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UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA Curso: Ciências Biológicas BRUNO FRÕES BERMUDES SEMEADURA FÚNGICA COLORAÇÃO DE AZUL ALGODÃO E GRAM RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS – BIOLOGIA DOS MICROORGANISMOS São Paulo 2018 UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA Curso: Ciências Biológicas BRUNO FRÕES BERMUDES SEMEADURA FÚNGICA COLORAÇÃO DE AZUL ALGODÃO E GRAM RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – BIOLOGIA DOS MICROORGANISMOS Relatório de aula prática – Semeadura Fúngica e Coloração de Azul Algodão e Gram - Ciências Biológicas da Universidade Santo Amaro, da disciplina Biologia dos Microorganismos, sob a orientação do Prof. Felipe Scassi Salvador. São Paulo 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 2. SEMEADURA FÚNGICA .................................................................................. 5 2.1. OBJETIVOS ................................................................................................... 5 2.2. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 5 2.3. RESULTADOS E DISCUSÃO ........................................................................ 6 2.4. CONCLUSÃO ................................................................................................. 8 3. COLORAÇÃO DE AZUL ALGODÃO E GRAM ................................................ 9 3.1. OBJETIVOS ................................................................................................... 9 3.2. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 9 3.3. RESULTADOS E DISCUSÃO ...................................................................... 11 3.4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 13 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................ 14 4 1. INTRODUÇÃO Os fungos podem ser classificados como seres microscópicos ou macroscópicos, pluricelulares ou unicelulares, eucariontes e heterotróficos e fazem parte do Reino Fungi,1 no qual, é formado pelos fungos mais conhecidos como mofos, bolores e cogumelos. Por ser seres heterotróficos, eles não produzem seu própria alimento, precisando obter energia de outros lugares, desta forma, eles podem se associar com outros seres, como por exemplo algas e raízes de plantas formando respectivamente os líquens e as micorrizas. Estes fazem respiração aeróbica utilizando o O2 na troca gasosa. Porém existem alguns tipos que são capazes de respirar mesmo na ausência do oxigênio por respiração anaeróbica, ou através da fermentação, como no caso das leveduras que utilizam o açúcar para obtenção de energia. Sua reprodução pode ser de forma sexuada ou assexuada, sendo, que a sexuada só ocorre em fungos pluricelulares, no qual ocorre a troca do material genético através da fusão de hifas. A assexuada pode ocorrer tanto em fungos pluricelulares como unicelulares.2 A coloração com Lactofenol, também conhecida como azul de algodão, é um método de coloração utilizado para preparar exames microscópicos de colônias de fungos. Está técnica tem a finalidade de visualizar o micélio vegetativo e reprodutor de um fungo filamentoso, e também as características da célula vegetativa e a reprodução por brotamento de leveduras.3 A coloração de Gram é utilizada na microbiologia para identificar alguns grupos de bactérias. Está técnica foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista Holandês Hans Christian Gram, que observou que as bactérias ficavam com cores diferentes, ao serem tratadas com diferentes corantes. Isso permitiu classificar as bactérias em dois grupos distintos: As Gram-positivas que ficavam roxas, e as Gram- negativas que ficavam vermelhas.4,5 5 2. SEMEADURA FÚNGICA 2.1. OBJETIVOS Executar a semeadura dos fungos em meio sólido e observar seu desenvolvimento. 2.2. MATERIAIS E MÉTODOS - Placas de Petri com BHI (Brain Heart Infusion); - Alça de Níquel-Cromo; - Solução Salina; - Bico de Bunsen; - Cultura de fungos Aspergillus niger e Rhodotorula. O experimento foi conduzido no laboratório de microbiologia da Universidade Santo Amaro – Unisa. Antes de iniciar a semeadura dos fungos foi necessário a preparação da zona de segurança do Bico de Bunsen, essa zona corresponde a uma região de aproximadamente 10 cm de raio em torno do bico de Bunsen, pois o ar aquecido tende a formar uma corrente no sentido de baixo para cima, evitando que os microrganismos que estejam em suspensão no ar contaminem a área. As manipulações foram feitas por trás da chama do bico de Bunsen. Logo em seguida a alça de Níquel-cromo foi esterilizada na chama do bico de Bunsen em posição vertical até o ponto de incandescência (até ficarem rubras), movendo-se rapidamente o suporte da alça para dentro da chama (Figura 1), dessa forma alguns centímetros do suporte também foram flambados ligeiramente, e depois resfriado na solução salina. 6 Figura 1 - Fonte: https://goo.gl/1PweLq Em uma das placas de Petri foi semeado com o auxílio da alça de Níquel os fungos Aspergillus niger, e em outra placa de Petri dividida em duas partes, foi semeado os fungos Rhodotorula na forma de agulhamento e estria. Logo após, o material foi levado para estufa onde foi mantido em período de incubação em temperatura de 37ºC por 7 dias. 2.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após o período de 7 dias de incubação, foi verificado a taxa de crescimento dos fungos nas placas de Petri e foi observado os seguintes resultados: Os fungos Aspergillus niger obtiveram o crescimento esperado (FIGURA 2). Este resultado ocorreu devido vários fatores, um deles que podemos citar é a questão da temperatura. Está temperatura de crescimento dos fungos abrange uma larga faixa, porém, os fungos de importância médica (patogênicos), em geral, são mosófilos apresentando uma temperatura ótima próxima dos 37ºC, ou seja, a temperatura próxima do corpo humano. Outro fator importante é a presença do oxigênio, por se 7 tratar de microrganismos aeróbicos, eles necessitam desse gás para sua obtenção de energia e se desenvolver.6 Figura 2: Crescimento dos fungos Aspergillus niger após o período de incubação. Ao contrário dos Aspergillus, a semeadura de Rhodotorula não obteve os resultados esperados (FIGURA 3). Isso pode ter ocorrido devido a um erro na configuração da temperatura da estufa no qual o fungo foi mantido. Como dito anteriormente, os fungos de importância médica por serem mesófilos, precisam ser mantido em temperaturas próximas do corpo humano para se desenvolvimento, ou seja, próximo dos 37ºC, e a estufa foi mantida em 25ºC. Apesar de ter um pequeno desenvolvimento como mostrado na imagem, os resultados não foram satisfatórios. 8 Figura 3: Crescimento dos fungos Rhodotorula após o período de incubação. 2.4. CONCLUSÃO Nesta aula prática foi possível colocar em prática as técnicas de semeadura de fungos, e os cuidados técnicos necessários antes dos procedimentos. Também foi possível acompanhar o desenvolvimento das culturas dos dois tipos de fungos utilizados, observando a importância dos requisitos ambientais para que ele possa obter energia e nutrientes necessários para seu crescimento. 9 3.COLORAÇÃO DE AZUL ALGODÃO E GRAM 3.1. OBJETIVOS Visualização dos fungos em microscópio após as técnicas de coloração de azul algodão e Gram. 3.2. MATERIAIS E MÉTODOS - Lâminas contendo cultura de fungos Aspergillus niger e Rhodotorula; - Violeta de genciana; - Lugol; - Álcool-acetona; - Fucsina; - Água destilada (remoção dos reagentes); - Lactofenol: - Microscópio; - Bico de Bunsen; - Alça de Níquel-cromo; - Óleo de imersão. O experimento foi conduzido no laboratório de microbiologia da Universidade Santo Amaro – Unisa. Antes de iniciar o preparo das lâminas com os fungos foi necessário a preparação da zona de segurança do Bico de Bunsen, essa zona corresponde a uma região de aproximadamente 10 cm de raio em torno do bico de Bunsen, pois o ar aquecido tende a formar uma corrente no sentido de baixo para cima, evitando que os microrganismos que estejam em suspensão no ar contaminem a área. As manipulações foram feitas por trás da chama do bico de Bunsen. Logo em 10 seguida a alça de Níquel-cromo foi esterilizada na chama do bico de Bunsen em posição vertical até o ponto de incandescência (até ficarem rubras), movendo-se rapidamente o suporte da alça para dentro da chama, dessa forma alguns centímetros do suporte também foram flambados ligeiramente, e depois resfriado na solução salina. Após a esterilização uma pequena quantidade de cada cultura de fungos foi colocado em lâminas e feito um esfregaço ligeiramente para não ficarem muito aglomeradas e secados próximo ao bico de Bunsen para uma melhor fixação. Em seguida foram seguidos os seguintes procedimento para a coloração de Gram: 1. O esfregaço foi coberto com o Violeta de genciana por aproximadamente 1 minuto; 2. O corante foi escorrido e lavado com um filete de água destilada; 3. A lâmina foi coberta por Lugol e deixado agir por aproximadamente 30 segundos; 4. O lugol foi escorrido e lavado com um filete de água destilada; 5. Foi adicionado Álcool-acetona sobre a lâmina para a remoção do corante; 6. A lâmina foi lavada novamente com água destilada; 7. A lâmina foi coberta por Fucsina e deixada agir por aproximadamente 30 segundos; 8. A lâmina foi lavada com água destilada e deixada secar ao ar livre. Figura 4 – Procedimento de coloração de Gram. 11 Para a técnica de coloração de azul algodão, os seguintes procedimentos foram seguidos: 1- Colocar uma gota de Lactofenol azul-algodão sobre a lâmina; 2- Retirar pequeno fragmento da cultura de bolor ou uma alíquota da cultura de levedura, utilizando a alça de níquel cromo; 3- Colocar o fragmento da cultura ou a alíquota de levedura sobre a gota de lactofenol e homogeneizar; 4- Cobrir com lamínula e examinar ao microscópio. Após os procedimentos de coloração, foram efetuadas as leituras das lâminas no microscópio em objetiva (10,40 e 100x). 3.3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após leitura das lâminas no microscópio, os seguintes resultados foram observados: Os fungos Aspergillus niger apresentaram forma esférica e filamentosos formando um conjunto de hifas, e coloração roxa indicando que é um fungo Gram- positiva (Figura 5). Isso se dá devido a parede celular possuir muita Mureina, fazendo com que o corante inicial (Violeta de genciana) se incorpore na estrutura da parede celular. Após a coloração com o lactofenol através da técnica de azul algodão, foi possível observar no microscópio os conidióforos (FIGURA 6), e também seus conídios (esporos). 12 Figura 5: Aspergillus niger Gram positivas. Fonte: https://goo.gl/sBCoUB Figura 6: Aspergillus niger estruturas após coloração de azul-algodão. Fonte: https://goo.gl/KFZbjx Os fungos Rhodotorula que é um tipo de levedura, apresentaram células unicelulares, e coloração roxa indicando que é um fungo Gram-positiva (Figura 7). Da mesma forma que o anterior, Isso se dá devido a parede celular possuir muita Mureina, 13 fazendo com que o corante inicial (Violeta de genciana) se incorpore na estrutura da parede celular. Figura 7: Rhodotorula Gram positivas. Fonte: https://goo.gl/htpdSP 3.4. CONCLUSÃO Com a técnica de coloração de Azul-algodão foi possível observar a morfologia dos fungos e suas principais estruturas, e com a coloração de Gram foi possível identificar grupos específicos de fungos através de sua estrutura, e assim sabendo diferencia-las em Gram-positivas e gram-negativas, além de capacitação necessária para execução correta dos procedimentos em laboratório. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Fungos - Toda Matéria [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: https://www.todamateria.com.br/fungos/ 2. GABALDO K. Reino Fungi - Fungos - Biologia - InfoEscola [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: https://www.infoescola.com/biologia/reino-fungi/ 3. Aulas Práticas : BIOPEDAGOGIA - Coloração com Lactofenol Azul de algodão [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: https://biopedagogia.webnode.com.br/microbiologia/aulas-praticas/ 4. CAXIAS M. Coloração de Gram - IBAP Cursos [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: https://ibapcursos.com.br/coloracao-de-gram/ 5. Coloração de Gram - Biomedicina Brasil [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: http://www.biomedicinabrasil.com/2011/06/coloracao-de- gram.html 6. BELLINASO F. Metabolismo dos Fungos [Internet]. [cited 2018 May 4]. Available from: http://reinofungi1.blogspot.com.br/2012/06/metabolismo-dos- fungos.html
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