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Crimes Contra a Vida

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+ Crimes contra a vida – arts. 121 a 128 CP:
1°. Homicídio – artigo 121, CP:
⦁ Homicídio simples: 
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
- Conceito: consiste em retirar a vida (extrauterina) de outrem. Homicídio simples é 
considerado aquele que não está presentes em quaisquer hipóteses de privilegio ou 
qualificadora, ou seja, é residual. 
- Bem jurídico tutelado: o direito a vida, ou seja, a vida humana extrauterina 
(exterior ao útero materno), que inicia-se com o processo respiratório autônomo sem 
auxilio materno. Deve-se levar em consideração concepção de aborto (ceifar vida 
intrauterina) e infanticídio (ceifar vida do nascituro).
- Objeto Material: é o ser humano que suporta a conduta criminosa.
- Núcleo do tipo: matar.
- Elemento objetivo: matar alguém.
- Elemento subjetivo: pode ser praticado pode dolo ou culpa. Admite-se dolo 
eventual, é quando o agente não quer o resultado morte mas assume o risco de produzi-lo. 
- Sujeitos: 
a. Ativo: trata-se de crime comum, então pode ser praticado por qualquer 
pessoa isoladamente ou em concurso de agentes. 
l. Coautoria: quando duas pessoas realizarem os atos executórios que culminem na 
morte da vítima. Para configurar coautoria deve conter os seguintes requisitos: 
culpabilidade dos agentes; relevância causal das condutas, vínculo subjetivo; unidade de 
infração penal.
⦁ Coautoria direta: todos o sujeitos realizam a conduta típica. ex.: 
diversas pessoas agridem a vítima até a morte.
⦁ Coautoria parcial ou funcional: há divisão de tarefas executórias do 
delito. É relativo a teoria do domínio funcional do fato. Ex.: no 
roubo, são divididas as ações de apoderamento do dinheiro, 
constrangimento dos sujeitos passivos mediante ameaça, vigilância 
e direção do veículo [...]. Responderá o agente na medida de sua 
culpabilidade conforme art. 29, §1°, do CP.
1
ll. Participação: o participe não realiza os atos executórios, porém de alguma forma 
contribui para realização do delito e seu resultado.
lll. Autoria intelectual: O sujeito planeja a ação delituosa, constituindo o crime 
produto de sua criatividade. É o caso do chefe de quadrilha que, sem efetuar o 
comportamento típico, planeja e decide a ação conjunta. 
lV. Autoria mediata: uma pessoa com plena capacidade mental induz alguém a 
matar outrem, sendo que, o autor mediato pode utilizar da deficiência mental do autor 
imediato inimputável. O executor é mero instrumento por atuar sem vontade própria ou 
sem consciência do que está fazendo, por isso, que só o autor mediato responde pelo 
delito.
V. Autoria colateral: consiste na teoria de que mais que um agente pratica a mesma 
conduta delitiva sem vínculo subjetivo entre eles, ou seja, sem consentimento prévio. Desta 
forma como não há unidade de desígnios não pode configurar coautoria. 
“Ex.: “A”, pretendendo matar “C”, se coloca de tocaia atrás de uma árvore. Porém “B”, que 
também pretende matar “C”, sem saber da conduta de “A”, se coloca atrás de um poste. 
Ambos esperam pela passagem de “C”. No momento em que “C” passa, ambos atiram 
concomitantemente. Se a perícia chegar à conclusão de que foi “A” quem matou “C”, “A” 
responde por homicídio consumado. Se se provar que a conduta de “B” não causou o 
resultado morte, “B” responde por tentativa. Se a perícia não chegar à conclusão de quem 
matou “C”, tanto “A” quanto “B” respondem por tentativa de homicídio. É a chamada 
autoria incerta. Não há prova de quem desferiu o golpe fatal.”
b. Passivo: qualquer ser humano. 
l. Absoluta impropriedade do objeto: o agente não responde por tentativa de 
homicídio caso realize ato de execução visando matar determinada pessoa sem saber que 
ela já havia falecido – crime impossível. 
- Consumação: dá-se coma morte, a qual se verifica a cessação da atividade 
encefálica. Trata-se de crime instantâneo, pois consuma em um momento determinado, 
sem continuidade no tempo.
- Tentativa: admite-se tentativa. 
a. Desistência voluntária: o sujeito cessa seu comportamento delituoso; o 
agente deixa de praticar conduta delitiva. Não se trata de tentativa, pois a decisão de cessar 
a conduta partiu do próprio agente e não de circunstâncias alheias à sua vontade. Ex.: O 
agente tem um revólver municiado com seis projéteis. Efetua dois disparos contra a vítima, 
não a acerta e, podendo prosseguir atirando, desiste por vontade própria e vai embora.
b. Arrependimento eficaz: tendo finalizado a execução do crime, o agente 
impede que o evento se concretize. Ex.: O agente descarrega sua arma de fogo na vítima, 
ferindo-a gravemente, mas, arrependendo-se, presta-lhe imediato e exitoso socorro, 
impedindo o evento letal – neste caso responde pela lesão corporal que causou.
c. Tentativa branca ou incruenta: vítima não é atingida.
d. Tentativa vermelha ou cruenta: a vítima é alcançada pela conduta 
delituosa e sofre ferimentos.
2
- Classificação: 
a. Crime simples: atinge um único bem jurídico;
b. Crime comum: pode ser praticado por qualquer pessoa;
c. Crime material: precisa de conduta + resultado morte;
d. Crime de dano: resulta na efetiva lesão ao bem jurídico;
e. Crime de forma livre: admite-se qualquer meio para sua execução;
f. Crime comissivo: como regra;
g. Crime omissivo: omissivo impróprio (A omissão é penalmente relevante 
quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. Ex.: Enfermeira que 
deixa de aplicar o remédio no paciente dolosamente e lhe causa a morte.); ou 
omissivo por comissão ( há uma ação provocadora da omissão. Ex.: O chefe de uma 
repartição impede que sua funcionária, que está passando mal, seja socorrida.)
h. Crime instantâneo: consuma-se em momento determinado sem 
continuidade no tempo;
i. Crime instantâneo de efeitos permanentes, unissubjetivo, unilateral ou 
de concurso eventual: praticada por um agente, mas admite concurso de agentes.
j. Crime plurissubsistente: a conduta de matar pode ser fracionada por 
diversos atos;
k. Crime progressivo: para alcançar o resulta é necessário que o agente 
pratique outros delitos, como por exemplo lesão corporal, assim chama-se de 
“crime de ação de passagem”.
2° Homicídio privilegiado – art. 121, §1°, CP. 
Art. 121, § 1º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor 
social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
- Natureza jurídica: é causa de diminuição de pena.
Agravante e Atenuante Diminuição e Aumento
São consideradas na 2ª fase de aplicação da 
pena, tomando por base a pena-base. Esta pena-
base tem como ponto de partida a pena simples 
ou qualificada de um crime, e é aplicada com 
fundamento no artigo 59 do CP.
São consideradas na 3ª fase de aplicação da 
pena, tomando por base a pena intermediária.
3
Devem respeitar os limites legais de pena 
previstos. 
Súmula 231 do STJ: A incidência da circunstância 
atenuante não pode conduzir à redução da pena 
abaixo do mínimo legal .
Não devem respeito aos limites legais de pena 
previstos, ou seja, a pena definitiva pode ficar 
aquém do mínimo ou além do máximo.
O quantum de aumento ou de diminuição fica a 
critério do juiz.
O quantum está previsto em lei, ainda que em 
quantidade variável.
Constam nos artigos 61/62 e 65/66. Previsto na lei, ex.: art. 121,§1° - Homicídio 
privilegiado.
- Requisitos do homicídio privilegiado: 
a. Motivo de relevante valor social: envolve o interesse da coletividade. 
Não diz respeito ao agente individualmente considerado, mas a sociedade como um todo. 
Ex.: matar um estuprador que aterroriza as pessoas de determinada sociedade; ou matar o 
traidor da pátria.
b. Motivo de relevante valor moral: os valores se concentram em interesse 
particular ou especifico. Ex.: matar o responsável por violação sexual de suafilha. 
O Código Penal cita a eutanásia como por exemplo de homicídio cometido por 
motivo de relevante valor moral.
Eutanásia: o agente tira a vida da vítima para acabar como grave sofrimento 
decorrente de alguma enfermidade. A eutanásia pode ser fracionada nas seguintes 
espécies:
l. Eutanásia em sentido estrito: é o modo comissivo de abreviar a vida de 
pessoa portadora de doença grave, em estado terminal e sem previsão de cura ou 
recuperação pela ciência médica. É também denominada de homicídio piedoso, 
compassivo, médico, caritativo ou consensual.
ll. Ortotanásia: O médico deixa de adotar providencias necessárias para 
prolongar a vida de doente terminal portador de moléstia incurável e irreversível. Permitido 
em lei e não constitui crime. “Art. 1º, resolução n. 1.805/06, do CFM. caput. É permitido ao 
médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente 
em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de 
seu representante legal.”
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