{3,1,0,2} e 
B
{1,0,1,2,3,4}, determinar o conjunto imagem 
da função 
f
:
A

B
 definida por 
f
(
x
)
x
2. 
f
(3)(3)21 
f
(1)(1)21 
f
(0)(0)22 
f
(2)(2)24 
 
 
 
Im
{1,1,2,4} 
 
2) Dada a função 
f
:
R

R
 definida por 
f
(
x
)
a x

b
, com 
a
,
b

R
, calcular 
a
 e 
b
, 
sabendo que 
f
(1)4 e 
f
(1)2. 
 
A lei de formação da função é 
f
(
x
)
a x

b
 ou 
y

a x

b
. 
f
(1)4  
x
1 e 
y
4  4
a
1
b
 (i) 
f
(1)2  
x
1 e 
y
2  2
a
(1)
b
 (ii) 
De (i) e (ii), temos: 
 
 
b
1 e 
a
3 
 
a
3 e 
b
1  
f
(
x
)3
x
1. 
 
a
  
b
  4 

a
  
b
  2 
 2
b
  2 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
11 
 
 
A B C
g
h
f
x
y z
1.5 FUNÇÃO COMPOSTA 
Tome as funções 
f
:
A

B
, definida por 
f
(
x
)2
x
, e 
g
:
B

C
, definida por 
g
(
x
)
2x
. 
Note que o contradomínio 
B
 da função 
f
 é o mesmo domínio da função 
g
. 
f
:
A

B
: a cada 
x

A
 associa-se um único 
y

B
, tal que 
y
2
x
. 
g
:
B

C
: a cada 
y

B
 associa-se um único 
z

C
, tal que 
z

2y
. 
Neste caso, podemos considerar uma terceira função, 
h
:
A

C
, que faz a composição entre 
as funções 
f
 e 
g
: 
 
 
 
 
 
 
 
h
:
A

C
: a cada 
x

A
 associa-se um único 
z

C
, tal que 
z

2y

22 )( x
4
2x
. 
Essa função 
h
 de 
A
 em 
C
, dada por 
h
(
x
) 4
2x
, é denominada função composta de 
g
 e 
f
. 
De um modo geral, para indicar como o elemento 
z

C
 é determinado de modo único pelo 
elemento 
x

A
, escrevemos: 
z

g
(
y
)
g
(
f
(
x
)) 
 
Notação: 
A função composta de 
g
 e 
f
 será indicada por 
g

f
 (lê-se: 
g
 círculo 
f
) 
(
g

f
)(
x
)
g
(
f
(
x
)) 
Exemplos: 
1) Sejam as funções reais 
f
 e 
g
 definidas respectivamente por 
1)(  xxf
 e 
32)( 2  xxg
. Determine: 
a) 
f
(
g
(
x
)). 
 
f
(
g
(
x
)) 
f
(2 2x 3)2 2x 312 2x 2 
 
f
(
g
(
x
)) 2 2x 2. 
 
b) 
g
(
f
(
x
)). 
 
g
(
f
(
x
)) 
g
(
x
1)2
21)( x
32( 2x 2x 1)32 2x 4 x 232 2x 4 x 1 
 
g
(
f
(
x
))  2 2x 4 x 1. 
 
c) Os valores de 
x
 para que se tenha 
f
(
g
(
x
))
g
(
f
(
x
)). 
 
f
(
g
(
x
))
g
(
f
(
x
)) 
 2 2x 2=2 2x 4 x 1 
 2=4
x
1 
 4
x
12 
 
x

4
1
. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
12 
 
 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
f
f
-1
2) Sendo 
f
(
x
)3
x
1 e 
f
(
g
(
x
))6
x
8, determine 
g
(
x
). 
 
Como 
f
(
x
)3
x
1, então 
f
(
g
(
x
))3
g
(
x
)1. 
Como 
f
(
g
(
x
))  6
x
8, então 3
g
(
x
)16
x
8. 
 3
g
(
x
)1 6
x
8 
 3
g
(
x
)  6
x
81 
 
g
(
x
)  
3
96 x
 
 
g
(
x
)  2
x
3. 
 
1.6 FUNÇÃO INVERSA 
Definição 6: Função bijetora: A função 
f
 é denominada BIJETORA, se satisfaz as duas 
condições abaixo: 
 O contradomínio de 
f
 coincide com sua imagem, ou seja, todo elemento do contradomínio é 
correspondente de algum elemento do domínio. 
 Cada elemento do contradomínio de 
f
 é imagem de um único elemento do domínio. 
Definição 7: Diz-se que uma função 
f
 possui inversa 
1f
 se for bijetora. 
1.6.1 DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO INVERSA 
Caso a função seja bijetora, possuindo portanto inversa, é possível determinar a sua inversa. 
Para isso ―trocamos‖ a variável 
x
 por 
y
 na lei que define a função e em seguida ―isolamos‖ o 
y
, 
obtendo a lei que define a função inversa. 
É preciso apenas tomar certo cuidado com o domínio da nova função obtida.Exemplo: 
1) Obter a lei da função inversa 
1f
 da função 
f
 dada por 
y

x
2. 
y

x
2  função . 
x

y
2  trocando a variável 
x
 por 
y
 e 
y
 por 
x
. 
y

x
2  isolando 
y
. 
Então, 
y

x
2 é a lei da função inversa da função dada por 
y

x
2. 
Logo: 
f
(
x
)
x
2 e 
1f
(
x
)
x
2 
2) Construir os gráficos das funções 
f
 e 
1f
 do exercício anterior, num mesmo sistema de 
coordenadas. 
 
 
 
f
x
 
f
(
x
) 
x
 
1f
(
x
) Note que os gráficos 
das funções 
f
 e 
1f
 
são simétricos em 
relação à reta que 
contém as bissetrizes 
do 1
o
 e 3
o
 quadrantes. 
1 1 1 1 
0 2 2 0 
1 3 3 1 
2 4 4 2 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
13 
 
 
3) Determinar a função inversa 
1g
 da função 
g
(
x
)
32
5


x
x
, cujo domínio é 
D

R







2
3
. 
y

32
5


x
x
  função 
g
. 
x

32
5


y
y
  trocando a variável 
x
 por 
y
 e 
y
 por 
x
. 
(2
y
3)
x

y
5  isolando 
y
. 
2
x
y
3
x

y
5 
y
(2
x
1)3
x
5 
y

12
53


x
x
  2
x
10  
x

2
1
. 
Logo, 
1g
:
R







2
1

R







2
3
 dada por 
y

12
53


x
x
 é a função inversa procurada. 
 
 
AULA 1 - EXERCÍCIOS 
 
1) Seja a relação de A = {0, 1, 3} em B = {0, 
1, 2, 3, 4, 5} definida por g(x) = x
2
 – 4x + 
3. Faça o diagrama de g e verifique se g é 
uma função de A em B. Em caso 
afirmativo escreva o conjunto imagem. 
2) Seja a função f de D = {1, 2, 3, 4, 5} em R 
definida por f(x) = (x – 2)(x – 4). 
Determine o seu conjunto imagem. 
3) Sejam f e g funções reais definidas, para 
todo o número real não nulo, por: 
 2
5
83)( 





 x
x
xxf
 e 
 2331
3
5
)( 2 





 xx
x
xg
 
Se a e b são números reais distintos tais 
que f(a) = g(a) e f(b) = g(b), calcule a + b 
4) Considere a função f(x) real, definida por 
f(1) = 43 e f(x + 1) = 2f(x) – 15. Determine 
o valor de f(0) 
5) Determine o domínio das seguintes 
funções: 
a) 
54)(  xxf
 
b) 
1
3
)(
2 

x
xf
 
c) 
xy 21
 
d) 
2
7
4
1
3
1
)(







x
x
xx
x
xf
 
6) Sendo 
1
1
)(


x
xf
, x

1 e 
42)(  xxg
, 
ache o valor de 













2
1
))2(( fggf
. 
7) Se 
1
1
)(


x
xf
, qual o valor de x para que 
f(f(x)) = 1? 
8) Dada a função 
5
62
)(



x
x
xf
 com x 

 5. 
calcule: 
a) f
-1
(x) 
b) f-1(4) 
 
Respostas: 
1) sim, Im{0, 3} 
2) Im = {-1, 0, 3} 
3) 3 
4) 29 
5) a) D = R 
 b) D = R – {-1, 1} 
 c) 







2
1
| xRxD
 
 d) 
 2,,43|  xexRxD
 
6) – 9 
7) 
2
3
x
 
8) a) 
2
65


x
x
 b) 13 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
14 
 
 
AULA 2 
 
2. FUNÇÃO POLINOMIAL 
Definição 8: Função polinomial com uma variável ou simplesmente função polinomial é 
aquela cuja formulação matemática é expressa por um polinômio. 
 
2.1 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU 
A função polinomial do 1
o
 grau é a que tem sua representação matemática por um polinômio 
de grau 1. 
Representação da função polinomial do 1
o
 grau: 
f
(
x
)
a

b
, com 
a
,
b

R
 (
a
0). 
a
 e 
b
 são os coeficientes e 
x
 a variável 
independente. 
 
Exemplo: 
Em uma função polinomial do 1
o
 grau, 
y

f
(
x
), sabe-se que 
f
(1)4 e 
f
(2)10. Escreva 
a função e calcule 
f







2
1
. 
 
Se é polinomial do 1
o
 grau, então podemos escrever:  
b
. Usando os dados do 
problema: 
f
(1)4  1 e 4. Então, 
a
1
b
4  
a

b
4 (i). 
f
(2)10  2 e 10. Então, 
a
(2)
b
10  2
a

b
10 (ii). 
Resolvendo o sistema formado por (i) e (ii): 
 
(i) 
a
   4 
a
  
b
  4 
(ii) 2
a
  
b
  10 (1) 2
a
  
b
  10 
 3 a  6 a   2 
 
Se 
a
2, então 2
b
4  
b
6. 
A função 
f
 é dada por 
f
(
x
)2
x
6. 
Cálculo de 
f







2
1
: 
f







2
1
 2







2
1
6 16 7 
A função é 
f
(
x
) 2
x
6 e 
f







2
1
7. 
 
2.1.1 FUNÇÃO LINEAR 
Seja a função polinomial do 1
o
 grau 
f
(
x
)
a x

b
. No caso de 
b
0, temos 
f
(
x
)
a x
, e 
ela recebe o nome especial de função linear. 
x
f
f y
a x
x
y
x
y
b
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
15 
 
 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
Obs.: Se, em uma função linear tivermos 
a
1, teremos 
f
(
x
)
x
 ou 
y

x
, que se dá o 
nome de função identidade. 
2.1.2 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU 
Para construir o gráfico de uma função polinomial do 1
o
 grau, atribuímos valores do 
domínio à variável 
x
 e calculamos as respectivas imagens. 
 
Exemplo: 
Construir o gráfico da função real 
f
 dada por 
y
2
x
1. 
 
x
 
y
 Par ordenado 
2 5 (2,5) 
1 3 (1,3) 
0 1 (0,1) 
1 1 (1,1) 
2 3 (2,3) 
3 5 (3,5) 
 
 
 
Definição 9: O gráfico da função linear 
y

a x
 (
a
0) é sempre uma reta que passa pela 
origem do sistema cartesiano. 
Definição 10: O gráfico da função polinomial do 1
o
 grau 
y

a x

b
 (
a
0) intercepta o 
eixo das ordenadas no ponto (0,
b
). 
 
2.1.3 DETERMINAÇÃO DE UMA FUNÇÃO A PARTIR DO GRÁFICO 
Nos exercícios abaixo, determine a lei de formação da função 
f
(
x
)
a x

b
. 
 
Exemplo: 
1) Determine a lei de formação da função 
f
, cujo gráfico cartesiano é: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
16 
 
 
Sabendo-se que 
y

a x

b
, do gráfico, temos que: 
x
1 e 
y
1  1
a
(1)
b
  
a

b
1 (i). 
x
1 e 
y
3  3
a
(1)
b
  
a

b
3 (ii). 
(i) 
a
  
b
  1 
(ii) 
a
  
b
  3 
 2
b
  2  
b
1 
Se 
b
1, então 
a

b
3  
a
13  
a
2 
Logo: 
A função é 
f
(
x
)2
x
1. 
 
2) Determine a lei de formação da função 
f
, cujo gráfico cartesiano é: 
 
Sabendo-se que 
y

a x

b
, do gráfico, temos que: 
x
1 e 
y
1  1
a
(1)
b
  
a
b
1 (i). 
x
2 e 
y
2  2
a
(2)
b
  2
a

b
2 (ii). 
(i) 
a
  b  1 (1) 
a
  
b
  1 
(ii) 2
a
  b  2 2
a
  
b
  2 
 a  3 a   3 
Se 
a
3, então 3
b
1   
b
4 
Logo: 
A função é 
f
(
x
)3
x
4. 
 
2.1.4 CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE UMA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 
1
O
 GRAU 
Seja 
f
 a função polinomial do 1
o
 grau definida por 
f
(
x
)
a x

b
. 
Podemos determinar que: 
 i) A função 
f
 é crescente se o coeficiente 
a
0; 
 ii) A função 
f
 é decrescente se o coeficiente 
a
0. 
 
Exemplo: 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
17 
 
 
Construir os gráficos das funções 
f
 e 
g
 do 1
o
 grau a seguir: 
i) 
f
(
x
)2
x
1 ii) 
g
(
x
)2
x
1 
 
 
i) Aumentando os valores atribuídos a 
x
, aumentam também os valores 
correspondentes da imagem 
f
(
x
). 
ii) Aumentando os valores atribuídos a 
x
, 
diminuem os valores correspondentes da 
imagem 
g
(
x
). 
 
2.1.5 ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU 
Definição 11: Estudar o sinal de uma função 
f
 significa determinar para que valores de 
x
 
temos 
f
(
x
)0, 
f
(
x
)0 ou 
f
(
x
)0. 
2.1.5.1 Zero de uma função polinomial do 1o grau 
Definição 12: Denomina-se zero ou raiz da função 
f
(
x
)
a x

b
 o valor de 
x
 que anula a 
função, isto é, torna 
f
(
x
)0. 
Definição 13: Geometricamente, o zero da função polinomial do 1
o
 grau 
f
(
x
)
a x

b
, 
a
0, é a abscissa do ponto em que a reta corta o eixo 
x
. 
 
Exemplo: 
Dada a lei de formação da função 
y
2
x
4, construir o gráfico e determinar os valores 
reais de 
x
 para os quais: a) 
y
0; b) 
y
0 e c) 
y
0. 
 
Podemos notar que a função é decrescente, pois 
a
0. 
O zero da função é: 2
x
40  2
x
4  2
x
4  
2x
. 
Logo, a reta intercepta o eixo 
x
 no ponto de abscissa 
2x
. 
A solução do problema é: 
 a) 
f
(
x
)0  {
x

R
; 
x
2}; 
 b) 
f
(
x
)0  {
x

R
; 
x
2}; 
 c) 
f
(
x
)0  {
x

R
; 
x
2}. 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
5-3-4-5
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
18 
 
 
2.1.5.2 Quadro de sinais da função polinomial do 1o grau 
 
f
(
x
)
a x

b
, 
a
0 
Zero da função: 
a x

b
0  
x

a
b
 
a
0 
a
0 
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
f
(
x
) 0  
x
 
a
b
 
 
2.2 INEQUAÇÕES DO 1O GRAU 
Definição 14: Denomina-se inequação do 1
o
 grau na variável 
x
 toda desigualdade que pode 
ser reduzida a uma das formas: 
 
a x

b
 0; 
 
a x

b
 0; 
 
a x

b
 0; 
 
a x

b
 0. 
 com 
a
, 
b

R
 e 
a
0. 
 
Exemplo: 
Verificar se 4(
x
1) 2x 3 x  x ( x 1) é uma inequação do 1
o
 grau. 
 
4(
x
1) 2x 3 x  x ( x 1) 
4
x
4 2x 3 x  2x  x 
4
x
3
x

x
40 
2
x
40 
 
Logo, 2
x
4 é um polinômio do 1o grau, então 4(
x
1) 2x 3 x  x ( x 1) é uma inequação 
do 1
o
 grau. 
 
 
x
xf ( )>0xf ( )<0
x
a
b
a
b
a
xb
xf ( )<0xf ( )>0
x
a
b
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
19 
 
 
2.2.1 RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES DO 1O GRAU 
Definição 15: Para se resolver uma inequação do 1
o
 grau, são utilizadas as propriedades das 
desigualdades, apresentando-se o conjunto verdade da inequação (conjunto solução S). 
Exemplos: 
1) Resolver a inequação seguinte: 4(
x
1)
2x
3
x

x
(
x
1). Represente a solução na reta real. 
4(
x
1)
2x
3
x

x
(
x
1) 
4
x
4
2x
3
x

2x

x
 
4
x
3
x

x
40 
2
x
4 
x
2 
S{
x

R
; 
x
2} 
 
2) Resolver a inequação seguinte: 
3
1x

2
14 )( x

4
x

6
2 x
. Represente a solução na reta real. 
3
1x

2
14 )( x

4
x

6
2 x
 
Reduzindo os dois membros ao menor denominador comum: 
12
242444 xx 

12
243 xx 
 
Simplificando: 
20
x
20
x
4 
20
x

x
204 
21
x
16 
Multiplicando por (1): 
21
x
16 
x

21
16
 
S{
x

R
; 
x

21
16
} 
 
2.2.2 SISTEMAS DE INEQUAÇÕES DO 1O GRAU 
Definição 16: O conjunto solução S de um sistema de inequações é determinado pela 
intersecção dos conjuntos soluções de cada inequação do sistema. 
 
Exemplo: 
Resolver a inequação 12
x
3
x
. Apresente o conjunto solução S e represente na reta 
real. 
 
Na verdade, resolver essa inequação simultânea é equivalente a resolver o sistema: 
(i) 1  2
x
3 (i) 
x
  1 
(ii) 2
x
3  
x
 (ii) 
x
  3 
 
x
2
x
16
21
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
20 
 
 
 
S{
x

R
; 1
x
3} 
2.2.3 INEQUAÇÃO-PRODUTO E INEQUAÇÃO-QUOCIENTE 
Uma inequação do 2
o
 grau do tipo 
2x
2
x
80 pode ser expressa por um produto de 
inequações do 1
o
 grau, fatorando o 1
o
 membro da desigualdade: 
2x
 2
x
8  0  (
x
 2)(
x
 4)  0. 
 
Definição 17: 
RESOLUÇÃO: Para resolver uma inequação-produto ou uma inequação-quociente, fazemos 
o estudo dos sinais das funções polinomiais do 1
o
 grau envolvidas. A seguir, determinamos o sinal 
do produto ou quociente dessas funções, lembrando as regras de sinais do produto e do quociente de 
números reais. 
 
Exemplos: 
1) Resolver a inequação (
2x

x
2)(
x
2)  0. 
(
2x

x
2)(
x
2)0  (
x
2)(
x
1)(
x
2)  0 
 
f(x)  
x
2  f(x)  0  
x
  2 a  0 
g(x)  
x
1  g(x)  0  
x
  1 a  0 
h(x)  
x
2  h(x)  0  
x
  2 a  0 
 
 
 
S{
x

R
; 2  
x
 1 ou 
x
  2} 
 
2) Resolver a inequação 
2
13


x
x
  0. 
 
f(x)  3
x
1  f(x)  0   1/3 a < 0 
g(x)  
x
2  g(x)  0  
x
  2 a < 0 
 
x
x
x
1 3
(i)
(ii)(i)  
(ii)
x
-2 2
( )g
x( )f
x( )h
x( )x( )x( )f g h
1
x
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
21 
 
 
 
S{
x

R
; 
3
1

x
2} 
3) Resolvera inequação 
2
92


x
x  0. 
 
2
92


x
x  0  
2
33


x
xx )()(
 0 
 
f(x)  
x
3  f(x)  0  
x
  3 a  0 
g(x)  
x
3  g(x)  0  
x
  3 a  0 
h(x)  
x
2  h(x)  0  
x
  2 a  0 
 
 
S{
x

R
; 
x
   3 ou 2  
x
  3} 
 
4) Determine o domínio da função 
y

5
322


x
xx . 
5
322


x
xx  0  
5
13


x
xx )()(
  0 
 
f(x)  
x
3  f(x)  0  
x
  3 a  0 
g(x)  
x
1  g(x)  0  
x
  1 a  0 
h(x)  
x
5  h(x)  0  
x
  5 a  0 
 
 
D{
x

R
; 3
x
1 ou 
x
5} 
x
2
( )g
x( )f
x( )
x( )f
g 1
3
x
-3 3
( )g
x( )f
x( )h
x( )
x( )x( )f g
h 2
x
-3 5
( )g
x( )f
x( )h
x( )
x( )x( )f g
h 1
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
22 
 
 
AULA 02 – EXERCÍCIOS 
1) Dada a função f(x) = 5x – 2, determine: 
 a) f(2) 
 b) o valor de x para que f(x) = 0 
2) Em uma função polinomial do 1
o
 grau, y = 
f(x), sabe-se que f(1) = 4 e f(-2) = 10. Escreva 
a função f e calcule 







2
1
f
 
3) Um vendedor recebe mensalmente um 
salário composto de duas partes: uma parte 
fixa, no valor de R$900,00 e uma variável, 
que corresponde a uma comissão de 8% do 
total de vendas que ele fez durante o mês. 
 a) Expressar a lei da função que representa 
seu salário mensal 
 b) Calcular o salário do vendedor que 
durante um mês ele vendeu R$ 50.000,00 em 
produtos 
4) Num determinado país, o gasto 
governamental com educação, por aluno em 
escola pública, foi de 3.000 dólares no ano de 
1985, e de 3.600 dólares em 1993. Admitindo 
que o gráfico do gasto por aluno em função 
do tempo seja constituído de pontos de uma 
reta: 
 a) Obtenha a lei que descreve o gasto por 
aluno (y) em função do tempo (x), 
considerando x = 0 para o ano de 1985, x = 1 
para o ano de 1986, x = 2 para o ano de 1987 
e assim por diante. 
 b) Em que ano o gasto por aluno será o 
dobro do que era em 1985? 
5) Considere as funções f e g definidas em R 
por f(x) = 8 – x e g(x) = 3x 
 a) Ache as raízes das funções f e g 
 b) Sabendo que os gráficos de f e g são 
retas concorrentes, calcule as coordenadas do 
ponto de intersecção. 
6) Resolver a inequação
0)31(214  xx
 
7) Determinar o conjunto verdade da 
inequação: 
6
2
42
)1(4
3
1 xxxx 




 
8) Resolver o sistema 





03
512
x
x 
9) João possui um terreno de 1000m
2
, no qual 
pretende construir uma casa. Ao engenheiro 
responsável pela planta, ele impõe as 
seguintes condições: a área destinada ao lazer 
(piscina, churrasqueira, etc) deve ter 200m
2
, e 
a área interna da casa mais a área de lazer 
devem ultrapassar 50% da área total do 
terreno; além disso, o custo para construir a 
casa deverá ser de, no máximo, R$ 
200.000,00. Sabendo que o metro quadrado 
construído nessa região custa R$ 500,00, qual 
é a área interna da casa que o engenheiro 
poderá projetar? 
 
10) Determinar o domínio da função 
3
1



x
x
y
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) a) 8 
 b) 2/5 
2) f(x) = - 2x + 6 e f(-1/2) = 7 
3) a) y = 900 + 0,08x 
 b) R$ 4900,00 
4) a) y = 75x + 3000 
 b) 2025 
5) a) 8 e 0 
 b) (2, 6) 
6) 







2
1
| xRxS
 
7) 







21
16
| xRxS
 
8) 
 3|  xRxS
 
 
9) entre 300m
2
 e 400m
2 
 
10)
 31|  xRxD
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
23 
 
 
AULA 3 
2.3 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2O GRAU 
Definição 18: A função 
f
:
R

R
 dada por 
f
(
x
)
a
2x

b x

c
, com 
a
, 
b
 e 
c
 reais e 
a
0, denomina-se função polinomial do 2o grau ou função quadrática. Os números representados por 
a
, 
b
 e 
c
 são os coeficientes da função. Note que se 
a
0 temos uma função do 1o grau ou uma 
função constante. 
 
Exemplo: 
Considere a função 
f
 do 2
o
 grau, em que 
f
(0)5, 
f
(1)3 e 
f
(1)1. Escreva a lei de 
formação dessa função e calcule 
f
(5). 
Resolução 
Tome 
f
(
x
)
a
2x

b x

c
, com 
a
0. 
f
(0)  5  
a
(0)
2
b
(0)
c
  5  
c
  5  5 
f
(1)  3  
a
(1)
2
b
(1)
c
  3  
a

b
  2 ( i) 
f
(1)  1  (1)
2
b
(1)
c
  1  
a

b
  4 ( ii) 
 
 
Resolvendo o sistema formado por (i) e (ii): 
(i) 
a
  
b
  2 
(ii) 
a
  
b
  4 
(i)(ii) 
2
a
 
  6  
a
  3  
b
  1 
A lei de formação da função será 
f
(
x
) 3 2x  x 5 
f
(5)3(5)2(5)5 
f
(5)65. 
 
2.3.1 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO QUADRÁTICA 
O gráfico de uma função polinomial do 2
o
 grau ou quadrática é uma curva aberta chamada 
parábola. 
Para evitar a determinação de um número muito grande de pontos e obter uma boa 
representação gráfica, vamos destacar três importantes características do gráfico da função 
quadrática: 
(i) Concavidade (ii) Zeros ou raízes (iii) Vértice 
 
2.3.2 CONCAVIDADE 
A concavidade de uma parábola que representa uma função quadrática 
f
(
x
)
a
2x

b x

c
 
do 2
o
 grau depende do sinal do coeficiente 
a
: 
 
c
a
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
24 
 
 
a
0: concavidade para CIMA 
a
0: concavidade para BAIXO 
 
CONCAVIDADE DE UMA FUNÇÃO QUADRÁTICA 
2.3.3 ZEROS DE UMA FUNÇÃO QUADRÁTICA 
Definição 19: Os zeros ou raízes da função quadrática 
f
(
x
)
a
2x

b x

c
 são as raízes da 
equação do 2
o
 grau 
a
2x

b x

c
0, ou seja: 
Raízes: 
x

a
acbb
2
42  . 
Considerando 
2b
4
a c
, pode-se ocorrer três situações: 
 i) 0  as duas raízes são reais e diferentes: 
1x

a
b
2
 e 
2x

a
b
2
 . 
 ii) 0  as duas raízes são reais e iguais (raiz dupla): 
1x

2x

a
b
2
. 
 iii) 0  não há raízes reais. 
 
Obs.: Em uma equação do 2
o
 grau 
a
2x

b x

c
0, a soma das raízes é S e o produto é P tal 
que: S
1x

2x

a
b
 e P
1x

2x

a
c
. 
 
Definição 20: Geometricamente, os zeros ou raízes de uma função polinomial do 2
o
 grau 
são as abscissa dos pontos em que a parábola intercepta o eixo 
x
. 
2.3.4 VÉRTICE DA PARÁBOLA 
Considere as parábolas abaixo e observe o vértice 
V
(
Vx
,
Vy
) em cada uma: 
 
VÉRTICE DE PARÁBOLAS (0 PARA AS DUAS). 
 
x
y
x
y
x2x1
x1 x2
V( ),xV yV
V( ),xV yV
Eixo de simetria
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
25 
 
 
Uma forma de se obter o vértice 
V
(
Vx
,
Vy
) é: 
 
Vx

2
21 xx , já que o vértice encontra-se no eixo de simetria da parábola; 
 
Vy

a 2
Vx

b
Vx

c
, já que o 
Vx
 foi obtido acima. 
Outra forma de se obter o vértice 
V
(
Vx
,
Vy
) é aplicando as fórmulas: 
 
Vx

a
b
2
 e 
Vy

a4

. 
 
2.3.5 GRÁFICO DE UMA PARÁBOLA 
Com o conhecimento das principais características de uma parábola, podemos esboçar com 
mais facilidade o gráfico de uma função quadrática. 
 
Exemplos: 
1) Construir o gráfico da função 
y

2x
2
x
, determinando sua imagem. 
 
 
a
10  concavidade voltada para cima. 
 
 Zeros da função: 
2x
2
x
0  
x
(
x
2)0  
1x
0 e 
2x
2. 
 Ponto onde a 
parábola corta o 
eixo 
y
: 
x
0  
y
0  (0,0) 
 Vértice da 
parábola: Vx

a
b
2

2
2
1 
 
V
(1,1) 
 
 
Vy

a4


4
4
1 
 Imagem: 
y
1 para todo 
x
 Real 
Im
{
y

R
; 
y
1} 
 
2) Construir o gráfico da função 
y
 2x 4 x 5, determinando sua imagem. 
 
 
a
 1 0  concavidade voltada para baixo. 
 
 Zeros da função:  2x 4 x 50    4.  zeros reais. 
 Ponto onde a 
parábola corta o 
eixo 
y
: 
x
0  
y
 5  (0,5) 
 Vértice da 
parábola: Vx

a
b
2

2
4

2 
  
V
(2,1) 
 
 
Vy

a4


4
4


1 
 Imagem: 
y
 1 para todo 
x
 Real 
Im
{
y

R
; 
y
 1} 
 
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
5-3-4-5
V
3210
1
2
3
4
y
x
-1
-2
-1-2 4
5
-3
-4
-5
5-3-4-5
V
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
26 
 
 
2.3.6 ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA 
Os valores reais de 
x
 que tornam a função quadrática positiva, negativa ou nula, podem ser 
dados considerando-se os casos, relacionados na tabela abaixo. 
 
f
(
x
)
a
2x

b x

c
 com (
a
, 
b
 e 
c
  
R
 e 
a
0) 
a
0 
a
0 
 
f
(
x
)0 para 
x

1x
 ou 
x

2x
 
f
(
x
)0 para 
x

1x
 ou 
x

2x
 
f
(
x
)0 para 
1x

x

2x
 
f
(
x
)0 para 
1x

x

2x
 
 
f
(
x
)0 para 
x

1x
 ou 
x

2x
 (
x
)0 para 
x

1x
 ou 
x

2x
 
 
f
(
x
)0 para 
x

1x
 
f
(
x
)0 para 
x

1x
 
f
(
x
)0 
 x
 real 
f
(
x
)0 
 x
 real 
f
(
x
)0 para 
x

1x

2x
 
f
(
x
)0 para 
x

1x

2x
 
 
f
(
x
)0 
x
 real 
f
(
x
)0 
x
 real 
f
(
x
)0 
 x
 real 
f
(
x
)0 
 x
 real 
f
(
x
)0 
 x
 real 
f
(
x
)0 
 x
 real 
 
2.4 INEQUAÇÕES DO 2O GRAU 
Definição 21: Denomina-se inequação do 2
o
 grau na variável 
x
 toda desigualdade que pode 
ser reduzida a uma das formas: 
 
a
2x

b x

c
0; 
 
a
2x

b x

c
0; 
xx2x1
x
x1 x2
f
xx2x1
x
x2x1
x
x
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27 
 
 
 
a
2x

b x

c
0; 
 
a
2x

b x

c
0. 
 com 
a
, 
b
, 
c

R
 e 
a
0. 
2.4.1 RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES DO 2O GRAU 
Definição 22: Para se resolver uma inequação do 2
o
 grau, são utilizadas as propriedades das 
desigualdades, apresentando-se o conjunto verdade da inequação (conjunto solução S). 
 
Exemplo: 
1) Resolver a inequação 
2x
3
x
20. 
Resolução 
Estudar a variação do sinal da função 
f
(
x
)
2x
3
x
2. 
 
 
a
10  Concavidade para cima. 
 
 
2x
3
x
20 
 10  Duas raízes reais diferentes. 
 
x

2
13
 1x
1 
 
2x
2 
 
S{
x

R
; 
x
1 ou 
x
2}. Obs: somente valores positivos. 
 
2) Resolver a inequação 2x 10 x 250. 
Resolução 
Estudar a variação do sinal da função 
f
(
x
) 2x 10 x 25. 
 
 10  Concavidade para cima. 
 
 
2x
10
x
250 
 0  Raiz dupla (única). 
 
1x

2x

2
10
 
 
 
x
5 
 
S
R
. Obs: Todos os valores são positivos ou iguais a zero. 
 
3) Resolver a inequação 2 2x 5 x 60. 
Resolução 
Estudar a variação do sinal da função 
f
(
x
)2 2x 5 x 6. 
 
 
a
20  
Concavidade para 
baixo. 
 
2 2x  5 x  6  0 
  23  0 Não possui zeros reais. 
 
 x
 real 
 
 
 
S. Obs: Nunca se tem valores positivos ou iguais a zero. 
 
x21
a
x
5
x
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28 
 
 
2.4.2 SISTEMAS DE INEQUAÇÕES DO 2O GRAU 
Definição 23: O conjunto solução S de um sistema de inequações é determinado pela 
intersecção dos conjuntos soluções de cada inequação do sistema. 
 
Exemplo: 
1) Resolver o sistema de inequações 





05
682 22
x
xxx
. 
Resolução 
(i)  2
2x
8
2x
6
x
  2
2x
8
2x
6
x
0  
2x
6
x
80. 
(ii)  
x
50. 
Resolução de (i): Estudar a variação do sinal da função 
f
(
x
)
2x
6
x
8. 
 
 
a
1  0  Concavidade para cima. 
 
2x
 6
x
 80 
   4  0  
Duas raízes reais 
diferentes. 
 
x

2
26
 1x
  4 
 
2x
  2 
 
S(i){
x

R
; 
x
4 ou 
x
2}. Reta real: 
 
Resolução de (ii): 
x
50  
x
5. 
S(ii){
x

R
; 
x
5}. Reta real: 
 
Intersecção entre (i) e (ii)  (i)(ii): 
 S{
x

R
; 
x
5}. 
 
2) Resolver a inequação 
x
4 2x 4 x 2. 
Resolução 
(i)  
x
4 2x 4  x 4 2x 40 (1)  2x  x 0. 
(ii)  2x 4x 2  2x 4x 20  2x  x 60. 
Resolução de (i): Estudar a variação do sinal da função 
f
(
x
) 2x  x . 
 
a
1  0  Concavidade para cima. 
 
2x

x
 0 
x
(
x
1)0  Zeros{0,1}. 
 1 0  Duas raízes reais diferentes. 
 
x

2
11
 1
x
 0 
 
2x
 1 
 
S(i){
x

R
; 
x
0 ou 
x
1}. Reta real: 
x-2-4
x-2-4
x-5
x-5
x-5
x-2-4(i)
(ii)
(i) (ii) 
x10
x10
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29 
 
 
Resolução de (ii): Estudar a variação do sinal da função 
g
(
x
)
2x

x
6. 
 
a
1  0  Concavidade para cima. 
 
2x

x
60 
  25  0  Duas raízes reais diferentes. 
 
x

2
51
 1x
 2 
 
2x
 3 
 
S(ii){
x

R
; 2
x
3}. Reta real: 
Intersecção entre (i) e (ii)  (i)(ii): 
 S{
x

R
; 2
x
0 ou 1
x
3}. 
 
2.4.3 INEQUAÇÃO-PRODUTO E INEQUAÇÃO-QUOCIENTE 
Definição 24: 
RESOLUÇÃO: Para resolver uma inequação-produto ou uma inequação-quociente, fazemos 
o estudo dos sinais das funções polinomiais envolvidas. A seguir, determinamos o sinal do produto 
ou quociente dessas funções, lembrando as regras de sinais do produto e doquociente de números 
reais. 
 
Exemplos: 
1) Resolver a inequação ( 2x 2 x 3)( 2x 3 x 4)0. 
 
Resolução 
 
 
 
 S{
x

R
; 4
x
1 ou 1
x
3}. 
x3-2
x3-2
x-2
x
x10(i)
(ii)
(i) (ii) 
3
-2 0 1 3
x
-4
( )g
x( )f
x( )x( )f g
1 3-1
f(x)  
2x
2
x
3  a  0  16  0  
1x
  1 e 
2x
 = 3 
g(x)   2x 3 x 4  a  0  25  0  1x  4 e 2x = 1 
f(x) g(x) 
 
 
 
 
 
 
x3-1
x1-4
x3-1 x1-4
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30 
 
 
2) Resolver a inequação 
16
65
2
2


x
xx
0. 
Resolução 
 
f(x)  
2x
5
x
6  a  0  1  0  
1x
  2 e 
2x
  3 
g(x)  
2x
16  a  0  64  0  
1x
  4 e 
2x
  4 
f(x) g(x) 
 
 
 
 
 
 
 
S{
x

R
; 
x
4 ou 2
x
3 ou 
x
4}. 
 
3) Determine o domínio da função 
f
(
x
)
6
1032


x
xx . 
Resolução 
 
f
 só representa um número real se 
6
1032


x
xx 0. 
f(x)  
2x
3
x
10  a  0  49  0  
1x
  2 e 
2x
  5 
g(x)  
x
6  a  0  g(x) = 0  
x
  6 
f(x) g(x) 
 
 
 
 
 
 
 
D
{
x

R
; 2
x
5 ou 
x
6}. 
 
x32 x4-4
x32 x4-4
x
-4
( )g
x( )f
x( )
x( )f
g 3 42
x5-2
x6
x5-2 x6
x
-2
( )g
x( )f
x( )
x( )f
g 5 6
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31 
 
 
AULA 03 – EXERCÍCIOS 
 
1) Considere a função f do 20 grau, onde f(0) 
= 5, f(1) = 3 e f(-1) = 1. Escreva a lei de 
formação dessa função e calcule f(5). 
2) Determine o valor de m para que a 
parábola que representa graficamente a 
função y = 3x
2
 – x + m passe pelo ponto 
(1, 6). 
3) Determinar os zeros da função y = x2 – 4x 
– 5. 
4) Seja a função f(x) = x2 – 2x + 3k. Sabendo 
que essa função possui dois zeros reais 
iguais, determine o valor real de k. 
5) A função f(x) = x2 + kx + 36 possui duas 
raízes reais, m e n, de modo que 
12
511

nm
. Determine o valor de f(-1) 
nessa função. 
6) Determinar as coordenadas do vértice V da 
parábola que representa a função 
 135)( 2 xxxf
. 
7) Determinar a e b de modo que o gráfico da 
função definida por y = ax
2
 + bx – 9 tenha 
o vértice no ponto (4, - 25). 
8) Determinar o conjunto imagem da função 
f(x) = x
2
 – 3x + 2. 
9) A função f(x) = x2 – x – 6 admite valor 
máximo ou valor mínimo? Qual é esse 
valor? 
10) Considerar todos os possíveis retângulos 
que possuem perímetro igual a 80 cm. 
Dentre esses retângulos, determinar aquele 
que terá área máxima. Qual será essa área? 
11) Determinar p de modo que a função 
f(x)= px
2
 + (2p – 1)x + p assuma valores 
positivos para todo x real. 
12) Resolver a inequação –x2 + 1 

0. 
13) Determinar o conjunto solução da 
inequação x
2
 – 10x + 25 

 0. 
14) Resolver a inequação x – 4 <x2 – 4 

 x + 
2. 
15) Resolver a inequação 
1
3
12



x
x
 
 
 
 
 
 
Respostas 
1) f(x) = - 3x
2
 + x + 5 
 f(5) = - 65 
2) 4 
3) 5 e -1 
4) 1/3 
5) 52 
6) 







20
11
,
10
3
V
 
7) a = 1 e b = - 8 
8) 







4
1
/Im yRy
 
9) O valor mínimo da função é y = - 25/4 
10) O retângulo que terá a maior área será o 
de lados 20 cm e 20cm, e a área máxima será 
de 400cm
2
. 
11) 







4
1
/ pRp
 
12) 
 1,,1|  xouxRxS
 
13) S = R 
14) 
 02|  xRxS
 ou 
}31  x
 
15) S = {x 

 R| x < - 3 ou -1< x <2} 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
32 
 
 
 
 
AULA 4 
3. FUNÇÃO EXPONENCIAL 
3.1 REVISÃO DE POTENCIAÇÃO 
3.1.1 POTÊNCIAS COM EXPOENTE NATURAL 
Sendo 
a
 um número real e 
n
 um número natural, com 
n
2, definimos: 
na

 
fatores n
aaaa 
. 
Para 
n
1 e 
n
0 são definidos: 
1a

a
. 
0a
1 (
a
0). 
3.1.2 POTÊNCIAS COM EXPOENTE INTEIRO 
Se 
a
 é um número real não-nulo (
a
0) e 
n
 um número inteiro e positivo, definimos: 
na

na
1
. 
3.1.3 POTÊNCIAS COM EXPOENTE RACIONAL 
Se 
a
 é um número real positivo e 
n
m
 um número racional, com 
n
 inteiro positivo, 
definimos: 
n
m
a
 n ma . 
3.1.4 POTÊNCIAS COM EXPOENTE REAL 
Podemos considerar que as potências com expoente real têm significado no conjunto dos 
números reais. Temos, por exemplo: 210 25,954553519470080977981828375983. 
3.1.4.1 Propriedades 
Para as potências com expoente real são válidas as seguintes propriedades operatórias: 
 ma  na  nma  . 
 ma  na  nma  ( a 0). 
 
nma )(
 nma  . 
 
nba )( 
 na  nb . 
 n
b
a





 
n
n
b
a
 (
b
0). 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
33 
 
 
Exemplos 
1) Dê o resultado mais simples de (
35

65
)
105
. 
Resolução 
 Usando as propriedades, temos: 
(
35

65
)
105
(
635 
)
105

95

105

1095 

15

5
1
. 
2) Calcule o valor da expressão 2
3
2






  3
2
1





  06 . 
Resolução 
2
3
2






  3
2
1





  06  2
2
3





  3
2
1





 1
4
9

8
1
1
8
8118 

8
11
. 
 
3) Simplifique 
x
xx
2
22 25   . 
Resolução 
x
xx
2
22 25   
x
xx
2
2222 25  
x
x
2
222 25 )(   52  22 28. 
 
4) Calcule 
3
4
8
. 
Resolução 
Primeira resolução: 
3
4
8
 3 48  3 4096 16. 
Segunda resolução: 
3
4
8

3
4
32 )(
 3432   42 16. 
 
5) Determine o valor de 7081 ,  2081 , . 
Resolução 
7081 ,
 2081 ,  207081 ,,   5081 ,  5043 ,)(  23 9. 
 
6) Qual o valor de 
2210 )(

510 ),(
? 
Resolução 
2210 )(

510 ),(
 2210   5110 )(   210  510  )( 5210   710 10000000. 
3.2 EQUAÇÕES EXPONENCIAIS 
Definição 25: Chama-se equação exponencial toda equação que contém incógnita no 
expoente. 
 
Exemplo: 
 x2 16. 
 13 x  23 x 9. 
 13 x 27. 
 10 x22 5 x22 10. 
 
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34 
 
 
3.2.1 RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES EXPONENCIAIS 
Para resolver uma equação exponencial, devemos transformá-la de modo a obter potências 
de mesma base no primeiro e no segundo membros da equação utilizando as definições e 
propriedades da potenciação. Além disso, usaremos o seguinte fato: 
Definição 26: Se 
a
0, 
a
1 e 
x
 é a incógnita, a solução da equação 
xa

pa
 é 
x

p
. 
Exemplos: 
1) Resolver a equação x4 512. 
Resolução 
Usando as propriedades daspotências, vamos transformar o 1
o
 e 2
o
 membros da equação em 
potências de mesma base: 
x4
512  
x
)(
22
 92  x22  92  2
x
9  
x

2
9
. 
S






2
9
. 
2) Uma empresa produziu, num certo ano, 8000 unidades de determinado produto. Projetando um 
aumento anual de produção de 50%, pergunta-se: 
 a)Qual a produção P dessa empresa 
t
 anos depois? 
 b)Após quantos anos a produção anual da empresa será de 40500 unidades? 
Resolução 
a) Obs: 50%
100
50
0,5 
Um ano depois: 80000,580008000(10,5)80001,5 
Dois anos depois: (80001,5)1,58000
251 ),(
 
Três anos depois: (8000
251 ),(
)1,58000
351 ),(
 
Produção P, 
t
 anos depois: P8000
t
),( 51
 
b)Fazendo P40500, na fórmula anterior, obtemos a equação: 
405008000
t
),( 51
 
Resolvendo a equação: 
405008000
t
),( 51
 
 
t
),( 51

8000
40500
. Obs: 1,5
2
3
. 
 t






2
3 
16
81
 
 t






2
3 
4
4
2
3
 
 t






2
3  4
2
3





  t 4. 
Desse modo, a produção anual da empresa será de 40500 unidades após 4 anos. 
3) Determine o conjunto solução da equação 281 x 1 no universo dos números reais. 
Resolução 
Sabendo que 081 1, temos: 
281 x
1  281 x  081  x 20  x 2. 
S{2}. 
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35 
 
 
3.2.2 RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES EXPONENCIAIS COM O USO DE ARTIFÍCIOS 
Para se resolver determinadas equações exponenciais, são necessárias algumas 
transformações e artifícios. 
 
Exemplos: 
1) Resolver a equação x4 5 x2 40. 
Resolução 
Usando as propriedades da potenciação, vamos fazer uma transformação na equação dada: 
x4
5 x2 40  x
)(
22
5 x2 40  22 )( x 5 x2 40. 
Fazendo x2 
y
, temos a equação do 2
o
 grau em 
y
: 
2y
5
y
40  
y

2
16255   
1y
4 e 
2y
1. 
Voltando à igualdade x2 
y
: 
1y
4: 
x2

y
  x2 4  x2  22  
x
2. 
2y
1: 
x2

y
  x2 1  x2  02  
x
0. 
S{0,2}. 
2) Determine o conjunto solução da equação 
x5

x25
24. 
Resolução 
 Preparando a equação, temos: 
x5
 x25 24  x5  25  x5 24  x5 25
x5
1
24  x5 
x5
25
24. 
Fazendo x5 
y
, temos: 
y

y
25
24  
2y
2524
y
  
2y
24
y
250  





1
25
2
1
y
y 
Voltando à igualdade x5 
y
: 
1y
25: 
x5

y
  x5 25  x5  25  x 2. 
2y
1: 
x5

y
  x5 1  Esta equação não tem raiz em R , pois x5 0, para todo x real. 
S{2}. 
3.3 FUNÇÃO EXPONENCIAL 
Definição 27: A função 
f
:
R

R
 dada por 
f
(
x
) xa (com a 0 e a 1) é denominada 
função exponencial de base 
a
. 
3.3.1 GRÁFICO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL NO PLANO CARTESIANO 
Dada a função 
f
:
R

R
, definida por 
f
(
x
) xa (com a 0 e a 1), temos dois casos para 
traçar seu gráfico: (i) 
a
1 e (ii) 0
a
1. 
 (i) 
a
1. 
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36 
 
 
1) Traçar o gráfico de 
f
(
x
) x2 . 
 
x
 f ( x ) x2 
 
 

2 
4
1
 
 

1 
2
1
 
 0 1 
 1 2 
 2 4 
 3 8 
 
 
 
 
Obs.1: Quanto maior o expoente 
x
, maior é a potência 
xa
, ou seja, se 
a
1 a função 
xasf )(
 é crescente. 
 (ii) 0 
a
 1. 
2) Traçar o gráfico de 
f
(
x
) x






2
1 . 
 
x
 f ( x )
x






2
1 
 
 

3 
8 
 

2 
4 
 

1 
2 
 0 1 
 1 
2
1
 
 2 
4
1
 
 
 
Obs.2: Quanto maior o expoente 
x
, menor é a potência xa , ou seja, se 0a 1 a função 
xaxf )(
 é decrescente. 
Com base no gráfico, podem-se tirar algumas considerações: 
3.3.2 CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO EXPONENCIAL 
Seja 
f
:
R

R
, definida por 
f
(
x
) xa (com a 0 e a 1). 
 Domínio da função 
f
 são todos os números reais  
D

R
. 
 Imagem da função 
f
 são os números reais positivos  
Im


R
. 
 A curva da função passa pelo ponto (0,1). 
3210
6
7
8
y
x-1-2 4-3-4
1
2
3
4
5
3210
6
7
8
y
x-1-2 4-3-4
1
2
3
4
5
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37 
 
 
 A função é crescente para a base 
a
1. 
 A função é decrescente para a base 0
a
1. 
3.4 INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS 
Definição 28: São inequações exponenciais aquelas que aparecem incógnitas no expoente. 
3.4.1 RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS 
Para resolver inequações exponenciais, devemos observar dois passos importantes: 
 Redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base; 
 Verificar a base da exponencial, 
a
1 ou 0
a
1, aplicando as propriedades 
abaixo. 
Caso (i): 
a
1 Caso (ii): 0
a
1 
ma

na
  
m

n
 
ma

na
  
m

n
 
As desigualdades têm mesmo sentido As desigualdades têm sentidos diferentes 
 
Exemplos: 
1) Resolva a inequação x2 32. 
Resolução 
Como 52 32, a inequação pode ser escrita: 
x2
 52  Caso (i): 
a
1. 
 
x
5. 
S{
x

R
; 
x
5}. 
 
2) Resolva a inequação 
xx 23 23 )(
1. 
Resolução 
xx 23 23 )(
1  
xx 23 23 )(

03)(
  Caso (i): 
a
1. 
 3 2x 2 x 0 
Tome 
f
(
x
)3 2x 2 x 
f
(
x
)0  3 2x 2 x 0  







0
3
2
2
1
x
x 
 S{
x

R
; 
x
2/3 ou 
x
0}. 
 
3) Resolva a inequação 3
2
1







x  72
2
1







x . 
Resolução 
3
2
1







x  72
2
1







x  Caso (ii): 0
a
1. 
x
32
x
7  
x
10 (1)  
x
10. 
S{
x

R
; 
x
10}. 
x0
2
3
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38 
 
 
AULA 4 - EXERCÍCIOS 
 
1) Uma cultura inicial de 100 bactérias, reproduz-se em condições ideais. Supondo que, por divisão 
celular, cada bactéria dessa cultura dê origem a duas outras bactérias idênticas por hora. 
a) Qual a população dessa cultura após 3 horas do instante inicial? 
b) Depois de quantas horas a população dessa cultura será de 51.200 bactérias? 
2) Resolva as equações: 
a) 
72821 x
 
b) 
0
81
3
4 4 
x
x
 
3) Determine o conjunto solução das seguintes equações: 
a) 
0273.2832  xx
 
b) 
xx 2.123222 
 
 c) 
14
5
6416 
 x
x 
4) Se f(x) = x
2
 + x e g(x) = 3
x
, determine x para que f(g(x)) = 2. 
5) Cada golpe de uma bomba extrai 10% de óleo de um tanque. A capacidade do tanque é de 1 m
3
 
e, inicialmente, esta cheio. 
a) Após o 5
o
 golpe, qual o valor mais próximo para o volume de óleo que permanece no 
tanque? 
b) Qual é a lei da função que representa o volume de óleo que permanece no tanque após n 
golpes? 
6) Resolva as inequações:a)    43 55 2  xx 
b) 513
3
1
3
1













xx 
 c) 
1275,02 222   xX
 
7) Determine o domínio da função 
12 2  xy
 
 
 
Respostas: 
1) a) 800 bactérias 
 b) 9 horas 
2) a) 3/2 
 b) 4 
3) a) {0, 3} 
 b) {2, 3} 
 c) {1, 2} 
4) x = 0 
5) a) 0,59m
3
 
 b) f(n) = 1 . (0,9)
n 
6) a) 
}4,,1/{  xouxRx
 
 b) 
}3/{  xRx
 
 c) 
}0/{  xRx
 
7) 
}2/{  xRx
 
 
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39 
 
 
AULA 5 
4. FUNÇÃO LOGARÍTMICA 
4.1 DEFINIÇÃO DE LOGARITMO 
Definição 29: Dados dois números reais positivos, 
a
 e 
b
, com 
a
1, existe um único 
número real 
x
 de modo que 
xa

b
. Este número 
x
 é chamado de logaritmo de 
b
 na base 
a
 e 
indica-se 
balog
. 
Podemos então, escrever: 
xa

b
  
x

balog
 (1
a
0 e 
b
0). 
Na igualdade 
x

balog
, temos: 
 
a
 é a base do logaritmo; 
 
b
 é o logaritmando ou antilogaritmo; 
 
x
 é o logaritmo. 
 
Exemplos: 
Calcular o valor de 
x
 nos exercícios seguintes: 
1) 
32log2

x
. 
x2
32  x2  52  
x
5. 
 
2) 
16log4

x
. 
x4
16  x4  24  
x
2. 
 
3) 
x8log
1. 
18

x
  
x
8. 
 
4) 
81log3

x
. 
x3
81  x3  43  x 4. 
 
5) 
1log5

x
. 
x5
1  x5  05  x 0. 
Obs.1: 
blog
  significa 
b10log
. Quando não se indica a base, fica subentendido que a base é 10. 
4.2 CONSEQÜÊNCIAS DA DEFINIÇÃO 
Tome 1 
a
  0, 
b
 0 e 
m
 um número real qualquer. Da definição de logaritmos, pode-se 
verificar que: 
 O logaritmo de 1 em qualquer base é igual a zero. 
1loga
0, pois 0a 1. 
 O logaritmo da própria base é igual a 1. 
aalog 1, pois 1a  a . 
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40 
 
 
 O logaritmo de uma potência da base é igual ao expoente. 
m
a alog

m
, pois 
ma

ma
. 
 O logaritmo de 
b
 na base 
a
 é o expoente ao qual devemos elevar 
a
 para obter 
b
. 
baa
log

b
, pois 
xa

b
  
x

balog
. 
4.3 PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS 
 Logaritmo de produto 
)(log yxa 

xalog

yalog
 (1
a
0, 
x
0 e 
y
0). 
 Logaritmo de quociente 






y
x
alog

xalog

yalog
 (1
a
0, 
x
0 e 
y
0). 
 Logaritmo de potência 
m
a xlog

m

xalog
 (1
a
0, 
x
0 e 
m

R
). 
4.4 COLOGARITMO 
Cologaritmo de um número positivo 
b
 numa base 
a
 (1
a
0) é o logaritmo do inverso 
desse número 
b
 na base 
a
. 
bco alog







b
a
1
log
  
bco alog
 
balog
 (1
a
0 e 
b
0). 
Exemplo: 
Sabendo que 
log
3
a
 e 
log
5
b
, calcule os logaritmos abaixo, em função de 
a
 e 
b
. 
 
log
15 
 
log
15
log
(35) 
log
3
log
5
a

b
. 
 
log
675 
 
log
675
log
( 33  25 )
log
33

log
25
3
log
32
log
53
a
2
b
. 
 
log
2 
 
log
2 
log
5
10

log
10
log
5  1
b
. 
 
4.5 MUDANÇA DE BASE 
As propriedades logarítmicas são válidas para logaritmos numa mesma base, por isso, em 
muitos casos, é conveniente fazer a conversão de logaritmos de bases diferentes para uma única 
base. 
A seguir, será apresentada a fórmula de mudança de base. 
Seja: 
balog

x
  xa b . 
Aplicando o logaritmo na base 
c
 em ambos os membros, obtemos: 
x
c alog

bclog
  
x

aclog

bclog
  
x

a
b
c
c
log
log
, mas 
x

balog
. 
Então: 
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41 
 
 
balog

a
b
c
c
log
log
 (1
a
0, 1
c
0 e 
b
0). 
Exemplos: 
1) Sendo 
log
20,3 e 
log
30,4, calcule 
6log2
. 
 
6log2

2log
6log

2log
)32log( 

2log
3log2log 

30
4030
,
,, 

30
70
,
,

3
7
. 
 
2) Resolva a equação 
x2log

x4log

x16log
7. 
 
A condição de existência é 
x
0. 
Transformando para a base 2: 
x2log

x4log

x16log
7 
x2log

4log
log
2
2 x

16log
log
2
2 x
7 
x2log

2
log2 x

4
log2 x
7 
4
loglog2log4 222 xxx 

4
28
 
7
x2log
28 
x2log
4 
42

x
 
x
16  16 satisfaz a condição de existência. 
Logo, o conjunto solução é:S{16}. 
 
3) Resolva a equação 
2log
(
x
2)
2log
(
x
2)5. 
 
Condições de existência são: 
x
20 e 
x
20  
x
2 e 
x
2. Então: 
x
2. 
2log
(
x
2)
2log
(
x
2)5 
2log
[(
x
2)(
x
2)]5 
(
x
2)(
x
2) 52 
2x
432 
2x
36 
2x
6  6 não satisfaz a condição de existência mas, 6 satisfaz. 
Logo, o conjunto solução é: S{6}. 
 
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42 
 
 
4.6 FUNÇÃO LOGARÍTMICA 
A função exponencial 
g
:
R


R
 definida por 
g
(
x
)
xa
 (com 1
a
0) é bijetora. Nesse 
caso, podemos determinar a sua função inversa. É a função logarítmica definida abaixo. 
Definição 30: A função 
f
:

R

R
 definida por 
f
(
x
)
xalog
 (com 1
a
0) é chamada 
função logarítmica de base 
a
. 
4.6.1 GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA NO PLANO CARTESIANO 
Como os gráficos de funções inversas são simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes 
ímpares, o gráfico da função logarítmica é de imediata construção, uma vez que já vimos o gráfico 
da função exponencial. 
Seja 
f
:

R

R
, tal que 
y

xalog
 e 
1f
:
R


R
, tal que 
y

xa
. Os gráficos de 
f
 e 
1f
 
serão plotados no mesmo plano cartesiano ortogonal. 
 (i) 
a
1. 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL (
a
1). 
 (ii) 0
a
1. 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA E EXPONENCIAL (0
a
1). 
3210
6
7
8
y
x-1-2 4-3-4
1
2
3
4
5
=y x
log x
a=y
=y xa
3210
6
7
8
y
x-1-2 4-3-4
1
2
3
4
5
=y xa
=y x
log x
a=y
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43 
 
 
4.7 INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS 
Chamamos de inequação logarítmica toda inequação que envolve logaritmos com a 
incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos. 
Exemplos: 
1) Resolva a inequação 
2
1log
(
x
3) 
2
1log
4. 
Condição de existência: 
x
30  
x
3 (i). 
Base: (0
a
1). Como a base é um número entre 0 e 1, a função logarítmica é decrescente e 
o sentido da desigualdade se inverte para os logaritmandos. 
x
34  
x
3 (ii). 
A solução da inequação deve satisfazer as duas condições: 
 
S{
x

R; 3
x
7}. 
 
2) Resolva a inequação 
4log
(
2x

x
) 
4log
(2
x
10). 
1
a
 Condição de existência: 
2x

x
0  
x
0 ou 
x
1 (i). 
2
a
 Condição de existência: 
2
x
100  
x
5 (ii). 
Base: (
a
1). 
2x

x
2
x
10  2x  x 2 x 100  2x 3 x 100  x 2 ou x 5 (iii). 
A solução da inequação deve satisfazer as três condições: 
 
S{
x

R
; 5
x
2 ou 
x
5}. 
 
3) Suponha que o preço de um carro sofra uma desvalorização de 20% ao ano. Depois de quanto 
tempo, aproximadamente, seu preço cairá para cerca da metade do preço de um carro novo? (Use 
10log
20,3). 
p

0p
(10,2) t  
p

0p
(0,8) t  
p

0p
t






10
8  
Procura-se 
p

2
0p
, logo: 
x
x
x
7
3(i)
(ii)
(i) (ii) 
73
x
x
x(i)
(ii)
(iii)
x(i) (ii) 
-2
(iii) 
-5 0 1
5
-5
-2
0 1
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
44 
 
 
2
0p

0p
t






10
8  (
0p
0)  
2
1
 t








10
23  12  t32  t10 
Aplicando 
10log
 em ambos os membros, temos: 
10log
12

10log
( t32  t10 ) 
10log
12

10log
( t32  t10 ) 
10log
12

10log
t32

10log
t10
 

10log
23
t
10log
2
t
10log
10 
0,33
t
0,3
t
 
0,30,9
t

t
 
0,30,1
t
 
t
3 
O preço do carro cairá para a metade do preço do carro novo depois de 3 anos. 
 
AULA 05 – EXERCÍCIOS 
 
 1) Resolva as seguintes equações: 
 
 a) log2 (x – 4) = 3 
 b) logx (3x
2
 – x) = 2 
 c) (log3x)
2
 – log3x – 6 = 0 
 d) log5(log3x) = 1 
2) Sabendo que log 2 = 0,301 e log 3 = 0,477, 
calcule: 
 a) log 6 b) log 5 
 c) log 2,5 d) log 
3
 
3) Qual o conjunto solução da equação 
 a) 
2
1)1(log)13(log 42  xx
 
 b) 
2loglog 10010  xx
 
 
4) Determine o campo de existência da função 
)2510(log)12(log)( 23
2
3  xxxxxf
 
5) Resolva as inequações: 
 a) log3(5x – 1) > log3 4 
 b) log2(x – 4) > 1 
 c) log12(x – 1) + log12(x – 2)  1 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) a) 12 b) ½ 
 c) {1/9, 27} d) 243 
2) a) 0,778 b) 0,699 
 c) 0,398 d) 0,2385 
3) a) 1 b) 100 
4) 
}5,,4,,3/{  xexouxRx
 
5) a) 
}1/{  xRxS
 
 b) 
}6/{  xRxS
 
 c) 
}52/{  xRxS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
45 
 
 
AULA 6 
5. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 
5.1 SENO E COSSENO DE UM ARCO: 
Tome o arco  dado na figura abaixo: 
 
Arco  para o conceito de seno e cosseno. 
 
Seno de um arco é a ordenada do ponto P. 
sen

ON

MP
. 
 
Cosseno de um arco é a abscissa do ponto P. 
cos

OM

NP
. 
5.1.1 CONSEQÜÊNCIAS: 
Para qualquer ponto da circunferência, a ordenada e a abscissa nunca são menores que 1 
nem maiores que 1. Por isso dizemos que seno e cosseno são números compreendidos entre 1 e 
1, o que nos permite concluir: 
1  
sen
  1 e 1  
cos
  1 
5.1.2 FUNÇÃO SENO E FUNÇÃO COSSENO 
Função seno é a função que associa a cada arco 
x

R
 o número 
senx

R
, ou 
y

senx
. 
Função cosseno é a função que associa a cada arco 
x

R
 o número 
xcos

R
, ou 
y

xcos
. 
5.1.3 GRÁFICO DAS FUNÇÕES SENO E COSSENO 
Para estudar a função seno (
y

sen x
) e a função cosseno (
y

cos x
) vamos variar 
x
 no 
intervalo [0,2]. 
5.1.3.1 Função seno: 
y

sen x
 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO SENO. 
A
P
O

N
M
AO O 2

3

4

6


2
3
2
1
1
y
x
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
46 
 
 
5.1.3.2 Conclusões 
 O domínio da função 
y

sen x
 é o conjunto dos números reais, isto é, 
D

R
. 
 A imagem da função 
y

sen x
 é o intervalo [1,1], isto é, 1
sen x
1. 
 Toda vez que somamos 2 a um determinado valor de 
x
, a função seno assume o mesmo valor. 
Como 2 é o menor número positivo para o qual isso acontece, o período da função 
y

sen x
 é 
p
2. 
Essa conclusão pode ser obtida, também, a partir do ciclo trigonométrico onde marcamos o 
arco 
x
. 
Quando adicionamos 2
k
 ao arco 
x
, obtemos sempre o mesmo valor para o seno, pois a 
função seno é periódica de período 2. 
sen x

sen
(
x
2
k
), 
k

Z
 (Inteiros). 
5.1.3.3 Seno é função ímpar 
No ciclo trigonométrico, os pontos correspondentes aos números 
x
 e 
x
 têm imagens 
simétricas em relação ao eixo das abscissas. Daí resulta que as ordenadas desses pontos têm o 
mesmo valor absoluto, porém, sinais opostos. Então, 
sen
(
x
)
sen x
. 
Quando uma função 
f
 é tal que 
f
(
x
)
f
(
x
), para todo 
x
 do seu domínio, dizemos que 
f
 é uma função ímpar. 
Como 
sen
(
x
) 
sen x
, para todo 
x
 real, podemos afirmar que a função seno é ímpar. 
5.1.3.4 Função cosseno 
y

cos x
 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO COSSENO. 
5.1.3.5 Conclusões 
 O domínio da função 
y

cos x
 é o conjunto dos números reais, isto é, 
D

R
. 
 A imagem da função 
y

cos x
 é o intervalo [1,1], isto é, 1
cos x
1. 
 O período da função 
y

cos x
 é 
p
2. 
Essa conclusão pode ser obtida, também, a partir do ciclo trigonométrico onde marcamos o 
arco 
x
. 
Quando adicionamos 2
k
 ao arco 
x
, obtemos sempre o mesmo valor para o cosseno, pois a 
função cosseno é periódica de período 2. 
cos x

cos
 (
x
2
k
), 
k

Z
 (Inteiros). 
 
AO O 2

3

4

6


2
3
2
1
1
y
x
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
47 
 
 
5.1.3.6 Cosseno é função par 
No ciclo trigonométrico, os pontos correspondentes aos números 
x
 e 
x
 têm imagens 
simétricas em relação ao eixo das abscissas. Daí resulta que esses pontos têm a mesma abscissa. 
Então, 
cos
 (
x
)
cos x
. 
Quando uma função 
f
 é tal que 
f
(
x
)
f
(
x
), para todo 
x
 do seu domínio, dizemos que 
f
 é uma função par. 
Como 
cos
 (
x
)
cos x
, para todo 
x
 real, podemos afirmar que a função cosseno é par. 
 
Exemplos: 
1) Construa o gráfico da função 
y
2
sen x
, dando o domínio, a imagem e o período. 
 
x
 
sen x
 2
sen x
 
y
 
 
0 0 20 0 
2

 1 21 2 
 0 20 0 
2
3
 1 2(1) 2 
2 0 20 0 
 
Observando o gráfico, temos: 
D

R
, 
Im
[2,2], e 
p
2. 
 
2) Construa o gráfico da função 
y

cos
2
x
, dando o domínio, a imagem e o período. 
 
2
x
 
x
 
cos
2
x
 
y
 
0 0 1 1 
2

  0 0 
 2 1 1 
2
3
 3 0 0 
2 4 1 1 
 
Observando o gráfico,temos: 
D

R
, 
Im
[1,1], e 
p
4. 
5.2 TANGENTE DE UM ARCO 
Tome o arco  dado na figura abaixo: 
 
 
 
O 2


2
3
2
1
1
y
x
2
2
O  

2
3 4
1
1
y
x
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
48 
 
 
A
P
O

N
M
T
eixo das tangentes
 
 
 
 
 
 
ARCO  PARA O CONCEITO DE TANGENTE. 
 
Tangente de um arco é a ordenada do ponto T (segmento AT). 
tan

AT
. 
5.2.1 CONSEQÜÊNCIAS 
 O eixo vertical, suporte de 
AT
, é chamado eixo das tangentes. 
 Podemos dizer que 
tan
 só é definida se 
R
 e 
2


k
 (
k

Z
). 
5.2.2 FUNÇÃO TANGENTE 
Função tangente é a função que associa a cada arco x 
R
, com x 
2

k  ( k 
Z
), o 
número 
Rxtan
, ou 
xy tan
. 
5.2.3 GRÁFICO DA FUNÇÃO TANGENTE 
Para estudar a função tangente (
y

tan x
) vamos variar 
x
 no intervalo [0,2]. 
 
 
Gráfico da função tangente. 
5.2.4 CONCLUSÕES 
 O domínio da função 
y

tan x
 é o conjunto dos números reais
x

R
, com 
x

2


k
 (
k

Z
), 
isto é, 
D
{
x

R
/ 
x

2


k
, 
k

Z
}. 
 A imagem da função 
y

tan x
 é o conjunto dos números reais. 
AO O 2

3

4

6
 
2
3
2
1
1
y
x
0,58
1,73
1,73
0,58
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
49 
 
 
Toda vez que somamos 
k
 a um determinado valor de 
x
, a função tangente assume o 
mesmo valor. Como  é o menor número positivo para o qual isso acontece, o período da função 
xy tan
 é 
p
. 
tan
(
x

k
)
tan x
, 
k

Z
. 
5.2.5 TANGENTE É UMA FUNÇÃO ÍMPAR 
Como 
xx tan)tan( 
, para todo 
x
 real, com 
x

2


k
 (
k

Z
), podemos afirmar que a 
função tangente é ímpar. 
 
5.3 COTANGENTE DE UM ARCO 
Tome o arco  dado na figura abaixo: 
 
 
 
 
Arco  para o conceito de cotangente. 
 
Cotangente de um arco é a abscissa do ponto C (segmento BC). 
cot

BC
. 
5.3.1 CONSEQÜÊNCIAS 
 O eixo horizontal, suporte de 
BC
, é chamado eixo das cotangentes. 
 Podemos dizer que 
cot
 só é definida se 
R
 e 
k
 (
k

Z
). 
5.3.2 FUNÇÃO COTANGENTE 
Função cotangente é a função que associa a cada arco 
x

R
, com 
x
 k  (
k

Z
), o 
número 
cot x

R
, ou 
y

cot x
. 
 
A
P
O

N
M
C
eixo das
cotangentes
B
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
50 
 
 
5.3.3 GRÁFICO DA FUNÇÃO COTANGENTE 
Para estudar a função cotangente (
y

cot x
) vamos variar 
x
 no intervalo [0,2]. 
 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO COTANGENTE. 
5.3.4 CONCLUSÕES 
 O domínio da função 
y

cot x
 é o conjunto dos números reais
x

R
, com 
x

k
 (
k

Z
), isto 
é, 
D
{
x

R
/ 
x

k
, 
k

Z
}. 
 A imagem da função 
y

cot x
 é o conjunto dos números reais. 
 Toda vez que somamos 
k
 a um determinado valor de 
x
, a função cotangente assume o mesmo 
valor. Como  é o menor número positivo para o qual isso acontece, o período da função 
xy cot
 é 
p
 . 
 
cot
(
x

k
)
cot x
, 
k

Z
. 
5.3.5 COTANGENTE É UMA FUNÇÃO ÍMPAR 
Como 
xx cot)cot( 
, para todo 
x
 real, com 
x

k
 (
k

Z
), podemos afirmar que a 
função cotangente é ímpar. 
5.4 SECANTE E COSSECANTE DE UM ARCO 
Tome o arco  dado na figura abaixo: 
 
 
Arco  para o conceito de secante e cossecante. 
 
AO O 2

3

4

6
 
2
3 2
1
1
y
x
0,58
1,73
1,73
0,58
A
P
O

N
M S
D
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
51 
 
 
Traçando uma reta tangente à circunferência pelo ponto P, interceptamos o eixo das 
abscissas no ponto S e o eixo das ordenadas no ponto D. 
sec
 
OS
. 
seccos
 
OD
. 
 
5.4.1 FUNÇÃO SECANTE E COSSECANTE 
Função secante é a função que associa a cada arco 
x

R
, com 
x

2


k
 (
k

Z
), o 
número 
sec x

R
, ou 
y

sec x
 
Função cossecante é a função que associa a cada arco 
x

R
, com 
x

k
 (
k

Z
), o número 
seccos x

R
, ou 
y

seccos x
. 
5.4.2 GRÁFICO DA FUNÇÃO SECANTE 
Para estudar a função secante (
y

sec x
) vamos variar 
x
 no intervalo [0,2]. 
 
 
 
 
Gráfico da função secante. 
 
5.4.3 CONCLUSÕES 
O domínio da função 
y

sec x
 é o conjunto dos números reais
Rx
, com 
)(
2
Zkkx  
, isto é, 
D
{
x

R
/ 
x

2


k
, 
k

Z
}. 
A imagem da função 
y

sec
x é o conjunto dos números reais maiores ou iguais a 1 ou 
menores ou iguais a 1, isto é, 
Im
{
y

R
/ 
y
1 ou 
y
1}. 
Toda vez que somamos 2
k
 a um determinado valor de 
x
, a função secante assume o 
mesmo valor. Como 2 é o menor número positivo para o qual isso acontece, o período da função 
y

sec x
 é 
p
2. 
sec
(
x
2
k
)
sec x
, 
k

Z
. 
 
AO O

2

3

4

6


2
3
2
1
1
y
x
1,15
1,41
2
1,15
1,41
2
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
52 
 
 
5.4.4 GRÁFICO DA FUNÇÃO COSSECANTE 
Para estudar a função cossecante (
y

seccos x
) vamos variar 
x
 no intervalo [0,2]. 
 
 
GRÁFICO DA FUNÇÃO COSSECANTE. 
5.4.5 CONCLUSÕES 
 O domínio da função 
y

seccos x
 é o conjunto dos números reais
x

R
, com 
x

k
 (
k

Z
), 
isto é, 
D
{
x

R
/ 
x

k
, 
k

Z
}. 
 A imagem da função 
y

seccos x
 é o conjunto dos números reais maiores ou iguais a 1 ou 
menores ou iguais a 1, isto é, 
Im
{
y

R
/ 
y
1 ou 
y
1}. 
 Toda vez que somamos 2
k
 a um determinado valor de 
x
, a função cossecante assume o 
mesmo valor. Como  é o menor número positivo para o qual isso acontece, o período da função 
y

seccos x
 é 
p
2. 
seccos
(
x
2
k
)
seccos x
, 
k

Z
. 
5.5 RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 
Será feito o estudo das relações que existem entre as funções trigonométricas, pois elas têm 
muitas aplicações na trigonometria e fora dela. Para as deduções das relações, tomaremos como 
base o ciclo trigonométrico e um ângulo  dado. 
 
Funções trigonométricas no ciclo. 
 
Podemos identificar as funções trigonométricas no ciclo, em relação ao ângulo : 
O 2

3

4

6


2
3
2
1
1
y
x
1,15
1,41
2
1,15
1,41
2
AO
A
P
O

N
M S
D
C
eixo das
cotangentesB
T
eixo das tangentes
Cálculo Diferencial e Integral Profa Paula Francis Benevides 
 
53 
 
 
sen

ON
; 
cos

OM
; 
tan

AT
; 
cot

BC
; 
sec

OS
 e 
seccos

OD
. 
 
Analisando as funções no ciclo e fixando inicialmente o ângulo , podemos fazer as 
seguintes mudanças, para facilitar o entendimento das relações trigonométricas: 
 
 
 
Funções adaptadas no ciclo. 
 
Com as novas adaptações, temos as seguintes funções: 
sen

AB
; 
cos

OA
; 
tan

CD
; 
cot

OE
; 
sec

OD
 e 
seccos

OF
. 
 
Daí tiram-se três triângulos semelhantes: 

OAB

OCD

OEF
. 
 
 
 
Triângulos semelhantes. 
5.5.1 USANDO O TEOREMA DE PITÁGORAS 
 
sen
2
cos
21; 
 
tan
21
sec
2; 
 
cot
21
seccos
2. 
5.5.2 USANDO SEMELHANÇA ENTRE TRIÂNGULOS 
Com base na figura acima, tome as seguintes proporções, dadas as razões entre os 
triângulos: 
Razões do triângulo para : 
1
sec

cos
1
  
sec

cos
1
; 
 
1
tan



cos
sen
  
tan



cos
sen
. 
C
B
O

A E
F
D
cos
cot
tansen
sec

co
sse
c
1
unidade
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
2 1
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
54 
 
 
Razões do triângulo para : 
1
seccos 

sen
1
  
seccos

sen
1
; 
 
1
cot



sen
cos
  
cot



sen
cos
. 
 
 
Razões do triângulo para : 
1
seccos 



tan
sec
  
seccos



tan
sec
; 
 
1
cot

tan
1
  
cot

tan
1
. 
 
Exemplos: 
Com base nos três triângulos semelhantes da figura anterior, resolva os exercícios que 
seguem abaixo: 
1) Determine as razões que se pede abaixo, do triângulo para . 
 
sen



sec
tan
; 
cos

sec
1
. 
2) Determine as razões que se pede abaixo, do triângulo para . 
 
sen

seccos
1
; 
cos



seccos
cot
. 
 
3) Determine as razões que se pede abaixo, do triângulo para . 
 
sec



cot
seccos
; 
tan

cot
1
. 
5.5.3 IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS 
A igualdade 
sen
2
cos
21 é verdadeira para qualquer  pertencente aos domínios das 
funções seno e cosseno. Logo, ela é uma identidade trigonométrica. 
Quando temos uma igualdade, só podemos aceitá-la como identidade após uma prova, ou 
seja, após uma demonstração. 
Para fazer uma demonstração desse tipo, podemos nos valer de qualquer das relações dadas 
acima, que são identidades. 
 
3 1
3 2
1 2
1 3
2 3
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
55 
 
 
5.5.3.1 Processo para demonstrar identidades 
Considerando a igualdade, levaremos todas as funções envolvidas para uma razão 
equivalente em um dos três triângulos. Depois é só operar ambos os membros e chegar a uma 
mesma expressão. 
 
Exemplos: 
Nos exercícios seguintes, demonstre que as igualdades são identidades: 
1) 
tan
2
sen
2
tan
2
sen
2 
 
 
Levar do triângulo para : 
tan
2
sen
2
tan
2
sen
2 


2
2
cos
sen

sen
2


2
2
cos
sen

sen
2 


2
4
cos
sen



2
222
cos
cossensen 
 


2
4
cos
sen



2
22
cos
)(sensen
 


2
4
cos
sen



2
4
cos
sen
  C.Q.D. (como queríamos demonstrar). 
 
2) (1
cot
)2(1
cot
)22
seccos
2 
 
 
 
 
Todas as funções já se encontram no triângulo , basta desenvolver: 
(1
cot
)2(1
cot
)22
seccos
2 
(1
cot
)2(1
cot
)22
seccos
2 
12
cot

cot
212
cot

cot
22
seccos
2 
22
cot
22
seccos
2 
2(1
cot
2)2
seccos
2 
2
seccos
22
seccos
2  C.Q.D. 
 
 
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
2 1
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
3
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
56 
 
 
 3) 
sec
2
seccos
2
sec
2
seccos
2 
 
 
 
 
 Levar do triângulo para : 
 
sec
2
seccos
2
sec
2
seccos
2 
sec
2


2
2
tan
sec

sec
2


2
2
tan
sec
 


2
222
tan
sectansec 



2
4
tan
sec
 


2
22
tan
)1(tansec 



2
4
tan
sec
 


2
22
tan
)(secsec 



2
4
tan
sec
 


2
4
tan
sec



2
4
tan
sec
  C.Q.D. 
 
4) 


seccos
sen
1


sec
cos
 
 
 
 
 Levar dos triângulos e para : 
 


seccos
sen
1


sec
cos
 


sen
sen
1
1


cos
1
cos
 
sen
21
cos
2 
sen
2
sen
2  C.Q.D. 
 
 
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
3 2
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
3 2 1
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
57 
 
 
5) 


cossec
seccos

 sen

cot
3 
 
 
 
Levar dos triângulos e para : 
 


cossec
seccos

 sen

cot
3 






seccos
cot
cot
seccos
seccos
1
seccos



cot
3 




seccoscot
cotseccos
seccos
1seccos
22
2



cot
3  Obs: 
seccos
21
cot
2 


seccos
cot 2



22 cotseccos
seccoscot


cot
3 


seccos
seccoscot3

 22 cotcot1
1


cot
3 
cot
3
01
1


cot
3 
cot
3
cot
3  C.Q.D. 
 
AULA 6 – EXERCÍCIOS 
 
1) Dado sen x = 3/4 , com 0<x< 

/2, 
calcular cos x. 
2) Para que valores de a temos, 
simultaneamente, senx=a + 1 e cos x = a? 
3) Dado 
3
3
cos x
, com 


 x
2
, calcule tg x. 
4) Simplifique a expressão 


g
gtg
cotsec
cot


. 
5) Demonstre as seguintes identidades: 
 a) (1 + cotg
2
x)(1 – cos2x) = 1 
 b) tg x + cotgx = tg x. Cossec
2
x 
 c) 
2cos1
cos
2cos1
2 x
tg
x
x
x
xsen




 
 
 
 
 
Respostas: 
1) 
4
7
cos x
 
2) a = 0 ou a = -1 
3) 
2tgx
 
4) sec 

 
CO

D
tansec
B
O

Acos
sen1
1 O

E
F
cot
coss
ec
1
21 3
1 2 3
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
58 
 
 
AULA 7 
6. LIMITES 
6.1 NOÇÃOINTUITIVA: 
 Seja a função f(x)= 2x + 1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita 
(valores maiores que 1) e pela sua esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor 
correspondente de y. 
 
x y = 2x + 1 x y = 2x + 1 
1,01 0,6 
1,02 0,7 
1,03 0,9 
1,04 0,95 
1,1 0,98 
1,2 0,99 
 
 
 
 
 
 
 Notamos que a medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de ______, ou seja, quando 
x tende para 1 (x

1), y tende para _____ (y

_____), ou seja: 
 
3)12(lim 1  xx
 
 De forma geral, escrevemos: 
 
bxfax  )(lim
 
 
 
6.1.1 PROPRIEDADES: 
1. 
)(lim)(lim)]()([lim xgxfxgxf axaxax  
 
2. 
)(lim)(lim)]()([lim xgxfxgxf axaxax  
 
3. 
)(lim
)(lim
)(
)(
lim
xg
xf
xg
xf
ax
ax
ax


 
 
4. 
  *0 ,)(lim)(lim Nnxfxf
n
ax
n
ax  
 
5. 
*,)(lim)(lim Nnxfxf n ax
n
ax  
 
6. 
 )(lim))((lim xfsenxfsen axax  
 
 
Exemplos: 
 
1) 
 )3(lim
32
1 xxx
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
59 
 
 
2) 
 )cos(lim
3 xxx 
 
3) 



10
cos
lim
20 x
x
x
 
 
 
4) 

22
1 )3(lim xx
 
 
 
 
5) 
 1lim
23
2 xxx
 
 
 
 
6) 
 )3(lim
2
1 xxsenx
 
 
 
 
7) 
 )432(lim
2
2 xxx
 
 
 
8) 




2
4
lim
2
2
x
x
x
 
 
 
 
9) 




9
34
lim
2
2
3
x
xx
x
 
 
 
 
10) 




1
45
lim
2
1
x
xx
x
 
 
 
 
11) 




1
23
lim
2
3
1
x
xx
x
 
 
 
 
 
12) 



x
x
x
33
lim 0
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
60 
 
 
 
13) 
 )43(lim
3
1 xxx
 
 
 
14) 
 )(coslim 0 senxxx
 
 
 
15) 




4
8
lim
2
3
2
x
x
x
 
 
 
 
 
16) 




1
1
lim 1
h
h
h
 
 
 
 
 
 
17) 



t
t
t
5325
lim 0
 
 
 
 
 
18) 



t
t
t
16)4(
lim
2
0
 
 
 
 
 
19) 




1
23
lim
2
2
1
x
xx
x
 
 
 
 
 
20) 



x
xx
x
11
lim 0
 
 
 
 
 
21) 




1
1
lim
5
4
1
x
x
x
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
61 
 
 
AULA 07 – EXERCÍCIOS 
 
 
1) 
 )15(lim
23
1 xxxx
 
2) 
 )342(lim
23
1 xxxx
 
3) 


)1224(lim 23
2
xxx
x
 
4) 




5
45
lim
2
2
2
x
xx
x
 
5) 




2
107
lim
2
2
x
xx
x
 
6) 




3
32
lim
2
3
x
xx
x
 
7) 




12
34
lim
5
3
1
xx
xx
x
 
8) 




6
36
lim
2
6
x
x
x
 
9) 




2
32
lim
5
2
x
x
x
 
10) 




27543610
27188
lim
234
234
3
xxxx
xxx
x
 
11) 




42
2
lim 2
x
x
x
 
12) 




2
4
lim 4
x
x
x
 
13) 



x
x
x
42
lim 0
 
14) 




1
32
lim 1
x
x
x
 
15) 



11
lim 0
x
x
x
 
16) 




2
321
lim 4
x
x
x
 
17) 




1153
2232
lim
2
2
2
xx
xx
x
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas 
1) 8 
2) 4 
3) 
526 
 
4) -10 
5) -3 
6) -4 
7) 
3
1
 
8) 12 
9) 80 
10) 2 
11) 0 
12) 4 
13) 4 
14) 
4
1
 
15) 2 
16) 
3
4
 
17) 
14
5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
62 
 
 
AULA 8 
6.2 LIMITES INFINITOS: 
 Quando os valores assumidos pela variável x são tais que |x|> N, sendo N tão grande 
quanto se queria, então se diz que o limite da variável x é infinito. 
 
 xxlim
 ou 
 xxlim
 
 
6.2.1 IGUALDADES SIMBÓLICAS: 
6.2.1.1 Tipo Soma: 
a. (3) + (

) = 

 
b. (+

) + (+

) = + 

 
c. - 

 + (-

) = - 

 
d. 

 - 

 = indeterminado 
 
6.2.1.2 Tipo Produto: 
a. 5 x (

) = 

 
b. (-5) x (

) = 

 
c. (+

)x(+

) = + 

 
d. (+

)x(-

) = -

 
e. 
 
 x 0 = indeterminado 
 
6.2.1.3 Tipo Quociente: 
a. 
0

c
 
b.


c
 
c.
0
0


 
d.
0
0
 e 



 indeterminado 
 
 
6.2.1.4 Tipo Potência: 
a. 
c
 (c>1) 
b. 
0c
 (0<c<1) 
c. 
00 
 
d.
0c
 
e. 
 )(
 
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63 
 
 
f.
 c)(
 (se c for ímpar) 
g. 
 c)(
 (se c for par) 
h. 
0)(  
 
i. 
0)(  c
 
j. 0
0
 = indeterminado 
k. 
 0)(
 indeterminado 
l. 
1
indetermindado 
 
 
Obs.: O limite de uma função polinomial quando x tende ao infinito, é o limite do termo de 
maior grau. 
 
Exemplos: 
 
1) 
 )13(lim
2 xxx
 
 
 
 
2) 




432
1245
lim
2
2
xx
xxx
x
 
 
 
 
3) 




3
543
lim
2
2
xx
xx
x
 
 
 
 
4) 
xlim 

3
4
5
6
2
x
x 
 
 
 
 
5) 




132
18
lim
4
4
xx
xx
x
 
 
 
 
 
6) 
 )11(lim
22 xxxxx
 
 
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64 
 
 
AULA 08 – EXERCÍCIOS 
 
1) 
 )1235(lim
23 xxxx
 
2) 
 )122(lim
245 xxxx
 
3) 
 )123(lim
24 xxx
 
4) 
 )853(lim
24 xxx
 
5) 
 )235(lim
3 xxx
 
6) 
 )23(lim
2 xxx
 
7) 




3
132
lim
2
23
xx
xxx
x
 
8) 




1
12
lim
2
2
x
x
x
 
9) 



3
3
lim
2x
x
x
 
10) 




359
1253
lim
23
23
xxx
xxx
x
 
11) 




784
852
lim
5
23
xx
xx
x
 
12) 




7
125
lim
23
x
xx
x
 
13) 



 33
2
)1(
1
lim
xx
xx
x
 
14) 




1
1
lim
2
x
xx
x
 
15) 




1
1
lim
2
x
xx
x
 
16) 



1
532
lim
4
2
x
xx
x
 
17) 




1
532
lim
4
2
x
xx
x
 
18) 
 )43(lim
2 xxxx
 
19) 
 )43(lim
2 xxxx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) + 

 
2) - 

 
3) - 

 
4) +

 
5) +

 
6) -

 
7) +

 
8) 2 
9) 0 
10) 
3
1
 
11) 0 
12) +

 
13) 
3
1
 
14) 1 
15) -1 
16) 2 
17) 2 
18) 
2
3
 
19) +

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
65 
 
 
AULA 9 
6.3 LIMITES TRIGONOMÉTRICOS: 
 
1lim 0 
x
senx
x
 
 
Demonstrando o limite fundamental por tabela temos que: 
 
Usando valores de x

 0 em radianos, obtemos valores iguais ou muito próximos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
1) 

x
xsen
x
3
lim 0
 
 
 
 
 
2) 


 20
cos1
lim
x
x
x
 
 
 
 
 
 
3) 

xsen
xsen
x
2
5
lim 0
 
 
 
 
 
 
4) 




xsenxsen
senxxsen
x
42
5
lim 0
 
 
 
 
 
x Senx 
0,008 0,008 
0,006 0,006 
0,004 0,004 
0,002 0,002 
0,001 0,001 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
66 
 
 
5) 




xsenx
xsenx
x
9
23
lim 0
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) 

x
tgx
x 0lim
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) 



x
x
x
cos1
lim 0
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) 

)(
)(
lim 0
nxsen
mxsen
x
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
67 
 
 
AULA 9 – EXERCÍCIOS 
 
1) 

x
xsen
x
2
3
lim 0
 
2) 

x
senx
x
4
lim 0
 
3) 

x
xtg
x
3
2
lim 0
 
4)

xsen
xsen
x
3
4
lim 0
 
5) 

xtg
xtg
x
5
3
lim 0
 
6) 



xsenx
x
x
cos1
lim 0
 
7) 


 20
sec1
lim
x
x
x
 
8) 



x
senxtgx
x 0lim
 
9) 




tgx
xsenx
x
1
cos
lim 0
 
10) 



xsen
senxtgx
x 20
lim
 
11) 




senxx
senxx
x 0lim
 
12) 



xsen
xx
x
4
3cos5cos
lim 0
 
13) 



senx
xsenxsen
x
23
lim 0
 
14) 



x
senaaxsen
x
)(
lim 0
 
15) 


 20 3
2cos1
lim
x
x
x
 
 
Respostas: 
1) 3/2 
2) ¼ 
3) 2/3 
4) 4/3 
5) 3/5 
6) ½ 
7) – ½ 
8) 2 
9) -1 
10) 0 
11) 0 
12) 0 
13) 1 
14) cos a 
15) 2/3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
68 
 
 
 
AULA 10 
6.4 LIMITES DE FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICAS: 
 
e
x
x
x 






1
1lim
 (1) 
 
 Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou neperianos. Trata-se do número 
irracional e, cujo valor aproximado é 2,7182818 
 
 
Nota-se que a medida que x 

, x
x







1
1

 e 
 
De forma análoga, efetuando a substituição 
y
x

1
 e 
y
x
1

 
 temos: 
 
ey yy 
1
0 )1(lim
 (2) 
 
 Ainda de forma mais geral, temos: 
 
(3) 
kly
l
y eky  )1(lim 0
 
 
 
(4) 
kl
lx
x e
x
k






 1lim
 
 
 
(5) 
a
x
a x
x ln
1
lim 0 


 
 
 
(6) 
1
1
lim 0 


x
e x
x
 
 
Exemplos: 
1) 







x
x
x
4
3
1lim
 
 
 
 
X x
x







1
1
 
1 2 
2 2,25 
3 2,3703 
10 2,5937 
100 2,7048 
1000 2,7169 
10000 2,7181 
100000 2,7182 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
69 
 
 
2) 

x
x x
3
0 )21(lim
 
 
 
 
3) 



x
x
x
2
13
lim 0
 
 
 
 
4) 



xsen
e x
x
2
1
lim 0
 
 
 
 
5) 







x
x
x
2
5
1lim
 
 
 
 
6) 
   xx x
2
0 21lim
 
 
 
 
7) 



x
x
x
12
lim 0
 
 
 
 
8) 



1
3
lim 0 xx e
xsen
 
 
 
 
 
9) 



xsen
e x
x
4
1
lim
3
0
 
 
 
 
10) 



xsen
x
x
2
13
lim
5
0
 
 
 
 
11)




26
413
loglim 2
x
x
x
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
70 
 
 
AULA 10 - EXERCÍCIOS 
 
1) 



2
4
2
2
3lim x
x
x
 
2) 



1
1
1lim
x
x
x e
 
3) 





 


2
45
4
2
1
lim
x
xx
x
e
 
4) 




45
23
loglim
2
2
31
xx
xx
x
 
5) 




21
3
lnlim 3
x
x
x
 
6) 




xx
xx
x 2
3
0 loglim
 
7) 







x
x
x
2
1
1lim
 
8) 







31
1lim
x
x
x
 
9) 









2
1
1lim
x
x
x
 
10) 









3
1
1lim
x
x
x
 
11) 







x
x
x
4
1lim
 
12) 







x
x
x
3
2
1lim
 
13) 







x
x
x
3
2
1lim
 
14) 

x
x x
1
0 )41(lim
 
15) 

x
x x
2
0 )31(lim
 
16) 










3
1
4
lim
x
x
x
x 
17) 









2
3
1
lim
2
2
x
x
x
x 
18) 









x
x
x
x
12
32
lim
 
19) 



x
x
x
2
)1ln(
lim 0
 
20) 



x
x
x
3
)21ln(
lim 0
 
 
Respostas 
 
1) 81 
2) e2 
3) e-12 
4) -1 
5) ln4 
6) 0 
7) e2 
8) e1/3 
9) e 
10) e 
11) e4 
12) e6 
13) e-6 
14) e4 
15) e-6 
16) e-3 
17) e4 
18) e 
19) ½ 
20) 2/3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
71 
 
 
AULA 11 
6.5 LIMITES LATERAIS: 
 Consideramos uma função y = f(x), da qual queremos achar os limites laterais para x 
tendendo a a, ou seja, queremos calcular: 
 
 
 
 
 
 
 
 Limite lateral à direita 
 
 
 
 
 
 
 
?)(lim 

xfaxLimite lateral à esquerda 
 
Vejamos como proceder em cada caso: 
 
 Limite a direita (quando x

 a+) 
Fazemos a seguinte troca de variável: 
 x = a + h, com h > 0 
 x 

 a, devemos ter h 

 0 
 
Exemplo: 
 


)43(lim 2 xx
 
 
 
 
 Limite a esquerda (quando x 

 a-) 
Fazemos a seguinte troca de variável: 
 x = a – h, com h > 0 
 x 

 a devemos ter h 

 0 
Exemplo: 
 


)43(lim 2 xx
 
 
 
 
 
O Limite de uma função existe quando 
)(lim)(lim xfxf axax   
 
?)(lim 

xfax
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
72 
 
 
AULA 11 - EXERCÍCIOS 
 
1) 
 )13(lim
2
2
xx
x
 
2) 



 2
43
lim
3 x
x
x
 
3) 



 13
235
lim
2
1 x
xx
x
 
4) 



 23
105
lim
2
2
3 xx
xx
x
 
5) 
 )31(lim 3 xx
 
6) 


 2
lim
2 x
x
x
 
7) 
 )3(lim
2
2
xx
x
 
8) 
 )3(lim
2
2
xx
x
 
9) 


 2
3
lim
2 x
x
x
 
10) 


 2
3
lim
2 x
x
x
 
11) 

x
x
1
0
2lim
 
12) 

x
x
1
0
2lim
 
13) 



x
x 10
21
4
lim
 
14) 



x
x 10
21
4
lim
 
 
15) Calcule os limites laterais solicitados. 
a) 









1x se14x
1x se 2
x se x
xf
123
)( 
 
)(lim
1
xf
 x 
, 
)(lim
1
xf
 x 
 , 
)(lim
1 
xf
x
 
 
b) 









2 x se1-x
2x se 0
x se x
xf
21
)(
2
 
 
)(lim
2
xf
 x 
 e 
)(lim
2
xf
 x 
 
c) 









2 x se7-6xx-
2x se 1
x se 1-3x-x
xf
2
22
)(
2
 
)(lim
2
xf
 x 
 e 
)(lim
2
xf
 x 
 
 
 
Respostas: 
 
1) 9 
2) 1 
3) 2 
4) 26 
5) 1 
6) 

 
7) 10 
8) 10 
9) -

 
10) +

 
11) 0 
12) +

 
13) 4 
14) 0 
15) a) 1 e 5 
b) 1 e -3 
c) 1 e 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
73 
 
 
AULA 12 
7. ASSÍNTOTAS HORIZONTAIS E VERTICAIS 
7.1 INTRODUÇÃO: 
Traçaremos com facilidade um esboço gráfico de uma função se conhecermos as assíntotas 
horizontais e verticais do gráfico, caso elas existam. 
Assíntota são as linhas horizontais e verticais que no gráfico servem para traçarmos a função, 
onde a função vai tender para este valor, o que encontrarmos da assíntota, porém não "toca " esta reta, 
pois a assintota são os limites laterais vertical e horizontal da função 
 
7.2 ASSÍNTOTA VERTICAL 
 Dizemos que a reta x = a é uma assíntota vertical do gráfico de f, se pelo menos uma das 
afirmações seguintes for verdadeira: 
i. 
 )(lim xfax
 
ii. 
 )(lim xfax
 
iii. 
 )(lim xfax
 
iv. 
 )(lim xfax
 
 
7.3 ASSÍNTOTA HORIZONTAL 
 Dizemos que a reta y = b é uma assíntota horizontal do gráfico de f, se pelo menos uma das 
afirmações seguintes for verdadeira: 
i. 
bxfx  )(lim
 
ii. 
bxfx  )(lim
 
 
Exemplos: 
1) Seja a função
)1(
2
)(


x
xf
. Encontre a equação assíntotas horizontais e verticais se ela existirem. 
 
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74 
 
 
2) Considere a função 
2)2(
4
3)(


x
xf
. Encontre a equação das assíntotas horizontais e verticais, se 
ela existirem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. FUNÇÕES CONTÍNUAS 
8.1 DEFINIÇÃO: 
 Uma função f é contínua em um ponto a se são satisfeitas as seguintes condições: 
i. 

 
)(af
 
ii. 

 
)(lim xfax
 
iii. 
)()(lim afxfax 
 
 
 
Exemplos: 
 Verifique se as funções abaixo são contínuas no ponto indicado: 
 
1) 
xxxf 352)( 
 em x = 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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75 
 
 
2) 
2
|2|
)(


x
xf
 em x = 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) 









33
32
31
)(
2
xsex
xse
xsex
xf
 em x = 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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76 
 
 
AULA 12 - EXERCÍCIOS 
 
Escreva a equação das assíntotas das funções abaixo, faça um esboço do gráfico da função: 
1) 
3
5


x
y
 
2) 
1
13



x
x
y
 
3) 
x
y
2

 
4) 
2)1(
2


x
y
 
5) 
2
3
1


x
y
 
 
Verifique se as funções abaixo são contínuas nos pontos indicados 
 
6) 









31
3
3
|3|
)(
xse
xse
x
x
xf
 em x = 3 
7) 
3
9
)(
2



x
x
xf
 em x = 3 
8) 
53)(  xxf
 em x = 2 
9) 






23
215
)(
2
xsex
xsexx
xf
 em x = 2 
 
 
 
 
 
 
Respostas 
1) x = 3 é a equação da assíntota vertical e y = 0 é a assintota horizontal 
2) x = 1 é a equação da assíntota vertical e y = 3 é a assintota horizontal 
3) x = 0 é a equação da assíntota vertical e y = 0 é a assíntota horizontal 
4) x = 1 é a equação da assíntota vertical e y = 0 é a assíntota horizontal 
5) x = 2 é a equação da assíntota vertical e y = - 1 é a assíntota horizontal 
6) a função não é contínua 
7) a função é continua 
8) a função é contínua 
9) a função não é contínua 
 
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77 
 
 
AULA 13 
9. DERIVADAS 
9.1 INTRODUÇÃO: 
 O Cálculo Diferencial e Integral criado por Leibniz e Newton no século XVII tornou-se logo 
de início um instrumento precioso e imprescindível para a solução de vários problemas relativos à 
Matemática e a Física. Na verdade, é indispensável para investigação não-elementar tanto nas ciências 
naturais como humanas. 
 O formalismo matemático do Cálculo que à primeira vista nos parece abstrato e fora da 
realidade, está internamente relacionado com o raciocínio usado pelas pessoas em geral na resolução 
de problemas cotidianos. 
 
9.2 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE ANGULAR DA RETA TANGENTE AO 
GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO EM UM DETERMINADO PONTO DESTE GRÁFICO: 
 Seja f uma função representada no gráfico abaixo: 
 
 
 
 
Gostaríamos de encontrar a inclinação da reta tangente a este gráfico em um determinado 
ponto, vamos supor P(x, f(x)). 
Sabemos que o coeficiente angular da reta nos dá a inclinação desta. Sendo assim,devemos 
encontrar o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico em P (x, f(x)). 
 
 
y
xx
f x( )
y
xx
f x( )
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
78 
 
 
Seja P(x, f(x)) e Q (x + h, f(x +h)) dois pontos da função f onde h representa a diferença entre 
as abscissas de P e Q. É fácil determinar o coeficiente angular da reta PQ utilizando os conceitos de 
trigonometria no triângulo retângulo. 
Seja s a reta secante ao gráfico de f pelos pontos P e Q. 
 
y
x
Q
P
x x + h
f x( )
f x+h( )
f x( )
s
R
 
 
 
 Sabemos que o coeficiente angular mPQ da reta secante é dado pr 
 
PR
QR
tgmm sPQ  
 
 
h
xfhxf
ms
)()( 

 (i) inclinação da reta secante 
 
 Podemos tomar no gráfico pontos Q1, Q2, Q3, Q5,....Qn cada vez mais próximos de P, a reta 
s(PQ) secante a curva, tende a posição de tangência em P e o acréscimo h, tende a zero. 
 
y
x
Q
P
x x + h
f x( )
f x+h( )
f x( )
s
RQ3
Q2
Q1
 
 
 
 Logo: 
 
h
xfhxf
m
mm
xt
sxt
)()(
lim
lim
0
0




 
 
onde m representa o coeficiente angular da reta tangente. 
 
 Esse limite quando existe é chamado Derivada de t 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
79 
 
 
9.3 DEFINIÇÃO: 
Seja uma função f: D 

 R, e seja D’ o conjunto de todos os valores x tal que exista f’(x). 
Chama-se função derivada de f a função f’ : D’ 

 R tal que: 
 
 
x
xfxxf
xf x


 
)()(
lim)(' 0
 
 
Exemplo: 
 
1) Se f(x) = x
2
 determine a equação da reta tangente ao gráfico f no ponto de abscissa x = 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Seja a função f: R 

 R tal que f(x) = x
2
. Obter a função derivada de f: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
80 
 
 
3) Utilizando a definição calcule a derivada da função f(x)=x
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.3.1 OUTRAS NOTAÇÕES PARA A FUNÇÃO DERIVADA: 
 y’ (lê-se: derivada de y) 
 y’x (lê-se: derivada de y em relação a x) 
 
dx
dy
 (derivada de y em relação a x) 
 Df (derivada de f) 
 
9.4 SIGNIFICADO FÍSICO DA DERIVADA; 
A questão fundamental da cinemática consiste em determinar a velocidade de um móvel em um 
instante qualquer quando é conhecida a equação de seu movimento ou seja, a expressão que nos dá o 
espaço (posição) em função do tempo, s=f(t). 
Quantitativamente a velocidade exprime em geral, a razão de variação do espaço em relação ao 
tempo. Quando esta razão é constante, temos o movimento uniforme. Ou seja, se o móvel percorre um 
espaço 
S
 em um intervalo de tempo 
t
, a velocidade é dada pelo quociente 
t
S
v



, que é uma 
razão constante. 
Quando porém, temos um movimento variado, ou seja, o móvel percorre espaços diferentes em 
tempos iguais, é necessário e fundamental distinguir a velocidade média da velocidade instantânea. 
Se um automóvel percorre 120 km em 2 horas, não podemos concluir deste fato que sua 
velocidade tenha sido de 60 km/h. Se durante o percurso nós ativéssemos ao velocímetro 
constataríamos que a velocidade apresentou variação, ora para mais, ora para menos. Portanto a 
velocidade de 60 km/h que obtivemos dividindo 120km pelo tempo de 2 horas gastos em percorrê-los 
é o que chamamos de velocidade média. A velocidade que observamos a cada instante no velocímetro 
do veículo denominamos velocidade instantânea. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
81 
 
 
Consideremos um móvel de equação horária s = f(t) que se desloca sobre uma trajetória 
retilínea de origem O e que em um instante t1 ocupe uma posição S1 e num instante t2 ocupe uma 
posição S2. 
 
 
 Sabemos que o espaço percorrido pelo móvel entre uma posição e outra é 
12 SSS 
 ou 
)()( 12 tftfS 
 e que o tempo gasto para percorrê-lo é 
12 ttt 
. 
 Logo, sua velocidade média neste percurso é: 
 
 
12
12
12
12 )()(
tt
tftf
tt
SS
t
S
Vm









 
 Com a definição de velocidade média e considerando a variação do tempo tendendo a zero 
podemos estabelecer a equação da velocidade instantânea no instante t1, dada por: 
 
12
12
0
)()(
limlim
tt
tftf
t
S
V t





 
 
 
 Mas 
tttttt  1212
 e considerando t1 um instante genérico t, temos 
ttt 2
, 
logo: 
 
t
tfttf
V t


 
)()(
lim 0
 
 
que é a derivada da função f em relação a sua variável independente t, ou seja: 
 
Se S = f(t) então S’(t) = v 
 
Raciocínio semelhante pode ser desenvolvido a partir da função velocidade do móvel, v= f(t), o 
que nos levará a concluir que a sua derivada nos fornecerá a aceleração do móvel em um instante 
qualquer, isto é: 
 Se v = f(t) então v’(t) = a 
 
Onde a é a aceleração instantânea do móvel. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
82 
 
 
9.5 REGRAS DE DERIVAÇÃO: 
 Esta seção contém algumas regras gerais que simplificam o trabalho de cálculo das derivadas. 
 
1) f(x) = c f’(x) = 0 
2) f(x) = x
n
 f’(x) = n.xn-1 
3) f(x) = u.v f’(x) = u’v + uv’ 
4) f(x) = u.v.w f’(x) = u’vw + uv’w + uvw’ 
5) 
v
u
xf )(
 
2
''
)('
v
uvvu
xf


 
6) f(x) = u
n
 f’(x) = n.un-1.u’ 
7) f(x) = a
u
 f’(x) = au.ln a.u’ 
8) f(x) = e
u
 f’(x) = eu.u’ 
9) f(x) = ln u 
u
u
xf
'
)(' 
 
10) f(x) = log a u 
au
u
xf
ln.
'
)(' 
 
11) f(x) = cos u f’(x) = - u’.sen u 
12) f(x) = sen u f’(x) = u’.cos u 
13) f(x) = tg u f’(x) = u’.sec2 u 
14) f(x) = cotg u f’(x) = - u’.cossec2u 
15) f(x) = sec u f’(x) = u’.sec u. tg u 
16) f(x) = cossec u f’(x) = - u’.cossec u. cotg u 
17) f(x) = u
v
 f’(x) = v.uv-1.u’ + uv.v’.ln u 
 
)'.ln'()(' u
u
v
uvuxf v 
 
18) f(x) = arc sen u 
21
'
)('
u
u
xf


 
19) f(x) = arc cos u 
21
)('
u
u
xf



 
20) f(x) = arc tg u 
21
'
)('
u
u
xf


 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
83 
 
 
9.5.1 DERIVADA DE FUNÇÃO ALGÉBRICA: 
 
Exemplos: 
1) y = 4x
2
 – 2x 
 
 
 
 
2) 
7
3
5
7 2

x
y
 
 
 
 
3) 
3 2xy 
 
 
 
 
 
 
4) 
1
2


x
x
y
 
 
 
 
 
 
5) 
)1)(32( 2xxxy 
 
 
 
 
 
 
 
6) 
52 )3(  xy
 
 
 
 
 
 
 
 
7) 
21 xy 
 
 
 
 
 
 
 
8) 
34
2


x
y
 
 
 
Cálculo Diferencial e IntegralProf a Paula Francis Benevides 
 
84 
 
 
AULA 13 - EXERCÍCIOS 
 
1) y = 5X
4
 – 3X3 + 2X2 + 3X + 5 
2) y = 7x
4
 -2x
3
 + 8x 
3) 
x
xx
y 4
2
5
3
2 23

 
4) 
3
7
x
y 
 
5) 
5
4
x
y 
 
6) 
xxy  2
 
7) 
44 35 2 xxxy 
 
8) 
xxy 612 3 
 
9) 
53
1


x
y
 
10) 
72
53



x
x
y
 
11) 
55
32
2 


xx
x
y
 
12) 
2
23
2
2



xx
xx
y
 
13) y = (1 + 4x
3
)(1 + 2x
2
) 
14) y = (x
2
 – 1)(1 – 2x)(1 – 3x2) 
15) y = (2x
2
 – 4x + 8)8 
16) y = (3a- 2bx)
6
 
17) 
3 3bxay 
 
18) 
3 22 )52( xy 
 
19) 
xaxay  )(
 
20) 
45  xxy
 
21) 
56
52
3 


x
x
y
 
22) 
42
1
2 


xx
x
y
 
23) 
x
x
y



1
1 
24) 
xa
xa
y



 
 
 
 
Respostas: 
1) y’ = 20x3 – 9x2 + 4x + 3 
2) y’ = 28x3 – 6x2 + 8 
3) y’ = 2x2 + 5x – 4 
4) 
4
21
'
x
y 
 
5) 
6
20
'
x
y 
 
6) 
x
xx
y
2
4
'
2 

 
7) 
3
45 3
4
4
3
5
2
' x
xx
y 
 
8) 
x
xy
3
18' 
 
9) 
25309
3
'
2 


xx
y
 
10) 
2)72(
31
'



x
y
 
11) 
22
2
)55(
2562
'



xx
xx
y
 
12) 
22
2
)2(
42
'



xx
x
y
 
13) y’ = 40x4 + 12x2 + 4x 
14) y’ = 30x4 – 12x3 – 24x2 + 8x + 2 
15) y’ = (32x – 32)(2x2 – 4x + 1)7 
16) y’ = -12b(3ª-2bx)5 
17) 
3 23
2
)(
'
bxa
bx
y


 
18) 
3 2523
20
'
x
x
y



 
19) 
xa
xa
y



2
3
'
 
20) 
452
815
'



x
x
y
 
21) 
32
23
)56(
10456
'



x
xx
y
 
22) 
32 )42(
3
'


xx
y
 
23) 
)1(1
1
'
2 xx
y


 
24) 
2)(
'
xax
a
y


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85 
 
 
AULA 14 
9.5.2 DERIVADA DE FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS: 
Exemplos: 
1) 
xy 3
 
 
 
2) 
xey 
 
 
 
3) 
xxey 2
2
 
 
 
 
4) 
axexy  2
 
 
 
 
 
5) 
1
1



x
x
e
e
y
 
 
 
 
 
 
 
6) 
xy 3log
 
 
 
 
 
 
 
7) 
)1(log 2  xy a
 
 
 
 
 
 
 
8) 
xx
xx
ee
ee
y





 
 
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86 
 
 
AULA 14 - EXERCÍCIOS 
1) y = 3x 
2) y = e – x 
3) 
8xey 
 
4) 
12  xxey
 
5) 
xxy 2
2
7 
 
6) 
x
e
y
x

 
7) 
xxy )1( 
 
8) 
13)1(  xxy
 
9) 
xy 3ln
 
10) 
3log4 xy 
 
11) 
2
2
1
ln
x
x
y


 
12) 
x
x
y



1
1
ln
 
13) 
229ln xy 
 
14) 
xx
y
ln
1

 
15) 
xey x ln
 
16) 
22 ln xxy 
 
17) 
x
x
y
ln

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
 
1) 
3ln3' xy 
 
2) 
xey '
 
3) 
8
.8' 7 xexy 
 
4) 
)12.(' 1
2
  xey xx
 
5) 
)22.(7ln.7' 2
2
  xy xx
 
 6) 
2
)1(
'
x
xe
y
x 

 
7) 
)1ln()1()1(' 1   xxxxy xx
 
8) 
)1ln(.3.)1()1)(1(' 213
33
  xxxxxy xx
 
9) 
x
x
y
2ln
3'
 
10) 
10ln
12
'
x
y 
 
11) 
)1(
2
'
2xx
y


 
12) 
2)1(
2
'
x
y


 
13) 
229
2
'
x
x
y



 
14) 
2)ln(
1ln
'
xx
x
y


 
15) 







x
xey x
1
ln'
 
16) 
)1(ln2' 2  xxy
 
17) 
2
ln1
'
x
x
y


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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87 
 
 
AULA 15 
9.5.3 DERIVADA DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS: 
 Exemplos: 
1) y = sen 5x 
 
 
2) y = 3cos 2x 
 
 
3) y = tg 3x 
 
 
4) y = sec 4x 
 
 
5) y = tg x
3
 
 
 
 
6) y = tg
2
 x 
 
 
 
7) y = cotg(1 – 2x2) 
 
 
8) y = x
2
cosx 
 
 
 
9) y = sen2x.cosx 
 
 
10) 
x
x
y
cos

 
 
 
 
 
 
11) 
x
x
y


2
arccos
 
 
 
 
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88 
 
 
AULA15 - EXERCÍCIOS 
1) y = cossec 7x 
2) y = sen3x + cos2x 
3) y = sen5x 
4) y = 5sen3x 
5) 
3 3xtgy 
 
6) 
12  xseny
 
7) 
xxe
x
y
cos

 
8) 
xxy )(cos
 
9) 
x
senx
y
cos

 
10) 
34xsenxey x 
 
11) 
xy 3sec
 
12) 
xesenxxy .2
 
13) 
xarcseny 3
 
14) 
x
arctgy
1

 
15) 
)23(  xarcseny
 
16) 
22xarctgy 
 
17) 
)25( 3xarcseny 
 
18) 
)1(cot 2xgarcy 
 
19) 
3sec xarcy 
 
20) 
)1sec(arccos  xy
 
21) 
arcsenxxy  2
 
22) 
arctgxxy .
 
23) 
xy arccosln
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas 
1) y’ = -7cossec7x.cotg7x 
2) y’ = 3cos3x-2sen2x 
3) y’ = 5sen4x.cosx 
4) y’ = 15sen2x.cosx 
5) 
xsenx
xtg
y
3.3cos
3
'
3

 
6) 
12
12cos
'



x
x
y
 
7) 
xex
xxsenxx
y
2
cos)cos(
'


 
8) 
)cos(ln)(cos' xtgxxxy x 
 
9) 
xy 2sec'
 
10) 
212)cos(' xxsenxey x 
 
11) 
xtgx
x
y .sec
2
3
' 3
 
12) y’ = xex(2senx+xcosx+xsenx) 
13) 
291
3
'
x
y


 
14) 
1
1
'
2 


x
y
 
15) 
3129
3
'
2 

xx
y
 
16) 
441
4
'
x
x
y


 
17) 
24204
6
'
36
2



xx
x
y
 
18) 
4222
2
'
xx
x
y


 
19) 
1
3
'
6 

xx
y
 
20) 
xxx
y
2)1(
1
'
2 


 
21) 
21
1
2'
x
xy


 
22) 
21
'
x
x
arctgxy


 
23) 
21.arccos
1
'
xx
y



Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
89 
 
 
AULA 16 
9.6 DERIVADAS SUCESSIVAS 
 Seja f uma função contínua em um intervalo I e derivável em um intervalo A 

 I. Vimos que 
a derivada de f em A denotamos por f’ . Se f’ é derivável em um intervalo B, B 

 A, a esta derivada 
de f’ denotamos por f‖ denominamos derivada segunda de f. 
 Procedendo de maneira análoga, definimos as derivadas terceiras, quarta,...,enésimas. 
 
Exemplo: 
1) Obtenha até a derivada de 5
a
 ordem da função f(x) = 5x
5
 – 3x3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Dada a função f(x) = x
4
 – 2x3 + 4x2 – 1, pede-se calcular f‖(-1) e f(6)(15) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.7 REGRAS DE L’HOSPITAL 
 Agora apresentaremos um método geral para levantar indeterminações do tipo 
0
0
 ou 


. 
Esse método é dado pelas regras de L’Hospital. 
 Regras de L’Hospital:Sejam f e g funçõesderiváveis num intervalo aberto I. Suponhamos 
que g’(x) 

0 para todo x 

a em I. 
i). Se 
0)(lim)(lim   xgxf axax
 e 
L
xg
xf
ax 
)('
)('
lim
 então: 
L
xg
xf
xg
xf
axax  
)('
)('
lim
0(
)(
lim
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
90 
 
 
ii). Se 
  )(lim)(lim xgxf axax
 e 
L
xg
xf
ax 
)('
)('
lim
 então: 
L
xg
xf
xg
xf
axax  
)('
)('
lim
)(
)(
lim
 
 
 Obs.: A regra de L’Hospital continua válida se 

)('
)('
lim
xg
xf
ax
 ou 

)('
)('
lim
xg
xf
ax
. 
Ela também é válida para os limites laterais e para os limites no infinito. 
 
Exemplos: 
Determinar 
1) 
1
2
lim 0

 xx e
x
 
 
 
 
 
2) 
x
senx
x 0lim 
 
 
 
 
 
 
3) 
x
x
x
cos1
lim 0


 
 
 
 
 
 
 
4) 
4
2
lim 4



x
x
x
 
 
 
 
 
 
 
5) 
23
6
lim
2
2
2



xx
xx
x
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
91 
 
 
AULA 16 – EXERCÍCIOS 
 
1) 
1
1
lim
2
1



x
x
x
 
2) 
1
23
lim
23
3
1



xxx
xx
x
 
3) 
xx e
x3
lim 
 
4) 
1
ln
lim 1


x
x
x
 
5) 
20 3
lim
x
senxx
x


 
6) 
32
1
lim
x
ex x
x



 
7) 
3
lim
3
3



x
ee x
x
 
8) 
senxx
xtgx
x


0lim
 
9) 
senxx
xee xx
x

 

2
lim
2
0
 
10) 
xsen
x
x 
2
1
1
lim


 
11) 
x
x
sen
x


 
2
1
lim
 
12) 
30
lim
x
senxx
x


 
13) 
x
ba xx
x

0lim
 
14) 
2
1
lim
3
2  


x
xsen
x
 
15) 
1cos
1
lim
2
0



x
e x
x
 
16) Obter a derivada terceira das seguintes 
funções: 
a) f(x) = x3 + 2x2 + 1 
b) f(x) = 5x2 – 3x +2 
c) 
12
1
)(


x
xf
 
d) f(x) = 2x-3 
e) f(x) = sen3x 
f) f(x) = e2x 
 
17) Obter a derivada segunda das seguintes 
funções: 
a) 
xa
x
y


2 
b) y = ex.cosx 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas 
 
1) 2 
2) 
2
3
 
3) 0 
4) 1 
5) 0 
6) 0 
7) e3 
8) 2 
9) 2 
10) 

2
 
11) 0 
12) 
6
1
 
13) 
b
a
ln
 
14) 0 
15) -2 
16) a) 6 b) 0 c) 0 
 d) -120x
-6
 
e) -27cos3x f) 8e
2x 
 
17) a) 
3
2
)(
2
"
xa
a
y


 
b) y‖ = -2exsenx 
 
 
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92 
 
 
AULA 17 
9.8 APLICAÇÃO DAS DERIVADAS 
9.8.1 TAXAS DE VARIAÇÃO RELACIONADAS 
 Notemos que se duas grandezas variáveis estão relacionadas entre si através de uma 
terceira grandeza, então suas taxas de variação em relação a esta grandeza da qual dependem 
também estarão. 
 Exemplo: Se y depende de x e x depende de t, temos: 
dt
dx
dx
dy
dt
dy

 
Exemplos: 
 
1) Um quadrado se expande de modo que seu lado varia a razão de 5 cm/s. Achar a taxa de variação 
de sua área em relação ao tempo no instante em que o lado mede 15cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Um cubo se expande de modo que sua aresta varia a razão de 12,5cm/s. Achar a taxa de variação 
de seu volume no instante em que sua aresta mede 10cm. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
93 
 
 
3) Acumula-se areia em um monte com a forma de um cone onde a altura é igual ao raio da base. 
Se o volume de areia cresce a uma taxa de 10 m
3
/h, a que razão aumenta a área da base quando a 
altura do monte é de 4m? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.8.2 MÁXIMOS E MÍNIMOS 
9.8.2.1 Introdução: 
 Suponha que o gráfico abaixo tenha sido feito por um instrumento registrador usado para 
medir a variação de uma quantidade física em relação ao tempo. Em tal caso, o eixo dos x 
representa o tempo e as ordenadas dos pontos do gráfico, os valores da quantidade f(x). 
 Por exemplo, os valores de y podem representar medidas de temperaturas, pressão, 
corrente em um circuito elétrico, pressão sangüínea de indivíduo, quantidade de um produto 
químico em uma solução, bactérias em uma cultura, etc. 
 Observemos que há intervalos em que a função é crescente e outros nos quais ela é 
decrescente. 
 
 
y
xa b c d e
M
N
P
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
94 
 
 
 A figura mostra que f é crescente no intervalo de ]a,b[, decrescente de ]b, c[, crescente ]c, 
d[ e decrescente de ]d, e[. 
 Se restringirmos nossa atenção ao intervalo de [b, e], veremos que a quantidade atingiu 
seu máximo (maior valor) em d e seu mínimo em c. 
 Observe que em outros intervalos existem diferentes máximos e mínimos. 
 O ponto M da curva, de abscissa x = b, situa-se exatamente no ponto onde a função passa 
de crescente para decrescente. Dizemos então que a função apresenta um máximo local em x = b, 
ou que f(b) é um máximo local da função. Isto é, o valor de f(b) é o maior valor que a função 
assume para valores de x, próximos de b. 
 Convém observar que o ponto M não é o ponto mais alto do gráfico. M é o ponto mais 
alto dos que lhe são próximos. Por isso o adjetivo ―local‖. 
 Vejamos agora que a função é decrescente no intervalo de ]b, c[ e crescente de ]c, d[. O 
ponto N da curva situa-se exatamente no ponto em que a função passa de decrescente para crescente 
e sua abscissa é x = c. Observamos que N é o mais baixo ponto entre os que lhe são próximos. 
Dizemos que a função apresenta ai um mínimo local, ou que f(c) é um mínimo local de f. O valor 
de f(c) é o menor valor que a função assume para valores próximos de x, próximos de b. 
 Notemos que a função pode apresentar outros máximos e mínimos locais. 
 
Definição 1: Seja f uma função definida em um intervalo l e c um número em l, então: 
i). f(x) é máximo de f em l se f(x) 

 f(c) para todo x em l 
ii). f(x) é mínimo em f em l se f(x) 

 f(c) para todo x em l 
 
Definição 2: Seja c um valor do domínio de uma função f 
i). f(c) é máximo local de f se existe um intervalo (a,b), contendo c, tal que f(x) 

f(c) 
para todo x em (a,b) 
ii). f(c) é mínimo local de f se existe um intervalo (a,b), contendo c, tal que f(x) 

f(c) 
para todo x em (a,b) 
 
Teorema: Se uma função f tem extremo local para um valor c, então f’(c) = 0 ou f’(c) não 
existe. 
 Suponha que uma função f seja derivável, neste caso o seu gráfico admite tangente em 
cada ponto, conforme o gráfico abaixo. 
 
 
 
 No ponto B, de máximo local, e A de mínimo local, a tangente ao gráfico é uma reta 
horizontal, paralela ao eixo x. Logo f’(a) = f’(b) = 0 pois o coeficiente angular da reta tangente é a 
derivada da função no ponto. 
 Se f é uma função derivável e xo ponto tal que f’(xo) = 0 ou não exista,dizemos que x0 é 
um ponto crítico da função f. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
95 
 
 
 Portanto da afirmação anterior, concluímos que os máximos e mínimos locais de uma 
função ocorrem em pontos críticos da função. 
 A condição f’(x) = 0 é necessária para que haja máximo ou mínimo local no ponto x, 
mas não é suficiente. 
 Seja por exemplo a função f(x) = x
3. Derivando temos: f’(x) = 3x2, logo f’(x) = 0 e o ponto 
de abscissa x = 0 não é nem máximo local nem mínimo local da função. 
 
Definição 3: Um ponto (número) c do domínio de uma função f é ponto crítico de f se, ou 
f’(c)=0 ou f’(c) não exista. 
 
Exemplo: 
 Determine os pontos críticos da função f(x) = 4x
2
 – 3x + 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.8.2.2 Determinação dos Máximos e Mínimos locais: 
1
o
) Calcular a derivada primeira da função f e resolver a equação f’(x)=0, cujas raízes são as 
abscissas dos pontos críticos de f. 
2
o
) Examinamos cada ponto crítico encontrado afim de verificar se trata-se de extremo ou 
não. Para isso, utilizaremos o teste da derivada primeira ou o teste da derivada segunda. 
 
9.8.2.3 Crescimento e Decrescimento de funções: 
Teorema: Seja f uma função contínua em um intervalo fechado [a, b] e derivável no 
intervalo aberto (a, b). 
i). Se f’(x) > 0 para todo x em (a, b) então f é crescente em [a, b] 
ii). Se f’(x) < 0 para todo x em (a, b) então f é decrescente em [a, b] 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
96 
 
 
9.8.2.4 Teste da Derivada Primeira: 
 Suponhamos que para x = x0 a função f tenha um ponto crítico e sejam a e b muito 
próximos de x0 tais que a<x0<b, então: 
i). Se tivermos que f’(a) > 0 e f’(b) < 0, então, nesse caso a função passa de crescente a 
decrescente e podemos afiram que f(x0) é um máximo local da função. 
ii). Se tivermos que f’(a) < 0 e f’(b) > 0, então, nesse caso a função passa de decrescente a 
crescente e podemos afirmar que f(x0) é um mínimo local da função. 
 
Exemplos: 
 
1) Seja a função f(x) = x2 -4. Determine os pontos de máximo, de mínimo e de inflexão se 
existirem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Seja a função f(x) = - x3 + 8x2 + 12x – 5. Determine os pontos de máximo, de mínimo e de 
inflexão se existirem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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97 
 
 
9.8.2.5 Concavidade e Teste da Derivada Segunda: 
Teste da Concavidade: Se uma função f é diferenciável em um intervalo aberto contendo c, 
então, no ponto P(c, f(c)), o gráfico é: 
i). Côncavo para cima se f‖(c) > 0 
ii). Côncavo para baixo se f‖(c) <0 
 
Teste da Derivada Segunda: Seja f diferenciável em um intervalo aberto contendo c e 
f’(c)=0. 
i). Se f‖(c) < 0, então f tem máximo local em c 
ii). Se f‖(c) > 0, então f tem mínimo local em c 
 
Se a função f admite derivada segunda nos pontos críticos, e supondo que esta seja contínua 
no domínio considerado, podemos empregá-la para examinar cada ponto crítico e classificá-lo. 
Seja x0 a abscissa de um ponto crítico, se f‖(x0) > 0, o gráfico de f côncavo para cima para x 
próximo de x0, isto é, f tem ai concavidade voltada pra cima e então f(x0) é um mínimo local de f. 
Se f‖(x0) < 0, o gráfico de f é côncavo para baixo pra x próximo de x0, isto é, f tem 
concavidade voltada pra baixo, e nesse caso, f(x0) é um máximo local de f. 
 
Resumindo: 
 Mínimo Local: 





0)("
0)('
0
0
xf
xf 
 
 Máximo Local: 





0)("
0)('
0
0
xf
xf 
 
Exemplo: 
 Determinar os pontos máximos ou mínimos da função f(x) = - x
3
 – 3x2 + 9x – 5, se 
existirem usando o teste da DERIVADA SEGUNDA. 
 
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98 
 
 
AULA 17 - EXERCÍCIOS 
 
1) Ao aquecer um disco circular de metal, 
seu diâmetro varia à razão de 0,01 cm/min. 
Quando o diâmetro esta com 5 metros, a que 
taxa esta variando a área de uma face? 
 
2) Um tanque em forma de cone com vértice 
para baixo mede 12 m de altura e tem no topo 
um diâmetro de 12 m. Bombeia-se água à taxa 
de 4m
3
/min. Ache a taxa com que o nível da 
água sobe: 
 a) quando a água tem 2 m de 
profundidade. 
 b) quando a água tem 8 m de 
profundidade. 
 
3) Uma pedra lançada em uma lagoa provoca 
uma série de ondulações concêntricas. Se o 
raio r da onda exterior cresce uniformemente 
à taxa de 1,8 m/s, determine a taxa com que a 
área de água perturbada está crescendo: 
 a) quando r = 3m 
 b) quando r = 6m 
 
4) Determine as abscissas dos pontos críticos 
das funções abaixo: 
 a) s(t) = 2t
3
 + t
2
 – 20t +4 
 b) f(x) = 4x
3
 – 5x2 – 42x + 7 
 c) g(w) = w
4
 – 32w 
 
5) Determine os pontos de máximo, de 
mínimo e de inflexão das seguintes funções se 
existires, UTILIZANDO O TESTE DA 
DERIVADA PRIMEIRA. 
 a) y = 6x
3
 + 15x
2
 – 12x -5 
 b) 
88
7
4
)( 2  xxxf
 
 c) f(x) = - 9x
2
 + 14x +15 
 
6) Determine as abscissas dos pontos 
máximos ou mínimos das seguintes funções, 
UTILIZANDO O TESTE DA DERIVADA 
SEGUNDA. 
 a) f(x) = x
3
 – 12x2 + 45x +30 
 b) y = 8x
3
 – 51x2 -90x +1 
 c) y = -x
3
 – 9x2 + 81x – 6 
 
7) Imagine que a trajetória de uma pedra 
lançada ao ar seja um trecho da parábola dada 
por y = 5x
2
 – 20x (x e y em metros), 
determine o ponto máximo da função. 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) 
min/
2
5 2cm

 
2) 
min/
4
1
)
min/
4
)
mb
ma

 
 
3) 
smb
sma
/6,21)
/8,10)
2
2

 
4) 
2)
3
7
2
3)
2
3
5)



wc
exb
eta
 
5) a) máx x = -2 e min x = 1/3 
 b) máx x = 7 
 c) máx x = 7/9 
 
6) a) máx x = 3 e min x = 5 
 b) máx x = -3/4 e min x = 5 
 c) máx x = 3 e min x = - 9 
 
7) P(2,- 20) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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99 
 
 
AULA 18 
10. INTEGRAIS 
10.1 INTRODUÇÃO: 
 Até o momento, nosso problema era; dada a função obter a sua derivada. A partir de 
agora, trabalharemos com a pergunta inversa: dada a função de quem ela é derivada? 
 A operação contrária a diferenciação (ou a derivação) é chamada de antidiferenciação ou 
anti-derivada. 
Definição: Uma função F é chamada de anti-derivada de uma função f em um intervalo l se 
F’(x) = f(x) para todo x em l 
 
Exemplo: 
 Seja f(x) = 4x
3
 + 2x + 1. F(x) = x
4
 + x
2
 + x é a anti-derivada da função f, pois F’(x0 = f(x). 
Mas não existe uma única integral, note por exemplo que: G(x) = x
4
 + x
2
 + x + 5 também é uma 
anti-derivada de f pois G’(x) = f9x0 
 Na verdade,qualquer função definida por H(x) = x
4
 + x
2
 + x + c onde x é uma constante 
qualquer, será uma integral de f. 
 
10.1.1 NOTAÇÃO: 
 A anti-diferenciaçãoé um processo pelo qual se obtém a anti-derivada, mais geral de uma 
função encontrada. O símbolo 

 denota a operação de integral, e escrevemos: 
 
 
  CxFdxxf )()(
 onde 
)()(' xfxF 
 
 
A expressão acima é chamada de Integral Indefinida de f. Em lugar de usarmos a expressão 
antiderivação para o processo de determinação de F, utilizaremos agora, a expressão Integração 
Indefinida. 
 
Para facilitar o nosso processo de obtenção da anti-derivada de uma função, temos algumas 
regras, que veremos a seguir. 
 
10.2 INTEGRAIS IMEDIATAS 
 
 


c
n
x
dxx
n
n
1
1 
 
1) 
 dxx
5
 
 
 
 
2) 
 2x
dx
 
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100 
 
 
3) 
 3 2x
dx
 
 
 
 
4) 
  dxxx)1(
 
 
 
 
 
 
5) 
 





 dx
x
x
2
3
2 1
 
 
 
 
 
6) 
 

dx
x
xx
2
23 )45(
 
 
 
 
 


c
n
v
dvv
n
n
1
1 
7) 
  dxxx
223 3.)2(
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) 
  xdxxba .
222
 
 
 
 
 
 
  cvv
dv
ln
 
 
9) 
  )32( x
dx
 
 
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101 
 
 
 
 
10) 
  3
2
21 x
dxx
 
 
 
 
 
 
 
  ca
a
dva
v
v
ln
 
  cedve
vv
 
 
11) 
 dxx
e x
2
1 
 
 
 
 
 
 
12) 
 dxe
xx3
 
 
 
 
 
 
 
13)  
 

dx
ba
ba
xx
xx 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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102 
 
 
cvdvtgv  cosln.
 ou 
cvdvtgv  secln.
 
 
14) 
 xdxtg2
 
 
 
 
 
  cgvvvdv )cotsecln(cosseccos
 
 
15) 
 xdxseccos
 
 
 
 
 
 
 
  ctgvvdv
2sec
 
 
16) 
 dxxx
322 sec
 
 
 
 
 
 
 
 
  ctgvvvdv )ln(secsec
 
 
17) 
 
x
dx
xsec
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  cxdxtgxx sec..sec
 
 
18) 
 dxx
senx
2cos
 
 
 
 
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103 
 
 
  cgxxdx cotseccos
2
 
 
19) 
  x
dx
cos1
 
 
 
 
 
 
 
c
a
v
arcsen
va
dv


 22
 ou 
c
a
v
va
dv


 arccos22
 
 
20) 
 
 2916 x
dx
 
 
 
 
 
 
 
c
a
v
arctg
ava
dv


1
22
 ou 
c
a
v
arc
ava
dv


cot
1
22
 
 
21) 
  94 2x
dx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c
a
v
arc
aavv
dv


 sec
1
22
 ou 
c
a
v
aavv
dv


 secarccos
1
22
 
 
22) 
 
 94 2xx
dx
 
 
 
 
 
 
 
 
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104 
 
 
c
va
va
ava
dv





 ln
2
1
22
 
 
23) 
 19 2x
dx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



c
av
av
aav
dv
ln
2
1
22
 
 

cavv
av
dv
)ln( 22
22
 
 
 
 
24) 
  743 2 xx
dx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
105 
 
 
AULA 18 - EXERCÍCIOS 
1) 
 
dx
x
x
33
2
)2(
8
 
2) 



dx
xx
x
3
1
2 )6(
)3(
 
3) 
  dxxx
42 2
 
4) 
dx
x
x

 )ln2(
 
5) 


dx
x
x 2)1(
 
6) 
  dxee
xx .)1( 3
 
7) 
 dxxxsen .2cos.2
2
 
8) 
 






dx
tgx
x
2
1
sec 
9) 
 
dx
xcb
ax
222
3
 
10) 
 xx
dx
ln.
 
11) 
 dxxtg .2
 
12) 
 22 )( xe
dx
 
13) 
dx
x
xsenx


cos
cos
 
14) 
 dxxsen
gx
2
cot
 
15) 
  dxx
2)14(sec
 
16) 
 
dx
xba
tgxx
sec
.sec
 
17) 
 dxxsen
x
4
3cos
 
18) 
 dxxtg .
4
 
19) 
  dxxxtg
2)2sec2(
 
20) 
  dxgxtgx
2)cot(
 
21) 
 
dx
bx
ax
44
 
22) 
  294 t
dt
 
23) 
  

24
.cos
sen
d
 
24) 

14xx
dx
 
25) 


dx
x
x
2
2
1
arccos
 
26) 
 
dx
x
x
6
2
5
 
27) 
  arctgxx
dx
)1( 2
 
28) 
  xx ee
dx
 
29) 
 
dx
x
tgxx
2sec49
.sec
 
30) 
  522 xx
dx
 
31) 

 23 2xx
dx
 
32) 

 2)12(
3
2 xxx
dx
 
33) 



dx
x
xx
21
arccos
 
34) 
dx
xx
x
 

743
32
2
 
35) 

 2627 xx
xdx
 
36) 

 21 xx
dx
 
37) 



dx
x
x
94
13
2
 
38) 
 

dx
xx
x
8129
32
2
 
39) 


dx
xsen
xsen
21
2
 
40) 
  x
x
e
dxe
2
2
2
 
41) 

 xx
dx
2ln1
 
42) 
  xxsen
dx
22 cos32
 
43) 
dxxx 
3 23.
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
106 
 
 
Respostas: 
1) 
c
x



23 )2(3
4
 
2) 
4
)6(3 3
2
2 xx  + c 
3) 
c
x



6
)21( 2
3
2 
4) 
c
x


2
)ln2( 2
 
5) 
c
xx
x 
5
2
3
4
2
2
5
2
3
2
1 
6) 
c
ex


4
)1( 4
 
7) 
c
x

6
)2(cos 3
 
8) 
c
tgx



1
1
 
9) 
cxcb
c
a


)ln(
2
3 222
2
 
10) ln(lnx) + c 
11) 
cx )2ln(sec
2
1
 
12) 
c
e x


44
1
 
13) 
cxx )ln(sec
l 
14)
c
gx

2
)(cot 2
 
15) 
cxxtgxxtg  )44ln(sec
2
1
4
4
1
 
16) 
cxba
b
 )secln(
1
 
17) 
c
sensenx x

33
11
 
18)
cxtgx
xtg

3
3 
19)
cxxxtg  2sec2
 
20) 
ctgxgx  cot
 
21) 
c
b
x
arctg
b
a

2
2
22
 
22)
c
t
t








32
32
ln
12
1
 
23) 
c
sen
sen










2
2
ln
4
1
 
24) 
cxarc 2sec
2
1
 
25) 
c
x


3
arccos3
 
26) 
c
x
x











3
3
5
5
ln
56
1
 
27) 
carctgx )ln(
 
28) 
carctgex 
 
29) 
c
x
arctg 





3
sec2
6
1
 
30) 
c
x
arctg 




 
2
1
2
1
 
31) 
cxarcsen  )32(
 
32) 
 
c
x
arc 

3
12
sec
 
33) 
cx
x
2
2
1
2
arccos
 
34) 
c
x
x
xx 








73
33
ln
30
13
)743ln(
3
1 2
 
 
35)  
c
x
arcsenxx 


6
3
3627 2
 
36) 
cxxx  )1
2
1ln( 2
 
37) 
cxxx  )942ln(
2
1
94
4
3 22
 
38) 
c
x
arctgxx 


2
23
2
1
.
9
13
)8129ln(
9
1 2
 
39) 
cxsen  212
 
40) 
c
e
arctg
x

22
1
 
41) 
c
x
arcsen 
1
ln
 
42) 
ctgxarctg 








3
2
6
1 
43) 
  3
4
3
7
23
6
1
)23(
21
1
 xx
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
107 
 
 
AULA 19 
10.3 INTEGRAIS POR PARTES 
 
  duvvudvu ...
 
 
1) 
 dxex
x.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2) 
 dxxx .ln.
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) 
  dxxx
3 23
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
108 
 
 
4) 
  dxxx )1ln(
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) 
 xdxsene
senx 2
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
109 
 
 
AULA 19 - EXERCICIOS 
 
1) 
 arcsenxdx
 
 
2) 
 xdxsen
2
 
 
3) 
 xdx
3sec
 
 
4) 
 dxsenxx ..
2
 
 
5) 
 dxex
x ..
23
 
 
6) 
 dxex
x.. 23
 
 
7) 
 dxarctgxx ..
 
 
8) 
 
 

321
.
x
xdx
arcsenx
 
 
9) 
 dxxxtg .sec.
32
 
 
10) 
  dxxarctgx 1.
2
 
 
11) 
  2)1(
.ln
x
dxx
 
 
12) 
 
dx
x
x
arcsen
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
 
1) 
cxarcsenxx  21.
 
 
2) 
c
xsenx

4
2
2
 
 
3) 
ctgxxtgxx  )ln(sec
2
1
.sec
2
1
 
 
4) 
cxxsenxxx  cos22cos.2
 
 
5) 
cxex  )1(
2
1 22
 
 
6) 
cxxxe x 





 122
3
4
..
8
3 232
 
 
7) 
cxxarctgx  )1( 2
 
 
8) 
c
x
x
x
arcsenx









 1
1
ln
2
1
1 2
 
 
9) 
ctgxxxtgxxtgx  )ln(sec
8
1
sec
8
1
sec
4
1 3
 
 
10) 
cxxarctgx  1
2
1
1
2
1 222
 
 
11) 
c
x
x
x
x










1
ln
)1(
ln
 
 
12) 
cx
arctgx
x
x
xarcsen


1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
110 
 
 
AULA 20 
10.4 INTEGRAÇÃO COM APLICAÇÃO DE IDENTIDADES 
TRIGONOMÉTRICAS 
 As identidades seguintes são empregadas no cálculo das integrais trigonométricas do 
presente capítulo: 
 
i). 
1cos22  xxsen
 
ii). 
xxtg 22 sec1 
 
iii). 
xxg 22 seccoscot1 
 
iv). 
)2cos1(
2
12 xxsen 
 
v). 
)2cos1(
2
1
cos 2 xx 
 
vi). 
xsenxsenx 2
2
1
cos 
 
vii). 
 )()(
2
1
cos yxsenyxsenysenx 
 
viii). 
 )cos()cos(
2
1
yxyxsenysenx 
 
ix). 
 )cos()cos(
2
1
coscos yxyxyx 
 
x). 
xsenx
2
1
2cos1 2
 
xi). 
xx
2
1
cos2cos1 2
 
xii). 






 xsenx 
2
1
cos11
 
 
Exemplos: 
1) 
 xdxsen
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) 
 xdx3cos
2
 
 
 
 
 
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111 
 
 
3) 
 xdxsen
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) 
 xdx
6cos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) 
 xdxxsen
22 cos
 
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112 
 
 
6) 
 xdxsenxsen 2.3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) 
 dxxxsen .5cos.3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) 
 dxxx .2cos.4cos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) 
   dxx .3cos1 2
3
 
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113 
 
 
10) 
  dxxcos1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11) 
 
 xsen
dx
21
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12) 
 dxxtg .
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13) 
 xdxg 2cot
3
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
114 
 
 
AULA 20 - EXERCÍCIOS 
 
 
1) 
 xdx
5cos
 
2) 
 xdxsen
4
 
3) 
 dxxsenx .2.2cos
34
 
4) 
 xdxxsen 3cos.3
53
 
5) 
 xdxxsen
44 cos.
 
6) 
 dx
x
xsen
3 4
3
cos
 
7) 
 xdxtg
5
 
8) 
 xdx2sec
4
 
9) 
 xdxtgx
34 .sec
 
10) 
 xdxxtg 2sec.2
33
 
11) 
 xdxxtg
44 sec.
 
12) 
 xdxg 3cot
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) 
Cxsenxsensenx  53
5
1
3
2
 
2) 
Cxsenxsenx  4
32
1
2
4
1
8
3
 
3) 
Cxx  2cos
10
1
2cos
14
1 57
 
4) 
Cxx  3cos
18
1
3cos
24
1 68
 
5) 






 C
xsen
xsenx
8
8
43
128
1
 
6) 
Cxx 

3
5
3
1
cos
5
3
cos3
 
7) 
Cx
xtgxtg
 secln
24
24 
8) 
Cxtgxtg  2
2
1
2
6
1 3
 
9) 
C
xtgxtg

64
64 ou 
C
xx

4
sec
6
sec 46
 
10) 
Cxx  2sec
6
1
2sec
10
1 35
 
11) 
C
xtgxtg

75
75 
12) 
Cxxgxg  3cot
3
1
3cot
9
1 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
115 
 
 
AULA 21 
10.5 INTEGRAÇÃO POR FRAÇÕES PARCIAIS 
 Esta técnica é usada para integrar funções racionais próprias, isto é, funções da forma 
)(
)(
)(
xq
xp
xR 
, onde p e q são polinomiais e o grau de p(x) é menor que o grau de q(x). A ídéia é 
desdobrar o integrando R(x) em uma soma de funções racionais mais simples, que podem ser 
integradas. 
 É fácil verificar que: 
 
1
1
1
1
1
2
2 




 xxx
 
 
A expressão à direita é o que se chama uma decomposição em frações parciais de 
1
2
2 x
. 
Pode-se usar esta decomposição para calcular a integral indefinida de 
1
2
2 x. 
Basta integrarmos cada uma das frações da decomposição, obtendo: 
 
   





dx
x
dx
x
dx
x 1
1
1
1
1
2
2
 
 
O desdobramento do integrando pode ser feito de acordo com os casos seguintes: 
 
CASO 1: O denominador de R(x) pode ser decomposto em fatores distintos do 1
o
 grau. 
Neste caso, a cada fator da forma (ax + b), 
*a
 e , 
b
, que aparece no denominador, 
corresponde uma fração da forma 
)( bax
A

. 
Exemplos: 
 
)1)(1(
2
)1(
2
2 

 xxxxx
 
 
)1()1()1(
2
2 



 x
C
x
B
x
A
xx
 
 
Calcule 
 

dx
xxx
xx
32
9134
23
2 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
116 
 
 
CASO 2: O denominador de R(x) pode ser decomposto em fatores repetidos do 1
o
 grau. A 
cada fator da forma (ax + b) que aparece n vezes no denominador, corresponde uma soma de n 
frações da forma: 
 
n
n
bax
A
bax
A
bax
A
)(
...
)( 2
21





 
 
Exemplos: 
 
22222 ])1)[(1)(1(
1
)12()1(
1





xxx
x
xxx
x
 
 
4222 )1)(1(
1
)12()1(
1




xxxxx
x
 
 
4
5
3
4
2
321
222 )1()1()1()1()1()12()1(
1












x
A
x
A
x
A
x
A
x
A
xxx
x
 
 
Calcule 
 

dx
xx
xxx
3
23
)2)(1(
429183
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
117 
 
 
CASO 3: O denominador é constituído por fatores quadráticos distintos e irredutíveis da 
forma q(x) = ax
2
 +bx + c com a

0 e não pode portanto ser decomposto em fatores do 1
o
 grau. A 
cada fator q(x) que aparece no denominador, corresponde uma fração da forma 
)(xq
BAx 
 
Exemplo: 
 
)1()1()1)(1(
1
2
22
2
11
22 





 x
BxA
xx
BxA
xxx
 
 
Calcule 
 

dx
xxx
xx
482
21
23
2 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
118 
 
 
CASO 4: O denominador é constituído por fatores quadráticos repetidos e irredutíveis da 
forma q(x) = ax
2
 + bx + c com a

0 e não pode portanto ser decomposto em fatores do 1
o
 grau. A 
cada fator de q(x) que aparece repetido no denominador, corresponde uma soma de frações da 
forma 
n
nn
xq
BxA
xq
BxA
xq
BxA
)]([
...
)]([)( 2
2211 



 
 
Calcule 
 

dx
x
xxx
22
23
)1(
3735
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
119 
 
 
AULA 21 - EXERCICIOS
1) 



 dxxx
x
)4(
125
 
2) 
 

dx
xxx
x
)3)(2)(1(
1137
 
3) 
 

dx
x
x
2)1(
116
 
4) 
 

dx
xx
x
82
16
2
 
5) 
 

dx
xx
xx
4
8105
3
2 
6) 
 

dx
xx
xx
)5()1(
33252
2
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) 
Cxx  |4|ln2||ln3
 
2) 
Cxxx  |3|ln|2|ln5|1|ln4
 
3) 
C
x
x 


1
5
|1|ln6
 
4) 
Cxx  |2|ln3|4|ln2
 
5) 
Cxxx  |2|ln4|2|ln||ln2
 
6) 
Cx
x
x 

 |5|ln3
1
1
|1|ln5
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
120 
 
 
AULA 22 
10.6 INTEGRAL DEFINIDA: 
Teorema fundamental do Cálculo: Seja f uma função contínua em [a, b] e g uma função tal 
que g’(x) = f(x) para todo x 

 [a, b]. Então 
 
b
a
agbgdxxf )()()(
. 
 A expressão 

b
a
dxxf )(
 é chamada de Integral Definida de f de a até b. 
 Em linguagem simples, este teorema nos diz que se g é uma anti-derivada de f, então a 
integral definida de a até b de f é dada pela diferença g(b) – g(a). 
 Os valores de a e b são chamados de limites de integração. 
 
Exemplos: 
1) Calcule 
 
3
1
2dxx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Calcule 
 
3
1
5dx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Calcule 
 
7
0
xdx
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
121 
 
 
x=1 x=3 
10.6.1 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA: 
 Vamos agora interpretar geometricamente os exemplos 2 e 3. 
 
1) Seja f(x) = 5 (exemplo 2). Tomemos a região delimitada por (x), o eixo x e as retas x = 1 e x = 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Temos um retângulo de base 2 e altura 5, cuja área é dada por: 
 A1 = b.h = 2x5 = 10u.a (como no exemplo 2) 
 
2) Seja f(x) = x (exemplo 3). Tomaremos a região delimitada pelo eixo x, a função f(x) = x e as retas 
x = 0 e x = 7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Temos um triângulo de base 7 e altura 7, cuja área é dada por 
auA .
2
49
2
77
2 


. 
 Os fatos observados nestes exemplos não são mera coincidência. Na verdade, se f(x)>0 
para x 

 [a,b], então 

b
a
dxxf )(
 nos fornece a área limitada por f(x) pelas retas x =a e x = b e o eixo 
x. 
 
1 3 7 
 x 
 y 
 1 
f(x)=x 
7 
 
 
3 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
122 
 
 
3) Tomemos agora um exemplo em que f(x) < 0 em [a, b] 




1
3
)1( dxx
   
2)3(
2
3
)1(
2
1
2
22
1
3
2



















x
x
 
 
 A região delimitada por y = (x+1), pelo eixo x e as retas x = - 3 e x = - 1 é apresentada 
abaixo: 
 
 
 Note que A3 é um triângulo de base 2 e altura 2, assim, 
..
2
22
3 auA


 
 Assim, vemos que 




1
3
3 )( dxxfA
. 
 Em geral se f(x)<0 em [a, b] a área delimitada por f(x), o eixo x e as retas x = a e x=b é 
dada por 

b
a
dxxfA )(
. 
 
10.6.2 PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS 
 
1. Se uma função f é integrável no intervalo fechado [a, b], e se k é uma constante qualquer, 
então: 
 
 
b
a
b
a
dxxfkdxxfk )()(.
 
 
Exemplo: 
 Calcule o valor da integral 
 
3
0
5xdx
 
 
 
1 
-1 
-
- 2 
-
- 3 
1 
 x 
y 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
123 
 
 
2. Se as funções f e g são integráveis no mesmo intervalo fechado [a,b] então f + g é 
integrável em [a, b] e: 
 
  
b
a
b
a
b
a
dxxgdxxfdxxgxf )()()]()([
 
 
Exemplo: 
 Calcule o valor da integral 
 






5
3
2 1 dx
x
x
 
 
 
 
 
3. Se a função f é integrável nosintervalos fechados [a, b], [a, c] e [c, b] então: 
 
  
b
a
c
a
b
c
dxxfdxxfdxxf )()()(
 
 
Exemplo: 
 Calcule o valor da integral 
 
3
2
xdx
 
 
 
 
 
 
 
AULA 22 - Exercícios 
Encontre o valor das integrais definidas 
abaixo: 
1) 
 
2
0
2dxx
 
2) 
 
2
1
3dxx
 
3) 
 
4
1
2 )54( dxxx
 
4) 
 
2
2
3 )1( dxx
 
5) 
 


 
1
1
3
1
3
4
4 dxxx
 
6) 
 
4
3
)2( dxx
 
7) 
 

5
1 13x
dx
 
8) 
 
3
3
6 )3( dttt
 
9) 
 

4
0 2 9x
xdx
 
10) 
 
5
0
4dxx
 
11) 
 
1
0
3 78 dxx
 
Respostas: 
1) 
3
8
 
2) 
4
15
 
3) 66 
4) 4 
5) 
7
6
 
6) 
2
35
 
7) 
 17
3
22

 
8) 
7
4374
 
9) 2 
10) 
3
38
 
11) 
5
3
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
124 
 
 
AULA 23 
10.6.3 APLICAÇÕES DE INTEGRAL DEFINIDA 
10.6.3.1 CÁLCULO DE ÁREAS DE UMA REGIÃO PLANA 
 Se f é uma função contínua em um intervalo fechado [a, b] e se f(x) 

0 para todo x em [a, 
b], então temos que o número que expressa a área da região limitada pela curva y = f(x), o eixo x e 
as retas x = a e x = b é dada por, em unidades quadradas: 
 

b
a
dxxfA )(
 
 
 Por conveniência, referimo-nos à região R como a região sob o gráfico f de a até b. 
 y 
 
 
 
 
 
 
 
 x 
 a b 
 
 
 
Exemplos: 
1) Encontre a área limitada pela curva y = x
2
, o eixo x e as retas x = -1 e x = 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 x x=1 x=2 
y 
Área = R 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
125 
 
 
4 
x 
y 
-2 2 
2) Encontre a área limitada pela curva y = x
2
 – 4, o eixo x e as retas y = - 2 e x = 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Calcule a área limitada pelas curvas y = x2 + 1, y = - x2 - 1 e as retas x = -1 e x = 3. 
 
 
 
 
- 10 
 10 
3 -1 
A1 
A2 
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126 
 
 
4) Calcule a área da região definida pela curva y = x
2
 – 4, o eixo x e as retas x = - 4 e x = 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
y 
2 
4 
- 2 -4 
12 
x 
A2 
A1 
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127 
 
 
 a b 
 g(x) 
10.6.3.2 ÁREA DA REGIÃO LIMITADA POR DUAS FUNÇÕES: 
 Nesta seção, consideraremos a região que esta entre os gráficos de duas funções. 
 Se f e g são contínuas em f(x) 

g(x) 

0 para todo x em [a, b], então a área A da região R, 
limitada pelos gráficos de f, g, x =a e x = b, pode ser calculada subtraindo-se a área da região sob o 
gráfico de g (fronteira inferior de R) da área da região sob o gráfico de f (fronteira superior de R): 
 
 
b
a
b
a
dxxgxdxxfA )()(
 
 ou 
 
 
b
a
dxxgxf )]()([
 
 
 Suponha que desejamos calcular a área A delimitada por duas curvas f(x) e g(x) e as retas 
x = a e x = b, como ilustra a figura abaixo: 
 
 Note que a área pode ser obtida pela diferença das áreas A1 – A2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo 

b
a
dxxfA )(1
 e 

b
a
dxxgA )(2
 
 A = A1 – A2 
 
A

b
a
dxxf )( 
b
a
dxxg )(
 
 
 
b
a
dxxgxfA )]()([
 
a b 
f(x) 
g(x) 
 f(x) 
a b 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
128 
 
 
Assim verificamos que é válido o teorema a seguir: 
Teorema: se f e g são contínuas e f(x)

 g(x) 

0 para todo x em [a, b], então a área A da 
região delimitada pelos gráficos de f, g, x = a e x = b é: 
 
 
b
a
dxxgxfA )]()([
 
 
Diretrizes pra encontrar a área de uma região R limitada por duas funções: 
 Esboçar a região, designando por y = f(x) a fronteira superior e por y = g(x) a fronteira 
inferior. 
 Encontrar os pontos de intersecção (a e b) entre as duas funções (sistema de equações) 
 Calcular a integral 
 
b
a
dxxgxfA )]()([
 
 
Exemplos: 
 
1) Encontre a área A limitada pela curva f(x) = x
2
 + 2 e g(x) = 1 no intervalo de [-2, 3] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
129 
 
 
2) Encontre a área A da região limitada pelas curvas y = x
2
 e y = -x
2
 + 4x. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 23 – Exercícios 
 
Encontre a área delimitada pelas 
curvas e as retas dadas. 
1) y = 4x – x2, o eixo x, as retas x 
= 1 e x=3. 
2) y = 8x-x2, o eixo x, as retas x= 
0 e x=4. 
3) y = x2 + 1 e y =5 
4) y = x2 e y = 4x 
5) y = 1 – x2 e y = x – 1 
6) y = senx, o eixo x, x = 0 e 
radx
2


 
7) y = senx, o eixo x, x = 0 e x = 
2

rad 
8) y = cosx, o eixo x, x = 0 e x = 
2

rad 
9) y = x e y = x2 com 0
2 x
 
10) y = x2 e y = 
x
 
Respostas: 
1) 
au.
3
22
 2) 
...
3
128
au
 
3) 
au.
3
32
 4) 
au.
3
32
 
5) 
au.
2
9
 6) 
1
 u.a. 
7) 4 u. a 8) 4 u. a 
9) 1 u. a. 10) 
..
3
1
au
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
130 
 
 
AULA 24 
10.6.3.3 VOLUME DE UM SÓLIDO DE REVOLUÇÃO: 
Definição 1: Um sólido de revolução é um sólido gerado pela rotação de uma região do 
plano em torno de uma reta no plano, chamada de eixode revolução. 
Exemplo: Ao girarmos o triângulo abaixo em torno do eixo y, obtemos um cone de 
revolução. 
 
 
 
 
 
Definição 2: Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b]. Se S for o sólido obtido 
pela rotação, em torno do eixo x da região limitada pela curva y = f(x), o eixo x e as retas x = a e x 
= b e se V for o número de unidades cúbicas do volume de S, então: 
 

b
a
dxxfV 2)]([
 
 
Exemplo: 
 Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da região plana limitada pela curva 
2xy 
e as retas x = 2 e x = 3 em torno do eixo x. 
y 
x 
 y 
x 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
131 
 
 
Definição 3: Seja uma região R do plano limitada pelos gráficos de x = a, x = b e pelos 
gráficos de duas funções contínuas f e g, com f(x) 

 g(x) 

 0 para todo x em [a, b]. Então o 
volume do sólido gerado pela rotação da região R em torno do eixo x é dado por: 
 
  
b
a
dxxgxfV 22 )()(
 
 
Exemplo: 
 Encontre o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x, da região limitada 
pela parábola y = x
2
 + 1 e a reta y = x + 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 24 – Exercícios 
 
1) Seja f(x) = x
2
 + 1, determine o volume do 
sólido gerado pela rotação em torno do eixo x, 
da região do plano limitada por f(x), pelo eixo 
x e as retas x = -1 e x = 1. 
2) Seja 
x
xf
1
)( 
, determine o volume do 
sólido gerado pela rotação em torno do eixo x, 
da região limitada por f(x), pelo eixo x e as 
retas x = 1 e x = 3. 
3) Seja f(x) = x
2
 – 4x, determine o volume 
do sólido gerado pela rotação em torno do 
eixo x, da região do plano limitada por f(x) e 
pelo eixo x. 
4) Em cada um dos exercícios abaixo esboce 
a região R delimitada pelos gráficos das 
equações dadas e determine o volume do 
sólido gerado pela rotação de r em torno do 
eixo x. 
 a) y = x
2
, y = 4 – x2 
 b) y = 2x, y = 6, x = 0 
 c) 
2
x
y 
, y = 4, x = 1 
 
Respostas: 
1) 
..
15
56
vu

 
2) 
..
3
2
vu

 
3) 
..
15
512
vu

 
4) a) 
..
3
264
vu
 
 b) 
72
 u.v. 
 c) 
..
12
833
vu

 
 
 
 
 
 
 
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132 
 
 
 
AULA 25 
11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 
11.1 INTRODUÇÃO 
Antes de mais nada, vamos recordar o que foi aprendido em Cálculo!!! A derivada 
dxdy
 
de uma função nada mais é do que uma outra função encontrada por uma regra 
apropriada. Como por exemplo, a função 
 
 é diferenciável no intervalo , e a sua 
derivada é
2x x3.e
dx
dy 3

. Se fizermos 3xey  teremos: 
2x3.y
dx
dy
 
 (1) 
 
Vamos supor agora que seu professor lhe desse a equação (1) e perguntasse qual é a função 
representada por y? Apesar de você não fazer ideia de como ela foi construída, você está a frente de 
um dos problemas básicos desta disciplina: como resolver essa equação para a desconhecida função 
 ? O problema é semelhante ao familiar problema inverso do cálculo diferencial, onde 
dada uma derivada, encontrar uma antiderivada. 
Não podemos deixar de lado a diferença entre a derivada e a diferencial, pois, embora a 
derivada e a diferencial possuam as mesmas regras operacionais, esses dois operadores têm 
significados bastante diferentes. As diferenças mais marcantes são: 
 a derivada tem significado físico e pode gerar novas grandezas físicas, como por 
exemplo a velocidade e a aceleração; a diferencial é um operador com propriedades 
puramente matemáticas; 
 a derivada transforma uma função em outra, mantendo uma correspondência entre os 
pontos das duas funções (por exemplo, transforma uma função do segundo grau em uma 
função do primeiro grau); a diferencial é uma variação infinitesimal de uma grandeza; 
 a derivada é uma operação entre duas grandezas; a diferencial é uma operação que 
envolve uma grandeza; 
 o resultado de uma derivada não contém o infinitésimo em sua estrutura; 
consequentemente, não existe a integral de uma derivada; a integral só pode ser aplicada 
a um termo que contenha um diferencial (infinitésimo); 
 se for feito o quociente entre os dois diferenciais, tem-se: 
 
dx
dy
 
 em total semelhança com a definição de derivada. A consequência direta desse fato é que a 
 derivada não é o quociente entre duas diferenciais, mas comporta-se como se fosse esse 
 quociente. Isto significa que a partir da relação: 
 
)x(f
dx
dy

 
 
 é possível escrever: 
 
dx)x(fdy 
 
 
 que se denomina equação diferencial. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
133 
 
 
 uma das aplicações mais importantes envolvendo derivadas e diferenciais é a obtenção 
da equação diferencial, etapa fundamental para a introdução do Cálculo Integral. 
11.2 Definição 
Equação diferencial é uma equação que relaciona uma função e suas derivadas ou 
diferenciais. Quando a equação possui derivadas, estas devem ser passadas para a forma diferencial. 
 
Exemplo 1: 
1) 
13  x
dx
dy
 
 
2) 
0 ydxxdy
 
 
3) 
0y2
dx
dy
3
dx
yd
2
2

 
 
4) 
xyyy cos')"(2'" 2 
 
 
5) 
2 3 2( ") ( ') 3y y y x  
 
 
6) 
y3x5
dt
dy
dt
dx

 
 
7)
yx
y
z
x
z 2
2
2
2
2






 
 
8)
y
z
xz
x
z





 
11.3 CLASSIFICAÇÃO 
11.3.1 TIPO: 
Se uma equação contiver somente derivadas ordinárias de uma ou mais variáveis 
dependentes em relação a uma única variável independente, como em (1) a (6), as derivadas são 
ordinárias e a equação é denominada equação diferencial ordinária (EDO). Uma ED pode conter 
mais de uma variável dependente, como no caso da equação (6) 
Uma equação que envolve as derivadas parciais de uma ou mais variáveis dependentes de 
duas ou mais variáveis independentes, como em (7) e (8), a equação é denominada equação 
diferencial parcial (EDP). 
11.3.2 ORDEM: 
A ordem de uma equação diferencial é a ordem de mais alta derivada que nela aparece. As 
equações (1), (2) e (6) são de primeira ordem; (3), (5) e (7) são de segunda ordem e (4) é de terceira 
ordem. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
134 
 
 
11.3.3 GRAU: 
O grau de uma equação diferencial, que pode ser escrita, considerando a derivadas, como 
um polinômio, é o grau da derivada de mais alta ordem que nela aparece. Todas as equações dos 
exemplos acima são do primeiro grau, exceto (5) que é do segundo grau. 
As equações diferenciais parciais serão vista mais adiante. 
 
Exemplo 2: 
1
3dx
y3d
y
3dx
y3d
x 
 

 
3dx
y3d
y
2
3dx
y3d
x 









 3
a
 ordem e 2
o
 grau 
 
yx
dx
dy
 2lnln
 y
x
dx
dy

2
ln 
ye
dx
dy
.
2x
1

 ye2x
dx
dy


 1
a
 ordem e 1
o
 grau 
 
 Observe que nem sempre à primeira vista, pode-se classificar aequação de imediato 
quanto a ordem e grau. 
 
11.3.4 LINEARIDADE: 
Dizemos que uma equação diferencial ordinária 
 
)()()()()(
011
1
1
xgyxa
dx
dy
xa
dx
yd
xa
dx
yd
xa
n
n
nn
n
n



 
 
de ordem n é linear quando são satisfeitas as seguintes condições: 
 
1) A variável dependente y e todas as suas derivadas y', y", ... y
n
 são do primeiro grau, ou 
seja, a potência de cada termo envolvendo y é um. 
2) Os coeficientes a0, a1, ... an de y, y', ... y
n
 dependem quando muito da variável 
independente x. 
 
Exemplo 3: 
1) 
08)(  xdydxxy
 
2) 
0y
dx
dy
7
dx
yd
2
2

 
3) 
xy
dx
dy
x
dx
yd
245
3
3

 
 
São respectivamente equações diferenciais ordinárias lineares de primeira, segunda e 
terceira ordem. 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
135 
 
 
11.4 ORIGEM DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: 
 Uma relação entre as variáveis, encerrando n constantes arbitrárias essenciais, como 
Cxxy  4
 ou 
BxAxy  2
, é chamada uma primitiva. As n constantes, representadas sempre 
aqui, por letras maiúsculas, serão denominadas essenciais se não puderem ser substituídas por um 
número menos de constantes. 
 Em geral uma primitiva, encerrando n constantes arbitrárias essenciais, dará origem a uma 
equação diferencial, de ordem n, livre de constantes arbitrárias. Esta equação aparece eliminando-se 
as n constantes entre as (n + 1) equações obtidas juntando-se à primitiva as n equações 
provenientes de n derivadas sucessivas, em relação a variável independente, da primitiva. 
 
Exemplo 4: 
Obter a equação diferencial associada às primitivas abaixo: 
 
a) 
Cx
x
y 
2
3 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) y = C1 sen x + C2 cos x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) y = Cx
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
136 
 
 
 
d) y = C1 x
2
 + C2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) y = a cos(x + b) onde a e b são constantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) y = C1 e
3x
 + C2 e
- 2x
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
137 
 
 
AULA 25 - EXERCÍCIOS 
 
1) Sendo dadas as curvas seguintes, 
determinar para cada uma delas a equação 
diferencial de menor ordem possível que 
não contenha nenhuma constante 
arbitrária. 
a) x2 + y2 = C2 
b) y = C ex 
c) x3 = C (x2 – y2) 
d) y = C1 cos 2x + C2 sen 2x 
e) y = (C1 + C2x) e
x
 + C3 
f) y = C1 e
2x
 + C2 e
- x
 
g) 
ay
y
x
1ln
 
h) x2y3 + x3y5 = C 
i) y = Ax2 + Bx + C 
j) y = Ae2x + Bex + C 
k) y = C1e
3x
 + C2e
2x
 + C3 e
x
 
l) ln y = Ax2 + B 
 
2) Obter a equação diferencial da família de 
círculos de raio 10, cujos centros estejam 
sobre o eixo y. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
a) 
0ydyxdx 
 
b) 
0y
dx
dy

 
c) 
dx
dy
xy2xy3 22 
 
d) 
04
2
2
 y
dx
yd
 
e) 
0
dx
dy
dx
yd
2
dx
yd
2
2
3
3

 
f) 
0y2
dx
dy
dx
yd
2
2

 
g) 
0ln  y
dx
dy
y
x
x
 
h) 
0
dx
dy
x5y3xy
dx
dy
x3y2 2 






 
i) 
0
dx
yd
3
3

 
j) 
0
dx
dy
2
dx
yd
3
dx
yd
2
2
3
3

 
k) 
0y6
dx
dy
11
dx
yd
6
dx
yd
2
2
3
3

 
l) 
2" ' ( ') 0xyy yy x y  
 
2) 
2
22
x100
x
dx
dy







 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
138 
 
 
AULA 26 
11.5 RESOLUÇÃO 
Resolver uma ED é determinar todas as funções que, sob a forma finita, verificam a 
equação, ou seja, é obter uma função de variáveis que, substituída na equação, transforme-a numa 
identidade. A resolução de uma equação diferencial envolve basicamente duas etapas: a primeira, 
que é a preparação da equação, que consiste em fazer com que cada termo da equação tenha, além 
de constantes, um único tipo de variável. A segunda etapa é a resolução da equação diferencial e 
consiste na aplicação dos métodos de integração. 
11.5.1 CURVAS INTEGRAIS: 
Geometricamente, a primitiva é a equação de uma família de curvas e uma solução 
particular é a equação de uma dessas curvas. Estas curvas são denominadas curvas integrais da 
equação diferencial. 
 
Exemplo 5: 
x
dx
dy
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.5.2 SOLUÇÃO: 
É a função que quando substituída na equaçãodiferencial a transforma numa identidade. As 
soluções podem ser: 
 Solução geral: A família de curvas que verifica a equação diferencial, (a primitiva de 
uma equação diferencial) contem tantas constantes arbitrárias quantas forem as unidades 
de ordem da equação. 
 Solução particular: solução da equação deduzida da solução geral, impondo condições 
iniciais ou de contorno. Geralmente as condições iniciais serão dadas para o instante 
inicial. Já as condições de contorno aparecem quando nas equações de ordem superior os 
valores da função e de suas derivadas são dadas em pontos distintos. 
 Solução singular: Chama-se de solução singular de uma equação diferencial à 
envoltória da família de curvas, que é a curva tangente a todas as curvas da família. A 
solução singular não pode ser deduzida da equação geral. Algumas equações diferenciais 
não apresentam essa solução. Esse tipo de solução será visto mais adiante. 
 
As soluções ainda podem ser: 
 
 Solução explícita: Uma solução para uma EDO que pode ser escrita da forma
)x(fy 
é 
chamada solução explícita. 
 Solução Implícita: Quando uma solução pode apenas ser escrita na forma
0)y,x(G 
 
trata-se de uma solução implícita. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
139 
 
 
Exemplo 6: 
Consideremos a resolução da seguinte EDO: 
x1
dx
dy

 
 
 
c2
3
x
3
2
xy
dxx1dy

 
 
 
A solução geral obtida é obviamente uma solução explicita. 
 
Por outro lado, pode-se demonstrar que a EDO: 
2
2
xxy
y
dx
dy


tem como solução: xyCey  , ou seja, uma solução implícita. 
 
 
Exemplo 7: 
Verifique que 
16
x
y
4

 é uma solução para a equação 
2
1
xy
dx
dy

 no intervalo 
),( 
. 
 
Resolução: 
Uma maneira de comprovar se uma dada função é uma solução é escrever a equação 
diferencial como 
0xy
dx
dy 2
1

e verificar, após a substituição, se a diferença acima
2
1
xy
dx
dy

é 
zero paratodo x no intervalo. 
4
x
dx
dy
16
x4
dx
dy 33

 
 
 
 
Substituindo na E.D., temos 
0
4
x
4
x
0
4
x.x
4
x
0
16
x
x
4
x 33232
1
43










 
 
Esta condição se verifica para todo 
Rx
 
 
11.5.3 PROBLEMA DE VALOR INICIAL (PVI) 
Seja a equação diferencial de primeira ordem 
)y,x(f
dx
dy

 sujeita a condição inicial 
00 y)x(y 
, em que 
0x
 é um número no intervalo I e 
0y
é um número real arbitrário, é chamado de 
problema de valor inicial. Em termos geométricos, estamos procurando uma solução para a equação 
diferencial definida em algum intervalo I tal que o gráfico da solução passe por um ponto (xo, yo) 
determinado a priori. 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
140 
 
 
Exemplo 8: 
 Seja 
xe.cy 
 a família a um parâmetro de soluções para y'=y no intervalo 
),( 
. Se 
especificarmos que y(0) = 3, então substituindo x = 0 e y = 3 na família, temos: 
x0 e.3ye3ce.c3 
 
 
Se especificarmos que y(1) = 3, então temos: 
1xx111 e3ye.e3yee.3ce.c3  
 
 
Será que a equação diferencial 
)y,x(f
dx
dy

 possui uma solução cujo gráfico passa pelo 
pelo ponto (xo, yo)? Ainda, se esta solução existir, é única? 
 
Exemplo 9: 
As funções y = 0 e 
16
x
y
4

 são soluções para o problema de valor inicial 






0)0(y
xy
dx
dy 2
1 
 
Podemos observar que o gráfico destas soluções passam pelo ponto (0,0). Desta forma, 
deseja-se saber se uma solução existe e, quando existe, se é a única solução para o problema. 
 
11.5.4 TEOREMA DA EXISTÊNCIA DE UMA ÚNICA SOLUÇÃO 
Seja R uma região retangular no plano 
xy
 definida por 
bxa 
, 
dyc 
, que contém o 
ponto 
)y,x( 00
em seu interior. Se 
)y,x(f
 e 
dy
df
 são contínuas em r, então existe um intervalo I, 
centrado em x0 e uma única função y(x) definida em I que satisfaz o problema de valor inicial 
)y,x(f
dx
dy

, sujeito a 
00 y)x(y 
. 
 
Três perguntas importantes sobre soluções para uma EDO. 
1. Dada uma equação diferencial, será que ela tem solução? 
2. Se tiver solução, será que esta solução é única? 
3. Existe uma solução que satisfaz a alguma condição especial? 
 
Para responder a estas perguntas, existe o Teorema de Existência e Unicidade de solução 
que nos garante resposta para algumas das questões desde que a equação tenha algumas 
características. 
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141 
 
 
Teorema: Considere o problema de valor inicia 






00 )(
)()(
yxy
xqyxp
dx
dy 
 
Se p(x) e q(x) são continuas em um intervalo aberto I e contendo x
0
, então o problema de 
valor inicial tem uma única solução nesse intervalo. 
 
Alertamos que descobrir uma solução para uma Equação Diferencial é algo ―similar‖ ao 
cálculo de uma integral e nós sabemos que existem integrais que não possuem primitivas, como é o 
caso das integrais elípticas. Dessa forma, não é de se esperar que todas as equações diferenciais 
possuam soluções. 
11.6 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS AUTÔNOMAS 
As equações diferenciais da forma 
 yf
dx
dy

 (2) 
são chamadas de autônomas. 
 
Utilizando a manipulação formal introduzida por Liebnitz (1646-1716), podemos escrever a 
equação (2) na forma: 
)(
1
yfdx
dy

 (3) 
Cuja resolução é: 

y
y
dy
yf
yxyx
0
)(
1
)()(
0
 (4) 
 
Para justificar a equação (4) necessitamos que 
)(
1
yf
 seja bem definida no intervalo de 
interesse A, onde 
0)( yf
 e que seja contínua neste intervalo A. Pois, como 
0
)(
1

yfdy
dx
 em 
A
, o Teorema da Função Inversa garante que existe uma função inversa da função 
)(yx
, isto é, 
)(xFy 
 tal que 
)(yf
dx
dF

 em 
A
, o que justifica o procedimento formal. 
Portanto, a solução do problema de condição inicial 
 






00
)(
)(
yxy
yf
dx
dy (5) 
é obtida pela solução do problema 
 






00
)(
)(
1
xyx
yfdy
dx
 (6) 
e com a inversão da função 
)(yx
. 
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142 
 
 
As equações autônomas aparcem na formulação de uma grande quantidade de modelos. 
Sempre que uma lei de formação afrma que: “a taxa de variação de uma quantidade y(t) é 
proporcional a esta mesma quantidade”, temos uma equação autônoma da forma 
ky
dx
dy

 (7) 
 
Como, 
kyyf )(
, então 
0*)( yf
 se 
0*y
. Devemos procurar soluções separadamente 
nos dois intervalos 
0 y
 e 
 y0
. 
Considerando inicialmente o problema de Cauchy 






0)(
00
yxy
ky
dx
dy (8) 
E seu problema inverso 






00
)(
1
xyx
kydy
dx
 (9) 
 
Cuja solução inversa é dada por 
 
  

y
yxyx
y
y
k
xyy
k
xdy
ky
xCdy
ky
yx
000
0
0000
)(
ln
1
lnln
111
)(
 
ou seja, 
)(
00
0
0)(ln
xxk
eyyxxk
y
y 
 para 
x
R. 
 
Exemplo 10: 
Considere a equação autônoma 
aky
dx
dy

 
sua solução geral, para 
k
a
y 
, é obtida considerando-se sua forma diferencial 
 






Caky
k
x
dxdy
aky
dxdy
aky
ln
1
1
1
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
143 
 
 
Portanto, 
 
k
a
yea
k
yeaky CxkCxk   ,
1 )()(
 
Neste caso, 
k
a
y 
 e a solução de equilíbrio. 
 
 
11.7 EQUAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM E PRIMEIRO GRAU 
 São equações de 1
a
 ordem e 1
o
 grau: 
 
),( yxF
dx
dy

 ou 
0 NdyMdx
 
 
em que M = M(x,y) e N = N(x,y). 
 
 Estas funções têm que ser contínuas no intervalo considerado (- ∞, ∞) 
 
 
11.7.1 EQUAÇÕES DE VARIÁVEIS SEPARÁVEIS 
 A equação diferencial 
0),(),(  dyyxNdxyxM
será de variáveis separáveis se: 
 M e N forem funções de apenas uma variável ou constantes. 
 M e N forem produtos de fatores de uma só variável. 
 
 Isto é, se a equação diferencial puder ser colocada na forma 
0)()(  dyyQdxxP
, a 
equação é chamada equação diferencial de variáveis separáveis. 
 
11.7.1.1 Resolução: 
 
Para resolvermos tal tipo de equação diferencial, como o próprio nome já diz, deveremos 
separar as variáveis, isto é, deveremos deixar o coeficiente da diferencial dy como sendo uma 
função exclusivamente da variável y, e então integramos cada diferencial, da seguinte forma: 
    CdyyQdxxP ).().(
 
 
Exemplos: 
Resolver as seguintes equações: 
 
1)
13  x
dx
dy
 
 
 
 
 
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144 
 
 
2) y dx – x dy = 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
3)
0
4


 dy
y
x
xdx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) 
0secsec.  xdytgyydxtgx
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5)
01)1( 222  dyxdxyx6)
xyx
y
dx
dy
)1(
1
2
2



 
 
 
 
 
 
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145 
 
 
7) 
2
2
1
1
x
y
dx
dy



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Resolva o problema de valor inicial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1)0(y,4y
dx
dy 2 
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146 
 
 
AULA 27 – Exercícios 
 
1) Verifique que
xxey 
é uma solução para 
a equação 
0y'y2"y 
 no 
 intervalo 
),( 
. 
2) Verificar que para qualquer valor de c1 a 
função 
1
x
c
y 
é uma solução da 
 equação diferencial de 1
a
 ordem 
1y
dx
dy
x 
 no intervalo 
),0( 
. 
3) Verificar que 
xey 
,
xey 
 ,
x
1eCy 
,
x
2eCy

e
x
2
x
1 eCeCy

são 
 todas soluções da equação diferencial 
0y"y 
. 
 
Resolver as seguintes equações diferenciais. 
4) 
0
dx
dy
.tgy
x
1

 
5) 4xy
2
 dx + (x
2
 + 1) dy = 0 
6) (2+ y) dx - (3 – x) dy = 0 
7) xy dx – (1 + x2) dy = 0 
8) 
42
2



x
e
dx
dy y 
9) (1 + x
2
) y
3
 dx + (1 – y2) x3 dy = 0 
10) 
dx
dy
xyy
dx
dy
xa 





 2
 
11) sec
2
 x tg y dx + sec
2
 y tg x dy = 0 
12) (x
2
 + a
2
)(y
2
 + b
2
)dx + (x
2
 – a2)(y2 – b2)dy 
= 0 
13) (x – 1) dy – y dx = 0 
14) (1 + x
2
)dy – xydx = 0 
15) 
0cos  xy
dx
dy
 
16) 
xcosy3
dx
dy

 
17) 
0dye)2y(dxxy
x324 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
 
1) Esta condição se verifica para todo 
número real. 
2) Variando o parâmetro C, podemos gera 
uma infinidade de soluções. Em 
 particular, fazendo c = 0, obtemos uma 
solução constante y = 1. Logo a função 
1
x
c
y 
é uma solução em qualquer 
intervalo que não contenha a origem. 
3) Note que 
x
1eCy 
é uma solução para 
qualquer escolha de c1, mas 
 
0C,Cey 11
x 
não satisfaz a 
equação, pois, para esta família de função 
 temos y" - y = - C1 
 
 
4) x cos y = C 
5) 
C
y
1
)1xln(2 2 
 
6) (2 + y)(3 – x) = C 
7) C y
2
 = 1 + x
2
 
8) 
C
2
x
arctge y2 
 
9) 
C
y
1
x
1
2
1
y
x
ln
22










 
10) yyka aex  ln2 
11) tg x . tg y = C 
12) 
C
b
y
arctg.b2y
ax
ax
lnax 



 
13) y = c(x – 1) 
14) 
C.x1y 2
 
15) 
senxe
K
y 
 
16) 
senx3Cey 
 
17) 
C
y
6
y
9
)1x3(e
3
x3 
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147 
 
 
AULA 27 
11.8 EQUAÇÕES HOMOGÊNEAS 
11.8.1 FUNÇÃO HOMOGÊNEA 
 Uma função f = f(x, y) é denominada homogênea de grau k se, para todo t 

R, vale 
a relação f(tx, ty) = t
k
 f(x, y). Uma função f = f(x, y) é homogênea de grau 0 se, para todo t 

R, vale a relação f(tx, ty) = f(x, y) 
 
Exemplos: 
1) A função f(x, y) = x
2
 + y
2
 é homogênea de grau 2, 
 pois
)y,x(ft)yx(tytxt)ty()tx()ty,tx(f 2222222222 
 
2) 
4
y
x
)y,x(g
2
2

é homogênea de grau zero pois, 
 
)y,x(ft4
y
x
t4
y
x
4
yt
xt
4
)ty(
)tx(
)ty,tx(g 0
2
2
0
2
2
22
22
2
2










 
 
3) f(x,y) = 2x
3
 + 5xy
2
 é homogênea de grau três pois, 
)y,x(ft)xy5x2(txyt5xt2)ty(tx5)tx(2)y,x(f 3233233323 
 
Se f(x, y) for uma função homogênea de grau n, note que podemos escrever 







x
y
,1fx)y,x(f n
 e 






 1,
y
x
fy)y,x(f n
 são ambas homogêneas de grau n. 
Exemplo: 
Seja 
22 yxy3x)y,x(f 
 homogênea de grau 2. Logo, 





































x
y
,1fx
x
y
x
y
.31x
x
y
x
y3
1x)y,x(f 2
2
2
2
2
2
 




































 1,
y
x
fy1
y
x
3
y
x
y1
x
y3
y
x
y)y,x(f 2
2
2
2
2
2
 
11.8.2 EQUAÇÃO HOMOGÊNAS 
A equação
0dy)y,x(Ndx)y,x(M 
 será chamada de equação diferencial 
homogênea se M e N forem funções homogêneas de mesmo grau. 
 
Exemplos: 
 1) 
xy
yx
dx
dy 22 

 
 2) 
2
2
'
y
x
y 
 
 3) 







x
y
arctgy'
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
148 
 
 
11.8.2.1 Resolução: 
 Seja a equação homogênea Mdx + Ndy = 0 
 Tem-se: 
 
N
M
dx
dy

 
 
Dividindo-se o numerador e o denominador do segundo membro por x elevado a 
potencia igual ao grau de homogeneidade da equação, resultará uma função de y/x. 
 







x
y
F
dx
dy (1) 
 
É necessário, no entanto, substituir a função y/x por uma outra que permita separar as 
variáveis. 
Dessa forma, substitui-se 
x
y
 por u. 
 
xuy .
 (2) 
 
Derivando y=x.u em relação ax tem-se 
 
dx
du
xu
dx
dy
 
 (3) 
 
Substituindo (2) e (3) em (1), temos: 
 
 
x
dx
uuF
du
uuF
dx
du
x
uF
dx
du
xu




)(
)(
)(
 
 
 
Que é uma equação de variáveis separáveis. 
 
Em resumo: 
Pode-se resolver uma Equação Diferencial Homogênea, transformando-a em uma 
equação de variáveis separáveis com a substituição y = x.u, onde u = u(x) é uma nova função 
incógnita. Assim, dy = xdu + udx é uma equação da forma y’ = f(x, y) pode ser transformada 
em uma equação separável. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
149 
 
 
Exemplo: 
 (x
2
 – y2) dx – 2xy dy = 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 27 – Exercícios 
 
Resolva as seguintes equações: 
 
1) (x – y) dx – (x + y) dy = 0 
2) (2x – y) dx – (x + 4y) dy = 0 
3) (x2 + y2) dx + (2x + y)y dy = 0 
4) (x + y) dx + (y – x) dy = 0 
5) (x2 + y2) dx – xy dy = 0 
6) 
044
2
2
2
2 











dx
dy
yxy
dx
dy
y
 
7) Determine a solução de (x2 – 3y2)dx + 
2xydy = 0 sujeita a condição inicial 
1)2(y 
. 
8) Determine a solução de 
0xydy6dx)y3x2( 22 
 sujeita a 
condição inicial 
3
1
)1(y 
 
 
 
Respostas: 
1) y2 + 2xy – x2 = K 
2) 
Kyyxx  22 422
 
3) y3 + 3xy2 + x3 = k 
4) 
C
x
y
arctgyx
ou
x
y
arctgyxC


22
22
1
ln
ln
 
5) 2
2
2 x
y
kex  
6) Cxyx  23 22 
7) 
xxy
8
3
1
 
8) 1xy9x2 23 
Cálculo Diferencial e IntegralProf a Paula Francis Benevides 
 
150 
 
 
AULA 28 
11.9 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EXATAS 
 Uma equação do tipo M(x,y)dx + N(x,y)dy = 0 (1) é denominada diferencial exata, 
se existe uma função U(x,y) tal que dU(x,y) = M(x,y)dx + N(x,y)dy. A condição necessária e 
suficiente para que a equação (1) seja uma diferencial exata é que: 
 
x
N
y
M





 
 Dada a equação diferencial exata Mdx+Ndy=0 (1) e seja u=f(x,y)=C sua solução, 
cuja diferencial dada por: 
 
dy
y
u
dx
x
u
du






 
(2) 
 Então, comparando (1) e (2) teremos: 
 
),( yxM
x
u



 
 
(3) 
 e 
 
),( yxN
y
u



 
 
(4) 
 Para obtermos a sua solução u=f(x,y) deveremos integrar, por exemplo,a expressão 
(3), em relação à variável x, da qual teremos 
 
  )(),(),( ygdxyxMyxf 
 
(5) 
 Derivando parcialmente (5) em relação à y teremos: 
 
)('
),(
yg
y
dxyxM
y
f





 
 
 
(6) 
 Igualando (6) e (4) resulta: 
 
),()('
),(
yxNyg
y
dxyxM


 . 
 Isolando g’(y) e integrando em relação a y acharemos: 
 
 
1
),(
),()( Cdy
y
dxyxM
yxNyg 










 

 
 
(7) 
 Substituindo (7) em (5) teremos a solução geral da equação exata, que é: 
 
Cdy
y
dxyxM
yxNdxyxMyxf 










 


),(
),(),(),(
 
 Logo, a solução é da forma 
 
  







 Cdy
y
P
NMdxyxU ),(
 
onde costuma-se denotar
 MdxP
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
151 
 
 
Exemplos: 
1) (x
2
 – y2)dx – 2xy dy = 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) (2x – y + 1) dx – (x + 3y – 2) dy = 0 
 
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152 
 
 
11.9.1 FATOR INTEGRANTE 
 Nem sempre a ED é exata, ou seja, Mdx + Ndy = 0 não satisfaz, isso é: 
x
N
y
M





. 
 Quando isso ocorre vamos supor a existência de uma função F(x, y) que ao 
multiplicar toda a ED pela mesma resulta em uma ED exata, ou seja, F(x,y)[Mdx +Ndy] = 0, 
e esta é uma ED exata. 
 Se ela é exata, existe u(x,y) = cte e 
MF
dx
u
.

 e 
NF
dy
u
.

 e 
FN
x
FM
yx
N
y
M
yx
u













 2 
 Tomando a condição de exatidão 
FN
dx
FM
y




 
 
F
x
N
N
x
F
F
y
M
M
y
F











 
e achar F por aqui é loucura!!!!!!! 
 
 Vamos supor então que F(x,y) = F(x) 
 
x
N
FN
x
F
y
M
F








 
 dividindo tudo por FN

0 e organizando, 
temos: 
 
x
N
Nx
F
Fy
M
N 








111
 
 
x
N
Ny
M
Nx
F
F 








111
 
 















x
N
y
M
Nx
F
F
11
 
 reescrevendo: 
dx
x
N
y
M
N
dF
F 












11
 
 integrando: 
  CdxxRF )(ln 
 
 
dxxR
exF
)(
.)( 
 onde: 
 
 












x
N
y
M
N
xR
1
)(
 
 
analogamente, supondo F(x,y) = F(y) que torne exata FMdx + FNdy = 0 teremos: 
 
 
dyyR
eyF
)(
.)( 
onde: 












x
N
y
M
M
xR
1
)(
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
153 
 
 
Em resumo: 
Quando a expressão Mdx + Ndynão é diferencial exata, isto é, 
x
N
y
M





, mostra-se 
que há uma infinidade de funções 
),( yxF
, tais que 
)( NdyMdxF 
 é uma diferencial exata. 
A esta função 
),( yxF
, dá-se o nome de fator integrante. 
 
F(x): F(y): 












x
N
y
M
N
xR
1
)(
 












x
N
y
M
M
yR
1
)(
 
 


dxxR
exF
)(
)( 
dyyR
eyF
)(
)( 
 
 
Exemplos: 
 Resolver as seguintes equações diferenciais transformando em exatas através do fator 
integrante. 
 
1) y
2
 dx + (xy + 1) dy = 0 
 
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154 
 
 
AULA 28- Exercícios 
 
1) (x3 + y2) dx + ( 2xy + cos y) dy = 0 
2) ey dx + ( xey – 2y) dy = 0 
3) 2xy dx + x2 dy = 0 
4) senh x.cosy dx = coshx.seny dy 
5) 
0)( 22   drrdre
 
6) 
2222 yxy
xdy
y
dy
yx
dx



 
7) (2cos y + 4x2) dx = x sen y dy 
8) 2x tg y dx + sec2 y dy = 0 
9) seny dx + cos y dy = 0 
10) Encontre a solução particular de 
dxyxxydy )(2 22 
 para 
2)1( y
 
11) 
02)( 2  xdydxxy
 
12) 
0ln)(  xdyxdxyx
 
 
 
 
 
 
Respostas: 
1) 
Ksenyxy
x
 2
4
4
 
2) 
Cyxe y  2
 
3) x2y = K 
4) coshxcosy = K 
5) 
Kre  22
 
6) 
Kyxx  22
 
7) x2 cos y + x4 = C 
8) 
Ctgyex 
2
 
9) 
Ceseny x .
 
10) 
xxy 32 
 
11) 
k
5
x2
xy2
2
5

 
12) 
kxyx  ln
 
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155 
 
 
AULA 29 
11.10 EQUAÇÕES LINEARES: 
 
 Uma equação diferencial linear de 1
a
 ordem e 1
o
 grau tem a forma: 
 
)()( xQyxP
dx
dy

 
(1) 
 
Se Q(x) = 0, a equação é dita homogênea ou incompleta; enquanto, se Q(x)

0, a equação é 
dita não-homogênea ou completa. Analisaremos dois métodos de solução de equações diferenciais 
desse tipo a saber: 
 
 
11.10.1 FATOR INTEGRANTE: 
 
Este método consiste na transformação de uma equação linear em outro do tipo diferencial 
exata, cuja solução já estudamos anteriormente. Posto isto, vamos retornando à equação original de 
nosso problema: 
 
QPy
dx
dy

 
 
Vamos reescrever esta última sob a forma 
 
0)(  dydxQPy
 
 
 
Multiplicando ambos os membrospor  Pdxe (fator integrante) obtemos a expressão 
  0 dyedxQPye
PdxPdx . Aqui, identificamos as funções ―M‖ e ―N‖: 
 
  QPyeM Pdx  
 e 
  PdxeN 
 
Derivando M com relação a y e N com relação a x, obtemos: 
 


 Pdx
Pe
y
M
e


 Pdx
Pe
x
N
 
 
confirmando assim, que a equação transformada é uma equação diferencial exata. 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
156 
 
 
Exemplo1: Resolver a equação 
2 x
x
y
dx
dypor fator integrante: 
 
 
 
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157 
 
 
11.10.2 SUBSTITUIÇÃO OU DE LAGRANGE: 
 
Esse método foi desenvolvido por Joseph Louis Lagrange
1
 (matemático francês: 1736-1813) 
criador da Mecânica Analítica e dos processos de Integração das Equações de Derivadas Parciais. O 
método consiste na substituição de ―y‖ por ―Z.t‖ na equação (1), onde t = 

(x) e Z=
)(x
, sendo Z 
a nova função incógnita e t a função a determinar, assim y = Z.t. 
 
Derivando em relação a x, tem-se: 
 
 
dx
dZ
t
dx
dt
Z
dx
dy

 (2) 
 
Substituindo (2) em (1) vamos obter: 
 
 
QPZt
dx
dZ
t
dx
dt
Z  
 
 
Q
dx
dZ
tPt
dx
dt
Z 






 (3) 
 
 Para integral a equação (3), examina-se dois casos particulares da equação (1) a saber: 
 
i) P = 0, então dy = Qx, logo, 
CQdxy   
(4) 
 
ii) Q = 0, então 
0 Py
dx
dy
 (equação homogênea) que resulta em dy + Pydx = 0 que é de 
variáveis separáveis. Daí, 
0 Pdx
y
dy
. Integrando essa última, resulta em 
 PdxCyln
. 
Aplicando a definição de logaritmo, passamos a escrever a solução   PdxCPdxC eeey . Fazendo 
Cek 
, temos   Pdxkey (5) que representa a solução da equação homogênea ou incompleta. 
Agora, vamos pesquisar na equação (3) valores para ―t‖ e ―Z‖, uma vez que y=Z.t, teremos a 
solução da equação (1) que uma equação linear completa (não-homogênea). Se igualarmos os 
coeficientes de Z a um certo fator, o valor daí obtido poderá ser levado ao resto da equação, 
possibilitando a determinação de Z uma vez que ―t‖ pode ser determinado a partir desta condição. 
Assim, vamos impor em (3), que o coeficiente de Z seja nulo. Feito isto, 
0 Pt
dx
dt
 (6), que é da 
mesma forma já estudada no caso ii. Assim,   Pdxket . Substituindo este resultado em 
Q
dx
dZ
t 
 
obtemos 
Q
dx
dZ
ke
Pdx


. Daí, 
Qe
kdx
dZ Pdx
1
 e 
Qdxe
k
dZ
Pdx
1
. Integrando este último 
 
1
(Turim, 25 de janeiro de 1736 — Paris, 10 de abril de 1813)foi um matemático francês de origem italiana criador da Mecânica Analítica e 
dos processos de Integração das Equações de Derivadas Parciais 
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158 
 
 
resultado, temos 
CQdxe
k
Z
Pdx
 
1
(7). Lembrando que y = Z.t, vamos obter, substituindo ―t‖ e 
―Z‖: 






 

CQdxe
k
key
PdxPdx 1
, onde resulta, finalmente em: 
 
 
 


  

Cdx.Q.eey
PdxPdx (8) 
 
que é a solução geral da equação (1) 
 
 
Exempo 2: Resolver a equação 
2 x
x
y
dx
dy
 por Lagrange 
 
 
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159 
 
 
AULA 29 – EXERCÍCIOS 
 
 
1) 
0
cot

x
gx
x
y
dx
dy
 
2) 
arctgxy
dx
dy
x  )1( 2
 
3) 
xytgx
dx
dy
cos. 
 
4) 
x
x
y
dx
dy

 
5) 
3x
x
y2
dx
dy

 
6) 
senxytgx
dx
dy

 
7) Achar a solução particular para 
0)0(y 
 em 
xcos
1
tgx.y
dx
dy

 
8) Resolver o problema de valor inicial 
3)0(y,xxy2
dx
dy

 
 
 
Respostas: 
 
1) 
 Csenx
x
y  )ln(
1
 
2) 
arctgxeCarctgxy  .1
 
3) 
xCxsenxy sec2
4
1
2
1
1 






 
4) 
2xCxy 
 
5) 
2
4
6
1
x
C
xy 
 
6) 






 C
xsen
xy
2
sec
2 
7) 
x
x
y
cos

 
8) 
2xe
2
7
2
1
y 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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160 
 
 
AULA 30 
11.11 EQUAÇÕES NÃO LINEARES DE PRIMEIRA ORDEM REDUTÍVEIS A 
 LINEARES: 
 Resolver equações diferenciais não lineares é muito difícil, mas existemalgumas delas que 
mesmo sendo não lineares, podem ser transformadasem equações lineares. Os principais tipos de 
tais equações são: 
11.11.1 EQUAÇÕES DE BERNOULLI: 
 
 Equação da forma: 
 nyxQyxP
dx
dy
)()( 
 
(1) 
 
para
1n
 e 
0n
, onde P(x) e Q(x) são funções continuas conhecidas como equação de Bernoulli
2
. 
Nesse caso, a idéia é realizar uma substituição na equação acima, demodo a transformá-la em uma 
EDO linear. 
 
Pois, se: 
 n = 0 
 y’ + P(x)y = g(x)  caso anterior 
 n = 1 
 y’ + [P(x) – g(x)] y = 0  caso anterior e homogênea 
 
Solução: 
 
Transformação de variável: 
 
Substitui por 
ty n 1
 
 
Deriva-se em relação a x: 
 
 
dx
dt
dx
dy
yn n  )1(
 
(2) 
 
Substituindo (1), que é: 
 
 
nQyPy
dx
dy

 

PyQy
dx
dy n 
 
 
em (2) temos: 
 
 
 
dx
dt
PyQyyn nn  )1(
 
 
 
2
Jakob Bernoulli, ou Jacob, ou Jacques, ou Jacob I Bernoulli (Basileia, 27 de Dezembro de 1652 - Basileia, 16 de agosto de 1705), foi o 
primeiro matemático a desenvolver o cálculo infinitesimal para além do que fora feito por Newton e Leibniz, aplicando-o a novos problemas. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
161 
 
 
 
  
dx
dt
PyQn n  11
 
como
ty n 1
, temos: 
 
dx
dt
PtQn  ))(1(
 
 
 
QntPn
dx
dt
)1(])1[( 
 
 
Tornando-se assim uma equação linear a ser resolvida pelo método anterior. 
 
Exemplo: 
 
23
2
xy
x
y
dx
dy

 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
162 
 
 
AULA 30 – EXERCÍCIOS 
 
1) 
33 yxxy
dx
dy

 
2) 
xyy
dx
dy
x ln2
 
3) 
33 yxy
dx
dy
x 
 
4) 
yxy
xdx
dy

4
 
5) 
02 2  xy
dx
dy
xy
 
6) 
3xyxy2
dx
dy

 
7) 
2xyy
x
1
dx
dy

 
 
 
 
 
Respostas: 
 
 
1) 
2
.1
1
2 xeCx
y


 
2) 
Cxex
y


).ln(
1
 
3) 
1.2 2223  yxCyx
 
4) 2
4 ln
2
1






 Cxxy
 
5) 
x
C
xy ln.2 
 
6) 
Ke
e
y
x
x


2
2
2
2
2 2
 
7) 
Cxx
1
y
2 

 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
163 
 
 
AULA 31 
11.11.2 EQUAÇÃO DE RICATTI 
A equação de Jacopo Francesco Riccati
3
é da forma: 
 
 
)()()( 2 xRyxQyxP
dx
dy

 
(1) 
 
onde P, Q e R designam funções de x. Observamos que, quando P(x)=0 temos a equação linear e, 
quando R(x) = 0 temos a equação de Bernoulli. Joseph Liouville
4
 mostrou que a solução da 
equação de Riccati sóé possível quando se conhece uma solução particular y0. Caso contrário, ela 
só é integrável através de uma função transcendente
5
. 
 
Resolução: 
 
Conhecendo-se uma solução particular 
0y
 da equação (1), pode-se resolver facilmente a 
equação fazendo a seguinte mudança de variável: 
 
zyy 0 
 (2) 
onde
0y
 e 
z
 dependem de 
x
. 
Como 
0y
é solução, temos: 
 
 
RQyPy
dx
dy
 0
2
0
0
 
 (3) 
 
Por outro lado, derivando (2) tem-se: 
 
 
dx
dz
dx
dy
dx
dy
 0
 (4) 
 
Substituindo (2) e (4) na equação (1) : 
 
 
RzyQzyP
dx
dz
dx
dy
 )()( 0
2
0
0
 
 
Desenvolvendo e agrupando os termos: 
 
 
RQyPyzQPyPz
dx
dz
dx
dy
 0
2
00
20 )2(
 (5) 
 
 
3(Veneza, 28 de Maio de 1676 - Treviso, 15 de Abril de 1754) foi um matemático e físico italiano que efetuou trabalhos sobre hidráulica 
que foram muito importantes para a cidade de Veneza. Ele próprio ajudou a projetar os diques ao longo de vários canais. Considerou diversas classes 
de equações diferenciais mas é conhecido principalmente pela Equação de Riccati, da qual ele faz um elaborado estudo e deu soluções em alguns 
casos especiais. 
4(Saint-Omer, Pas-de-Calais, 24 de Março de 1809 - Paris, 8 de setembro de 1882) foi um matemático francês. 
5
Uma função é chamada de transcendente quando não é algébrica (pode ser expressa em termos de somas, diferenças, produtos, quocientes 
ou raízes de funções polinomiais). As funções trigonométricas, exponenciais e logarítmicas são exemplos de funções transcedentes. 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
164 
 
 
Substituindo (3) em (5) e reagrupando, resulta em: 
 
 
2
0
)2( PzzQPy
dx
dz

 (6) 
 
que é uma equação de Bernoulli na variável z, cuja solução já foi desenvolvida. 
 
Em resumo: 
Para sua resolução algébrica deveremos conhecer uma solução particular y = y0 qualquer de 
(1), na qual a mudança de variáveis y = z + y0, irá eliminar o termo independente R(x) 
transformando a equação de Riccatti numa equação de Bernoulli. 
 
Exemplo: 
Mostrar que 
xy 
 é solução particular da equação 
  0121 223  yxxy
dx
dy
x 
e 
procurar a solução geral. 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
165 
 
 
AULA 31 – EXERCÍCIOS 
 
1) Verificar se y = x é solução particular da equação 
3
2
2

x
y
x
y
dx
dy . Em caso 
afirmativo, calcular a solução geral 
2) Mostrar que 
x
y
1

 é solução particular da equação 
2
2 2
x
y
dx
dy

 e calcular a sua 
solução geral. 
3) Sabendo que y = 1 é solução particular da equação 
1)12( 2  xxyyx
dx
dy
 
calcular a sua solução geral. 
4) Calcular a solução da equação 
1
1
12
1 2 





 xy
x
y
xdx
dy
 sabendo que y = x é 
solução particular. 
5) Dar a solução geral da equação 
0232  yy
dx
dy
 sabendo que y = - 1 é solução 
particular. 
 
 
Respostas: 
1) 
1
3
4
5



Kx
xKx
y
 
2) 
kx
x
x
y


3
231 
3) 
Cxe
Cxe
y
x
x



)1(
)2(
 
4) 
2
322
xk
xxkx
y



 
5) 
1
2



x
x
Ce
Ce
y
 
 
 
 
 
Cálculo Diferencial e Integral Prof a Paula Francis Benevides 
 
166 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABUNAHMAN,SERGIO A. Equações Diferenciais: LTC, 1994. 
 
BOYCE, W.E.; DIPRIMA, R.C., Equações diferenciais elementares e problemas de valores 
de contorno. LTC, 1989. 
 
BRONSON, R.; COSTA, G. Equações Diferenciais. 3
a
 ed. Coleção Schaum, 2008. 
 
COELHO, F.U. Curso Básico de Cálculo. Editora Saraiva, 2005. 
 
GIOVANNI, J.R.; BONJORNO, J.R.; GIOVANNI JR, J.R. Mátematica Fundamental, Uma 
Nova Abordagem. Volume Único. Editora FTD, 2001 
 
GUIDORIZZI, H.L. Um Curso de Cálculo. Vol1 e Vol 2. 5
a
 ed. Editora LTC, 2001. 
 
MEDEIROS, V.Z.M; CALDEIRA, A.M; SILVA, L.M.O; MACHADO, M.A.S. Pré-Cálculo. 
Editora Thomson, 2006 
 
ZILL, D.G.; GULLEN, M.R..Equações Diferenciais. Vol 1 e Vol 2. Pearson, 2006

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