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Relatório Espectroanalítica Experimento 8 – Fluorimetria Determinação de Quinina em águas tônicas utilizando fluorímetro e espectrofluorímetro Docente: Profa. Dra. Mirian Cristina dos Santos Alunos: Grupo 5 Luiz Felipe Pompeu Prado Moreira Vinícius Augusto da Silva 06/09/2015 2 Resumo A fluorimetria é uma técnica analítica que se baseia na propriedade de luminescência de certas substâncias, onde a intensidade da luz emitida se relaciona com concentração através de uma função linear permitindo assim utiliza-la para analises de amostras que contenham em sua composição compostos com essa propriedade. O fenômeno de luminescência ocorre quando a excitação de elétrons do estado fundamental a um estado excitado e esse elétrons ao voltar ao estado de menor energia libera energia na forma de radiação luminosa, seja pela incidência de uma radiação como UV ou mesmo por uma reação química, essa última chamada de quimiluminescência. A luminescência também pode ser dividida em fluorescência ou fosforescência onde a diferença ocorre no tipo de transição e no tempo em que essa processo ocorre, na fosforescência o elétron que antes estava na forma de singleto quando excitado pode através de uma transição entre sistemas passar para um tripleto onde a inversão de spin e para retornar a estado fundamental é necessário que haja a novamente a inversão do spin assim fazendo ser um processo mais lento que a fluorescência onde não inversão do spin. O quinino de formula: Apresenta luminescência, quando incidida radiação UV sobre uma amostra contendo quinino ela emite luz azul. O quinino é utilizado na fabricação de fármacos assim como flavorizante em água tonica. 3 Resultados e Discussão No procedimento, 6 balões volumétricos de 50,00 mL, foram enumerados e neles adicionou-se os diferentes volumes da solução padrão de quinina (de concentração calculada de 0,07874 g L-1), completando com solução de H2SO4 de concentração 0,05 mol L-1 como indicado na tabela 1. Outros dois balões de mesma capacidade foram utilizados para adição de 5 mL das amostras de água tônica e SchweppesTM , separadamente, 2,50 mL de H2SO4 1,0 mol/L, completando o volume dos balões com água destilada. Nº balão Vpadrão (mL) 1 0,5 2 1 3 2 4 3 5 4 6 5 Tabela 1: Relação entre os balões de padrão, devidamente enumerados, com os volumes de solução padrão. Para realizar a medida de fluorescência, foram ultilizados um fluorímetro no comprimento de onda de 540 nm e um espectrofluorímetro em 512,71 nm, então ao concluir, foi possível determinar os valores de emissão em relação percentual à medida de valor máximo (6), expostos na Tabela 2. 4 Nº Balão [Quinina] no padrão (g L-1) Emissão no Fluorímetro Emissão no Espectrofluor. 1 0,0007874 10,13 17,0084 2 0,0015748 21,70 33,6248 3 0,0031496 41,94 49,5929 4 0,0047244 62,49 70,7177 5 0,0062992 80,68 80,8957 6 0,0078740 100,00 100,0000 As - 64,62 73,7937 Aa - 50,25 62,0778 Tabela 2: Concentração de quinina, proveniente da solução padrão, em cada balão e seus respectivos valores de fluorescência. A escolha do comprimento de onda no fluorímetro deve-se ao fato de que o máximo de emissão da quinina é encontrado em 540 nm, enquanto no espectro fluorímetro foi relacionado o máximo aos valores de cada espectro das soluções analisadas, onde o máximo da fluorescência foi em 512,71 nm. Assim sendo, foi possível verificar o comportamento da fluorescência em relação à concentração de quinina presente na solução padrão através da plotagem do seguintes gráficos (Figuras 1 e 2) 5 Figura 1: Curva analítica, a qual pode-se encontrar o comportamento da concentração de quinina em relação à fluorescência medida no fluorímetro. Figura 2: Curva analítica, a qual pode-se encontrar o comportamento da concentração de quinina em relação à fluorescência medida no espectrofluorímetro. 6 Sabendo que os termos y e x da equação da reta representam fluorescência (F) e [Quinina] ([Q]), respectivamente, foi possível encontrar através da linearização dos pontos uma equação que relaciona ambas em cada conjunto de dados, explicitado nas figuras. A partir dessa relação obteve-se um valor de concentração para cada amostra utilizando-se dessas equações. Para o fluorímetro: F = 12612,62139 ∙ [𝑄] + 1,51225 [Q] = F − 1,51225 12612,62139 Para F = 64,62 (balão As – amostra de SchweppesTM ): [Q] = 64,62 − 1,51225 12612,62139 = 0,0052433 g ∙ L−1 Lembrando que esta concentração estava em 50,00 mL e que só o volume da amostra era de 5,00 mL. [𝑄] = 0,0052433 ∙ 50,00 5,00 = 0,052433 g ∙ L−1 Com isso, obteve-se os valores de concentração de quinina em g L-1 para as amostras em ambos os métodos descritos abaixo, para cada grupo: Fluorímetro Espectrofluorímetro Grupos Água Tônica Schweppes Água Tônica Schweppes 1 4,573E-02 5,850E-02 4,073E-02 5,246E-02 2 3,878E-02 5,046E-02 4,737E-02 5,533E-02 3 4,006E-02 5,298E-02 4,692E-02 5,646E-02 4 4,276E-02 5,192E-02 4,970E-02 6,108E-02 5 4,104E-02 5,243E-02 4,375E-02 5,422E-02 6 3,881E-02 5,058E-02 4,136E-02 5,400E-02 7 3,980E-02 5,360E-02 4,630E-02 5,820E-02 8 3,973E-02 5,131E-02 4,201E-02 5,264E-02 9 4,046E-02 5,099E-02 4,219E-02 5,296E-02 10 3,146E-02 3,850E-02 4,107E-02 5,220E-02 Tabela 3: Concentração de quinina em g L-1 das amostras, em cada grupo. 7 Comparação de dados Para comparar as médias obtidas pelos dois métodos, isto é, aplicar o teste t, deve-se primeiramente aplicar o teste F, pois, o teste t demanda que os desvios padrão dos conjuntos de dados que serão comparados, sejam iguais. Sendo assim, aplicou-se o teste estatístico F para a amostra de Antarctica e em seguida, para a de Schweppes. Teste F para amostra Água Tônica 𝐹 = 𝑠1 2 𝑠2 2 𝐹 = (0,002083 )2 (0,003017 )2 = 0,477 Teste F para a amostra de Schweppes 𝐹 = 𝑠1 2 𝑠2 2 𝐹 = (0,002341 )2 (0,002740 )2 = 0,730 Para 9 graus de liberdade em ambos os testes e com 95% de confiança temos que o Ftabelado = 3,18, sendo os Fcalculados iguais a 0,477 para Água Tônica e 0,730 para a Schweppes, como Fcalculado < Ftabelado para ambas, os desvios são comparáveis e o teste t pode ser aplicado. Através do teste Q calculado, observa-se que os valores do grupo 1- referentes às concentrações de quinina determinadas pelo fluorímetro para ambas as amostras se encontram fora do teste Q (95% de confiança e 9 graus de liberdade) e, portanto, devem ser descartadas. 8 Teste Q (teórico) Valor Suspeito 0,493 Teste Q (G10 - A fluorímetro) 3,146E-02 0,513 Teste Q (G10 - S fluorímetro) 3,850E-02 0,598 Teste Q (G4 - A Espectrofluorímetro) 4,970E-02 0,260 Teste Q (G4 - S Espectrofluorímetro) 6,108E-02 0,324 Tabela 4: Teste Q para rejeição de resultados extremos. A seguir, o teste t de comparação de médias foi realizado tanto para o espectrofluorímetro quanto para o fluorímetro. Tanto os valores obtidos no teste de variância quanto os valores da média e desvio estão representados na Tabela 5. Para 95% de confiança bicaudal e n1+n2-2 graus de liberdade (15), têm-se um valor teórico de t igual a 2,18. Como esperado, os valores experimentais calculados para as amostras foram de 10,8178 e 8,0320, sendo muito maiores que o t tabelado, já que as médias das concentrações obtidas pelos dois métodos não foram próximas umas das outras. Dessa forma, pode-se dizer que as médias obtidas para os dois métodos não são iguais, ao nível de significância estabelecido. Paraisso, utilizou-se as fórmulas a seguir. 𝑆𝑋1𝑋2 = √ (𝑛1 − 1) ∗ 𝑆2𝑋1 + (𝑛2 − 1) ∗ 𝑆²𝑋2 𝑛1 + 𝑛2 − 2 e 𝑡 = 𝑋1̅̅ ̅ − 𝑋2̅̅ ̅ 𝑆𝑋1𝑋2 ∗ √ 1 𝑛1 + 1 𝑛2 Fluorímetro Espectrofluorímetro Água Tônica Schweppes Água Tônica Schweppes Média 0,04080 0,05253 0,04414 0,05495 Desvio padrão 0,002083 0,002341 0,003017 0,002740 Água Tônica Schweppes Desvio Relativo 0,002622756 0,00256133 Teste t 10,8178 8,0320 Tabela 5: dados e teste estatísticos para comparação de duas médias. 9 Conclusão Através da fluorimetria e da espectrofluorimetria foi possível determinar a concentração de quinina os dois produtos e, por meio de comparação das duas técnicas, através do teste de comparação de duas médias, conclui-se que ambas foram eficientes na determinação da concentração de tal componente, no entanto houve uma diferença muito grande nas médias obtidas pelos dois métodos e, devido a isso, não é possível afirmar qual deles foi mais eficiente na determinação de quinina. Os altos desvios relativos observados se devem, a princípio, a dificuldades e problemas encontrados no equipamento utilizado, espectrofluorímetro, além da impossibilidade de medições em triplicata nesse equipamento, o que minimizaria erros e incertezas quanto aos valores obtidos. Referências Bibliográficas SKOOG, D. A., Holler, F. J., Nieman, T. A. Princípios de Análise Instrumental. Tradução: Ignez Caracelli et al. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002 HARRIS, C. D. ‘Analise Química Quantitativa” 6ª edição, ed. LTC, São Paulo 2003 OHLWEILER, O.A. Química Analítica Quantitativa, v.3, Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos editora S.A., 1974. 1040p. VOGEL, Análise Química Quantitativa. 6ª ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 2002. HARRIS, D.C., Análise Química Quantitativa. 6ª ed. LTC – Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro,2005. http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/10f6aa8047458b919543d53fbc4c6 735/apostila_estatistica.pdf?MOD=AJPERES SANTOS, D. I. V.; GIL, E. S. Fluorimetria na análise farmacêutica: uma revisão. Revista Eletrônica de Farmácia, n. 1, v. VII, p. 24-38, 2010.
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