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1. (1,25) - Leia com atenção as duas afirmações e responda à pergunta: 1. “A ausência de determinantes biológicos de atividade nos seres humanos significa, nos termos de Sartre, que o homem, (...) é de início o não-Ser que adquire o Ser” (Ratner, 1995, p. 14). 2. “O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo particular a humanidade” (SAVIANI, 2005, 13). É possível relacionar estas afirmações ao que a professora Tozoni Reis aponta como função do processo educativo? Sim, pois “o processo educativo é um processo de formação humana, isto é, um processo em que todos os seres humanos – que nascem inacabados do ponto de vista das características humanas – são produzidos, construídos, como humanos. É um processo – histórico e social – de tornar humanos os seres humanos” (TOZONI REIS, p 1). 2. (1,25) Qual a definição de sentimento de infância para Ariès (1981)? Qual a relação deste sentimento com o surgimento da uma nova função definidora da escola moderna? Ariés define o sentimento de infância como consciência sobre a particularidade infantil que distingue adulto e criança. Esse sentimento fez surgir uma nova função para a escola que passou a ser entendida e a funcionar como “um meio de isolar cada vez mais as crianças durante um período de formação tanto moral, quanto intelectual, de adestra-las, graças a uma disciplina mais autoritária, separando-a da sociedade dos adultos, (TOZONI REIS, p 3-4)”. 3. (1,25) Conceitue “panóptico” e aponte pelo menos três elementos que caracterizam a escola estudada por Ferrari e Dinali como “panóptico”. O conceito de panóptico está ligado ao fato de em um único vigilante observar todos os prisioneiros, sem que estes possam saber se estão ou não sendo observados. A partir desse conceito, isso se dá pelo fato da escola, utilizar de artifícios que mantenham os alunos vigiados, punidos, recompensados e normatizados. Segundo Ferrari e Dinale a escola se assemelha a os presídios: as grades que cercam, o controle dos portões, o porteiro na entrada, os grandes corredores fechados, nos prédios do ensino fundamental as salas enfileiradas, as escotilhas nas portas, o pátio centralizado entre dois prédios. 4. (1,25) Na teoria de Durkheim, qual a relação entre fato social e coerção? Durkheim define fato social como a formas de agir, de pensar e de sentir, que tem força coerciva ou seja, exercem, ou podem exercer, determinada força sobre os indivíduos, o que leva a se adaptar as regras da sociedade onde vivem, enquanto a coerção é a força que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos levando-os a conformar-se com as regras que a sociedade em que vivem impõe independente de sua vontade ou escolha. Ex: O idioma, as leis, a formação famílias, as regras de boas maneiras e etc... 5. (1,25) Tomando o trabalho de Ferrari e Dinali, que aborda fundamentos da teoria de Michel Foucault, explique o que é disciplina e se a vigilância é um mecanismo da disciplina? Segundo os autores, podemos concluir que a disciplina é um modo de poder. Isso por que se caracteriza por métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo e que realizam a sujeição de suas forças, impondo-lhes uma relação de docilidade / utilidade. A função as disciplina é se apropriar do corpo com a finalidade de aproveitar o máximo de suas competências (faucault, 1991). E a vigilância se torna uma forma de atingir esse objetivo. 6. (1,25) Ao abordar em seu artigo as práticas docentes em sala de aula, Antonio Nóvoa define e explica os “efeitos da moda”. Como Nóvoa explica a circulação rápida dos “efeitos da moda” e qual a crítica que faz? Os professores são desde sempre um grupo profissional muito sensível aos efeitos da moda, a adesão pela moda é a pior maneira de enfrentar os debates educativos, porque traduz uma “fuga para frente”, uma opção preguiçosa, por que falar de moda dispensa-nos de tentar compreender. Em pedagogia, a moda significa quase sempre, a vontade de mudar para que tudo fique na mesma! Ora neste mundo marcado pela velocidade das comunicações e da disseminação das ideias neste mundo invadidos por inflação tecnológica sem precedentes, é preciso que os professores aprendam a cultivar um ceticismo saudável, um ceticismo que não é feito de descrença ou de desencanto, mas sim uma vigilância critica em relação a tudo que lhes é sugerido ou imposto. 7. (1,25) Por que, para François Dubet, a organização de salas de aulas homogêneas é um dos mecanismos sutis da exclusão escolar e de reforço das desigualdades escolares? Pra Dubet a organização das salas de aula em salas homogêneas reforça tanto a desigualdade social como a escolar, pois não aumenta muito o desempenho dos melhores alunos, mais enfraquece nitidamente o desempenho dos alunos mais fracos. Os alunos mais favorecidos socialmente, que dispõem de maiores recursos (também por conta dos pais serem mais intuídos), são também privilegiados por um conjunto de mecanismos escolares, que beneficia os mais beneficiados. Esses mecanismos aprofundam as desigualdades e acentuam a exclusão escolar na medida em que mobilizam aos pais, algo que não á só o capital cultural, este entendido como um conjunto de disposições e de capacidades especialmente linguísticas. 8. (1,25) Considerando que a função social da escola acompanha a complexidade social, adequando-se a ela, explique as características do momento em que vivemos, chamado de intrageracional, e aponte que tipo de formação o momento atual exige. O intrageracional descreve discrepâncias culturais, sociais ou económicas entre duas ou mais gerações, que pode ser causada por conflitos de interesse entre gerações mais jovens e gerações mais antigas. Esse conflito ocorre devido a evolução da dinâmica apresentada na relação entre os indivíduos de uma sociedade, resultada do surgimento de novas tecnologias e costumes que se tornam essenciais na vida de indivíduos essas tecnologias e costumes deve ser trazido para o aprendizado de hoje, a formação inicial e centrada na transmissão de conteúdo não é mais capaz de suprir essas necessidades educacionais, atualmente se faz necessária uma formação, mais ampla e adequada as novas demandas da vida contemporânea. A escola, em sua função social, tem um olhar constante voltada á sociedade, conectando seu saber com a pratica cotidiana do aluno. A experiência de vivenciar as situações de aprendizagem ensina o convívio em grupos, indispensável para a vida e o trabalho.
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