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direito do consumidor perguntas

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GABARITO 
WEB AULA 1 
Em viagem de ônibus de Salvador (Bahia) para o Rio de Janeiro, realizada em 12 de 
fevereiro de 2007 pela empresa Transporte Seguro Ltda, C láudio Lopes sofreu graves 
lesões em razão de violenta colisão do coletivo em que viajava com um caminhão. 
Frustradas todas as tentativas de solução amigável, Cláudio ajuizou ação em face da 
empresa Transportes Se guro Ltda, em 15 de abril de 2009, pleiteando indeniz ação por 
danos material e moral. A ré, em contestação, argüiu prejudicial de prescriçã o com 
fundamento no artigo 200, § 3°, V do Código Civil; sustenta não ser aplicável à espécie o 
art.27 do Código do Consumidor porque o contrato de transporte de pessoas esta 
expressamente discipl inado no Código Civil (art.734 e seguintes) e sendo este lei posterior 
ao CDC deve prevalecer, conforme previsto no art.732 do referido C.Civil. Utilizando os 
dados do presente caso, indi que a legislação que deve ser aplicada na solução da questão, 
posicionando-se quanto a ocorrência ou não da prescrição. 
 Com relação à Constituição e a defesa do consumidor é incorreto diz er: 
A) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem administrativa. 
B) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem econômica. 
C) é um direito e uma garantia fundamental que pode ser alterada por meio de emenda 
constitucional por e tratar de uma relação de direito privado. 
D) é uma cláusula pétrea e um direito ligado as relações de direito público. 
GABARITO 
 Aplica-se na solução deste caso o mesmo principio aplicado no caso anterio r. 
O C ódigo Civil é lei geral e o Código do Consumidor é lei especial porque tem como 
destinatário um sujeito especial – o consumidor. A Lei geral, embo ra posterior (mais nova) 
não derroga a lei especial. O Código Civil disciplina o contrato de tr ansporte como um 
todo, mas esse contrato de transporte, sempre que gerar relação de consumo, fica também 
submetido aos princípios e regras do CDC. Ademais, a regra do art.206, § 3°, V do Código 
Civil, que estabelece pra zo prescricional de 3 anos para a pretensão d e reparação civil, é 
uma regra geral e não es pecífica para o contrato de transporte, razão pela qual é inaplic ável 
ao caso o art.732 do C.Civil. A regra do art.27 do CDC (prazo prescricional de 5 anos) é 
especial para os casos de acidentes de consumo, pelo fato do produto ou do serviço. Como 
o caso em exame envolve acidente de consumo pelo fato do serviço, a regra aplicável é a do 
art.27 do CDC. Logo, não ocorreu a prescrição. 
B) L ei est adual poderia, de forma constitucional, criar isenção dessa tarifa nos caso s de 
impossibilidade material de seu pagamento, como no caso do desemprego do usuário. 
C) O fornecimento de energia elét rica à residência de Júlia não poderia ser suspenso em razão do 
inadimplemento, visto que, conforme e ntendimento do STJ, constitui serviço público essencial e 
contínuo. 
D) O fornecimento de energia não pode ser interrompido em respeito ao princípio da dignidade da 
pessoa humana. 
E) O fornecimento de energia pode ser interrompido porque é custeado por taxas. 
 
 
As com pras feitas pela internet estão subordinadas ao CD C desde que o comprador seja 
consumidor, e, no caso, Celso é o destinatário final do serviço aéreo. O CDC, no seu art. 49, 
concede ao consumidor o prazo de 7 dias de arrependimento para desistir do contrato sempre 
que a compra for feita fora do estabelecimento comercial, e a internet é o maior exemplo 
disso.Logo, a empresa aérea não tem razão; Celso pode desistir da compra sem pagar qualquer multa. 
 Gabarito 
Letra A – Art. 6º,§ 3º, II da Lei 8.987/95; RESP 525.520/AL e RESP 363943 – ADM INISTRATIVO – 
ENERGIA ELÉTRICA – CORTE – FALTA DE PAGAMENTO – É lícito à concessionária interromper o 
fornecimento de energia elétrica, se, após aviso prévio, o consumidor de energia elétrica 
permanecer inadimplente no pagamento da respectiva conta (L. 8.987/95, Art. 6º, §3º,II). 
 
WEB AULA 14 
 
Os móveis adquiridos por Edvaldo na loja “Projeto Móvel Ltda” apresentaram 
defeitos, razão pela qual resolveu devolvê-los, com a restituição da quantia paga e 
indenização de todos os danos a que foi submetido. No cadastro estadual da Secretaria da 
Fazenda consta a baixa “de ofício” da empresa mas, no endereço informado, a ré não foi 
encontrada para a citação da ação movida por Edvaldo. 
No cadastro nacional da Receita Federal consta que a ré está em atividade, mas no 
endereço ali informado a citação foi também sem êxito. 
Por fim, a sociedade comercial foi citada por intermédio da administradora (sócia 
majoritária), sendo certo que esta não forneceu o endereço onde a empresa desenvolve as 
suas atividades. 
Tendo em vista que Edvaldo busca ver reconhecido o seu direito desde 2008 e sequer 
logrou êxito em localizar o estabelecimento ou sede da empresa, o que poderá ser feito no 
sentido de dar andamento ao processo e atender à pretensão do autor? 
 
O Código de Defesa do Consumidor traz mencionado expressamente a possibilidade de 
desconsideração da personalidade jurídica. Com relação ao tema é CORRETO afirmar: 
I – Existe a teoria menor que se refere à desconsideração sempre que a personalidade jurídica for 
um obstáculo para o ressarcimento do consumidor. 
II – Existe a te oria maior que permite à desconsideração desde que caracterizada a manipulação 
fraudulenta ou abusiva do instituto. 
III – Nosso o rdenamento jurídico não faz distinção entre a aplicação da teoria maior o u menor da 
desconsideração. 
A) Somente a I e II estão corretas. 
B) Somente a III está correra. 
C) Somente a I e II estão corretas 
D) Nenhuma está correta. 
GABARITO: Duas decisões como fundamento e análise do caso 
REsp 279.273/SP 
Responsabilidade civil e Direito do Consum idor . Recurso especial. Shopping Center de 
Osasco-SP. Explosão. Consumidores. Danos materiais e morais. Ministério Público. 
Legitimidade ativa. Pessoa J urídica. Desconsideração. Teoria maio r e teoria menor. Limite 
de responsabilização dos sócios. Código de Defesa do Consumidor. Requisi tos. Obstáculo 
ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. Art.28, § 5°. 
- Considerada a proteção do consumidor um dos pilares da ordem econômica, e incumbindo 
ao Ministério Público a defesa d a ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses 
sociais e individuais indisponíveis, possui o Órgão Ministerial legitimidade para atuar em 
defesa de interesses in dividuais homogêneos de consumidores, decorrentes d e origem 
comum. 
- A teoria maior da desconsideração, r egra geral n o sistema jurídico brasileiro, não pode ser 
aplicada com a mera demonstração d e estar a pessoa jurídica insolvente para o 
cumprimento de suas obrigações. Exige -se, aqui, para al ém da prova de i nsolvência, ou a

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