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Trocas gasosas e Transporte dos gases o A importância desses mecanismos se deve em manter: pO2; pCO2; [H+] – equilíbrio ácido – básico. o No exame de gasometria devemos observar: Arterial Venoso pO2 95mmHg 40mmHg pCO2 40mmHg 45mmHg H+ pH = 7,35 a 7,45 o Lembrar do conceito de Difusão: as moléculas por si só já tem energia, e em um local mais concentrado de moléculas ocorrem mais choques, o que acaba fazendo com que as moléculas se movimentem. Nesse movimento, ocorre o transporte das moléculas, sendo que elas passam do local mais concentrado para o de menor concentração. Sendo que no caso da difusão dos gases devemos levar em consideração as diferenças de pressões e não as diferenças de concentrações. o Tanto o sangue arterial quanto o venoso tem em sua constituição as moléculas de O2, CO2 e o íon H+, o que muda de um tipo de sangue para o outro é a concentração de cada substância. o Para que ocorra as trocas gasosas entre as membranas do alvéolo pulmonar e do capilar sanguíneo deve-se haver diferenças entre as pressões das substâncias. Devido a essa diferença, ocorrera a difusão (a troca) do local de maior pressão para o de menor pressão. o O CO2 é 20 vezes mais permeável na membrana celular do que O2, ou seja, seu coeficiente de difusão é maior, por isso ele passa mais facilmente. Logo, a diferença de pressão pode ser menor, e mesmo assim vai ocorrer as trocas. Esse valor sempre é constante!!! Extremidade Arterial Extremidade Venosa Atmosfera Alvéolo Capilar o O sangue que entra nos capilares pulmonares é essencialmente sangue venoso misto. Esse sangue foi retornado dos tecidos, pelas veias, para o lado direito do coração. Ele foi bombeado do ventrículo direito para o interior da artéria pulmonar, que o levou para os capilares pulmonares. A composição desse sangue venoso misto reflete a atividade dos tecidos: a pO2 está relativamente baixa, 40 mmHg, porque os tecidos captaram e consumiram o O2; a pCO2 é relativamente alta, 45 mmHg, porque os tecidos produziram CO2 e o adicionaram ao sangue venoso. o O sangue que deixa os capilares pulmonares foi oxigenado e se tornará sangue arterial sistêmico. A arterialização é afetada pela troca de O2 e CO2 entre o ar alveolar e o sangue capilar pulmonar. Como a difusão dos gases, através da barreira alveolar/capilar, é rápida, o sangue, deixando os capilares pulmonares, normalmente, tem as mesmas pO2 e pCO2 do ar alveolar. Esse sangue arterializado vai agora retornar ao lado esquerdo do coração, bombeado para fora do ventrículo esquerdo pela aorta, e iniciar um novo ciclo. o Existe uma pequena discrepância na pO2 entre o ar alveolar e o sangue arterial sistêmico: o sangue arterial sistêmico tem a pO2 levemente menor que o ar alveolar. Essa discrepância é o resultado do desvio fisiológico, que descreve a pequena fração de fluxo sanguíneo pulmonar que contorna os alvéolos e, dessa forma, não é arterializado. O desvio fisiológico tem duas fontes: o fluxo sanguíneo brônquico e a pequena porção do sangue venoso coronário que drena, diretamente, para o interior do ventrículo esquerdo, em vez de ir para os pulmões e ser oxigenado. o Uma vez ocorrido o equilíbrio entre as pressões alvéolo – capilar e capilar - tecidos, não existe mais força motriz para a difusão e, a não ser que o fluxo sanguíneo aumente, as trocas gasosas cessarão. As composições dos ares alveolares e atmosférico são diferentes o O ar do alvéolo não tem, de forma alguma, as mesmas concentrações dos gases da atmosfera. As razões para isso acontecer são: O ar alveolar é substituído parcialmente pelo ar atmosférico à cada respiração; O O2 é constantemente absorvido pelo sangue pulmonar no alvéolo; O CO2 é constantemente difundido do ar pulmonar para os alvéolos; O ar atmosférico seco que entra nas vias aéreas é umidificado antes de atingir os alvéolos. o A importância da substituição lenta do ar alveolar se deve pelo fato de evitar mudanças repentinas nas concentrações dos gases no sangue. Isso torna mais estável o controle respiratório e controla também a oxigenação tecidual, concentração tecidual de CO2 e o pH. o As concentrações de O2 e de CO2 nos alvéolos, são determinadas pelas intensidades de absorção ou excreção dos dois gases e pelo valor de ventilação alveolar. Membrana respiratória: o Camadas da membrana: Liquido alveolar (líquido e surfactante); Epitélio alveolar (células epiteliais finas); LEC (espaço intersticial); Membrana basal do capilar; Epitélio/Endotélio do capilar; Membrana do eritrócito. o Fatores que afetam a intensidade de difusão gasosa através da membrana respiratória: Espessura da membrana respiratória: Pode ocasionalmente aumentar ou diminuir, por exemplo em decorrência de um edema no espaço intersticial ou doenças pulmonares, e isso fara com que dificulte ou facilite a passagem das substâncias. Área superficial da membrana: Pode ser reduzida, por exemplo se ocorre uma remoção de um pulmão, isso fará com que se diminua a área de superfície total das trocas. Coeficiente de difusão do gás: Depende de cada gás, por exemplo o CO2 se difunde 20 x mais rápido que o O2. Diferença parcial do gás entre os dois lados da membrana: É a diferença entre a pressão parcial do gás nos alvéolos e a pressão parcial do gás no sangue dos capilares pulmonares. Logo, a diferença entre estas duas pressões é a medida da tendência efetiva das moléculas do gás em se moverem através da membrana; Quando a pressão parcial do gás no alvéolo é maior que a pressão parcial do gás no sangue a molécula passara por difusão do alvéolo para o sangue, sendo que o contrário também é verdadeiro. Relação Ventilação – Perfusão: Ventilação (VA) – Ar; Perfusão (Q) – sangue. o Lembrar dos esfíncters pré-capilares que controlam a passagem de mais ou menos sangue Essa abertura e fechamento ocorre de acordo com a concentração de O2 no alvéolo, ou seja, se está recebendo O2 no alvéolo faz-se a liberação do capilar, para que ocorra as trocas, mas se não tiver O2 no alvéolo fecha-se o esfíncter. Transporte dos gases Transporte do O2: o Ocorre o transporte no sangue por: Dissolvido no plasma (3%); Ligado a hemoglobina (97%) – oxiemoglobina. O papel da hemoglobina no transporte de oxigênio: o A ligação do O2 a hemoglobina é reversível, ou seja, libera-se o O2 quando necessário; o A hemoglobina é uma proteína globular com 4 subunidades. Cada subunidade pode ligar-se a uma molécula de O2, para o total de quatro moléculas de O2 por molécula de hemoglobina. Quando a hemoglobina está oxigenada, ela é chamada oxiemoglobina; quando está desoxigenada, é chamada de desoxiemoglobina; o Para o O2 se ligar a hemoglobina o ferro dos grupos heme deve ser o Fe2+ (ferroso); o O O2 se liga à hemoglobina quando a pO2 é alta, como por exemplo nos capilares pulmonares. Enquanto que nos capilares teciduais o O2 é liberado pois a pO2 está baixa; Curva de Dissociação Oxigênio-Hemoglobina: o O percentual de saturação de hemoglobina é visto com o aumento progressivo da porcentagem de hemoglobina ligada ao O2, à medida que a pO2 do sangue se eleva; o Entretanto a curva de formato sigmoide revela que a porcentagem de saturação dos sítios heme não aumenta linearmente com o aumento da pO2 o Quando o sangue deixa o pulmão a pO2 é em torno de 95 mmHg e a sua saturação é em torno de 97%; o Já quando o sangue venoso retorna dos tecidos periféricos, a pO2 é cerca de 40 mmHg e a saturação da hemoglobina é em média de 75%; o pH normal do sangue em torno de7,36 a 7,42; o A distribuição de O2 aos tecidos é determinada pelo fluxo sanguíneo e pelo conteúdo de O2 no sangue. A hemoglobina “tampona” a pO2 tecidual: o Além de ser necessária para o transporte de O2 aos tecidos, a hemoglobina serve também para estabilizar a pO2 nos tecidos; o Isso se deve ao seu poder de dissociação representado pela curva sigmoide, o que significa que quedas na pressão de oxigênio não geram grande quedas na dissociação da hemoglobina. Fatores que desviam a curva de Dissociação: o O pH: Quedas no valor do pH (7,4 para 7,2) faz a curva se deslocar em média 15% para direita; Já um aumento do pH (7,4 para 7,6) desloca a curva de forma semelhante para a esquerda; O que significa isso: Se pegarmos uma mesma pressão de O2 no eixo das abcissas veremos que as ordenadas em que o pH diminuiu o valor de saturação também diminuirá. No entanto, a ordenada em que o pH aumentou veremos que a saturação também aumentará. o 3 fatores que deslocam a curva sigmoide para a direita: Maior concentração de CO2 – CO2 se liga mais facilmente a Hb o que fará com que menos O2 consiga se ligar; Aumento da temperatura corporal – desnatura algumas enzimas/proteínas diminuindo também a saturação; Aumento do 2,3 BPG - É responsável pela perda significativa de afinidade da hemoglobina pelo oxigênio e permite a liberação de O2 nos tecidos quando em baixas pO2 (Existe 2,3 BPG fisiologicamente, mas sua liberação é mais acentuada em algumas situações como Altitudes, anemia, gravidez, etc). O efeito Bohr: o Desloca a curva de dissociação para a direita fazendo com que se diminua a afinidade da Hemoglobina pela molécula de oxigênio, o que resulta em uma maior liberação do O2 para os tecidos; o Resumindo em outras palavras... Nos tecidos não-alveolares o CO2 sai do tecido e vai para o sangue, o que causa uma alta pCO2 e isso faz com a hemoglobina tenha a tendência em perder afinidade pelo oxigênio em ambientes mais ácidos. Logo, o O2 é liberado; o H2O + ↑CO2 = H2CO3 = ↑H+ + HCO3, por isso diminui o pH. Efeito de Haldane: o É o fenômeno onde a hemoglobina tende a perder afinidade pelo gás carbônico quando há alta concentração de oxigênio no sangue. Este efeito é mais bem observado nos tecidos alveolares, onde há a troca de gases e, portanto, o suprimento de oxigênio é renovado; o Resumindo... Quando existe menos O2 ligado a hemoglobina, isso faz com que a afinidade da hemoglobina pelo CO2 aumente; o Desloca a curva para a esquerda. Transporte do CO2 o Ocorre o transporte no sangue por: Dissolvido no plasma (7%); Ligado a hemoglobina (23%) – carboxihemoglobina; Convertido em bicarbonato (70%) – Mais importante. o Lembrar que a pCO2 (CO2 dissolvido) no sangue venoso é de 45 mmHg e no arterial é de 40 mmHg; o A reação do Dióxido de carbono com a Água nas hemácias é catalisada pela enzima Anidrase Carbónica que é encontrada nas hemácias; o O que acontece rapidamente é gera o Ácido Carbônico – ácido fraco e instável – rapidamente ele irá se dissociar; o Este ácido também é rapidamente convertido nos íons Bicarbonato e Hidrogênio; o H2O + CO2 = H2CO3 = H+ + HCO3; o Nos tecidos, o CO2 gerado pelo metabolismo é adicionado ao sangue capilar sistêmico, convertido a HCO3 – e será transportado até os pulmões; o Nos pulmões, o a HCO3 – é reconvertido a CO2 e é expirado.
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